Sentindo este sarcasmo exposto no teu rosto
Após a tempestade, a calmaria é sonho,
Se quando faço um verso eu mesmo me proponho
A deixar muito claro o que sou quase exposto,
No fundo prosseguindo embora decomposto,
Não posso me furtar ao ver quão é medonho
O mundo que criaste; o mesmo, onde risonho
Teimara no passado, em ver suave gosto.
Agora se não tenho ainda um porto manso
E mesmo se tivesse; a sorte eu não alcanço
E avanço pela noite, estrada mais sombra
Na falsa luz que encanta e finge-se de lua
A sanha sem proveito, apenas continua
Do nada ao nada feito, o nada se recria...
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