Vislumbro em névoas densas este mundo
Aonde poderia ter vivido
Medonho este caráter percebido
No qual entre cadáveres me afundo.
E beijo cada boca apodrecida
Nefastas companheiras; súcia imensa
A morte sendo a nossa recompensa,
Pois nela se começa a própria vida.
Eflúvios destes pântanos, metano,
Bruxuleante imagem, fátuo fogo,
Já não basta sequer um brado ou rogo,
Em Lúcifer se vê o soberano,
Disformes criaturas; louca dança
Aonde se sepulta uma esperança...
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