Enquanto a solidão, amor engana,
Somente uma expressão da nostalgia
Que a cada anoitecer já se recria
E traz a desventura, tão profana.
Queria ter nas mãos a soberana
Vontade de viver, mas fantasia
Matando o que teimara em alegria
Deixando leve rastro em voz mundana.
As dívidas que trago do passado,
O amor há tanto sinto abandonado
Restando este retrato onde recrio
Imensas galerias onde exponho
O quadro deste encanto que, medonho
Transborda num verão, intenso frio...
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