Inútil perceber alguma luz após
A fria madrugada em que, velho e impotente
Buscara alguma força e a verdade inclemente
Mostrara a sua face estúpida e atroz.
Ainda poderia, esboçando estes nós
Viver algum momento, e embora ainda tente
Não tendo mais resposta, e nem voz indulgente
Escombro do que fui, espalha-se feroz.
Percebo no vazio, imensa iniqüidade
E apenas sofrimento, ainda vem e invade
Tornando-se infecunda uma alma que buscara
A luz por tanto tempo e agora se esvaindo,
Nesta inutilidade expõe um vago infindo
Do pélago funesto aonde mergulhara...
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