Search This Blog

Tuesday, February 2, 2010

24026

Banquetes que serviste em fina porcelana,
Orgulho de quem tenta apenas ser alguém,
No fundo o que retrata e sabes muito bem
Uma alma tão vazia entorpecida emana

O pútrido sentido aonde já se engana
A marca em cicatriz, o melhor que convém
Àquela a quem meu verso estampa-se: ninguém.
De onde tu roubaste este ar de soberana?

Imagem carcomida, envilecida em rugas
Preparas num banquete as mais espúrias fugas
E crês ser importante um gozo tão banal,

O prato; porcelana, a prataria e o riso,
Satã se gargalhando ao ver teu Paraíso
Desnudo neste fausto estúpido jogral.

No comments:

Post a Comment