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Monday, February 8, 2010

24371

Da sorte se permite vassalagem?
Não quero tal vergasta em minhas costas
Enquanto desta cena sei que gostas,
Não tendo outros caminhos que me ultrajem

Vestindo de ilusão, soberba pajem
Que vive mergulhada em duras crostas,
O quanto do viver ainda arrostas
E moldas no vazio esta estalagem;

Nefastas maravilhas? Falso guizo,
Além do que deveras mais preciso
Eu bebo da esperança e não me canso

De ter além do mar fonte e farol,
E quando se entornar o imenso sol,
Terei enfim a paz de um bom remanso.

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