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Monday, February 1, 2010

23963

Colérico fantasma um vulto que espasmático
Esboça reações e nada sendo feito,
Aos poucos se percebe e tenta dar um jeito
Na sorte em frio Fado, um futuro enigmático.

Do espectro delirante, um rumo tão pragmático
Não sei se poderia, e disso faço um pleito
Encontrar mansidão nas horas em que deito,
Atônito me vejo, em ar já sorumbático.

Lacustre sensação incrustando minha alma
Crustáceo ensimesmado, a placidez acalma
E permite que estenda a lua no quintal

Salubre fantasia, adubo da esperança
A vida se entrelaça e quando passa alcança
A foz que tanto quis, num imenso caudal...

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