Funambulescas noites, dor e gozo
A sorte se equilibra em bamba corda,
Ao mesmo tempo a vida me recorda
Momento que pensara glorioso
E agora ao percebê-lo vão; jocoso
Realidade chega e quando acorda
No parapeito vejo, estou na borda
A queda num segundo, pavoroso.
Escuto a voz sombria do quem fora
Imagem que julgara redentora
Desnuda esta faceta em turvos tons,
Aonde imaginara a salvação
Doridas garatujas me trarão
Malévolos retratos, antes bons.
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