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Wednesday, February 10, 2010

24516

Num tempo em que existia uma esperança
Sabia que talvez pudesse ter
Além do que deveras quero crer
A mão em paz sobeja e temperança,
Mas quando a realidade ao fim me alcança
Derruba-me e deveras sem poder
Sentir a maravilha do viver
Saudoso dos meus tempos de criança

Esqueço-me do quão já poderia
Ter nos meus olhos rara alegoria
Utópica vereda à qual me entrego,
Mas sei que tantas vezes incompleto
Não passo de um sutil verme ou inseto
E embrenho-me no escuro, quase cego.

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