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Sunday, January 24, 2010

23426

Minha alma numa escura charqueada
Voltando desta espúria insensatez,
Depois de tanto tempo se desfez,
Negando a própria história, escravizada.
Visando uma esperança abandonada
O quanto se procura em lucidez,
No quarto das lembranças, minha vez
Dizendo do que outrora fora nada.
Aguardo um novo dia, mas sei bem
O quanto este vazio me convém
E dele faço o sonho em que mergulho.
Viver ao deus dará sem eira ou beira,
Depondo sobre o chão; cada bandeira;
Porém a luta traz imenso orgulho...

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