Pudesse inda manter uma soberania
E ter em minhas mãos controle, pelo menos,
Dos sentimentos vãos, dias bem mais serenos,
Mas quando acordo e sinto o quanto se esvazia
O que restara ainda, em louca fantasia,
Os dias que pensara ainda serem plenos
Escondem desde cedo, o sol, a luz e Vênus
Em névoas eu percebo a sorte que me guia.
Não tendo solução, a vida nada traz
Senão este marasmo aonde quis a paz,
Tempestade se aflora e tudo é sempre igual,
A morte; quem me dera, ouvisse a minha voz,
A sorte não seria, assim, cruel e atroz,
E a luz encontraria ao menos no final.
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