Mistério que se mostra eterno e doma
O pensamento humano e mostra o quanto
Ainda não se sabe e quando nos assoma,
Estreita-se o caminho, entre agonia e canto,
Vivendo por viver, a verdade nos toma
E nela vez em quando, o riso, o medo e o pranto,
Saber que nada sei reduz a velha soma
E ao ver o quão vazio, agônico me espanto.
Estranho-me no espelho e nada mais de mim
Eu sei, nem onde irei, tampouco porque vim,
Se o vago que sou eu ainda não traduz
Sequer o que pensara o que será no fim
Se não houver um sonho e perecer Jardim,
Aonde caberia ainda crer na cruz?
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