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Wednesday, January 27, 2010

23648

Quem fora nesta vida messiânico
Paspalho se desnuda em versos frios,
Recebo como herança tais vazios
E o olhar ora cristão, porém satânico.
Não quero nem reparo se houve pânico
Apenso meu destino em vagos brios,
Espectros que me seguem sendo esguios
O mote que perfaço, quase orgânico.
- É carma. Tu dirias, mas sei bem
Que o nada quando em nada se contém
Expressa fielmente o que me resta.
A boca se escancara e traz nos dentes
Os vermes que deveras não pressentes,
Matando o quanto havia alma funesta...

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