Perdendo todo o senso, nada tenho
E deste apodrecer em plena vida
Enquanto a solução está perdida
A própria derrocada eu já desdenho
E sigo sem saber se existe glória
Tampouco me importando, mato a luz
E quando ao desespero me conduz
A vida, transformado em vã escória
Naufrago com propósitos venais
Os barcos que talvez inda salvassem
E quanto mais os dias embaracem
As pernas esqueceram-se dos cais
E vago entre sarjetas, botequins
Cuspindo nos arcanjos, querubins.
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