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Tuesday, January 26, 2010

23544

O olhar mortiço e frio desta fera
Que aguarda tão somente algum descuido,
Bebendo todo o sangue e qualquer fluido
Na insânia destemida se tempera.

Cadáveres se espalham pelos cantos
Desnudas podridões, saques diversos,
Demônios sobre os ossos vão dispersos,
Entoam ladainhas, velhos cantos.

E enquanto se preparam para o fim,
Nas mãos o frio açoite vergastando
As semi-vidas toscas molestando,
Estupros entre incestos no festim.

A turba se confunde em formas várias,
Eternidade em lavas temerárias...

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