Saudade descorada pela vida,
Na fátua sensação do nada ter,
Aonde pude após evanescer
Sentir a mão deveras já perdida.
Enquanto nos seduz, cruel acida,
E mata a cada instante o teu prazer,
Não vejo nela como amanhecer
Se traz toda a verdade destruída.
Destroços ambulantes; podre e inerme
Sensação que eterniza cada verme
Moldando eternidade do vazio.
Neblina amortalhada que nos segue,
Saudade tendo quem sempre a carregue
Eternizando o inverno amargo e frio...
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