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Wednesday, January 27, 2010

23641

A dor que exprimo em versos me deforma
A cada novo tempo mais audaz,
Estrada sem descanso se perfaz
Mudando a cada instante, nova forma.
Não quero obedecer à velha norma
Espero no final algo mordaz,
Bebendo este veneno que me traz
Aquela que propunha uma reforma.
Informo-me dos tempos onde existe
No crivo do passado, sigo triste
E mato esta esperança que me tolhe.
Uma alma em transparência; não percebo,
E quando me entregando ainda bebo
Os restos que minha alma em vão recolhe...

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