Sepulcros do passado? O tempo revigora
E a trágica lembrança adentra a nossa sala,
A pasma humanidade, ainda em vão se cala,
E a morte da esperança, eu sei; não se demora;
Quem sabe muito bem já faz e não tem hora
Enquanto num desdém, a noite feita em gala,
Miséria pelo mundo, a podridão não fala.
E quando ela se expõe; carrasco se apavora.
Etéreo sentimento entranha-nos, fugaz
Um oco dentro da alma, a vida molda e traz
Numa nudez se expondo a carne bela e crua
Vendida numa esquina, em bares e motéis
Aos homens do presente, ignaros e cruéis
Medieval figura, ainda continua...
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