Encontro no vazio o meu assento
E teimo entre as estrelas multicores
Sabendo que por onde queres, fores
Também irá contigo o pensamento,
E quando solitário, eu me atormento,
Vivendo os mais antigos dissabores,
Amargas ilusões matando flores
Deveras no final, eu me arrebento,
E ausente da esperança que vigora,
Não sei por que talvez ao ir embora
A sorte se refaça e deixe a luz
Entrar pela janela do teu quarto,
Dos sonhos e delírios se me aparto
Apenas a mortalha me conduz.
No comments:
Post a Comment