Banquetes que serviste em fina porcelana,
Orgulho de quem tenta apenas ser alguém,
No fundo o que retrata e sabes muito bem
Uma alma tão vazia entorpecida emana
O pútrido sentido aonde já se engana
A marca em cicatriz, o melhor que convém
Àquela a quem meu verso estampa-se: ninguém.
De onde tu roubaste este ar de soberana?
Imagem carcomida, envilecida em rugas
Preparas num banquete as mais espúrias fugas
E crês ser importante um gozo tão banal,
O prato; porcelana, a prataria e o riso,
Satã se gargalhando ao ver teu Paraíso
Desnudo neste fausto estúpido jogral.
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