A noite em tempestades já negreja
O velho coração de um sonhador,
Que tanto se perdendo por compor
Um tempo aonde a sorte, tola andeja
Enquanto a vida assim, torpe troveja
Eu sonho com canteiros, sol e flor,
Percebo este vazio a se propor
Na morte mensageira, que alma almeja.
Pudesse serenar tais temporais,
E deles; com certeza, aproximais
Em vossa solidão, confraternizo,
Quem sabe quando unidos poderemos
Vencer nossos fantasmas, nossos demos,
Cessando então assim, fúria e granizo.
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