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Wednesday, February 10, 2010

24549

Na sede de viver sinto propício
O caminhar que outrora se fez turvo,
E quando em tais estradas, eu já curvo
Retorno sem vontade ao mesmo início

Dos espectrais momentos que decifro
Encontro estes sinais que não traduzo,
E neles percebendo o farto abuso
O qual em intempéries; logo cifro

Permita-me sonhar; pois somente isso
Talvez inda me trague alguma paz,
E nela minha vida satisfaz
Deixando ao deus dará, um ar mortiço.

E neste emaranhado me enovelo,
Tentando um dia claro, manso e belo.

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