Search This Blog

Monday, February 15, 2010

24837

Expondo a minha carne em sofrimento
Enternecidas noites não virão,
E quando vejo as chuvas de verão
É delas que ainda creio num alento,
Por mais que se mostrasse em vão tormento
O tempo aonde as horas mostrarão
Que tudo se fizera simples grão
Aonde em solo agreste ainda assento

Sabendo que cevar inutilmente
Colheita tão pequena se pressente
Ou mesmo a solidão da terra nua.
Assisto; um camponês sem esperança
Que à própria insensatez ora se lança,
À história que sem nexo continua.

No comments:

Post a Comment