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Tuesday, February 9, 2010

24471

Queria ter na vida ao menos porto
Aonde se pudesse atracação
Sabendo dos saveiros que virão
Um rumo muitas vezes até torto,
E quando me encontrar sozinho e morto
Apenas esta ingrata podridão
Nefastas maravilhas se trarão
Fazendo o descaminho tão absorto
Imerso no vazio; a sepultura
Que a cada dia mais a vida apura
E traz neste funéreo golpe o fim,
Depois de tantos sonhos desvalidos,
De que valeram todos os sentidos
Se eu volto neste instante de onde vim.

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