Estátua do passado em bronze burilada
A vida é um cinzel e transforma deveras
Além do que pensara enquanto degeneras
Do nada que vieste, ao retornar ao nada.
E quando se percebe a longa caminhada,
Diversas estações, distantes primaveras
Hiberna o sentimento, as horas sendo meras
O quanto mais queria; imagem congelada.
Simples fotografia, um espelho renega,
O vinho que se guarda em boa e nobre adega
Persiste muito além aumentando o valor,
Mas quando se entregando aos dissabores vários,
Os prazeres sutis, eternos adversários
O bronze outrora firme encontro a decompor...
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