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Tuesday, February 2, 2010

24014

Isolo-me de tudo e nada me apetece
O não ter e não ser, devora o que foi gente,
Por mais que alguma luz, ainda teime e tente
O vazio completo, aos poucos já se tece.

E quando em minha vida eu sinto que anoitece
O que pensara ser, deveras tão urgente
Morrendo em nascedouro, impede que se atente
Aonde houvera brilho, em trevas escurece.

Não posso me furtar, mas ando tão cansado,
A solidão e o medo, andando lado a lado
Não deixam que se sinta um novo amanhecer,

Queimando em carne viva, ardências desumanas,
E quando sem sentir; a sorte, tu profanas
Não vês que a vida assim, começa a se perder...

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