Naufrágios que encontrei a vida afora,
O medo de saber que nada resta
Do quanto em exagero não se gesta
Tampouco a claridade me decora,
A fera da ilusão quando devora
Imagem tão terrível e funesta
Entrando pela casa em cada fresta
Decerto sem limites se demora.
E tudo se tornara em dor profana,
O quanto a vida às vezes nos engana
A sorte sem descansos ludibria
Tornando merencória a luz que um dia
De uma alma tão mesquinha inda se emana
Mostrando a realidade vã, sombria.
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