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Sunday, February 14, 2010

24782

Devoram-me – um banquete sobre a mesa;
Astuciosamente nada faço
E quando num regalo, o mesmo traço
Ensandecido exponho a sobremesa
Vagando pela Terra com nobreza
A pútrida visão agora abraço
Tomando pouco a pouco cada espaço
No fim não restará qualquer beleza
Aonde com fatal sofreguidão
As aves rapineiras comerão
Carniças do que somos e seremos,
Tremulam as inúteis, vãs bandeiras
Aquém do que tu pensas; mesmo queiras
Em holocausto espúrio já nos demos.

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