Search This Blog

Sunday, December 12, 2010

Cada sonho, uma verdade
Cada sonho, uma verdade
Que tememos enfrentar
Tão cruel realidade
Todo dia a nos sangrar...
Publicado em: 17/01/2010 12:54:46
Última alteração:14/03/2010 20:22:49



Cada trova que hoje faço
Cada trova que hoje faço
Vem falar do nosso amor,
Nos seus passos me embaraço
Meu jardim perdeu a cor...
Publicado em: 06/08/2008 21:35:34
Última alteração:19/10/2008 22:15:40



Cada vez que dá saudade
Cada vez que dá saudade
Do meu bem, que eu tanto quero
Vou atrás da claridade,
Pois a luz que tens, espero...
Publicado em: 16/01/2010 20:37:16
Última alteração:14/03/2010 20:36:35


cada vez que mais eu sonho
cada vez que mais eu sonho
mais descubro que a verdade
dia a dia, não componho,
pois só traz a falsidade...
Publicado em: 16/01/2010 14:21:01
Última alteração:14/03/2010 20:48:34


Os cabelos caídos sobre o colo,
Negritude divina em alvo viço.
Contraste mavioso, céu e solo
Serpenteando... Quanto te cobiço!
Na trança distraída, o esplendor.
Meu desejo transborda e narcotiza...
Por vezes se imiscui tolo pavor,
Nas minhas catedrais, sacerdotisa!

Delírios sensuais na bela tela,
Uma obra prima feita do prazer.
Cabelos negros, crinas peço sela
E tento cavalgar na fantasia
A mais deliciosa montaria...
Galopo meus desejos infinitos...
Vontade de ficar, voar, viver...
Obrigado meu Deus... Sonhos benditos!
Publicado em: 12/12/2006 17:34:30
Última alteração:28/10/2008 20:30:48


CABRA MACHO
Canse a mão no seu banheiro
Com a Maria na imaginação
ou tome um banho de chuveiro
Pra resolver a situação

Márcia Kaline Paula de Azevedo

Tomo um banho de chuveiro
Adianta nada não
Pois o mal se mostra inteiro
Dentro da imaginação,
É melhor o travesseiro
Com lençol, fronha e colchão
Quando o sonho é corriqueiro
Vive dando confusão,
O marido é pistoleiro,
Traficante e até ladrão,
Eu quero ficar inteiro,
É melhor pedir perdão,
Mas o cabra arruaceiro
Só conhece bofetão,
Não pode sentir meu cheiro
Ameaça feito um cão,
Mas se bem que é verdadeiro,
Late muito? Morde não...
Publicado em: 16/01/2010 21:04:46
Última alteração:14/03/2010 20:36:24



De todos os fregueses do barzinho de beira de estrada, o Chico era o mais curioso! Todos os dias, com sol ou com chuva, lá estava ele, antes mesmo do dono, esperando a porta se abrir para tomar sua “branquinha”.

A curiosidade residia no verdadeiro ritual que ele fazia antes de beber a cachaça, conhecida como a mais pura da região: assim que o dono do bar colocava a dose no copo, o Chico com a mão esquerda, tapava o nariz; em seguida derramava umas gotas para o “santo”e, só depois, engolia, de uma só vez todo o conteúdo do copo.

Só depois é que destapava o nariz e “lambia os beiços”, mostrando todo o seu contentamento.

O dono do bar a tudo assistia, morrendo de curiosidade mas sem nada dizer.

Um dia, porém, a curiosidade foi tão grande que, ao ver o ritual promovido pelo freguês, não se conteve e assim falou:

-Chico, mata minha curiosidade.

-Pois não! Pode perguntar.

-Se você diz que gosta tanto da caninha, por que que, ao beber, tapa o nariz?

-É fácil entender – respondeu o Chico. E continuou,” Gosto tanto da cachaça, que só de sentir o cheiro dela, a minha boca enche de água. Como só gosto de tomar cachaça pura, tapo o nariz para a minha boca não se encher de água, estragando o paladar da mesma.

Mais não disse e mais não precisava dizer...

Marcos Coutinho Loures
Em homenagem ao Padre Léo...
Publicado em: 24/02/2007 10:50:37
Última alteração:29/10/2008 18:04:39


Cachucha e Zeca Pistola
Fifa faz holandeses assistirem jogo sem calças

A Fifa, a entidade que controla o futebol mundial, explicou neste sábado porque quase mil torcedores holandeses foram obrigados pela entidade a assistirem uma partida da Copa do Mundo sem calças.


Os torcedores chegaram para o jogo contra a Costa do Marfim, na sexta-feira, usando suas tradicionais calças laranja-claro, mas com o logotipo e o nome de uma cervejaria holandesa.

Como a Fifa já havia advertido que não permitiria nenhuma "campanha publicitária não autorizada", forçou os torcedores a deixar as calças na porta do estádio, para proteger os interesses da cervejaria que patrocina a Copa. Caso contrário não seria liberada a entrada desses torcedores. Eles então tiraram suas calças e acompanharam toda a partida usando apenas cuecas.

Quinze grandes companhias pagaram até US$ 50 milhões cada uma pelo direito de ser um dos patrocinadores oficiais da Copa do Mundo.

A empresa americana Anheuser Busch, fabricante da cerveja Budweiser, pagou pelo direito exclusivo de promover e vender sua bebida nos estádios e em outros locais oficiais da Copa. A concessão de uma das cotas de patrocínio a uma cervejaria americana provocou um forte ressentimento na Alemanha, um país que se orgulha pela qualidade de sua cerveja e que tem leis rígidas para controlar sua composição.


Esse fato me faz recordar um dos mais comentados episódios da história do futebol santamartense.
Jogo final do campeonato municipal entre Santa Martha e São José do Caparaó.
Jogo difícil, o time de São José contava com alguns dos maiores craques da região, importados a peso de ouro pelo mecenas do time.
Entre eles o mais temido era Cachucha. Centro avante de fama até fora do estado, tendo tido uma passagem profissional pelo Ipiranga de Manhuaçu.
Reserva, é claro, mas profissional.
Tínhamos o conhecido João Polino, ex-técnico do Santa Martha, como Conselheiro do time.
Bom conselheiro de conselhos tortos para momentos difíceis.
Ao perceber que seria muito difícil vencer a partida, João Polino resolveu montar uma armadilha para o ataque da equipe adversária.
João armou o seguinte esquema defensivo para tentar salvar a equipe:
Havia uma jovem não muito bonita, mas com pernas muito bem torneadas e coxas fantasticamente roliças, muito conhecida como namoradeira lá pras bandas de Santa Martha, estendendo sua fama até aos municípios próximos.
Por causa daquelas coxas, muitos cabras já tinham trocado tapas, pescoções e até tiros.
Conta-se que algumas cicatrizes escancaradas nos rostos de alguns cidadãos daquelas bandas, tinham a assinatura das coxas de Malú, apelido da jovem senhorita.
Pois bem, João posicionou estrategicamente a moçoila por trás do gol do time de Santa Martha; com uma minissaia exuberantemente curta.
Segundo a determinação do conselheiro Polino, a cada ataque do adversário, principalmente se Cachucha estivesse com a bola, Malú, simplesmente abria um pouco as pernas e, com a visão paradisíaca, o resultado seria óbvio.
Encerrado o primeiro tempo, o resultado de tal estratégia não surtira nenhum efeito, o jogo já estava quatro a zero para São José e com todos os gols feitos por Cachucha.
Terminado o jogo, e o placar de sete a dois para o time visitante, João resolveu tirar a história a limpo.
Ao entrar no vestiário do time adversário, com a desculpa de parabenizar a outra equipe pela vitória, obteve a resposta esperada.
Ao flagrar Cachucha semi-nu, entre beijos e abraços, agarrado no pescoço do beque central do time, Zeca Pistola, percebeu o motivo delicado do apelido do centro avante.
O pior de tudo foi, segundo João Polino, o espanto causado pela justificativa do apelido do zagueiro...
Publicado em: 20/08/2006 06:57:10
Última alteração:26/10/2008 22:35:26



CACO
Caco
Apenas caco
Resta o caco
Caco ou caca?
Publicado em: 20/08/2008 21:52:22
Última alteração:19/10/2008 20:29:46



CACOS DE ESPELHOS 2 DE GONÇALVES REIS

CACOS DE ESPELHOS

Olhando-se nos cacos do espelho
Em cada caco há uma persona
Há sempre uma máscara à tona
Num tom azul, dourad'ocre, vermelho...

Há algo angelical - há um chavelho
Num olho em tantos olhos ele toma
Em pensamentos mútuos assoma
Da poesia faz seu evangelho...

Um plurifacetado em profusão
Ator das letras - um camaleão
Uma esquizofrenia da palavra

As mentes sendo côncavas - convexas
Ou simples e diretas - mais complexas
Um Midas, Mago - um Marco em sua lavra...

OBRIGADO AMIGO
Publicado em: 15/08/2007 13:00:12



Cacos
Por esse tempo todo que passei,
Ao te rever, parece que foi ontem...
A mesma boca triste que fez lei,
Impede que as saudades se recontem...

A mão que tenebrosa, foi açoite,
O tempo que passamos, antes, juntos,
Refletem no espetáculo da noite...
Estávamos distantes, sem assuntos...

As minhas mãos, teimavam serem dela
Os olhos que mirei no camarote,
Ao fundo decorando triste tela,
Amor secando a fonte até que esgote...

O tempo irresponsável, fez cisão,
Uma parede atroz enfim se erguia...
O medo precipita a decisão,
No lago não concebe mais enguia...

Não posso desculpar-me, pois apenas
Uma saudade enorme, na porta entre...
Não vejo tempestades nem acenas,
Nos barcos que permitam que se adentre...

Desatam-se tão céleres os nós,
Não resta nem metade que fui eu.
Resume-se tristeza volta aos pós,
No fundo amor que mata, mereceu...

Nos medos que me deste e eu vivia,
O tempo amargurando nosso doce,
Não posso perceber maior valia,
Derrotas, acumulo... A noite trouxe...

Rever-te foi somente triste alento,
A noite da partida se confessa,
Saudades vão e voltam com o vento,
Os erros cometidos não dão pressa...

Amar demais passou a dar vertigem,
Um coração se agita nesta cela...
O medo conspurcando a falsa virgem,
O rosto transtornado da donzela...

Quem fora só metade quer o tanto,
Quem sabe da saudade, diz amor,
A noite espreitando nosso canto,
No resto desta história, desamor...

Não quero conceber que seja jogo,
O medo no teu rosto se revela...
Ardendo me derreto no seu fogo,
A noite se ilumina tua vela...

Nos olhos negros, luzes irradias,
Nos medos pardos, sangue que destilas,
Nos cantos alvos, cruzes que me guias,
Nos prados verdes, brilham-te, pupilas...

Tua partida deixa seus recados,
Destróis a vida, partes, tantos nacos..
Agora está valendo, rolam dados,
O que restará, junte aos meus cacos!
Publicado em: 12/10/2006 21:29:29
Última alteração:29/10/2008 12:03:34



Cada macaco sabe do seu galho
Cada um no seu quadrado!

Eu disse ado-a-ado!
Cada um no seu quadrado!
Ado-a-ado!
Cada um no seu quadrado!

Cada macaco sabe do seu galho
E desta forma a vida é mais suave,
Quando compartilhamos nossa nave
É certo que teremos mais trabalho.

Se ao teu lado, querida, eu me atrapalho,
Eu vejo agora nisto um grande entrave,
Para evitar que a dor assim se agrave,
Eu mostro esta carranca de espantalho.

Cada um no seu quadrado; estou na minha,
Seguindo o meu destino nesta linha
Depois de certo tempo; estou sozinho.

Um pássaro procura companhia,
Mas não suporto mais tanta agonia
Ao ver outro canário no meu ninho...
Publicado em: 19/02/2009 19:35:02
Última alteração:06/03/2009 06:17:20



O meu barco pede vela,
Meu amor pede você,
Quando a lua se revela,
Te procuro mas cadê?
Publicado em: 13/04/2007 22:12:47
Última alteração:28/10/2008 01:02:04



CAIS
Abarco o sonho
E desvio a rota...
Cais?
Pra que
Se o porto existe
Em nós mesmos?
Publicado em: 16/01/2010 10:42:56
Última alteração:14/03/2010 21:08:03



Caixeiro Viajante
João Polino, quando rapaz, era um dos maiores conquistadores de Santa Martha, um verdadeiro cavalheiro, dono dos olhos mais azuis do Caparaó.
O seu atual cunhado, José Reis, irmão de sua amada Rita, tinha um armarinho de secos e molhados naquela terra adorada e fria.
João, dono dos seus dezessete anos, resolveu trabalhar com José, de olho na Rita, menina ainda, mas dona de uma mansidão e serenidade realmente cativantes.
Logo assim que começou a trabalhar, João recebeu um convite irrecusável; uma das maiores distribuidoras de alimentos da região, com sede em Cachoeiro de Itapemirim, resolveu chamá-lo para fazer um teste como caixeiro viajante.
João não pestanejou; a possibilidade de um ganho maior e uma vida de aventuras que se desenhava pela frente eram por demais tentadoras para o nosso herói.
O gostoso da profissão era isso mesmo, a variedade de lugares e de pessoas com que conviveria. Todas essas coisas cativaram João, que começou uma história de aventuras sem par...
Numa dessas viagens, João iria para Guaçui, o que não teria problemas já que a cidade tinha uma infra estrutura até que razoável.
O Hotel Real, no centro da cidade tinha vários leitos à disposição dos viajantes de sempre e dos turistas ocasionais.
Acontece que, por aqueles dias, haveria uma exposição de gado na cidade e o hotel estava totalmente completo.
Nada demais para João, acostumado às intempéries da estrada.
Acontece que, quando se preparava para ir para a estrada, viajando para São Tiago e dali para São Lourenço quando encontraria, facilmente carona ou condução para sua amada Santa Martha, a tempo de ver sua Rita, a chuva despencou.
Chuva não, minto; tempestade, e das brabas.
Chovia como dizem alguns , a cântaros, e até canivete começou a cair sobre as costas dos desavisados.
Procura daqui, procura dali, eis que surge a última esperança: uma pensão lá pros lados da Vila Alta, usada por casais em busca de um local sem testemunhas para a noite de amor que se aproximava.
Mesmo lá, não havia leitos. Mas, com pena de João Polino, Toniquinho, o gerente da pensão deu uma sugestão:
Havia um senhor de avançada idade que, sem parentes e sem amigos, morava na pensão, dono de um quarto vitalício, pago regiamente com seus proventos de ex-militar.
A noite avançava e a chuva nem sombra de amainar...
João aceitou o convite de dividir a cama com aquele senhor, inofensivo e asmático.
Noite alta, madrugada adentro, eis que, de repente, o senhor dá um grito e começa a pedir ajuda de João:
-Meu filho, me arranje uma mulher, pelo amor de Deus, te dou tudo o que tenho, mas me arranja uma mulher depressa...
Ao que João impiedoso, respondeu: -De forma alguma meu senhor, nem por todo dinheiro desse mundo!
-Por que, meu filho, me diga por quê?
-Em primeiro lugar, são duas horas da manhã e eu não vou sair de madrugada procurando mulher, tenha a santa paciência!
-Em segundo lugar, está chovendo muito e eu não trouxe nem guarda-chuvas e não quero ficar doente, muito menos pegar uma pneumonia e em terceiro lugar: meu senhor, o que o senhor está segurando não é o seu não, É O MEU!
Publicado em: 27/08/2006 17:37:54
Última alteração:26/10/2008 22:40:57



No ano de 1946, uma terrível enchente afetou a bacia do rio Muriaé, a começar por Mirai o que mobilizou toda a população, no sentido de ajudar a s famílias afetadas. Já naquela época, funcionava na cidade uma pequena confecção de lingerie e, para cumprir sua função social, a dona da mesma começou a procurar os armazéns de secos e molhados, pedindo sacos de estopa para que, deles fossem confeccionadas peças de roupa para os flagelados.

Uma semana depois, com o nível das águas já chegando à normalidade, uma senhora bateu às portas da confecção e houve o seguinte diálogo:

-Bom dia, dona. Estou aqui para devolver a calcinha que a senhora fez e mandou distribuir pra gente.

-Mas o que houve? A senhora não gostou do modelo? Ela ficou apertada?

-Nada disso! Ela até que ficou boa, mas a senhora me desculpe, eu não vou usar de jeito nenhum!

- Mas por quê?

-A senhora tá achando que eu sou quenga? Eu sou uma mulher de respeito e se eu usar uma coisa dessas meu marido me mata!

- Mas...

-Sem mais nem menos, dá uma olhadinha pra senhora ver se eu posso usar isso?

Quando a dona da confecção viu, ficou toda envergonhada...

Nos fundos da calcinha estava escrito, resquícios dos sacos de estopas empregados como matéria prima, os seguintes dizeres:

RAÇÃO PARA PINTO...
Marcos Coutinho Loures


Afasta-te serpente não te quero!
Inferno foi herança que me deste.
Cruel destino é tudo que venero
Que morras precipício feroz peste!

Teu corpo profanado pelos vermes.
Necrofágicos seres te possuam...
Jamais terás nenhum dos vários Hermes
Que sonhaste, que os cardos te poluam!

Que esse corpo padeça sem perdão!
Que nas pernas te comam as varizes,
Que apodreçam, em vida, o coração.
Que a morte sempre pinte vãs matizes!

Teus filhos devorados pelo vício,
Que nas pedras tempestas te maltratem...
Que não sobre de ti sequer indício.
Que as cracas e os corais rosas te matem!

A morte se aproxima tudo sinto.
O gosto desse beijo da medusa.
As dores da saudade já pressinto
Calor vai consumindo minha blusa...

Arranco, mais depressa minha vida...
Nos olhos carregados de paixão.
Te peço, me desculpe essa ferida...
E que tenhas, feliz, teu coração!
Publicado em: 25/09/2008 13:25:36
Última alteração:02/10/2008 14:27:50



Caminhão vai cruzando essas estradas Sextilha

Caminhão vai cruzando essas estradas,
Norte-sul, sem temer as curvas, segue.
Nas descidas, banguela. Nas lombadas,
Nada impede que suba e que carregue,
Um país, nessas tantas toneladas...
Percorrendo os caminhos de mãos dadas,

O progresso e futuro, são seus passos...
Vagando, sem temer má sorte e sina,
Caminha, faz das retas, seus espaços,
Muitas vezes, audaz, nem mesmo atina
No valor que se insere nos seus braços...
O caminhoneiro esquece seus cansaços...
Publicado em: 24/08/2006 16:47:17
Última alteração:17/12/2006 13:11:11


Caminho pelas estradas
Das estrelas derramadas,

Na busca pelo meu sonho
Que tantas vezes proponho

Sem ter medo de cantar
Sabendo que irei te amar

Por mais que nada me impeça
Pressinto que se confessa

Amor que não se domina
Que nada mais se ilumina

Nem lua nem luz solar
Nem estrela a vadiar

Sem ter rumo sem ter ninho
Perdida no meu caminho...
Publicado em: 26/03/2007 23:32:35
Última alteração:28/10/2008 16:59:49



Calor do Teu Olhar

Distante do teu olhar
Na busca do que não vejo
Saudades do teu desejo
Que morreu em meio ao mar.
São tantas saudades tuas
Nas volúpias com que vinhas
Nas noites nossas tão minhas
Tuas carnes, duras, nuas.

Distante do teu olhar...

Como sofro tua ausência...
Não posso mais navegar
As ondas não vão voltar?
Vou pedindo por clemência...
Quero o gosto dessa boca
Nos lábios que não esqueço.
Sem teu amor envileço,
A vida passando, pouca...

Distante de teu olhar...

Esperando tua volta
A volta do meu amor
A minha alma já se solta
Do frio faz-se o calor...

No calor do teu olhar...
Publicado em: 03/01/2007 14:12:30
Última alteração:28/10/2008 20:35:22



Calor que me invadiu...
Calor que me invadiu, teu olhar...
No mar de esperançosas ventanias...
Nos dias que passei, luas redondas
Nas ondas deste mar que tanto espero
No fero sentimento te adorar!
Naufragar em teus braços minha amada...
Cada noite que passo, mais te sonho...
Ponho meus tristes barcos, meus saveiros,
Canteiros que produzem rosas belas.
Telas onde emolduraste tal beleza,
Certeza de que há Deus e que ele ama!
Na chama eternizada dos teus olhos.
Molhos de delicadas ervas trazes.
Fases lunares linda tempestade...
Arde a sutil manhã que prometeste.
Inconteste delírio destes deuses
Reluzes nos orgásticos desejos.
Nos beijos que prometes inebrias...
Frias as minhas noites se não vens...
Tens o poder sublime da loucura.
Moldura que encontrou grande pintor.
Amor que deslindando-se enlanguesce.
Esquece as amarguras e penúrias.
Nas cúrias nos escuros parlamentos,
Ungüentos que me curam e transformam...
Formando delirantes desvarios,
Vários rios que levam para o mar.
Martírios que deixei no pó da estrada.
Fada que me encantou, embriagante
Elegante desígnio divinal.
Final de toda dor, ressurreição!
Afeição extremada, desejosa...
Maravilhosamente apaixonante.
Diante de tanta luz, que faço Deus?
Os meus tormentos mortos, esperanças!
Lembranças destes tempos cristalinos.
Alabastrinos seios doce alvor.
Calor que permanece sem segredo.
O medo de perder, evanescente,
Nascentes deste rio que navego,
Carrego toda luz que te roubei...
Sei de tantos amores, vida breve,
Leve folha, flutua nos meus sonhos...
Medonhos tais fantasmas se perderam...
Eram deveras tristes os meus dias...
Frias as noites, versos sem sentido...
Incontido desejo mergulhava...
Sonhava com paixão, felicidade...
A tarde nunca vinha, nebulosa...
A rosa que plantei só deu espinhos...
Caminhos que segui perdi a esmo...
Mesmo minhas canções eram de dor.
Amor que se omitia, velho e morto.
Porto que sempre nega desembarque.
Parque que não pretende ter criança,
Dança que não deseja nem carinho...
Ninho que desprezou um passarinho...
Vinho que não me deixa embriagado,
Fado, destino, sina, desespero...
Tempero para a vida, sinal glória...
Memória triste, vaga, traz saudade...
Claridade que desfeita, deixa o breu...
Ateu coração pede por um Deus...
Meus olhos imploraram tal visão!
Solução para torpe solidão.
Solidão esvaindo-se depressa.
Compressa cicatriza essa ferida.
A vida que pensei agora trazes,
Fazes todos meus dias melodias,
Orgias são bacantes amplitudes...
Quietudes maravilhas, ambrosia...
Poesia deflagras na fragrância...
Elegância caminha mais suave,
Na nave que julguei fosse perdida,
Comovida, esperando delicia,
Caricia naufrágios tão amargos...
Nos lagos dos meus sonhos és remanso.
Um remanso que em versos, traz calor,
Calor que me invadiu, teu olhar...

Publicado em: 07/10/2006 17:35:52
Última alteração:29/10/2008 12:03:31



Camada de Ozônio e Protocolo de Montreal

Circundando a Terra a uma altitude que varia entre 15 e 40 quilômetros, a camada de ozônio atua como um escudo que nos protege da luz ultravioleta do Sol. Se houver uma deterioração importante dessa camada, os raios ultravioletas destruirão o nosso sistema imunológico e, pois, a capacidade que temos de lutar contra as doenças. Provocarão, além disso, câncer de pele nas pessoas de pele clara, e somente nestas, pois as pessoas de pele escura têm um suprimento abundante de melanina, que as protege dos seus efeitos. Para aumentar o problema, essas radiações solares atacam e destroem o fitoplancto marinho, que é a base da cadeia alimentar que mantém a vida nos mares, e arruínam as plantas terrestres e as colheitas, para além de outros males, cujas conseqüências nem conhecemos em sua plenitude.
F. Sherwood Rowland e Mario Molina, professores da Universidade da Califórnia, provaram em seu laboratório, em 1974, que a camada de ozônio estava sendo seriamente danificada por causa do uso industrial do clorofluorcarboneto, o que, aliás, lhes rendeu o Prêmio Nobel de Química, de 1995. De fato, desde a década de 1970, os clorofluorcarbonetos, ou simplesmente CFCs, compostos artificiais inventados nos laboratórios dos Estados Unidos e da Alemanha, constituídos de carbonos ligados a átomos de cloro e de flúor, tornaram-se o principal fluido ativo dos refrigeradores e dos aparelhos de ar condicionado, em substituição à amônia e ao dióxido de enxofre, e preponderaram na indústria microeletrônica e na fabricação de espumas, produtos de limpeza, aerossóis e solventes químicos. Quando esses produtos são consumidos e as geladeiras e condicionadores de ar são postos a funcionar, o clorofluorcarboneto liberta-se para a atmosfera, espalhando-se ao redor do planeta. Um gás praticamente inerte, que, entretanto, tem grande capacidade de destruir o ozônio, sem ser destruído. Cada átomo de cloro liberado na estratosfera pode remover 100 mil moléculas de ozônio, antes de regressar à superfície da Terra, na forma de cloreto de hidrogênio. O buraco na camada de ozônio diminui durante o inverno, mas aumenta na primavera, sobretudo na Antártica e, de maneira menos importante, no Pólo Norte. A própria indústria, a princípio relutante, teve de reconhecer a gravidade do seu produto, cujos efeitos maléficos podem perdurar por algumas dezenas de anos.
Em 1978 o uso dos CFCs em aerossóis foi proibido nos Estados Unidos, Canadá, Noruega e Suécia, e algumas indústrias importantes começaram a desmobilizar suas fábricas de CFC, a partir da década de 1980. O primeiro acordo global foi alcançado pelo Protocolo de Montreal, de 1987, pelo qual 150 nações se comprometeram a reduzir o uso dos CFCs à metade, até o ano de 2000. Duas revisões desse acordo foram acertadas, em Londres e Copenhague, a última das quais em 1992, ficando estabelecido que todas as nações importantes do mundo se empenharão em reduzir a zero, até 2030, a produção de CFCs e de outros halocarbonetos, de propriedades semelhantes.
Desde 1995 não se produz mais o CFC em escala industrial, limitando-se a uma produção marginal, para fins médicos. A conseqüência é que já se observa uma redução sensível no buraco de ozônio sobre a Antártica, sendo esperada a total regeneração da camada de ozônio até o ano de 2050.

Autor: REMO MANNARINO

http://ohomemhorizontal.blogspot.com
Publicado em: 18/03/2007 14:19:58




CAMINHOS DO AMOR
Ahhh
caminhos de
pecado
e de prazer,
chama ardente,
que nos tira
do sério,
são bocas
que se beijam,
mãos que percorrem
nossos corpos ...

Prazer total ...
(ivi)


Deitar-me toda noite do teu lado,
Em teu corpo buscar sendas divinas...
Nas ondas do prazer enamorado,

Tu sabes, quando queres, me alucinas...
Depois deste desejo saciado
Beber de tuas fontes, águas, minas...

Teu corpo junto ao meu, sorriso franco,
Acaricio manso; a tua face,
Sobre o lençol macio, alvo, branco
Amor que a gente fez, cedo renasce

Sentindo os teus espasmos de prazer,
Requebros maviosos e meneios,
Vontade de, de novo, acontecer...
As mãos te acariciam, pernas, seios...
Publicado em: 25/03/2008 23:14:19



Sinto a fúria do teu desejo...
Reflecte-se no teu olhar...
Mas...
pegas-me ao colo...
cuidadosa...
suavemente...
Num abraço profundo
Longos minutos assim ficamos...
Até o teu desejo novamente...
Explodir...
Num reencontro com o meu.....

Caminho que nos leva, todo de ouro,
Aonde as esperanças já florescem
Os sonhos e desejos sempre crescem
Tomando nossa vida em tanto louro.

Tu és, neste caminho, o meu tesouro;
Teus versos carinhosos enobrecem
Amor que se faz fonte, nascedouro
De um tempo divinal que luzes tecem.

Tomado por teus passos, caminhando
Em trêmulas vontades, te tocando
Sorvendo em tua boca um doce vinho.

Amor que se espalhasse pela Terra
Cessaria com toda estupidez da guerra
Trocando estes obuses por carinho...

MARTA TEIXEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 29/05/2007 13:51:08
Última alteração:05/11/2008 21:50:13



Portas abertas
Secretas entradas
Nas hostes da ilusão
Quase nada restando.
Amores vazios
Espaços alertas
Outras descobertas
Olhos, fios.
Ventos frios
Esperança fugaz.

Mostras teus dentes
Risos e lástimas
Lágrimas e cismas
Somos os mesmos
E nada mais teremos
Senão a certeza
De nós mesmos...
Publicado em: 10/05/2007 11:15:02
Última alteração:28/10/2008 17:04:46


Caminho no compasso Amor ganhando espaço
Caminho no compasso
Amor ganhando espaço
No verso que te faço
Rodopiando lento,
Teu mel, viva ternura
Desejo que me cura,
Da vida que se apura
Em cada sentimento.

Bebendo tua boca
Vontade quase louca,
Qualquer palavra é pouca
Para isto traduzir,
Vencendo o duro frio,
Amor em rodopio
Promessa de um estio,
Mostrando o que há de vir

No dia mais airoso
De amor feito gostoso
Um canto mais charmoso
Inundando o regato,
Eu quero ter, querida,
Por toda a minha vida,
A sorte decidida,
Amor que é bom de fato...
Publicado em: 09/10/2008 08:30:27



Cansado de saber de desenganos;
E meu coração
despedaçado,
relembra
nossos momentos

intensos,
insanos,
profanos ...
(ivi)



Cansado de saber de desenganos;
Momentos infelizes, corriqueiros,
Cultivo uma esperança nos viveiros
Sinônimo complexo; dita os planos

Deixando para trás versos insanos,
Os sonhos são mordazes companheiros,
Envolto por olhares feiticeiros
Promessas sensuais, ritos profanos.

Coração à deriva busca um porto,
Felicidade além de um vão aborto
Esconde-se detrás da bela prenda

Não quero em tua vida ser adendo
E quando os teus segredos eu desvendo;
O Paraíso deixa de ser lenda...
Publicado em: 12/05/2009 17:00:31
Última alteração:17/03/2010 19:46:38



Caminhos tão diversos que percorro

Tento e luto para andar sem que o caminho
me pareça só de pedras - um tormento.
Flores vejo, mas também enxergo espinho
que machuca os meus pés sem um alento.

Em mim sempre vôa alto o sentimento
que me impele a buscar algum carinho.
Tento e luto para andar sem que o caminho
me pareça só de pedras - um tormento.

Ilusões, sonhos loucos, eu vou sozinho
procurando acertar nesse andamento,
dedilhando alguns versos no meu pinho,
canção triste que ecoa em vão lamento.
Tento e luto para andar sem que o caminho...

HLuna

Caminhos tão diversos que percorro
Demonstram quanto a vida vale a pena.
Enquanto a solidão ao longe acena
Nos braços de quem amo, eu me socorro.

Depois de cada vale encontro um morro
E após um outro vale toma a cena
Se alma for inteira e não pequena
A vida traz o frio e mostra o gorro.

Assim entre os espinhos e as floradas,
Estrelas tão distantes alcançadas
E o verso me servindo como alento.

No eterno vai e vem, ondas do mar,
Aprendo a cada dia, mais amar,
Libertando afinal meu pensamento...
Publicado em: 04/02/2009 13:44:16
Última alteração:06/03/2009 07:00:10


Camões amou Portugal
E lhe cantou ilusões.
É esse todo o meu mal,
Não ser igual a Camões...

REMO MANNARINO.

Publicado em: 08/03/2007 14:19:05
Última alteração:28/10/2008 10:04:52


Campainha
Na porta de tua casa
Procurei a campainha...
É melhor arder em brasa
Do que ficares sozinha...
Publicado em: 11/11/2006 10:08:18
Última alteração:30/10/2008 10:47:16



canarinho quando canta
canarinho quando canta
esquecendo da gaiola
muita gente até se espanta
na alegria entra de sola...
Publicado em: 17/01/2010 16:02:51


-Canção da Serenidade
Canção da Serenidade

Debruço-me no clássico da mente
O som envolto na melodia Dante
Faz poemas de amor inconstante
Para burlar coração exílio crente

De amor que nasce de quase nada
Morre de quase tudo num instante
Ressuscita qual Lázaro em flagrante
Revive qual romeiro na jornada

Canto o meu canto assim onírico
Fazendo dos sonhos sem pesadelo
Uma arma como amuleto lírico

A serenidade me guia na estrada
Levo nas notas a canção de Iris
Voando nas cores leves do arco-íris

Sogueira

Envolto pelas Musas, sentimento,
Tomado por constante turbilhão,
Fazendo uma sublime evocação,
Escuto qual resposta, um manso alento.

Quem ceva; a vida toda, o sofrimento,
Sendo jogado no olho do tufão,
Explode tolamente num lamento,
Imerso dentro em si, adentra o chão.

Porém quando das ninfas, escolhido,
A angústia se perdendo em vago olvido,
Rocios amaciam seu caminho.

Iridescente mundo se apresenta,
E enquanto a turba insana, os gozos, tenta,
Degusta um mavioso e tenro vinho...
Publicado em: 13/12/2009 08:53:06
Última alteração:16/03/2010 13:27:41



CANÇÃO DE AMIGO

Que a sorte esteja sempre
presente em teu caminho.
Seja na noite escura,
ou de manhã - cedinho.
Venturas te desejo,
carinho e amizade.
Que gozes por inteiro
da tua liberdade,
mas lembra um pouquinho...
me lembra com saudade.

A sorte em meu caminho
Se faz em braço forte
Meu norte no teu ninho
Meu ninho no teu norte.

Eu tenho uma ventura
Uma ventura imensa
Ternura em recompensa
Recompensa em ternura.

De ter tua amizade,
Tua amizade ter,
Vencer a tempestade
Por na amizade crer.

Desejo o teu abraço
Teu braço que me guia,
Guiado pelo laço
Que assim já me prendia

Amiga como é bom
Poder contar contigo,
A vida em mesmo tom:
Nossa canção de amigo...

HLUNA
Marcos Loures
Publicado em: 11/07/2007 15:21:08
Última alteração:05/11/2008 19:32:48



CANÇÃO

Nunca mais eu falaria
Do vento que me levou
De tudo o que me restou
Na curva que não faria.
O tempo que se passou
No sonho do novo dia.

Dia que trama futuro
Em marcas do que passei.
No mundo que já sonhei
Porta, sala, quarto muro,
Na saudade que carrego
Desse beijo que procuro.

Mas nada vejo. Ninguém
Amor que talvez exista.
Tristeza que não insista
Senão eu chamo meu bem.
Depois vou dançar na noite
Que a noite mansa já vem...
Publicado em: 31/12/2006 21:09:17
Última alteração:28/10/2008 19:09:53



Cansaço de tantos medos
Cansaço de tantos medos
Segredos destes cansaços,
Quero saber teus segredos,
Me prendendo nos teus braços...
Publicado em: 17/12/2008 07:52:22
Última alteração:06/03/2009 14:07:35


Cansado de saber de desenganos;
E meu coração
despedaçado,
relembra
nossos momentos

intensos,
insanos,
profanos ...
(ivi)



Cansado de saber de desenganos;
Momentos infelizes, corriqueiros,
Cultivo uma esperança nos viveiros
Sinônimo complexo; dita os planos

Deixando para trás versos insanos,
Os sonhos são mordazes companheiros,
Envolto por olhares feiticeiros
Promessas sensuais, ritos profanos.

Coração à deriva busca um porto,
Felicidade além de um vão aborto
Esconde-se detrás da bela prenda

Não quero em tua vida ser adendo
E quando os teus segredos eu desvendo;
O Paraíso deixa de ser lenda...
Publicado em: 12/05/2009 17:00:31
Última alteração:17/03/2010 19:46:38


Caminhos tão diversos que percorro

Tento e luto para andar sem que o caminho
me pareça só de pedras - um tormento.
Flores vejo, mas também enxergo espinho
que machuca os meus pés sem um alento.

Em mim sempre vôa alto o sentimento
que me impele a buscar algum carinho.
Tento e luto para andar sem que o caminho
me pareça só de pedras - um tormento.

Ilusões, sonhos loucos, eu vou sozinho
procurando acertar nesse andamento,
dedilhando alguns versos no meu pinho,
canção triste que ecoa em vão lamento.
Tento e luto para andar sem que o caminho...

HLuna

Caminhos tão diversos que percorro
Demonstram quanto a vida vale a pena.
Enquanto a solidão ao longe acena
Nos braços de quem amo, eu me socorro.

Depois de cada vale encontro um morro
E após um outro vale toma a cena
Se alma for inteira e não pequena
A vida traz o frio e mostra o gorro.

Assim entre os espinhos e as floradas,
Estrelas tão distantes alcançadas
E o verso me servindo como alento.

No eterno vai e vem, ondas do mar,
Aprendo a cada dia, mais amar,
Libertando afinal meu pensamento...
Publicado em: 04/02/2009 13:44:16
Última alteração:06/03/2009 07:00:10




Cansaço de tantos medos
Cansaço de tantos medos
Segredos destes cansaços,
Quero saber teus segredos,
Me prendendo nos teus braços...
Publicado em: 17/12/2008 07:52:22
Última alteração:06/03/2009 14:07:35



CANTANDO AO TEU LADO
Mineirinho já tem fama,
deu trela e papo do moço,
está enrolado na trama,
só escapa depois da cama.

Mas a cama é sempre virtual,
eita menino desconfiado...
canta, canta, mas de soslaio,
não entra em nenhum balaio.

SIMONE CONDE

Essa fama do mineiro,
Dele ser desconfiado,
Não tem fundo verdadeiro
Eu sou muito confiado,
Vou mostrando o tempo inteiro
Coração enamorado,
Solto a voz, canto ligeiro,
Mas porém vou encantado
Pelo sonho alvissareiro
De cantar sempre ao teu lado...
Publicado em: 17/01/2010 15:25:38


“Enquanto quis Fortuna que tivesse
esperança de algum contentamento,
o gosto de um suave pensamento
me fez que seus efeitos escrevesse.”

Luis de Camões

Cantando nos meus versos a Fortuna
De ser bem mais feliz que merecera,
A sorte desejosa e tão soturna
Por tantas vezes quase se perdera.

A lua conselheira e mãe noturna
Em seu abrilhamento convencera
Qual mar que vai vencendo uma alta duna
Salgando todo o canto me tempera

E faz de cada verso encantamento
Forjado nas fornalhas de um amor,
Que traz contentamento ao pensamento

Buscando em mansidão; quase encantado,
O sonho delicado de compor
A sorte deste amor, mudando o Fado...

Publicado em: 20/03/2007 11:04:46
Última alteração:15/10/2008 19:43:15



Cansado de viver inutilmente,
E
nosso Amor,
faz parte de
nossa alegria,
nossas vidas ...
(ivi)


Cansado de viver inutilmente,
Refém dos meus anseios sem proveito,
O quanto que vier, eu quero e aceito,
Um pouco me fará bem mais contente.

Às vezes te pareço displicente,
Mas sei reconhecer cada defeito,
Se tudo nesta vida tem um jeito,
Por mais que o sol pareça-te inclemente...

Não tenho as ilusões; as arrebento,
Apenas não queria o sofrimento,
Mas cada vez que a dor chega mais forte

Eu chego a Te pedir, ó Pai supremo,
O alento derradeiro e num extremo
Eu faço uma oração pedindo a morte!
Publicado em: 17/03/2009 20:27:11
Última alteração:20/03/2009 16:49:57




Sóbria me sobrou verdade, esta tormenta
Resquício do que foi, felicidade enfim
De novo volto ao copo, tristeza que se assenta A dor que dói, algoz,
se acalma dentro em mim... Na taça da saudade eu bebo a tua imagem Que
ao ermo se perdeu, a dor que me maltrata Recolho da lembrança, a única
bagagem Momentos que ao teu lado, tão ternos se retrata!

AMG

Cansado de viver tão maltratado
Erguendo o meu olhar e nada vendo,
Agora ao encontrar-te aqui do lado,
Segredos do prazer; logo desvendo.

Fogueira da paixão, amor acendo
E tendo o corpo meigo e delicado
Da moça mais bonita; recebendo
Do deus do amor, Cupido, o seu recado.

Tomando este energético potente,
Garanto que ninguém vai reclamar,
Vontade de te ter é mais urgente

Que a própria decisão de crer no amor.
Um só não vale nada, eu quero o par,
Aí meu mundo, enfim, encantador!
Publicado em: 09/01/2009 12:07:58
Última alteração:06/03/2009 11:40:35



Cansaço de tantos medos
Segredos destes cansaços,
Quero saber teus segredos,
Me prendendo nos teus braços...


Cansado dos temores mais insanos
Que o nosso caso traz por uns momentos.
Nas mudanças de ventos e de planos
Esqueço de meus próprios sentimentos.

Assim vivemos juntos, muitos anos;
Lutando contra as dores e os tormentos
Nós vamos cometendo mil enganos
E logo talvez venham sofrimentos.

Mas quero conhecer os teus segredos,
Atando-me em teus braços, pois quem sabe,
Terminem os meus velhos, tristes medos

E a gente possa ser o que sonhamos,
Porém venha bem antes que se acabe
Amor por quem sonhamos e lutamos.

Publicado em: 03/12/2007 03:46:39
Última alteração:10/10/2008 16:16:37



CANTA LIVRE UM PASSARINHO

Canta livre um passarinho
Encontrando a liberdade
Da alegria faz seu ninho
Canta livre um passarinho,
Mas não canta mais sozinho
Quando vê felicidade.
Canta livre um passarinho
Encontrando a liberdade.

Tendo enfim felicidade
Canta livre um passarinho
Com total sinceridade
Tendo enfim felicidade
Em seu ninho, liberdade
Vai cantando no seu ninho
Cheio de felicidade
Canta livre um passarinho.

MEU PRIMEIRO TRIOLÊ
Publicado em: 10/01/2008 18:46:35
Última alteração:22/10/2008 19:42:59



Canta, canta curió,
Canta, canta curió,
Não pára de assim cantar,
Coração batendo só,
O teu canto faz chorar...
Publicado em: 13/10/2006 15:26:14
Última alteração:30/10/2008 10:37:38



Canta, canta meu amor. Canta que não trazes dor Canta o canto que se ouvia
Canta, canta meu amor.
Canta que não trazes dor
Canta o canto que se ouvia
Canto o canto que sobrou
Canta a tua melodia
Que te encanta e me encantou.

Canta sem saber direito
Se cantar tanto alivia
Canta canto satisfeito
Que já te satisfazia
Se não canto tanto espanto
Tanto quanto te queria
No cantar que quero tanto
E no entanto não fazia...

Canta, canta sem razão
Se emoção já te encantou
Se não trazes ilusão
Teu cantar já me arrastou
Já me enleva o coração
Explodindo de emoção.
Neste barco que me leva
Lava a minha alma


Publicado em: 13/10/2008 23:35:02




Canta, canta... canta, enfim, meu coração,
canta a tua dor, canta a tua alegria,
expõe nos versos com calor a emoção
aquela que viveste e te segue todo dia.

Teu canto sinto como bela melodia,
é puro sonho, é a mais doce canção.
Canta, canta... canta, enfim, meu coração,
canta a tua dor, canta a tua alegria.

Que importa se existe ou não razão
pra teu cantar, pra essa louca insania
Não faço, nunca fiz a menor comparação,
apenas alço vôo, vôo em tua companhia.
Canta, canta... canta, enfim, meu coração!

Canta, canta meu amor.
Canta que não trazes dor
Canta o canto que se ouvia
Canto o canto que sobrou
Canta a tua melodia
Que te encanta e me encantou.

Canta sem saber direito
Se cantar tanto alivia
Canta canto satisfeito
Que já te satisfazia
Se não canto tanto espanto
Tanto quanto te queria
No cantar que quero tanto
E no entanto não fazia...

Canta, canta sem razão
Se emoção já te encantou
Se não trazes ilusão
Teu cantar já me arrastou
Já me enleva o coração
Explodindo de emoção.
Neste barco que me leva
Lava a minha alma

HLuna
Marcos Loures
Publicado em: 28/01/2007 13:11:38
Última alteração:06/11/2008 11:54:49





O que farei sem teu olhar querida?
Trazendo todo o lume desta vida,
Olhar que me traduz , em desatino,
O sonho que tracei pr’o meu destino;
Caminho que pressinto, seja o meu.
No olhar que me penetra manso, ateu...
Teus olhos, minha amada, sobrevida
De quem não teve nada em sua vida...
Meu sol, por conseqüência, minha glória.
Teus olhos são meus versos, minha história...
Minha amada! Perceba que sem ti
De tudo que não tive, mais perdi.
Não quero mais sofrer, isso é segredo,
Não deixe que me vença o triste medo,
De viver sem teu amor, por tanto tempo...
Viver sem ter amor, que contratempo!

Não vês que sem te ter, cadê ternura?
A noite sem futuro, tão escura,
Desejo poder ter o teu enlevo
Carícias percorrendo o teu relevo
Entrando nessas matas divinais,
Mordendo tua boca, canibais
Carinhos que jamais eu negarei,
Nas grotas onde tanto mergulhei,
Nos lagos que me inundam de prazer,
Por todos os teus rumos, me perder...
Adormecer sem hora de acordar
Senhora do viver, do meu amar...
Te quero, minha deusa, minha musa,
E desabotoar a tua blusa
Invadindo teu ser sem ter receios,
Beijando calmamente os lindos seios...

Depois, com toda calma e mansidão
As mãos que te percorrem sem perdão,
Correndo toda a sorte de perigo
Beijar tão docemente, teu umbigo,
E ter a sensação de ser um rei,
Jazendo sobre o manto que sonhei,
Entrando nos recônditos pomares,
Saber te dar prazer nos amares,
Sonhando com delícias, maravilhas,
Os vértices gentis, tuas virilhas,
As violetas belas, todas roxas,
Os delicados velos, tuas coxas.
Saber de teus desejos onde espalho,
As gotas divinais do teu orvalho.
Depois de tanta louca insensatez
Saber que, enfim, amor maior se fez...
Publicado em: 12/12/2006 21:10:51
Última alteração:28/10/2008 20:31:01



Se encontrar no seu caminho
a mulher que já queri,
faz o sinal-da-cruz
e foge como eu fugi.

Tanto amor que te queria
Tu não me queria nada,
Teu namoro era de dia
O meu? Só na madrugada...

Fui fazer minha morada
Cobertinha de sapê
Na primeira chuvarada,
Meu amor, perdi você...

Foi-se embora quem eu quis
Ela não quis nem saber
Se sofro ou se sou feliz,
Se estou vivo ou vou morrer...

Foi pra casa da Maria
E fechou meu coração,
Meu amor se não queria,
Por que criar ilusão?

Mas agora estou contente,
Já arranjei quem bem me quer,
Na noite tem quem me esquente,
Arrumei outra mulher...

Se te vejo nesta estrada,
Eu faço o sinal da cruz,
Eta mulher assombrada
Rezo logo um “ai Jesus”.

A porteira da saudade,
Eu tranquei, não abro não,
Encontrei a liberdade,
E salvei meu coração.

Tanta coisa de ruim,
Essa mulher sempre traz,
Só por isso falo assim:
-Vadre Retro Satanás!

A primeira trova é da região de Patos de Minas, Minas Gerais
Publicado em: 10/03/2007 16:17:43
Última alteração:28/10/2008 17:21:58


Amar demais assim é um tormento
Sôfrega o coração em doses mil
Quisera amar assim e ser amada
Pra vida se ofertar mais varonil

Amo-te assim mesmo em doses lentas
Saboreando amor que tanto tens pra dar
E nossos versos se entrelaçam em harmonia
Rolando na imaginação em alto mar

Bebendo este licor ao pé do cais
Nas ondas balançando ao som do vento
Os sonhos se misturam compunjentes
Sem regras, que na vida é só tormento

A liberdade mostra um claro dia
Distante de uma agônica altivez.
Mil vezes um vibrar em harmonia
Do que viver cativo, como vês.
Um pássaro recende a poesia

Nos vôos que encetar num belo céu;
Se canta; na gaiola, é de tristeza;
Sem asas; nem abelhas, nem o mel.
Embora toda dor tenha beleza;
Traz-nos uma agonia em carrossel.

Da dor que gera dor; o que pensar?
Amor se reproduz em esperança,
Que resta-nos senão por isso amar,
Teus versos, nos meus versos, contradança...

SOGUEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 26/05/2007 16:17:13
Última alteração:05/11/2008 21:52:21



CANTO DE AMOR

A madrugada veio -
Trazendo um segredo
Encheu-me de enleio
Não mais fiquei com medo.
Pois que tudo passa -
Querendo a gente ou não
E o sol na sua graça,
Sorria-me então...

Tramando esperança
Vivendo na paz
Amor se me alcança
Já me satisfaz
Em verso um encanto,
O canto que encanta,
Amor sem espanto
Cobrindo qual manta

Se mostra feliz
E molda o futuro,
Amor sempre quis
Sem mágoas ou muro.
Vencendo a discórdia
Com taquicardia
Vai logo, e acorde-a
Nasceu novo dia!

GONÇALVES REIS
MVML
Publicado em: 20/08/2007 20:48:16
Última alteração:28/10/2008 16:38:12



CANTANDO NOSSA AMIZADE /

Nos sonetos que fazes, minha amiga
Eu sinto uma beleza sem igual,
Que sempre na alegria já prossiga
Teu canto tão formoso e maioral.
Meu canto nos teus versos, pois, consiga
Fazer do amor um sonho principal.
Tu tens toda a magia, poetisa,
De transformar tempesta em calma brisa...


Teus versos enriquecem minha estima
Quando os leio o sonho principia
Sinto-me amada no momento
A recíproca é verdadeira que envio
Os pés saem do chão em sentimentos
Ao findar a leitura, a realidade inicia
Noutras palavras novo sonho que envias

Tens nas palavras o poder de encantar
Mesmo irreal o amor nasce irrequieto
Mas na amizade o encanto me apraz.
Não importa se algum dia te encontrasses
E na presença nada em ti me agradasse
Ficava a força das palavras envidas
Enaltecia o amor ao poeta à amizade

Quando o tempo não dá fico saudosa
Das palavras do meu porta todo prosa

MARCOS LOURES
SOGUEIRA
Publicado em: 06/11/2007 15:24:40
Última alteração:31/10/2008 17:38:41




Canta, canta meu amor.
Canta que não trazes dor
Canta o canto que se ouvia
Canto o canto que sobrou
Canta a tua melodia
Que te encanta e me encantou.

Canta sem saber direito
Se cantar tanto alivia
Canta canto satisfeito
Que já te satisfazia
Se não canto tanto espanto
Tanto quanto te queria
No cantar que quero tanto
E no entanto não fazia...

Canta, canta sem razão
Se emoção já te encantou
Se não trazes ilusão
Teu cantar já me arrastou
Já me enleva o coração
Explodindo de emoção.
Neste barco que me leva
Lava a minha alma
Leva essa calma
Traz tua palma.
Tanto me acalma...
Publicado em: 27/01/2007 17:10:24


A ternura, minha amiga,
Seu mimo consolador.
Traz a noite que castiga
Traz a festa deste amor...

A ternura de te ter
Amiga, minha esperança
De viver tanto prazer,
Quanto a vida já me alcança.

Na dança que te proponho
Sem medo e sem temor,
Amiga, viver o sonho
Numa toada de amor.

Na noite que não tivemos
No dia que não passamos,
Poesia que vivemos,
De tanto que nos amamos...
Publicado em: 28/01/2007 11:49:00
Última alteração:28/10/2008 18:25:00



CANTAR O AMOR //

Meu canto te prendeu, estás cativo
da graça que eu tenho, do sorriso
que explende em meu rosto como o sol.
Por isso meu canto se faz altivo,
não esvoaça a esmo indeciso.
É luz, aurora clara, é arrebol.
Dourada é a manhã iluminada,
que canta o amor - doce alvorada.


Um canto em que se mostra êxtase pleno
Expressa o sentimento mais profundo
Viaja sem destino pelo mundo
E encontra seu abrigo mais sereno

Nos braços que se abriram num segundo
Vertendo em cada verso um mar ameno
Tocando bem mais forte, lá no fundo,
Antídoto do amor contra o veneno

Daqueles que não sabem ou disfarçam
Achando que é sem graça esta emoção.
Os dias mais vazios sempre passam

Sem ter ao menos sonho ou ilusão.
Cantar o amor nos torna mais libertos,
Sem medo de encarar frios desertos...

HLUNA
Marcos Valério Mannarino Loures
Publicado em: 02/08/2007 21:37:49
Última alteração:05/11/2008 17:15:31




Buscando desta vida desde cedo
Conhecer os caminhos dessa sorte
Que tantas vezes causa temor, medo.
Muitas vezes preciso ser mais forte
Esse é o meu segredo.

Tantas vezes, preciso te dizer,
As pedras machucaram; cicatriz.
Mas nada nem ninguém pode conter
A luta por um dia, ser feliz.
Assim eu tento ser...

E faço do meu canto um estandarte
Levando minha voz com esperança
A quem quiser me ouvir, em toda parte
Quem sabe na promessa de aliança
O amor meu baluarte.

Eu sei que tantas vezes sou piegas
Pareço muitas outras imbecil.
As plantas são diversas noutras regas
Dependem desta luz se mais sutil
Amores soam bregas.

Porém tantos poetas de valor
Fizeram tantos versos deste jeito.
Não quero ser nenhum ás, professor,
Apenas vou cantar desse meu jeito,
Cantando o meu amor!
Buscando nesta vida acertar,
me arranhei em pedra e espinho.
Porém foi como o sol a iluminar
quando te encontrei em meu caminho.

Eu quero receber o teu carinho
na noite ao dormir... ao despertar.
Buscando nesta vida acertar,
me arranhei em pedra e espinho.

Tu tens o poder de me encantar,
e povoar de sonhos o meu ninho.
Adoro sempre ouvir o teu cantar,
é como o trinar de um passarinho.
Buscando nesta vida acertar...


Marcos Loures
H Luna

Publicado em: 24/01/2007 12:56:08
Última alteração:06/11/2008 11:55:10



CANTAR O AMOR /


Vivendo a divina ventura de te amar
De par em par,
Assomam-se desejos destes beijos...

Paixão acelera o coração...
Não contenho-me de me atirar assim,
Nos seus braços, sem juizo...

No delírio da febre que me queima,
Teima a minha alma em te aclamar...
Vem me amar, e conter este lampejo...

Unir-me a ti
Em amor sem fim,
Adentrar a noite, que ora, cai...
Quente e vibrante...

Mais que antes,
Sem fim, eu te quero...
Te amo e venero,
Nos teus braços me perder...
Até em combustão, me desfazer,
A gemer de prazer...


Amor sem fim adentra o pensamento
Em galopante insânia, qual corcel,
Voando em liberdade, bebo o mel
Atrelo meu galope num momento,

E trago sem pudores, sentimento
Retiro, lentamente, roupa e véu,
Sagazes sensações, nosso dossel
Espalha fantasia, roça o vento.

As garras penetrantes da pantera,
Os lábios delicados da mulher,
Em prazerosa entrega, contradança,

Nas sutilezas rara primavera,
Topando qualquer coisa que vier,
Invadindo as defesas, tesa lança...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 25/08/2007 22:42:53
Última alteração:05/11/2008 12:58:26


CANTEIRO DA ESPERANÇA
No canteiro da esperança
Eu plantei felicidade,
Vendaval sem ter bonança
Só colhi, no fim, saudade...
Publicado em: 28/08/2008 13:35:35
Última alteração:17/10/2008 14:24:30


Canteiro onde cultivo as minhas flores,
Cultivando Flores*

Das flores que cultivas no jardim
Quero ser do outono a colheita
Da fruta saborosa sem espreita
Sabor da mastigança no festim

Plantei na enxurrada a semente
Que colherei na safra costumeira
Embrulho que farei sob a esteira
Que envio ao sudeste na vertente

Sentados na ilusão pego a carona
Viajo até ti mesmo no inverno
Não levo a sombrinha nem o terno

E neste frio intenso quero a mão
Juntinho ao coração contigo hiberno
Até noutra estação em comunhão

Sogueira

Canteiro onde cultivo as minhas flores,
Lembrando de Cecília: framboesas,
Embrulho nos meus sonhos tais belezas
Seguindo, meu amor, por onde fores.

Os véus das esperanças, multicores,
São frágeis, mas denotam fortalezas,
Nos versos que tu crias; as grandezas
Que impedem o surgir de velhas dores.

Fazendo do dueto, a comunhão,
Florindo de alegrias o sertão,
Servindo como ponte à fantasia.

Nos olhos delicados, mãos serenas,
Futuro mais airoso; cedo acenas,
Regando os meus jardins com poesia...
Publicado em: 24/03/2009 05:27:55
Última alteração:17/03/2010 20:58:26



Cântico de amor/ Minha fantasia...

Sintonia de almas / Uniforme sensação

doce melodia/ trazendo um arrepio

a dois!/Num mágico torpor...

Mara Pupin/Marcos Loures

Publicado em: 21/03/2007 18:08:20
Última alteração:28/10/2008 05:44:14



Cantiga de esperança ao fim da tarde,
Canto
esta canção
de Amor
pra te ter
junto a mim ...
(ivi)


Cantiga de esperança ao fim da tarde,
Veredas que vislumbro no horizonte,
O fogo da paixão deveras arde
E bebo esta alegria em clara fonte...

A vida se passou sem dar alarde,
A luz que se escondia atrás do monte
Por mais que muitas vezes se retarde,
Mesmo que em brilho efêmero desponte

Promete um doce alento ao caminhante.
E ao ver o encantamento num instante
Tomando todo o céu, esplendoroso,

Além de um relampejo tão somente,
Iridescente e terno, permanente,
O olhar torna meu dia fabuloso!
Publicado em: 05/01/2009 10:29:47
Última alteração:06/03/2009 12:35:53


Capela e Arcos
Botequim e tremoços, língua defumada...
Cerveja e amigos, noites afora...
As lembranças e os não sei.
As mentiras e as conquistas.
Vitórias e derrotas se misturam.
Verdades são jogadas ao vento.
Um pobre mendigo e um coração de boi,
Manjubinhas e sardinhas fritas.
Rosas e estrelas, noites e coiotes...
Motes e medalhas, mortalhas e meretrizes...
Botequim, Lapa, Rio, esquinas...
A música ao longe e tão perto.
O futuro incerto, o medo da noite.
O açoite e o pernoite.
Hotéis de terceira categoria.
Se ria mas não seria séria se não fosse.
Ofuscada noite, o Fusca e a moça.
A blusa aberta, os seios caídos.
Os ouvidos abertos, as balas e os carros.
Confusas noites, pernas e sexos...
O sol nascerá....
Publicado em: 24/10/2006 17:37:11
Última alteração:29/10/2008 12:03:46




CARÍCIAS
Tua carícia em minha pele mil delícias,
Eriçando pêlos em malícia,
Quanto mais a mão se perde em delícias,
Minha flor umedecida abre e clama,
Tua língua passeando, sugando inflama,
Tarde de amor ensandecida.........


Regina Costa

Carícias delicadas
Em ânsias perpetrando
Desejo penetrando
Aonde mais safadas
As noites desejadas
E mesmo desde quando
O todo se entornando
Volúpias ancoradas
Nas tantas maravilhas
Aonde queres, trilhas
E deixas teu perfume,
No quanto te desejo
O mais sublime ensejo
Por onde a gente rume.
Publicado em: 03/07/2010 16:37:28



Provados já,
À ferro e à fogo...
E havendo o amor vencido...
Nada mais temamos...
Meu amigo!

Paixão de luta,
Pela sorte mais querida,
Se agigante...
Que vença a vida!

O amor...
A amizade...
Os cantos de verdade...
A solidariedade...
A verdadeira alegria,
De uma existência plena
De real valia!

E se assim, não for...
Melhor morrer!
Que a vida sem amor,
Não vale a pena!

Canto de liberdade em tom maior
Com toda esta alegria de viver.
Mostrando cada vez mais união
Num gesto de firmeza em tal prazer
Que sempre nos faz ver uma esperança
Na mansa e verdadeira sintonia,
Do dia que virá sem mais espanto,
Do canto mais possante em nossa voz.
Dos nós que nos ataram, solidários,
Dos vários sentimentos mais felizes,
Matizes mais diversas deste céu
Que em mel se fez brilhante em azulejo.
No desejo mais possante e mais capaz
Do nosso sonho audaz de puro encanto,
Do canto em liberdade, amor maior...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 05/05/2007 22:21:41
Última alteração:06/11/2008 08:07:45

Cantares tantos, tantos eu te faço,
para exaltar o amor que sinto e vivo.
De muito eu estou preso no seu laço,
por ele, só por ele eu sobrevivo.

O amor quando aparece é compulsivo,
e de repente ocupa todo o espaço.
Cantares tantos, tantos eu te faço,
para exaltar o amor que sinto e vivo.

Eu quero, sou sincero, o teu abraço,
que importa se de ti fiquei cativo?
Quero teus olhos lindos de mormaço,
quero teu beijo quente e abrasivo.
Cantares tantos, tantos eu te faço...
Na balada que preparo, rara amada,
Na cara madrugada tão sonhada.
Sou nada se não tenho teu amor.
Se nada mais que fui, hoje não sou,
Apenas minha amada, rara, amada...

Toadas que entoavas se cantavas
Encantos que distantes ecoavas
Com tantas melodias; naves, dias.
Voando nos teus aços, braços, laços...
Cansaços esquecidos, idos, ledos.


Cantares e saberes, tantos mares
Amares e marés que nunca param.
Que mudam e que inundam, levam...
Nas asas mansas anjos, banjos, bandos...
As estrelas velas belas acesas

Te quero e sou sincero no querer
Balada que te fiz
Amada fada
Fazer feliz...

HLuna
Marcos Loures
Publicado em: 20/02/2007 12:39:47
Última alteração:06/11/2008 12:07:13



CANTO DE LOUVOR À AMIZADE /

Dancemos à alegria que nos move...
Façamos deste rito, a nossa vida...
Cantemos a canções mais preferidas
Do amor que iluminou a voz perdida...

Dancemos cada passo da alegria
Que sempre a brindar-nos dia a dia
Acaba por tomar as nossas mãos
E torna-nos amigos mais que irmãos...

Sigamos espalhando mil sorrisos...
Quiçá conosco sigam mil amigos...
E a vida mais que um vagar,
Permita-nos amor maior, que há!

Espalho em cada canto o meu sorriso
Onde espero espelhar felicidade.
A morte quando vem não manda aviso
Por isso é bom viver totalidade

Sabendo que no sonho em que matizo
Encontro teu olhar com liberdade
Um novo mundo; então, esquematizo
Aonde encontre em paz, sinceridade.

Amigos; encontrei por toda parte
Amores esquecidos, vento leva,
Aprendo todo dia uma nova arte

Com quem compartilhando cada passo
Acendo fogaréu matando a treva
Voando em plenitude, ganho espaço...

ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Valério Mannarino Loures
Publicado em: 02/08/2007 15:21:08



CAÓTICA VISÃO CATÓLICA
Católica heresia
Hipocrisia eu vejo
Caótico momento
Aonde em vão dardejo
O todo noutro rumo
E sei da velha face
Inquisidor caminho
Cenário se repete
E o quanto se reflete
Nas mãos conservadoras,
E sei dos mesmos passos
Enquanto no passado
Bebesse aristocrata
Figura burocrática,
E sem sentido algum
Vendendo um velho e tosco
Diadema como tema
De caos após o cais
E expele com furor
Draconiano templo
Dragões entre as senzalas
E nelas tanto exalas
As podres faces
Negaceando o rumo
De quem quisesse ser
Deveras mais cristão.
Encontro em Vaticanos
Os olhos mais venais
E nestes vendavais
As vendas são constantes,
Profetizando a dor
Invés da plena paz
E o canto mais mordaz
Alenta esta serpente,
Vilipêndios envoltos
Nos olhos mais revoltos
Da santa inquisição,
Mortalha reproduz
O quanto nega em luz
E vende a mesma cruz
Esquece a liberdade,
E esgota em temporais
Os dias sem futuro
O passo em solo duro
E o templo em funerais.

Publicado em: 08/10/2010 20:15:44
Última alteração:08/10/2010 20:18:11



Carregando este amor que fortalece
Eu conheço um segredo pra dormência;
pras horas onde as sombras atormentam...
É fácil! Só há perda aos que não tentam.
Cuidar de alguém melhora a permanência

ao lado do Senhor e a paciência
se torna gotas que aos poucos sustentam
e cobrem densas noites, alimentam...
O enfado passa a vir sem a frequência

de modo que outras cores enxergamos.
Cuidar dos que estão próximos é fácil;
Missão é carregar gente que está

melhor que nós e assim fortificamos
a mente que costuma ser retrátil,
mas será transformada: Ele virá!

Ronaldo Rhusso

Carregando este amor que fortalece
E traz uma esperança interminável,
Por mais que o solo seja farto, arável,
Uma alma sem destino, em vão fenece;

Fazendo de um soneto, quase prece,
Um mundo que imagino mais amável
Humanidade sendo palatável,
Às normas do Divino, alma obedece

Fraternidade sólida esperança,
A fera mais voraz, o amor amansa
Quem vive esta certeza sabe bem,

Somente esta alegria tem valor,
Um novo amanhecer, a se propor,
Perpassa este horizonte e segue além...
Publicado em: 29/12/2009 13:13:06
Última alteração:15/03/2010 22:10:34


CARMITA LOURES
Maria do Carmo Coutinho Loures, mulher semianalfabeta, católica fervorosa, daquelas que reza o terço duas vezes por dia, que lê a Bíblia todos os dias, filha do segundo casamento de um fazendeiro da cidade de Miraí, MG, pai de 20 filhos, Marcos dos Reis Coutinho; de uma bondade inesgotável; sobrevivendo de um salário mínimo, morando sozinha até os seus 80 e tantos anos, uma mulher mineira, mãe mineira, avó mineira...No quintal de sua casa, menino em busca do pé de laranja lima. Fazendo as traquinagens próprias da idade, chupando laranja no pé e brincando de esperança, pescando junto com meu pai. A casa da Vó Carmita era meu porto seguro; cinema no centro da cidade, filme de Mazzaropi, o Carlitos da minha infãncia.Nos meus sonhos de criança, aprendendo a conviver com a simplicidade deliciosa de uma casa que tinha uma tomada na sala e outra na cozinha. um banheiro único de chão de cimento, com um chuveiro que sempre dava choque transformando o ato do banho num desespero, até porque a energia elétrica da cidadezinha era muito fraquinha e, volta e meia, caia, deixando a água fria escorrer dolorida.Miraí era a pracinha onde brincávamos, sem medo de nada, criança liberta, dona do mundo. Passarinhos e estilingue, mas nunca matei um sequer, ela nunca deixaria.Um dia, seu irmão caçula, ainda vivo, furtou um frango na vizinhança e pediu para que ela o fizesse ao molho pardo; delicioso, mas, na hora do almoço, o pilantra disse que a irmã estava mudada, que, de acordo com seus princípios religiosos, ela não poderia roubar nada, e ela estava roubando; revoltada, ela se ergueu e, pedindo respeito, disse que naquela casa nunca tinha entrado nada roubado, mais que depressa, se ergue o José Coutinho, acabaste de comer o frango que roubei da Margarida; vizinha da esquerda da casa simples.Meu tio Valério, de quem herdei o Marcos Valério, herói de meu pai, também Marcos, que foi pracinha na segunda guerra mundial, lembranças de uma infância feliz.Me lembro da minha avó que, tal qual a mãe de Gorki, escondia O Capital, e vários manifestos aos quais meu pai tinha acesso e não podiam aparecer, já que a opressão era muito forte e ele, diretor de colégio estadual que, em plena ditadura encenou Morte e Vida Severina com seus alunos, na ultra conservadora Muriaé, onde a TFP de Alckimin reinava absoluta, com seus contatos que, na época, me pareciam obscuros, hoje muito me orgulham.Essa mulher frágil, viúva aos 50 anos de idade, católica fervorosa, humanitária ao extremo, tinha, entre seus ídolos, um certo metalúrgico que surgia no cenário do país, em pleno regime de exceção;Petista de coração e alma, socilalista sem o saber, dizia que via por trás daquela rosto barbudo e cabelos desfeitos, os olhos de um homem bom.Em todas as suas atitudes, socialista; acreditava na igreja de pé no chão, tinha muita alegria quando ouvia qualquer coisa relacionada ao Frei Beto, a Dom Helder e a Dom Paulo Evaristo Arns.Na sua doçura, na ternura de seus olhos, na ingenuidade santa de seussonhos, na igualdade de não olhar nem para baixo nem por cima, do amor equalitário e libertário viveu, sem realizar seu sonho de ver o rapaz de cabelos desfeitos e olhar bondoso se tornar o presidente desse país; No dia 21 de abril de 2000, numa sexta feira santa, o céu católico comemorou a entrada de mais um anjo. Segundo me dizem, foi uma festa fantástica. Hoje, com certeza apreensiva, com as artimanhas dos anjos do mau, mas com a esperança renovada da vitória do bem sobre as sombras, o coração socialista dessa mulher forte em sua fragilidade, torce para que a vida dos humildes, como ela, não seja só uma abertura para o reino dos céus, mas a concretização da dignidade do ser humano nessa terra, nossa terra...
Publicado em: 10/08/2006 16:18:13
Última alteração:23/10/2008 13:12:53




Casalzinho namorand
Casalzinho namorando
Lá na praça num banquinho.
- Pensa no que estou pensando.
- Deixa de ser safadinho!
Publicado em: 14/08/2008 13:26:02
Última alteração:07/10/2008 15:01:33


Casamento começa na lua-de-mel e termina na lua-de-fel...
74

Mote

Casamento começa na lua-de-mel e termina na lua-de-fel...

Casamento é uma aventura,
Começa em lua-de-mel.
E, se é bom, enquanto dura,
Termina em lua-de-fel..

Marcos Coutinho Loures

Sou teimoso, sim senhor,
Não desisto, companheiro,
Vou vivendo tanto amor,
cutucando este vespeiro...
Publicado em: 20/11/2008 14:04:55
Última alteração:06/03/2009 18:43:12





A divisão do trabalho caseiro, nas grandes famílias do interior, era motivo de tranqüilidade para a chefe da casa, a zelosa mãe de muitos filhos e filhas.

Até a filhinha mais nova, com sete aninhos de idade, tinha suas tarefas delineadas e, por mais incrível que possa parecer, a principal delas era a de, toda manhã, ir ao galinheiro, pegar os ovos e verificar se uma ou outra galinha ainda botar, naquele dia.

Para tal, a garotinha enfiava o dedinho mínimo na cloaca da galinha e, com aquele toque descobria se a mesma estava prestes a botar um ovo ou não.

Situação constrangedora para as galinhas que, ao receberem aqueles “carinhos” reagiam com muitos cacarejos de protesto.

Protesto maior quando, por qualquer motivo, Ritinha não podia fazer o serviço e em seu lugar aparecia Maria, dona dos seus vinte e poucos anos e com o dedo, proporcionalmente, maior. Além das unhas, é claro, todas muito bonitas e fortes, para sofrimento das pobres galinhas.

Um dia, o anel de noivado de Maria caiu no galinheiro e, sobre ele, voaram patos, galinhas e até o papagaio que andava solto no quintal.

Na tentativa de recuperar o anel, Maria prendeu todos no galinheiro e começou a verificar se o anel ia sair ou não, pela cloaca.

No meio daquele desespero, e bem na hora que ia ser examinado, o papagaio voou para o alto de telhado e decretou, com toda a força de seus pulmões:
-Comigo Não, violão! Se quiser verificar alguma coisa, só no Raio X!

Marcos Coutinho Loures
Publicado em: 12/04/2007 15:54:28



CARTÃO DE CRÉDITO
De uns tempos para cá, a esposa do Galhardo que trabalhava fora, começa a chegar em casa mais tarde e a fazer serão, nos fins-de-semana.

De quando em vez, também ela aparecia com um presente caro, como um anel de brilhantes, um perfume francês, um vestido novo e coisas assim.

Sem poder conter a curiosidade, o marido resolve interpretá-la.

- Eu quero saber como é que a Senhora consegue tanta coisa cara. Eu só tenho uma explicação.

- Calma amor – disse a mulher. É que eu consigo comprar tudo, no cartão de crédito, em suaves prestações.

Neste mesmo dia, estava ela tomando um banho para sair para novo serão, quando a água do chuveiro acaba, no instante em que ela estava toda ensaboada.

No mesmo instante ela chama o marido:

- Amor! Me traz um balde com água para eu poder terminar o meu banho.

Instantes depois, ele bate na porta do banheiro, com uma canequinha d’água na mão.


Ao ver aquilo, a mulher chia:

- Mas o que é isso, amor? Só este tantinho, não dá;

Ao que o esposo responde:

- Dá sim. Hoje, você lava só o cartão de crédito!
Publicado em: 08/04/2008 08:34:33
Última alteração:21/10/2008 18:11:51



CAUSA E EFEITO
Os dois amigos se encontram:
- Você sabe que o Arnaldo está hospitalizado? - comenta um deles.
- Não pode ser! Ainda ontem eu o encontrei num baile, dançando com uma loira fenomenal...
- Pois é, a mulher dele também!
Publicado em: 14/09/2008 21:38:52
Última alteração:17/10/2008 13:32:10




CAUSO DE ASSOMBRAÇÃO
O povo da roça tem muito medo de assombração, ainda mais quando se mora bem longe do centro da cidade. Eu estava num sítio desses considerados mal assombrados, quando o pai de uma amiga minha chegou branco como cera e acordando todo mundo. Ele conta que estava no curral ordenhando vacas, quando de repente olhou pra cima no pasto e viu um "negócio" branco e transparente se movendo e fazendo um barulho. Parou e observou. Viu que o barulho tinha cessado, pegou o canivete e subiu pasto acima para verificar se era mesmo assombração. Ele estava contando e disse: "Se existe assombração vou ver é hoje!". Quanto mais foi subindo mais o "negócio" mexia e aumentava de tamanho, e conseqüente o medo também. Chegando lá o que era?
Uma sacola plástica que o vento tinha provavelmente levado pro pasto e, como a luz do curral incidia naquele ponto, dava então um ar fantasmagórico e o vento gélido de abril assoviava mexendo com o saco.
Assombração não foi, mas só pelo susto deu pra quase ver uma assombração humana na minha frente.

AUTORA Gabriela Marquito
Publicado em: 05/03/2008 15:59:29

Cavalgando a minha puta


Cavalgando a minha puta
Noite inteira, não me canso
Vou melando cada gruta
No prazer que sempre alcanço
Minha amada já desfruta
Deste sonho em que me lanço,
Eu te quero bem safada
Com a xaninha raspada.

No teu cu, fazendo a festa
Tua boca, o teu grelinho,
Louco desejo se empresta
Mas coloco de mansinho
Arrombando cada fresta
Com tesão e com carinho,
Eu te quero bem putinha
Tão cheirosa esta xaninha.

Num boquete mais gostoso
Tua língua no meu saco,
Vou encher de tanto gozo,
Com certeza o teu buraco
Um lugar maravilhoso,
Enfiando língua e taco
Eu te quero toda minha,
Tão safada e bem putinha.
Publicado em: 03/11/2007 21:46:42
Última alteração:29/10/2008 19:05:54


Cavalo quando é bom vale tesouro,

" Cavalo quando chucro não tem jeito
só se for aí na tua terra;
aqui um bicho bravo a gente encerra
e ele amansa: a chinoca dá-lhe o peito!"

Chaplin

Cavalo quando é bom vale tesouro,
Mulher é como pedra lapidada,
Se tudo na verdade não diz nada,
Eu quero na morena ancoradouro.

No sol do seu olhar, sempre me douro,
E sigo a vida inteira na invernada,
Porém se a mata quer ser desbravada
Ainda com certeza dou no couro.

Amansa o coração de um bom mineiro
A moça quando espalha o doce cheiro
Fazendo nesta noite uma arruaça,

Bebendo em sua boca a maravilha,
Encontro nesta prenda uma armadilha
E entorno poesia com cachaça.
Publicado em: 17/02/2009 21:06:49
Última alteração:06/03/2009 06:22:42




CEDO OU TARDE...
Não tenho mais crença
Amor é doença
Não há quem convença
Nem em convenções
Que após as sanções
Ações vão cair
Na bolsa da vida...

Cedo ou tarde
Se cede arde
Depois não reclame
Não chame a polícia
Nem mesmo a perícia
Delícia carícia
Malícia
E a gente vicia

Foi assim que aconteceu
Com o pai do Jeremeu
Gostou viciou
E agora se chama Julieta
Vivendo em falseta
A cobra matou
O pau arrancou
Só pensa em trocar
E quer colocar
No lugar
A xereta.
Completa
Com lábios de mel
E molhada de chuva...
Uva
Chupa.
Nem com lupa
Você verá o
Final desta história...

Cedo ou tarde
Se cede arde
Depois não reclame...
Publicado em: 15/08/2008 15:12:06
Última alteração:19/10/2008 20:14:36


Céu cinzento
Céu cinzento traz a chuva
Que como parto me farta.
Falta a sorte que me cubra
Na curva que vejo enfarta
Sou triste? problema meu
Meus olhos empoeirados...
Nesta chuva são lavados
E levados pelo breu
Das almas que não me tocam
E que trocam de patrão
Sigo sendo sem meu não
O não que nunca quis ser
Nos olhos que vou morrer
Morto de tanta tristeza
Meu bem deitado na mesa.
Sobremesa sem jantar.
Altar dos sonhos quem dera...
Quem me queima? essa quimera
Não era que me queria
Querida não se perdoe
O mundo quase que canta
O medo não mais me encanta
E o céu cinzento não chove...
Publicado em: 01/12/2006 00:37:46
Última alteração:29/10/2008 12:00:44


Céu dourado de saudade/Estrelas sem rumo Gonçalves Reis e ML

Céu dourado de saudade/Estrelas sem rumo


Alma então dilacerada/procurando um abrigo


Na ilusão de uma esperança.../despencam. Cadentes...

GONÇALVES REIS / ML
Publicado em: 18/12/2007 14:45:17
Última alteração:23/10/2008 08:57:32



Cego Amor

Meus olhos são tomados pelo belo
Ao verem teus olhares minha amada,
Em campos que pretendo, disfarçada
Mostrando-me destino por quem velo.

Diviso com teus olhos envolventes
O siso vou perdendo num instante
Não quero dos amores ir distante
Apenas dos tristonhos e descrentes

Se tenho meu amor em doce esfera
Espero que me mostre bom futuro
Se vago pelos cantos, salto o muro
Enfrento finas garras desta fera.

Estranha solidão não posso crer
Que venha deste amor que já concebo
Os ventos dos olhares que recebo,
Em cego amor prossigo e vou viver!
Publicado em: 30/11/2006 23:36:22
Última alteração:29/10/2008 12:00:47



Cego de Amor!

A lua, companheira de jornada,
Pelos versos que faço a minha amada
Que nem lê, nem percebe que a quero,
Apenas imagina que esta lua
Que tanto canto e, sempre que a venero,
Na verdade, venero a luz que é tua.

No teu brilho me espraio toda noite
Toda noite sonhando com pernoite
Ao lado desta lua que não vê
Meus olhos mendigando o teu carinho.
Tantas vezes procuro mas, cadê?
E no final, sempre vou dormir sozinho...

Mas espero que a lua te convença
A dar-me, no final, a recompensa,
De poder despertar ao lado teu,
Todo envolvido pelo teu luar,
Meu medo é que vivendo neste breu,
A claridade enfim, possa cegar!
Publicado em: 05/12/2006 08:54:20
Última alteração:29/10/2008 11:59:15



CELEBRAÇÃO AO AMOR


Velejo por teu corpo
Meu ponto de partida
Meu porto de chegada
O tempo que me resta
Razão de minha vida.
O vento que te trouxe
Tão doce solução
Emana em teu perfume
Perfeita conjunção
Do amor que sempre quis
Do quanto que desejo.
Um mar de amar imenso
Que em oceano fez-se
Tatua uma esperança
No peito de quem sonha.

Publicado em: 01/08/2008 19:55:11
Última alteração:19/10/2008 22:09:58


CELEBRANDO O AMOR

Que enfim, um laço firme se afirme
É tudo o que desejo nesta vida
Que o amor em amizade tão querida
Transborde em alegria, meu viver...

Contigo, canto o canto da harmonia
Que traz, nestes meus dias, bel´s momentos
Quiçá não perseguisse-nos tormentos
Que roubam desta vida,todo riso...

Te amo, sou feliz e nem preciso
Dizer-te o quanto prezo essa amizade...
Nos braços deste amor, enfim bendigo,
Celebro com ternura, essa verdade.

Celebro nosso amor em vinho e festa
Num ato de paixão e de querência
Não quero mais da vida uma inclemência
A mocidade enfim renova e atesta

Que a vida que passei, sendo funesta
Renasce nos teus braços com decência
Jamais quero viver em penitência
O tempo que não sei quanto me resta...

Assim, em meio a beijos e vontades,
Que satisfeitas tramam liberdades
Sem prazo, sem limites, mas constantes.

Amar é caminhar no que bendigo,
No verso que se faz bem mais amigo,
Certeza de prazer na doce amante...

ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Loures
Publicado em: 12/07/2007 19:38:19
Última alteração:05/11/2008 19:30:45


Celebro uma lembrança do moleque
Porta aberta


Abro a porta e entra a Saudade
trazendo-me um perfumoso buquê
de marias-sem vergonha; quem vê
logo lança um sorriso de maldade.

Saudade? Saudade eu tenho de quê?
Dos meus tempos de menino da cidade
pequerrucha? O doce de batata, o purê
com carne assada da mamãe-felicidade?

Chega-me a Saudade sem queixume
e me abraça, olhos d'água ao pé do lume;
fazemos festa do passado; que repasto!

Engasgo-me de noite; a língua da alvorada
vem lambendo minha poesia mal rimada
e a Saudade já vai longe. Sem um rasto!

GOLBERI CHAPLIN


Celebro uma lembrança do moleque
Que um dia se fez rei e não sabia.
Uma alma tão travessa quão vadia
Abria no horizonte um vasto leque.

O tempo faz com que este rio seque
Restando esta saudade tão vadia,
Distante da divina rebeldia,
Jogando na defesa, viro beque.

Pudesse ter nas mãos o meu destino,
Voltava a ser sem dúvida, o menino
Que a vida, dia-a-dia destroçou.

Correndo atrás do tempo, uma saudade
Dizendo desta Angústia que me invade,
Goleiro que falhou em cada gol.
Publicado em: 30/01/2009 18:46:30
Última alteração:06/03/2009 07:02:12

Cena de sangue num bar...


Aquela tarde foi decisiva. Esperara o telefonema de Neuza durante a semana toda, e nada...

Nada de Neuza, nada do amor tantas vezes jurado e sonhado. Chegara a querer Neuza mais que a própria vida.

Vida, que vida? Amores são coisas passageiras, fazem passar o tempo, assim como o tempo faz a gente esquecer.

Esquecer como? As noites, tantas noites, a embriaguez de Neuza, o copo de cerveja esvaziado a cada instante, a vida passada nos braços e nos desesperados pesadelos.

“O amor, quando é demais, ao findar leva a paz”, mas não é somente isso, levou a vida.

O tempo congelado, a vida congelada, o emprego se danara, a esperança também.

Restara somente um sabor, o jiló da vida dera o amargo mote para uma existência sem sentido, sem paz, sem futuro.

Apenas uma coisa restara, a vingança.

Vingaria, de qualquer forma, custasse o que custasse.

A magia da esperança se tornara no desencanto da perda, da pedra incrustada no peito, na alma, no que restasse...

Ao descobrir, tempos depois, que Neuza estava namorando um velho amigo, tudo desabou de vez.

Logo ele, a quem tanto dera apoio, nos momentos mais difíceis, amigo do peito, amigo... O peito, a faca, a vida rodando, girando como se fosse uma roda gigante, no parque sem graça da infância recordada, na destruição do que antes construído com muita dedicação e luta.

A rosa vermelha, a boca vermelha, os bares, o Campari, sem amparo, no doce amaro das noites.

A sinuca passara a ser o ganha pão, as apostas, as perdas e danos da lida transformadas em porres homéricos, em pileques gigantescos, onde Neuza rodava, girava e o sangue...

O gosto da vingança estava na boca, ruminado, único norte, único rumo...

Sabia que Neuza iria ao parque, ao bar, ao mundo, e a esperava.

Num momento, os dois rodando, girando, sentados no bar. Na esquina, no bar, o vermelho da rosa colocada sobre a mesa, na toalha vermelha, as cadeiras vermelhas, a mesa...

No momento final, a faca erguida, veio toda a vida, desde a criança pobre, à chefia do departamento, abandonada, jogada fora...

E, num instante, a face avermelhada pela embriaguez, a desesperança, a gravidez de Neuza denotava a vida que viria, a esperança que não mais lhe pertencia e a faca...

Uma só bastou, a pontaria era boa, o sangue pela boca, o coração aberto...

Aberto o peito, sobraram os gritos apavorados de Neuza, e o medo estampado no rosto do namorado.
Publicado em: 09/12/2006 20:37:21
Última alteração:30/10/2008 09:35:31



CENAS DE UM CASAMENTO
Um jovem muito observador, conseguiu definir o casamento de acordo com a vida no campo. Ele dizia:

- Casamento

é como o ato de domar um cavalo bravo.

No instante em que você pensa em montá-lo, chega um amigo e amarra o estribo. Outro vem e segura o freio; mais outro aparace e o ajuda a subir na sela.

Assim que você está montado, TODOS ao mesmo tempo largam o animal que começa a dar pinotes como um louco.

Aí, já em lugar seguro, os amigos correm atrás do cavalo gritando para você:
- Guenta firme parceiro.


Já aquela senhora na tentativa de reconquistar o fogo inicial do marido, resolve encomendar o Kit Tiazinha.

Naquela noite um pouco antes do marido chegar, ela se prepara para recebê-lo e veste a roupa de Tiazinha, certa e que irá fazer sucesso.

Assim que o esposo entra no quarto, ela pergunta:

- Com quem estou parecida, bem?

E o marido, prontamente responde:

- Do pescoço para cima parece o Zorro, mas do pescoço para baixo, parece o Sargento Garcia...

Todo o esforço terminou em uma chicotada na cara do infeliz...

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 07/04/2008 13:52:20
Última alteração:21/10/2008 20:00:32



centroavante conhecido,
centroavante conhecido,
com mulher só se dá mal,
sem visão, anda perdido,
vai virar beque central...
Publicado em: 16/01/2010 14:23:58
Última alteração:14/03/2010 20:48:14


Cerzindo uma esperança em verdes linhos.
E rosas em botões desabrocharem
E vendo lebres, aves e arminhos
A teu sorriso é luz amada Karen

Os ovos em seus ninhos se rompendo
As borboletas todas enfeitando
A primavera vindo e envolvendo
Dizendo assim o amor está chegando,

E aos poucos dominando toda a cena,
Trazendo no seu bojo bela aurora,
Que em cores tão diversas vem amena,
E nela uma esperança se decora

Moldando em cada cena, mansa e cálida.
Promessa divinal de uma crisálida..


GONÇALVES REIS
MVML
Publicado em: 30/08/2007 18:05:31
Última alteração:02/11/2008 21:58:27


cevo o mate da esperança
cevo o mate da esperança
galopando nas coxilhas
meu amor jamais se cansa
vai seguindo as tuas trilhas.
Publicado em: 22/10/2008 13:36:09


CHAMAmento


CHAMAmento

Todo chamado do meu ser,
Corpo, alma e coração são
Teus..
Meus gritos são prá ti;

A noite negra sobre a minha
Pele morena fez poema em
Meu amanhecer
Quando senti teus apelos
Eriçando meus pelos,
Respondeu-me o amor
Num delicado ardor;
Escravizou-me inteira,
És-me dono e senhor;

O vento soprou meu canto e
Tu devolveste-me a música...
E assim propagou-se de encanto
E ternura, nossa deliciosa mistura;
E eu te amei mais do que ontem,
Menos que amanhã,
Porque hoje eu só sei te amar
Na esperança deste dia que
Poderei te ver, te sentir, te tocar...
Vem sem demora,
Eu estou a te esperar.

REGINA COSTA



Pudesse neste instante estar contigo
Deliciosamente em luz intensa,
E quanto mais de ti a alma convença
Voar sem ser alado enfim consigo,
Há tanto que te quero e assim persigo
Além do quanto sei ou mesmo pensa
Sonhando com a noite clara e imensa
Aonde no teu corpo; o meu abrigo.
Singrando mares feito um louco eu tento
Deixando para trás qualquer lamento,
Vivendo a plenitude junto a ti,
E sendo teu decerto não me engano,
Dos sonhos o superno e soberano
Sem medos nem pudores me embebi.
Publicado em: 10/06/2010 16:17:19

Chamando pelo teu nome...

Gosto amargo da saudade
Fica na boca da gente
Quando vem a claridade
Com o sol lá no nascente.

E o sol, que sempre brilhou
Na aurora de nossa vida,
Há muito que não voltou;
E se foi, sem despedida...

Bem sei que já vai embora
A mulher que tanto amo,
Correndo por mundo afora,
Teu nome, somente, chamo...
Publicado em: 03/12/2006 20:29:24
Última alteração:28/10/2008 20:48:18



Visto-me de branco
E enfeito-me de ouro.
O céu é a cor dos meus cabelos,
Suaves como as nuvens.

Caminho pelos oceanos
E as ondas perfumam o meu corpo,
Harmonioso como o amor
Que me enfeitiça.

Deito-me com as estrelas
E o luar é a manta que me cobre.
O vento sopra palavras de amor
E o meu sexo é fogo…

…Que arde por ti!
…Que pensa em ti!
…Que chama por ti!



A noite salpicada em mil estrelas

Que tramam belas telas neste astral

Rondando entre essas nuvens meteoro

Mergulha sobre as águas do oceano..



As ondas quebram na areia

Brilhosas em fantasias

Nessa areia incandescente

Belezas e poesias...



Deitando nesta praia

Sob manto de ternura

O vento lentamente

De toda dor me cura...



E ardo por ti

E penso em ti

E chamo por ti....

Jesus Ramos

Marcos Loures
Publicado em: 26/01/2007 11:28:42
Última alteração:06/11/2008 11:55:01


Chegada// Esperança

tracei varias trilhas// a esmo

mundo de sonhos// sem nexo;

reais...//fantasias...

Mara Pupin // Marcos Loures
Publicado em: 03/04/2007 20:08:26
Última alteração:28/10/2008 06:06:01


Chove chuva de mansinho


Chove chuva de mansinho
Me acalanta e me fascina
Molhando devagarinho
Minha sorte determina...
Publicado em: 02/03/2008 22:14:20
Última alteração:22/10/2008 14:03:51


-Chegará o mestre?
Chegará o mestre?

Que joio tão bravo
matou teu trigal?
Que morte escravo te fez
neste vão matagal?


Teu arrependimento de viver
- não ter vivido - ascende do teu poço
e, haste de treva, choro e vão querer,
abre-se em luar sem uso e sem destroço.

Entre nomes e números em ser,
arisco solo entre os teus passos foge,
e cairás no não mais acontecer,
sem amanhã, sem ontem e sem hoje:

não fecharás a tua outrora mão;
sem seus mil donos e nenhumas servas,
não mais te saberá teu coração,

nem teus olhos de vácuo vertical
traduzirão, por entre pautas de ervas,
o teu resto de nunca, escrito em cal.

CHAPLIN

Os olhos furiosos da pantera
Que espreita, desdenhosa um ser que sonha,
Buscando a direção, em luz se enfronha
Teimando em aguardar a primavera.

Aonde a poesia se tempera
Cenário que alegria em paz componha
Tornando a caminhada mais risonha,
Um frágil sentimento agora gera.

Nas mãos de um Ser supremo, a direção,
Na senda que espinhosa, nos liberta,
Das ervas que tu cevas, cada grão,

Frutificando a glória de saber
Que a estrada mais difícil, a mais certa.
Da qual, o Paraíso eu possa ver...
Publicado em: 30/11/2008 21:43:00
Última alteração:06/03/2009 16:28:21


-Cheguei
Cheguei

Nem notei o tempo rápido e mudo
Contando a passagem por minutos
Abrindo cada entrada em segundos
Inerte noutro campo não fecundo

Apresei os passos engomei a roupa
Pus o melhor calçado o relógio aqui
Pra não atrasar o poema, não esqueci
Do papel no canto da bolsa e rouca

Declamei teu poema lá na sala
E noutra voz que a emoção não cala
Lembrou da mensagem sempre terna

Como raio clareando em luzerna
Palavras tatuadas na lembrança
Cada dueto vivo, sonata e dança

sogueira

Andarmos pareados vida afora,
Nas germinais ideias, a colheita,
Que o olhar embevecido se deleita,
Enquanto o ser sensível logo aflora;

Certeza de beleza toma a flora,
Na poesia pelos sonhos feita,
Enquanto uma esperança nos espreita,
O medo de viver já vai embora.

Sonatas, danças, valsas, tempos bons...
Os céus mais azulados, raros tons,
A gente mergulhando sem defesas...

Porém maturidade traz à mesa,
Além deste banquete a sobremesa,
Matando os velhos vícios das tristezas...
Publicado em: 29/11/2009 13:23:37
Última alteração:16/03/2010 19:46:04



Chibata
Estava cansado
Pensando na vida,
Estrela caída,
Morrendo no mar.
Depois a tristeza.
Brincou de princesa,
Ficou do meu lado,
Não quis descansar...

Vestido de forte,
Pensei na saudade
Foi tanta maldade,
Não pude sonhar...
Na vida quem sonha
Deixando a vergonha
Se esquece da morte,
Não quer mais lutar...

Procuro teu beijo
Cadê, meu amor,
Me resta esta dor,
A dor da minha alma,
É tanta que choro,
Te peço, te imploro,
É grande o desejo,
Viver sem ter trauma...

Chegou o momento
De ter teu carinho,
Não vou mais sozinho,
Espero o luar...
Não quero essa cruz,
Procuro essa luz
Vital pensamento
Que possa brilhar...

Meu povo sofrido,
De fome calado,
É gado marcado
Não pode falar.
Senzala resiste
A dor inda existe
Um grito contido
Já tenta ecoar...

Chibata sangrando
O couro cortava
A mãe que chorava
O filho gentil,
Depressa se cala,
No quarto e na sala
Aos poucos matando
O nosso Brasil...
Publicado em: 04/11/2006 00:36:23
Última alteração:29/10/2008 12:02:57


Chuva cai bem de fininho,
Chuva cai bem de fininho,
Me molhando devagar,
Seu amor assim mansinho,
Logo vai me conquistar...
Publicado em: 13/10/2006 15:22:59
Última alteração:17/12/2006 13:07:30


Chuva
A chuva cai devagar,
Vem lá todinha do céu,
Chuva quer me castigar,
Vai molhar o meu chapéu...
Publicado em: 11/11/2006 10:10:58
Última alteração:30/10/2008 10:46:31


CHUVAS E TEMPORAIS

Tanta chuva que caía
Já molhou o meu chapéu
Nem por isso me escondia
Mas a chuva foi cruel.
Publicado em: 02/03/2008 07:39:59
Última alteração:22/10/2008 13:42:51


Cicatriz
“Acordo e não te vejo. Cada vez mais distante, somente teu retrato e nada mais.
Vento que corta ,maltrata batendo na janela não me deixa sequer um momento.
Tudo bem que não voltarás, disso eu tenho certeza. A estrada que seguiste não tem volta. Só revolta.
Me deixaste simplesmente, e nada mais. Tenho que me acostumar com isso, mas fazer o quê se a cada segundo me lembro de ti.
A cada chuva que cai, me lembro das lágrimas que te causei e que não ajudei a secar, ao contrário, cada vez mais alimentava a fonte... Fonte...
Ponte!
Isso, uma ponte entre o passado e o futuro, entre a vida e a morte. Apenas isso, não deixa de ser assim.
Um dia, faz tanto tempo, caminhando intrépido, com toda a força e ingenuidade da juventude, sem ter nem temer intempéries, te conheci.
Vinhas carregando o mesmo sonho, o mesmo canto, a mesma ilusão que não tarda, morre.
Não dávamos sequer importância às pedras que tinham nosso caminho, olhos fixos na montanha que, na verdade, nunca veio...
Podes não acreditar, mas te queria muito, demais até.
Mas, jovem demais, não percebi que o tempo nos modifica e a realidade mata, aos poucos, os sonhos.
E não fiz nada contra isso, hipocritamente passei a amar o espelho que fiz em tua alma, me esquecendo de ti. Matando-te a cada dia, neste espelho que te devorou sem pena. Sem pena e sem perdão.
Ave presa, morrendo de inanição, tua alma foi aprisionada e destruída pelo meu egoísmo e narcisismo.
Estúpido! Como fui estúpido.
Mal sabia o quanto eu te amava e quanto era importante tua sobrevivência para que nós prosseguíssemos.
Nas mesas e nos bares passeia a procurar outros espelhos, que retratassem mais e mais o meu rosto.
Hoje sei quanto fui cruel e imbecil, as poucas vezes que alguma mulher tentava se aproximar eu repetia o mesmo erro. Amante de mim mesmo, matei o amor.
Até que as roupas não cabiam mais em mim e explodi.
Num inverno absurdamente quente decidi sumir.
Já tínhamos três filhos, infelizes filhos, vítimas da minha crueldade e do meu egoísmo, partes deste espelho onde me perco e me destruo.
Fiquei três meses fora. Quando soube que estavas, em desespero, vendendo as poucas coisas que tínhamos para comer, resolvi voltar.
Para teu azar.
Eu não era mais o mesmo, estava muito pior.
Havia começado a beber e, pior, jogar. Desesperadamente, dia após dia, numa roleta que nos levou à miséria absoluta.
Falar que te amo pode parecer absurdo.
Mas, a vida me ensinou tanto.
Agora, distante de teus olhos, espero teu perdão.
Por mais que o corte seja profundo, a cicatriz pode ser redentora...
E a minha cicatriz dentro disso que um dia foi alma talvez me redima...
Te amo.
Isso me basta.
Mas, se não me queres de volta, não há problema, te entendo...
Beijos, Marcos.”

Interessante a vida, encontrei essa carta, amassada numa esquina.
Claro que despertou meu interesse em tentar descobrir a origem e o final desta história.
Após uns dias de investigação, ao ver uma mulher que sempre passava com três crianças toda manhã eu comecei a matar a charada.
Bem apessoada, esta mulher e seus filhos, todos estudantes ainda, trazia a mesma cicatriz exposta na carta.
As roupas e a presença de um homem mais idoso ao lado me deram a resposta que eu procurava...
Publicado em: 27/11/2006 15:26:29
Última alteração:28/10/2008 06:13:16


Cicatrizes
Quando eu estiver contigo no fim do dia, poderás ver as minhas cicatrizes, e então saberás que eu me feri e também me curei. Tagore


Bem sabes que feriste cruelmente
Aquele que só quis o teu carinho.
Agora que estou livre e vou sozinho,
Te mostro meu futuro, sorridente...

Nas manhãs deste amor tu foste luz.
Ilusão que cultivo sem malícia,
Julgava-me envolvido por delícia,
Efeito deslumbrante que produz

Amor quando julgamos repartido.
Belo canto de pássaros ouvi
O resto de esperança estava em ti.
E tudo em minha vida, resolvido...

Quem sempre fora só, por um momento,
Pensou na liberdade sem castigo.
O bom da minha vida está contigo
Pensei. Não terei, nunca mais, tormento...

Embevecido pelo teu encanto
Senti-me qual senhor deste universo.
Meu mundo sempre fora tão adverso
E pensei ser feliz. Pr’a meu espanto

A luz desta manhã cedo nublou.
O canto que escutava, em desafino,
O Fado muda o rumo em desatino
E tudo que brilhava se apagou...

Teu amor transformado em vingança,
Um gosto de derrota na garganta...
A tétrica quimera se levanta
E mata feramente, esta esperança...

Os raios e trovões tomando conta
O céu enegrecido pelos nimbos.
Percorro, mesmo em vida, vários limbos
A morte solitária, ao longe aponta!

Vergastas desta sorte que carrego...
Amor nunca me teve como amigo.
O sonho mavioso que persigo,
Embalde, sem ter luz, caminho cego!

As chagas terebrantes que causaste
Em carne viva mostram tuas garras.
Procuro me livrar destas amarras,
As costas corroídas, vil desgaste...

Ao meio dia estava em tal mortalha,
Meu sangue inundando todo o chão
As unhas deste amor no coração,
O corte mais profundo da navalha!

Agonizando em plena tempestade,
A morte se transforma num oásis
Amores que julguei fossem capazes
Açoites que me negam liberdade!

Minha tarde, entretanto, devagar,
Abrindo o negro céu, um raio manso.
O sol revigorante já alcanço,
Promessa tão serena do luar.

Agora que voltaste minha amiga,
As feridas estão cicatrizadas
As marcas dessas garras e dentadas
Não mais impedirão que eu já prossiga.

Na nova estrada vivo a minha lei:
De tudo que causaste, sequer sombra...
A poesia que negaste não se assombra
E procura outros versos. Me curei!
Publicado em: 22/11/2006 20:01:20
Última alteração:29/10/2008 12:10:29


Cigarros, Ciganas Sinais Somatórios
Cigarros,
Ciganas
Sinais
Somatórios
Agora
Vambora
Que a noite
É criança
E a moça
Não foge,
Se entrega
À lua,
Nudez
Que eu querida
Queria teu brilho.
Atalhos
Percorro.
Os morros
Os vales.
E assim,
Vida plena
Menina
Que nina
Acalantos
E cantos
Nos cantos
Da cama...

Publicado em: 15/10/2008 20:01:43


CINTO DE CASTIDADE /

Crise terei no dia
Em que eu por acaso te ver
Assediando outra mulher
Queres pagar pra ver?

Não pense que falo brincando
Não tem nada engraçado
Podes sorrir à vontade
Reza prá não acontecer de fato
Pois neste dia chorarás
E olhe! Se não acabar capado

Uai, tu queres logo assim cortar
O bem que tenho em mim, mais precioso?
Menina vou contigo devagar,
Senão... o troço fica perigoso.

Não é uma questão de rir chorar,
Um homem sem aquilo? É bem jocoso
Quando me der vontade de urinar
Sentado com certeza é horroroso...

O fato é que preciso prevenir
E nisso vou fazer minha defesa
Com força e com total virilidade.

Só tendo enfim um jeito de impedir
Que a vida proporcione esta tristeza
Um cinto que garanta integridade...

GELIS
MVML
Publicado em: 11/08/2007 18:16:26
Última alteração:05/11/2008 16:20:33


CINZAS...

Meu cigarro aceso, penso e não revelo.
Atropelo meus medos.
Os dedos
As cinzas
As cinzas do cigarro.
As cinzas da noite
As cinzas esparsas.
As cinzas fumaça
As cinzas açoite.
As cinzas espalhadas.
Os ventos e as cinzas
Queimam corpo e alma!
Publicado em: 27/09/2007 16:29:59
Última alteração:28/10/2008 14:41:06


Ciranda da esperança dá e tira.

Um vazio dentro em mim
me faz gritar por socorro!
Não te quero longe assim,
chega mais perto ou eu morro.

Vejo o céu ficando escuro
enquanto a noite caminha.
O que existe atrás do muro?
Ninguém sabe ou adivinha.

Felicidade e saudade
nunca andam de mãos dadas,
é a mais pura verdade
não é um conto de fadas.

Vem então, te achega, agora.
Esquece da vida lá fora.

HLuna


Ciranda da esperança dá e tira.
O amor não pode ser somente assim,
Vestindo de ilusão dita a mentira
E mata esta semente em meu jardim.

E enquanto o sonho dorme e a Terra gira
O beijo que recordo, carmesim,
Errante pensamento perde a mira
E acende da tristeza, este estopim...

A lua na varanda; dama bela,
Rainha soberana me revela
Que tudo foi somente uma miragem

E o peito enamorado então se esquece
Desenho desigual, o sonho tece
Tornando assim opaca, a paisagem...
Publicado em: 10/02/2009 15:15:47

CÍRCULO VICIOSO...
Como se sabe, uma das coisas que enche mais o saco de político é eleitor pedindo emprego.

Aquele deputado, quando estava em Brasília tinha horror quando, na agenda aparecia alguma audiência com correligionários.

Um dia, um assessor anuncia a visita de um rico empresário que fora a Brasília fazer-lhe um pedido.

O empresário entrou no Gabinete e elogiou a recepção que teve por parte dos funcionários, ocasião em que o Deputado garantiu-lhe que era ele mesmo que ensinava os rapazes a receber os amigos. E completava:

- Tudo a quilo que eles fazem, sou eu que ensino, em cursos que dou.

Já encerrando a audiência, ao querer deixar um cartão de visitas com o deputado, o empresário descobri que lhe haviam roubado a carteira, com todo o dinheiro dentro.


Rememorando os últimos passos dados, o empresário garantiu que a última pessoa com quem havia estado era o assessor do deputado.

O político pediu licença e, indo até o fim do corredor, de lá voltou, minutos depois, com a carteira na mão.

O empresário pegou-a de volta e pediu desculpas pelo constrangimento que havia causado entre o deputado e sua assessoria, mas o político respondeu:

- Constrangimento, nada. Para lhe dizer a verdade, ele nem notou quando eu retirei a carteira que estava no bolso dele...
MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 08/04/2008 07:47:52

Última alteração:06/03/2009 06:49:40




Ciúme despertando
Ciúme despertando
entre as meninas,
causando brigas
e tantas iras ...

ivi

Moçada já não sabe o que fazer
Nem quero ficar perto para ver
Plumada para cá outra pra lá
Nem sei como isto tudo acabará.

Depois do quiprocó eu fui saber
A culpa deste imenso desprazer
Que um dia, não sei quando parará
Permita que eu entenda desde já

Mostrando assim como a alma feminina
Na qual toda ciumeira enfim domina
Adora confusão e burburinho.

Porém com tal surpresa eu reparei
No meio do furdunço eu encontrei
Soltando toda franga o tal do Edinho...
Publicado em: 18/09/2008 18:20:27


Ciúme

Amor trazendo ciúme
É coisa que tanto agita
A rosa com tal perfume
Fica sempre mais bonita.

No ciúme, com certeza
Essa rosa se alimenta
Vaidosa e quer mais beleza;
De tão bela, se arrebenta.

Da rosa que tenho em ti,
Orgulhosa, pois é flor,
Todo amor que já vivi,
Arrebentando de amor.

Ilumina toda a terra,
Faz o mundo mais feliz.
No peito que, amor, encerra.
Todo amor que sempre quis.

Minha amada, me perdoa
Se te faço assim sofrer
Mas a vida só é boa,
Se um pouquinho, ela doer.

Ciúmes não precisava
Pois te quero tanto bem
Eu não quero mais ninguém
Por tanto que já te amava;

Mas gostei da reação,
Que, ciumenta, tu tiveste;
Quando amor, ciúme, veste,
Embeleza o coração!
Publicado em: 03/12/2006 14:03:45
Última alteração:28/10/2008 20:47:53


Ciúmes
Meu amor nos caminhos que tu fores,
Não esqueças jamais de nossas luas.
Das catedrais que fomos, velhas cores;
Das madrugadas bêbadas, nas ruas...

Os castiçais que sempre se acenderam
Nas velas que iluminam nossas noites
Penumbras que jamais nos esqueceram,
As cordas que latejam, vis açoites!

Da sorte que nos nega a fantasia,
Dos cortes que teimamos produzir,
Do parto que fingira essa alegria,
Dos olhos que mentiste sem luzir.

Os pútridos carinhos que me deste.
Nas pétalas murchadas desencanto.
O beijo tão satânico e agreste,
As lágrimas fingidas de teu pranto!

Não deixe que medonhas tempestades
Te levem o que resta deste cais.
Os parvos cantos lúbricas saudades,
As farpas que me deste, Satanás!

Não quero mais profanas juventudes.
Nem bacantes vorazes que me esfreguem.
Negar as tuas podres atitudes
Fugir de tuas mãos antes que peguem...

Não saio deste mar nem que me rogues,
Pretendo tais marés que sempre matam...
Nas ondas que produzem que te afogues,
De teus ciúmes loucos já se fartam!

Pélagos abissais e calabares
Jamais iriam ter tal paciência
Nem santos que profanas nos altares
Nem deuses pediriam por clemência!

Expulsas venenosa companheira,
A sorte que jamais, karma, deixaste.
A dor que me legaste, verdadeira.
Os meus destinos, víbora, mataste...

Não me restam sequer palavras mansas.
A mansidão sugaste num tormento.
Fugir para bem longe de tais lanças
Que rogas contra mim, cada momento!

A vida me negou a doce espera,
O tempo foi cruel, nem pestaneja.
Carpindo minhas dores morro fera,
Nos cânticos de paz, minha peleja!

Rugidos dos felinos assassinos,
Nos uivos de tais lobos na floresta,
Ouvindo na distância, dobram sinos,
A parte purulenta é que me resta!

Das pústulas que herdei, postulo paz,
Nas crápulas manhãs que me restaram.
Um canto certamente se desfaz,
As páginas felizes se acabaram!

Não posso prosseguir a tal viagem...
Não tenho forças perco leme e rumo.
A praga que rogaste minha imagem.
Não tenho nem sequer, eu me acostumo...

Vencido pelas mágoas, vou cansado.
Nem sei se tenho vida ou me desfaço.
As urzes me deixaram seu recado,
A morte vencerá pelo cansaço!

Rapéis nessas montanhas, sofrimento...
Eu mergulho em total insensatez.
A cada passo novo ferimento,
Jamais posso lembrar nem terei vez...

Plutão já me esperando, me traz sorte.
A boca que entreabro já não canta.
O ponto de partida, rumo norte,
Boneca embalsamada não me encanta!

Vestal fingiste, lúbrica te vi...
Nas transparências, tuas belas formas...
O que não conseguiste trago aqui,
Em porcelanas falsas, já transformas!

Tantas moscas bicheiras na tua alma,
Os bernes que me deixas, vil herança!
Nem o diazepínico me acalma.
Nem mesmo a mansidão da contra dança...

Se tento os barbitúricos, me canso.
Dilapidado fico sem caminho...
O que seria sonho nem alcanço
Mergulho enfim num pântano marinho...

Nas profundezas deste pesadelo,
Encontro com serpentes abismais...
Sorrindo, já me mostram como um selo,
A tua garatuja: Satanás!
Publicado em: 30/09/2006 23:47:10
Última alteração:29/10/2008 12:10:35


Ciúmes

Amando quem tanto amei
Minha vida se passava
E nada mais encontrava
A saudade virou lei
E pouco a pouco, matava.

Saudade fez covardia
Com meu peito sofredor
Maltratando, todo dia
Matando minha alegria,
Mostrando só desamor.

Não posso falar de flores
Acabou-se meu jardim,
O meu sofrer, sem fim,
Causado pelos amores
Que rimando com as dores,
Vão matando tudo em mim.

Amor que, virando fera,
Mostra logo suas presas
Coração se dilacera
A vida se desespera,
Já não tenho mais defesas.

Mas de que vale uma rosa
Sem ter cor e sem perfume.
Ouvindo tanto queixume,
A rosa tão orgulhosa
Morreu, morta de ciúme!
Publicado em: 03/12/2006 11:40:45
Última alteração:29/10/2008 11:59:22



CIÚMES...
A noite chega,
estrelas brilham,
fico a sonhar,
imagino
o meu amor
beijar ...

(ivi)

Quando estrela vi chegar
Numa fria madrugada
Deu ciúmes no luar,
No final não sobrou nada,
Uma estrela a divagar
Não conhece uma alvorada,
Pois ao ver a luz solar
Foi embora, a desgraçada...

Publicado em: 14/05/2008 19:57:31
Última alteração:21/10/2008 14:42:39


claridade no meu peito
claridade no meu peito
nunca fez o seu costume,
vou vivendo insatisfeito,
pirilampo e vagalume...
Publicado em: 16/01/2010 15:01:44
Última alteração:14/03/2010 20:47:31



Claridade
Em mágoas feitas saudades
Adormeço meu querer
Que não posso jamais ver
Faltando-me claridades

A imaginação toma cada lume
E não permite sonhos que me aqueçam
Quando de minhas mágoas enlouqueçam
E me entornem os olhos no queixume.

Vencido pelas dores da saudade
Desfaleço em sofrimento meus sonhares
Caminhando por todos os lugares
Procurando por nova claridade...

Não deixo sequer lume, abarco escuridão...
Nos sonhos que não trago, amaros sentimentos
E sempre me disfarço em todos os momentos
Em busca de teu colo e quem sabe, perdão...

Recebendo esse vento eu prevejo saudade
Adormeço meu sonho em busca dos amores
Que eu sei, jamais terei, nem perfume da flores
Nem o lume do olhar que me nega a claridade!
Publicado em: 30/11/2006 23:27:25
Última alteração:29/10/2008 12:02:16

Sinto-me atraída por ti...
Sensação que não sei explicar...
Tão longe e dentro de mim,
Presença a me deslumbrar...
Acaso descuidada,
Deixando a porta aberta,
Invadiste-a?
Mas sequer sabes de nada!
Ah! Nem sei explicar-te!
Um misto de tudo e nada...
De repente alegria esfuziante,
E, após, mar serenado...
Tudo isto provocas...
E sequer, sabes de nada...
Vives e reinas neste universo,
Como se fosses, Deus...
E amo-te,
Como se eu fosse eterna!
Coisas do amor...
Doce magia...

Permita que te toque e que te enleve
Mulher de formas raras, tão mimosa,
Bom Deus que te fez bela e graciosa.
A Ele meu coração, pra sempre deve.

Tua alma tão sensível me faz leve
Distante de uma vida tormentosa,
Sentindo o teu perfume, o de uma rosa,
Que o tempo em nosso amor não traga a neve.

Fluindo o dia a dia suavemente,
Retendo nossa glória em tantas flores,
Amor que sempre foi nossa vertente

Cobrindo nossa vida de esplendores,
Sabendo que em teus braços, de repente,
Terei todos os faustos dos amores...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 24/05/2007 20:21:47
Última alteração:05/11/2008 23:01:09


COISAS DO CORAÇÃO..

A convivência de Expedito com a esposa estava ficando insuportável, depois de muitos anos de casamento!

Os dois discutiam por qualquer motivo e nosso amigo não suportava mais olhar para a cara da mulher, mas ia levando a vida...

Certo dia, após haverem discutido por motivos banais, Expedito saiu para a rua e no caminho encontrou-se com uma cigana que pediu para ler as mãos do marido angustiado e ele cedeu, apesar de não acreditar muito naquilo.

Qual não foi a sua surpresa quando a vidente começou a narrar fatos de sua vida em comum com a esposa, terminando com uma afirmativa bombástica:

- Estou vendo, nas linhas de sua mão que o senhor antes do fim do ano, vai ficar viúvo e a que sua mulher vai ter um fim trágico.

Expedito mostrou-se interessado no assunto e após pagar a consulta, fez à cigana uma última pergunta:

- Que fique aqui entre nós dois, mas será que você poderia descobrir se eu serei absolvido o não?

Realmente, o coração humano é cheio de mistérios...

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 07/04/2008 09:39:29
Última alteração:21/10/2008 19:58:38


COISAS DO INTERIOR...
O caipira comprou uma câmera digital e levou para seu sítio.
Chegando lá com aquela novidade que ninguém conhecia ele diz:
- Pessoar todo mundo pra perto da cerca de arame farpado ali que eu vou tirá uma foto!
Ele programou o temporizador e correu pra junto de todos. Quando os outros o viram correr, saíram correndo, se rasgando na cerca ...
Ele perguntou:
- O que aconteceu uai?
Sua tia respondeu:
- Se ocê que conhece esse negóço ficou com medo, imagina nóis que num conhece...
Publicado em: 13/09/2008 21:31:39
Última alteração:17/10/2008 13:28:34


Coladinho junto a ti Vou chegando ao infinito
Coladinho junto a ti
Vou chegando ao infinito
Te encontrando eu me perdi,
Neste sonho tão bonito...
Publicado em: 22/10/2008 13:32:33


Cobra coral
Cobra coral, coralínea praia,
Desfaço meus passos e não te vejo.
Andrajoso caminheiro sem coragem.
A margem esquerda do riacho,
Acho que não posso te esquecer...
Ver o mar vencerá quem quiser...
Quem me quer, mal me quer, quem puder
No meu manto, canto, encanto e cantochão.
Cara a cara com a rara formosura, se mensura
A brandura na ternura, terna cura que não doura
Na madura moldura que me dás.
Remedas as ondas e as árduas amarguras...
Nas volúpias, cópulas e cúpulas. Apaziguas...
Te quero vencido e vencedor, vencer a dor,
Vendeta e colheita, completa sedução.
Rastelo e castelo, somos mar e cordilheira,
Girassol e contratempo, carisma e solidão.
Sempre te procuro, mata escura, candura
E carnaval...
Pierrô, colombina, se combina tantas diversidades.
Cidades e províncias, vícios e santidade...
Princípios e terminais. Umbrais e porões.
Multidões..
Me mutilas e te espreito, és meu peito e meu pendão.
És meu sim, sinônimo do não.
Acordes sem acordos, acordeão.
Varizes e valores, vinis e venais vergões.
Vértices e abismos, paris e lirismo, istmo e atol.
Mesmice e repertório, veleiro e velório.
Insone e opiácio, pirão e pescaria.
Temor e meio dia, melodia e melancolia...
Matagal e mataria, manto e montaria,
Fogaréu e afago, ganho e derrocada.
Cada parte e multidão.
Serva sem sermão, sertão e serenata.
És a minha nata e sabiá, catarei teu canto e cantoria.
Autor áudio, auditoria, marte e sereno.
Vaia e veneno, versos e complexos comparsas, persas, praças, asas, asas, as, a...
Publicado em: 18/10/2006 17:46:01
Última alteração:29/10/2008 12:03:42



Zé da Cobra era a figura mais conhecida naquele povoado. Para dizer a verdade, devia ter sido um rapaz bonito e muito paquerado pelas meninas. Mas, apesar de tudo, não havia se casado e isso me intrigou.

Certa vez, numa de minhas viagens por ali, chamei o Zé e, de conversa em conversa, perguntei a ele a razão de seu celibato.

O meu fortuito amigo suspirou e abaixando a voz, contou-me a seguinte história:

Há muitos e muitos anos, ele e a filha do Coronel, tiveram um caso, escondido da família e do povoado.

Num de seus encontros com, a outrora bela menina, Zé da Cobra ficou esperando por ela, completamente nu, embaixo de uma figueira, á margem do rio.

Tão distraído estava que não notou a aproximação de uma jararaca que, num bote certeiro, atingiu “a cobra” do Zé, no justo instante que a menina chegava.

Além da tragédia, foi um escândalo: “mas, logo ALI?” perguntavam as comadres, sem esconder o riso e a decepção.

Felizmente, o meu amigo tomou a vacina, ou melhor, o soro antiofídico e ficou curado, embora “mais leve”.

Mas o trauma foi tão grande que o Zé não quis mais saber de casamento e, a partir daquele dia “descobrado” jamais pode ter outra relação sexual, com quer que fosse.

Para encerrar o assunto, quis saber do Zé o que havia acontecido com a moça, a filha do Coronel e Zé contou; “Ela teve que se mudar, por causa do apelido”.

- Por causa do SEU apelido? Insisti

- Não – respondeu o Zé- Por causa do apelido que botaram nela.

- E que apelido foi esse? – perguntei.

-JARARACA – encerrou o Zé.

Marcos Coutinho Loures
Publicado em: 09/02/2007 06:03:22
Última alteração:29/10/2008 18:04:34


COFORME A MÚSICA..
É dia dos namorados...
O maridão chega em casa com uma caixinha na mão... Presente para a esposa.
Ela abre a caixa e retira um radinho de pilhas, insatisfeita, diz para o marido:
- Amor, mas nós já temos tantos rádios em casa, pra que mais um???
- Ah! mas esse é especial, foi meu chefe que trouxe dos Estados Unidos. Você fala o tipo de música que quer ouvir e ele toca imediatamente...
- É mesmo? Vamos ver? Rock.
E começa a tocar: "Quem me dera que ao menos uma vez..."
- Pagode.
"Fui num pagode na casa do gago..."
- Sertaneja.
"Entre tapas e beijos é ódio é desejo..."
A mulher pula nos braços do marido para agradecer, e, tropeça na cadeira e cai... Furiosa, grita:
- Merda!!!
E o rádio começa a tocar:
"Uma vez Flamengo, sempre Flamengo, Flamengo sempre eu ei de ser..."
Publicado em: 19/09/2008 17:22:52
Última alteração:02/10/2008 21:07:0


COINCIDÊNCIAS OU MELHOR - PEGA O LADRÃO!!!

As coincidências existem para ser realçadas.

Cada um de nós tem, para contar uma história que caracteriza enorme coincidência,
Incapaz de ser explicada com os argumentos da lógica aristotélica ou não.

Para não me alongar muito, estamos acompanhando o capítulo do indiciamento dos envolvidos com o “mensalão”.

Ao mesmo tempo, em algum lugar do mundo alguém deve estar contando a história de Ali Babá e os 40 ladrões que, durante décadas, tem povoado o imaginário infantil de praticamente todos os povos da Terra.

Pois quem iria imaginar que a legendária história iria servir de inspiração para o cronista, exatamente neste triste episódio da política nacional porque, se são 40 os ladrões, numa assustadora coincidência, são também 40 os indiciados no episódio supracitado.

Seria mais interessante que, para evitar a coincidência tivéssemos tido 39 ou 41 indiciados, mas quis o destino que atendêssemos o número cabalístico de 40.

40 de quarentena, de quarenta dias e quarenta noites, de quaresma de quarenta ladrões da famosa história infantil.

A vida começa aos 40?

Ainda não apareceu o Ali Babá. Será?

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 10/11/2007 15:59:24
Última alteração:24/10/2008 14:31:46



COISAS DA VIDA...

Não foi por acaso que Padre Nonato se tornou um dos nossos mais queridos amigos. Notável orador sacro era um incorrigível contador de histórias.

A de hoje, foi ele que nos contou e relembra os tempos em que ele era Vigário de Cachoeira Alegre.

Estava ele, num domingo de manhã, preparando a missa quando entrou na Igreja um rico fazendeiro conhecido por ser munheca de samambaia.

O homem aproximou-se do altar e começou a rezar em voz alta:

- Minha Nossa Senhora! Eu vos peço que dobre meus lucros, que aumente o preço dos meus bois e que melhore as minhas colheitas.

Neste instante, entrou na Igreja um mendigo que, em voz mais alta ainda começou a pedir:

-Minha Nossa Senhora. Fazei com que apareça uma alma caridosa, capaz de me dar um dinheirinho, para tomar o café da manhã.

Ao ouvir aquela ladainha, o fazendeiro abriu a carteira, retirou boa quantia de dinheiro, dando-a ao pé-rapado que, todo feliz, foi procurar um barzinho, para tomar seu café com pão.

Padre Nonato que a tudo assistia, aproximou-se do rico homem e cumprimentou-o pela bondade demonstrada.

-Bondade nada – explicou o fazendeiro. E continuou: “Eu quis, apenas, impedir que o pé-rapado venha a tirar a concentração da Virgem Maria, nos meus pedidos.

Diante da explicação, Padre Nonato refez a homilia daquele domingo, explicando por que é mais fácil um camelo passar no buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino dos Céus...

Enquanto isso, num barzinho qualquer de Cachoeira Alegre, um mendigo tomava um saboroso café da manhã, graças à “Bondade” de um rico fazendeiro... Coisas da Vida...

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 13/10/2007 19:37:56
Última alteração:29/10/2008 14:46:56


Coisas de mineiro

Assunto: Coisas de mineiro

Mensagem:

É o seguinte, esse texto roda mais na internet do que piorra.

Só mineiro entende:

Sapassado, era sessetembro, taveu na cuzinha tomando uma picumel e
cuzinhano um kidicarne com mastumate pra fazê uma macarronada com
galinhassada. Quascaí de susto, quando ouvi um barui de dendoforno,
pareceno um tidiguerra. A receita mandopô midipipoca dentro da galinha
prassá. O forno isquentô, u mistorô e o fiofó da galinha ispludiu!
Nossinhora! Fiquei branco quinein um lidileite. Foi um trem doidimais!
Quascaí dendapia! Fiquei sensabê doncovim, proncovô, oncotó. Óiprocevê
quelucura! Grazadeus ninuém simaxucô!

GABRILA MARQUITO
Publicado em: 15/03/2008 09:59:03



COISAS DE MINEIRO
Mineiro que se preza, não rejeita um pão de queijo, uma das delícias da rica culinária mineira.

As donas de casa de Minas guardam, a sete chaves, os segredos das iguarias, em receitas passadas de mãe para filha, durante gerações.

Isto se dá também em relação aos pastéis e sanduíches e, principalmente aos pratos em que o queijo mineiro entra como componente.

São tais iguarias tão apreciadas que já fazem parte da cultura mineira e delas, todos se orgulham.

Quando um turista chega a Minas, ou pede um pão de queijo ou uma lingüiça com pão. Deliciosos.

Um destes turistas, ao chegar numa dessas cidades do interior de Minas, entrou numa padaria e pediu um pão de queijo, em exposição numa prateleira.


- Eu vou comer um e levar dois -´disse o visitante.

- Perdão – replicou o vendedor – o pão de queijo é de ontem.

- Então me dá um pastel e um sanduíche de queijo. Insistiu o turista.

Repetindo o que havia dito antes, o vendedor ponderou:

- Foram também feitos ontem e estão murchos, sem sabor.

Em virtude de tal observação, o visitante se aborreceu e comentou:

- Isto é lamentável e eu gostaria de saber quando é que eu poderia comprar alguma coisa feita HOJE, numa padaria.

Tomando um gole de café com rapadura, tirado de uma garrafa térmica colocada sobre o balcão, o vendedor respondeu:

- Ah! Isso é fácil, bastando que o senhor volte amanhã...

Marcos Coutinho Loures
Publicado em: 18/11/2008 16:08:55
Última alteração:06/03/2009 19:03:18


Coisas de Mineiro

Dizem que mineiro é o bicho mais desconfiado que existe na face da terra. Tão desconfiado que, nem para o melhor amigo, ele conta detalhes da vida conjugal, salvo se algo estiver acontecendo de muito grave entre o casal.

Mineiro do interior então, é pior ainda, mil vezes! Se ele desconfia que a própria mulher tem algum ‘dote’especial, como seios generosos e pernas bonitas, ele não permite que ela use short ou decote, sob pena de arranjar encrenca.

Assim, o diálogo a seguir pode ser ou não, um exemplo dessa desconfiança mineira, e fica a critério do leitor o julgamento final. Vamos a ele:

Dois mineiros estavam parados, batendo um papo na porta de um bar, até que o mais falante perguntou para o outro:

- Diz aqui compadre, uma coisa que você acha ruim, mais muito ruim mesmo?

Na mesma hora, sem pestanejar, o outro respondeu:

- Minha sogra! Aquilo sim é que é uma peste, de tão ruim que é!

O outro deu um sorriso maroto e refez a pergunta.

- É que eu não expliquei direito compadre. Eu quero que você me diga uma coisa que você acha RUIM DE COMER. De comer, entendeu?

O outro balançou a cabeça pra lá e pra cá e respondeu: Ah bem, nesse caso, a filha dela...

E não disse mais nada...

MARCOS COUTINHO LOURES

Publicado em: 25/11/2009 18:19:01
Última alteração:16/03/2010 20:44:10


Com mulher de carpinteiro; só na cara de pau.
170

Mote
Com mulher de carpinteiro; só na cara de pau.

Talvez não seja o primeiro
A tomar desse mingau:
Mas mulher de carpinteiro,
É só na cara de pau...

MCL

Na casa do carpinteiro,
Foi contado só pra mim,
O pau se quebrou inteiro,
Tudo culpa do cupim...

Publicado em: 17/12/2008 16:01:34
Última alteração:06/03/2009 14:04:10


Com seus pés morenos
Com seus pés morenos
Dias noites tardes
Quanto mais retardes
Outros sonhos plenos
Diversos venenos
Inda quando aguardes
Noutro tanto guardes
Olhos mais amenos,
Bebo a tempestade
E se tanto agrade
Vomito este pus
Onde tantas vezes
Sonho dita reses
Sonegando a luz.
Publicado em: 23/05/2010 15:00:36


Amor
Não quero que ouças as coisas que tento te esconder.

Bem sei que não me queres da mesma forma que te quero e luto para esquecer-te, mas não consigo.

Tuas mãos macias levaram-me aos labirintos do amor e, guiado por elas, percorri todos os caminhos da paixão, mas elas não me ensinaram a encontrar a porta da saída.

Chegaste em minha vida, quase por acaso, ajudando-me a preencher os espaços vazios de minha alm, deixados pela desilusão. Mas não consegui preencher os teus vazios e as tuas carências.

É verdade que, em nenhum momento, ouvi de teus lábios uma só promessa, uma só mentira... uma só confissão de amor!

No meu delírio acreditei que o tempo pudesse fazer nascer em ti , um amor igual ao que te dedico... mas esperei em vão!

Busco seguir um novo rumo, uma nova estrada, mas sempre nos cruzamos, em todos os caminhos! E, a cada encontro, o amor renasce em mim, mais forte ainda, dirigindo meus passos vacilantes na direção de teus braços e de teus abraços.

Estudo palavras de despedida para dizer-te no momento certo, mas a tua presença faz com que as esqueça, na hora de partir.

Talvez por isso, possas ver uma sombra em meu sorriso, em meu olhar!

És esta sombra, pois não posso te querer, mas eu te quero! Não posso te amar, mas te amo, em tosos os momentos, todos os caminhos com todas as forças de meu coração...

Marcos Coutinho Loures

Publicado em: 04/04/2007 17:43:06
Última alteração:27/10/2008 19:00:49



E prossegue, o coração
Na valsa do bem querer
Dançar, a bela emoção
Por este amor, por você!
Fico, assim, extasiada
Satisfeita, deslumbrada
Co´este bailado, sem fim
Alegria, colhe risos
Nestes dias tão festivos
Nesta festa, que é o amor!
Penso estar embriagada
E já não quero mais nada
Vivo a sonhar, com você!
Estais, no meu pensamento
Em todo e qualquer, momento
Como uma parte, de mim...
E com o coração alegre
E a alma a bailar
Eu não quero, nem pensar
Só quero, você, assim...
Sempre, juntinho ,de mim!

Dançando nossa dança não me canso
Nem quero mais parar de, assim, dançar
Vontade desta noite não passar

Me embriagar de amor enquanto danço...
O coração dispara e nada pensa,
Somente na alegria, extasiado,

É bom estar contigo no bailado
Dos versos, nossa amada recompensa
Do amor que sempre quis e quero mais.

Rodando sem parar um só momento,
Não ter sequer um outro pensamento
Que a dança deste amor pare jamais...

ANE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 25/02/2007 12:24:06
Última alteração:06/11/2008 12:03:06


Os anos se passaram, como um sonho
E o calendário diz que foram trinta;
E o recordar de um tempo tão risonho,
Alegrias sem fim, faz com eu as sinta!

Quando os olhos nos teus, eu hoje ponho,
E Deus não vai deixar que eu te, aqui, minta,
Renasce no meu peito, já tristonho,
A chama que, do amor, julgava extinta...

Conserva o teu olhar toda a doçura
Que te acompanha, pela vida a fora...
E aquele teu retrato diz-me, agora,

Que estás hoje, mais bela, ardente e pura,
Pois deu-te o tempo, as formas ideais,
E, n’alma, a transparência dos cristais!

Marcos Coutinho Loures
Publicado em: 10/03/2007 22:06:57
Última alteração:28/10/2008 18:08:35

Colado junto a ti qual tatuagem

Quero vestir teus versos
Dançar nestas palavras, meu paraíso
Ouvir até o cantar dos pássaros
Viver deste sonho contigo...

Sussurras aos meus ouvidos
Tudo o que quero escutar
Poemas, melodias,tantas palavras,
Um imenso amor que jamais poderá acabar...

Permita-me vestir de teus versos
É tudo o que faz uma mulher encantar-se!!

Isabel Nocetti

Colado junto a ti qual tatuagem
A cicatriz bendita do desejo,
Que faço se, sozinho, o fim, prevejo
Perdendo o meu corcel e a carruagem.

O amor sem ter amor, simples bobagem,
Não passa na verdade de um lampejo,
Distante do infinito que ora almejo
Sem ter tua presença, é vã viagem.

Qual fora um passageiro da esperança
Somente quando a voz do amor me alcança
Cavalgo este alazão, a liberdade...

Adentro os mais diversos continentes
Estrelas espalhando os contingentes
Numa espetacular felicidade..
Publicado em: 26/01/2009 18:39:47
Última alteração:06/03/2009 07:07:05


Eu sei que não sou perfeito,
Mas sogra, milho e feijão,
Só me deixam satisfeito,
Se estão debaixo do chão...

Existe uma diferença
Nessa tua explanação
Sogra não dá recompensa...
Não brota. E lucro? Dá não...

Marcos Coutinho Loures
Marcos Loures
Publicado em: 11/04/2007 21:39:13
Última alteração:06/11/2008 09:40:44


O rapaz, altamente religioso, conversa com o amigo de infância e faz uma confissão:
-Pois é Pedrão, antigamente as coisas eram diferentes. Eu mesmo, apesar de ter namorado muito, nunca transei com a minha noiva. E você? Não foi a mesma coisa?

Meio sem jeito, Pedrão quis fugir do assunto mas, diante da insistência do amigo,acabou deixando escapar:
-Não sei como você descobriu, mas eu só transei com ela duas vezes..

Marcos Coutinho Loures
Publicado em: 13/04/2007 19:05:29
Última alteração:29/10/2008 18:07:58



Colhi um lindo cravo

Te plantei no meu canteiro,
Com amor e com prazer,
Todo dia eu sinto o cheiro
Desta rosa que é você!
Publicado em: 07/08/2008 16:18:35
Última alteração:19/10/2008 19:38:57

Colibri
Eu sou colibri, querida,
Sempre vivo por amor.
A melhor coisa da vida
É viver beijando a flor...
Publicado em: 20/09/2006 20:55:19
Última alteração:30/10/2008 11:05:26


Com ardor o tempo inteiro


Com ardor o tempo inteiro
Cultivei o meu jardim,
As rosas deste canteiro
Nasceram só para mim...

ML
Publicado em: 02/03/2008 17:48:06
Última alteração:22/10/2008 13:49:18


COM AMOR E CARINHO.
Quero
ficar assim
bem juntinha,
me entrelaçar
a ti ...


Colar,
pra amar ...
(ivi)

Juntos
Muitos
Untas
Peles
Com
Peles
Sonhos
Com
Sonhas
Senhas
Descobres
Venhas
E cobres
Recobres
Recobras
Sentidos
Sortidos
Servidos
Com
Amor
E carinho..
Publicado em: 13/05/2008 19:31:30
Última alteração:21/10/2008 14:36:22



O vento leva,
o vento traz
saudades, lembranças
... boas, más...
Que se há de fazer?

Vento que me leva
Traga meu amor,
Se minha alma neva
Pobre sofredor...

Lembranças, saudades...
Como é bom te ter.
Tantas felicidades
Guardas no teu ser.

Ser o que queria,
Ser o que se quer,
Toda a fantasia,
Deste amor, mulher...

Não consigo mais
Jamais te esquecer...
Coisas boas, más,
Que se há de fazer?

HLuna
Marcos Loures
Publicado em: 09/02/2007 22:07:29
Última alteração:06/11/2008 12:09:01


Havia naquela pequena cidade, como em praticamente todas as que conheci o “doidinho” que fazia o medo da criançada e, por inofensivo o riso dos adolescentes e a “limpeza” de alguns pecados das mulheres e homens do local.

A população sustentava e protegia o seu “cãozinho” inofensivo, do frio e da fome.
Mas aquele tinha uma particularidade interessante, era muito bonito.

Tinha uns olhos azuis que fascinavam, às escondidas é claro, as mocinhas do lugar.

Os seus cabelos cacheados e ondulados também chamavam a atenção delas, mas, a debilidade mental protegia o pobre rapaz das “gulosas” moçoilas.

Menos de Marcinha, essa não, essa nunca respeitara a inocência e ingenuidade do pobrezinho.

O sexo é inerente, instintivo mesmo, e a resposta aos estímulos eram imediatas.
Nos jogos de sedução e prazer, muitas vezes jogados nas matas e nos cantos escondidos da cidade, o nosso herói era extremamente eficiente.

Pois bem, Márcia mudou-se com a família para outra cidade, e por lá ficou um bom par de anos, estudou, formou-se e, casada, voltou para a pequena cidade onde nascera.

Seu marido era homem de posses regulares, mas, que em relação aos moradores do pequeno lugarejo, poderia se considerar quase que “rico”. E, ao se preparar para a mudança, resolveu comprar uns alqueires de terra próximos a sede do município.

Nessas alturas, Márcia já tinha e esquecido das brincadeiras de adolescente e imaginava até que o doidinho já houvera morrido, também isso não tinha a menor importância; a moça crescera, amadurecera e essa página do passado já tinha sido cremada da memória, como se fora um sonho longínquo.

Reparara ao chegar à cidade, que quase tudo estava como deixara, suas amigas de juventude estavam quase todas casadas; as casas estavam nos mesmos lugares, só que mais envelhecidas, o barzinho da praça tinha fechado e, no seu lugar aparecera um trailer, onde os jovens se reuniam para namorar, conversar, essas coisas corriqueiras.

Mas uma coisa lhe chamou a atenção, na pequena cidade não havia mendigos à sua época e, agora, tinha encontrado um dormindo na rua, com aquele cheiro inerente do homem, que a água e os perfumes disfarçam.

Seu marido comentava, com tristeza, a que ponto a miséria e a bebida poderiam levar um ser humano, exposto como se fosse uma ferida aberta, uma vergonhosa chaga.

Entretanto, mal poderia imaginar que, aquele homem bêbado, de olhos baços e cabelos embranquecidos, desdentado poderia lhe ser familiar.

O tempo havia mutilado a beleza do lunático, deixando as marcas indeléveis da pobreza e dos maus tratos no pobre rapaz.

Andava, como sempre, solto nas ruas, mas, como perdera o encanto da juventude, estava cada vez mais abandonado por todos, fadado a amanhecer morto de fome ou de frio nas ruas do vilarejo.

A bebida por companheira, e para isso sempre tem alguém que colabore, tomara o lugar da comida, a tosse denunciava a tuberculose que minava aos poucos o corpo, não deixando muito, restando somente a podridão em vida, daquela vida sem brilho, sem nexo.

A vida transcorria serena e suave na cidadezinha, com seu noticiário diário dado e ampliado pelas fofoqueiras de sempre, os homens trabalhando, as crianças estudando e brincando nas ruas calçadas com “pé-de moleque”, ou ensaibradas à espera da chuva.

Mas aquele dia seria diferente dos outros.

A Igreja promovera uma quermesse para arrecadação de dinheiro para a compra de novos bancos, já que os velhos estavam destruindo-se com o tempo e os cupins.
O marido de Márcia, para orgulho dessa, era um dos mais animados arrematadores do leilão improvisado.

Todas as suas amigas tinham ficado com inveja dela quando conheceram o belo rapaz; educado e gentil. O tipo de homem que era o principal sonho de consumo das moçoilas do local

E, ainda por cima, rico, muito rico...

Nesse ínterim, eis que surge o bêbado descrito anteriormente e, para espanto de todos, segura Márcia pelo braço e a beija violentamente.

O espanto se tornou geral, já que o nosso doidinho sempre fora pacato, manso, sem sinais de agressividade ou de qualquer tara.

Márcia olhou assustada, a princípio com nojo como era de esperar; mas, de repente, como num lampejo, num átimo, reconheceu no bêbado, o amante de outrora.

E, para terror de todos, se deixou levar, com os olhos fechados e a boca entreaberta, as mãos viajando, o corpo tremendo e, numa entrega sem par, sem reparar em nada e em ninguém, para escândalo de todos, se amaram ali mesmo.

Num encontro inesquecível, a onça renascera e, junto com o cão vagabundo se “amaram na praça como os animais”.
Publicado em: 08/02/2007 17:08:25
Última alteração:30/10/2008 07:34:52



Amor sois meu amado!
E atada, aos teus encantos...
Eu canto enamorada...
O amor, que em mim, surgiu...
Por ti eu vou vivendo...
Esta alegria intensa...
E trago a alma leve...
Flutuo, no teu céu...
Quisera estar, contigo...
No enlace derradeiro...
Mas vivo esta alegria...
De janeiro a janeiro...
Que mais, posso querer?
Que mais, querer, eu quero?
Querer, eu sempre quero...
Viver, no teu amor...
Amor, que é tão sincero!
Amor que se faz vero...
E povoa os nossos dias...
De tantas alegrias...
De tantas melodias...
De versos, poesia!
Dançar a noite inteira...
Sorver, tão doce mel...
Beijar a tua boca...
Afagar a tua nuca...
Sentir sua presença...
Brincar feito criança...
Correr em livres prados...
Ser tua namorada...
Olhar-te encantada...
Em tal arroubo d´alma,
Só te dizer: Te amo!

Uma criança brinca de ciranda
Dançando sem parar, nunca se cansa
Amor quando voraz e nos alcança

Nos toma quarto, sala, até varanda...
Eu beijo tua boca lábios, dentes,
E cravo meu desejo sem perguntas

As almas que se tocam andam juntas,
Nos braços em carinhos envolventes...
Eu quero o teu querer a cada instante

Na troca tão voraz destes prazeres,
Nos víveres que são nossos viveres,
Um sonho angelical e deslumbrante...

Ane Marie
Marcos Loures

Publicado em: 27/02/2007 13:01:36
Última alteração:06/11/2008 11:35:55



COMO É BOM AMAR ASSIM...

Eu sei, disfarças bem o teu ciúme,
quando me abraças em meio ao prazer.
Jamais da tua boca ouvi queixume,
somente alegria e bem viver.

Contigo eu aprendo todo dia,
o que tu sempre atento me ofereces.
Assim, eu nesta doce melodia,
elevo ao Senhor as minhas preces.
E digo, como é bom te amar assim:
vivamos este amor até o fim.

Vencendo todo o medo que trazia
De ser feliz talvez, ou sofrer tanto.
Agora que usufruo deste encanto
Derramo uma esperança em poesia

De ter além de tudo o que queria
O mar lambendo a areia; o doce canto
A lua desmaiando em alvo manto
Cobrindo este universo em alegria...

Agora que é possível crer, enfim,
Vem logo e segurando a minha mão
Iremos neste amor até o fim.

Deixando bem distante a solidão,
Se amar é sempre bom; melhor assim
Nos raios e dilúvios da paixão...

HLUNA
Marcos Loures
Publicado em: 13/07/2007 07:23:28
Última alteração:05/11/2008 19:30:15





Sereia encantada,
A brincar com a lua...
Mergulha no mar...
Se esconde, aparece...
Teu olhar aquece, seu sonho de amor...
Ria cantador,
Sua musa te ama!
Mas em mundos opostos,
Sufoca seus sonhos,
Fugindo ao encanto, de riso sem par...
Sereia caiu no teu feitiço...
Sois mesmo de amargar!
Era ela quem devia te encantar!
Não fiques tão triste!
É só teu, seu amar!

A lua merencória que nasceu
Por sobre estas montanhas, trás os montes,
Sabendo que este amor era só meu,
Radia com tal força os horizontes

Tocando todo o sonho que se deu
Bebendo em alegria, minhas fontes,
A lua em claro sol se converteu,
Ligando noite e dia em raras pontes...

Serei o que quiseres, a sereia
Domina com seu canto o meu destino.
Deitado nesta praia em fina areia

Almejo meus caprichos nos seus seios.
O mar quebrando areia canta um hino
Louvando o nosso amor, sem ter receios...

Anônima
Marcos Loures
Publicado em: 22/04/2007 20:57:08
Última alteração:06/11/2008 08:44:32

Na areia que quebra tal onda tão forte
Mudando uma sorte que teima em lutar
Na lua que brilha meu rumo se perde
Amor sempre pede, deseja esse mar.

Ouvi o teu nome trazido no vento
Tanto sentimento quero te contar.
Não tenha mais medo, recebo teu beijo;
Com todo o desejo, querendo te amar.

Na areia da praia, ventos e saudade
Amor de verdade, nem sempre eu achei.
Eu quis claridade, na noite que veio,
Com todo o receio, já te procurei.

Sabia que vinhas na noite mais bela,
Trazendo uma estrela na frente qual guia,
Toda a fantasia rebenta no mar.
Amor que me traz toda essa alegria...

Eu sinto teu toque na noite que sonho
Amor te proponho não mais me deixar,
Vivendo essa sorte, de amor que é mais forte.
Contigo querida, já sei como amar!
Publicado em: 19/01/2007 21:17:36
Última alteração:28/10/2008 19:13:36


Nos meus humildes versos te proponho

No sonho tão real quanto risonho,

Da vida numa eterna insensatez.


Tocando tua pele tão macia,

Roubando de uma doce fantasia

O gosto deste amor que a gente fez...


Roçando teus cabelos levemente,

Beijando tua nuca e de repente

Sentindo-te feliz ao lado meu...


O medo de te ouvir dizendo não

Falando que esse amor é ilusão,

Ao ver o teu sorriso, se perdeu...


Eu quero que tu saibas quanto eu te amo,

Nas noites solitárias sempre clamo

Teu nome, nos meus sonhos mais sutis.


Não sabes quanto estou tão radiante,

Poder sentir teu beijo antes distante

Agora sim, querida, eu sou feliz!


Publicado em: 26/02/2007 12:13:48
Última alteração:28/10/2008 17:26:04



Como é bom poder dizer-te;
Como é bom poder querer-te
E saber que existe, enfim.
Tanto tempo sem dizer
Tanta vida sem querer
Tanto amor que trago em mim.

Como é bom poder amar-te
Como é bom poder falar-te
Deste amor que tenho em mim.
Tanto tempo sem amar
Tanto coisa por falar
Tanto amor que existe, enfim...

Como é bom poder sentir-te
Como é bom saber pedir-te
Este amor que é só pra mim.
Tanto coisa por sentir
Tanto amor a te pedir.
Como é bom viver assim!
Publicado em: 01/02/2007 15:52:24
Última alteração:28/10/2008 18:25:29



Tanta dança procurei
Na valsa que adivinhava
No caminho que deixei
E que o meu amor passava,
Nas pedrinhas de brilhante
Que eu pedi pra ladrilhar,
Para o meu amor passar...

Eu trago no coração
O verso que quis te dar
Demonstrando essa emoção
Da certeza de te amar.
Meu amor foi tão constante
Que eu não canso de dizer.
Meu amor é meu prazer...

Na modinha que cantei
Para o meu amor sonhar,
Tantas vezes procurei
Mas nada de te encontrar.
Toda a dor que amor espante
Nas ondas belas do mar,
Sob o raio de luar...

Vou fazendo esconderijo
Na casinha de sapê
Todo amor enfim dirijo,
Vai direto pra você
Amor tamanho gigante
Assim não dá pra esquecer
Esse amor quero viver...

Se já fui eu vou voltar
Se não fui pra que sofrer?
Meu amor vim te buscar,
Tanta coisa por dizer
Nosso amor que a vida cante
E não deixe de cantar
Como é bom poder te amar!
Publicado em: 07/02/2007 15:22:36
Última alteração:28/10/2008 18:28:55



Em ti eu encontrei o cais seguro
Quer ser na noite alta ou dia escuro
Envolta em turbulência, em pleno mar.
É este amor eterno quer procuro
Assim eu te amarei também, te juro.
Só nos teus braços quero me abrigar...


Amor que nunca teme a tempestade
Nem mesmo a dor cruel de uma saudade
Nascendo para ser e dar prazer
Na eternidade vive sem temores,
Supera mil espinhos, chega às flores
E delas faz seu mote pra viver...

Amor que me apaixona todo dia,
Beijando a mansa boca da alegria,
Desfila com cadência e com beleza
Não deixa mais a dor querer morada,
Numa alma que se encontra enamorada
Não cabe mais a dor, nem a tristeza...

Tu és a minha estrela benfazeja
Que a gente sonha e sempre se deseja
Deitando todo o brilho sobre o mar.
Em teus momentos todos, que o gozo
De ser teu companheiro tão ditoso,
Sabendo como é bom poder te amar!


HLuna
Marcos Loures

Publicado em: 19/03/2007 12:34:46
Última alteração:06/11/2008 12:15:26


COMO É BOM PODER TE AMAR

Não te esqueço um só minuto,
Nem me canso de lembrar;
Somente o teu canto escuto,
Como é bom poder te amar!

O meu verso mais tristonho
Eu deixei no meu passado,
Tanto amor que te proponho,
Te quero sempre ao meu lado.

O meu coração sorrindo,
Não se cansa de dizer.
O nosso amor é tão lindo
Como é bom poder viver.

O meu verso mais feliz
Foi feito pela paixão
O meu coração já diz:
Dei adeus à solidão!
Publicado em: 13/08/2007 21:21:42
Última alteração:28/10/2008 16:36:06



COMO É BOM PODER TE AMAR

Amor que nunca teme a tempestade
Nem mesmo a dor cruel de uma saudade
Nascendo para ser e dar prazer
Na eternidade vive sem temores,
Supera mil espinhos, chega às flores
E delas faz seu mote pra viver...

Amor que me apaixona todo dia,
Beijando a mansa boca da alegria,
Desfila com cadência e com beleza
Não deixa mais a dor querer morada,
Numa alma que se encontra enamorada
Não cabe mais a dor, nem a tristeza...

Tu és a minha estrela benfazeja
Que a gente sonha e sempre se deseja
Deitando todo o brilho sobre o mar.
Em teus momentos todos, que o gozo
De ser teu companheiro tão ditoso,
Sabendo como é bom poder te amar!
Publicado em: 26/08/2007 19:15:02
Última alteração:28/10/2008 16:39:37



Como é bom saber de ti,
Como é doce te querer,
Quando o mar, longe, se esfuma,
Tanta coisa por dizer;
Vendo, amor tua beleza,
Digo adeus à dor, tristeza,
Meu amor, tenho a certeza,
Da alegria de viver.

Tanto tempo procurara
Pelos campos, bela flor;
Espinhos me torturaram,
A saudade deste amor...
Não posso mais ir sozinho,
Sem teu amor e carinho;
Ficando no meu cantinho,
Somente a tristeza e a dor...

Mas agora que te encontro,
Depois de tanto buscar,
Não quero mais a saudade,
Eu quero de novo o mar,
Que me traga tantos cantos,
De sereias e de encantos,
Acabando assim, os prantos;
Estando pronto pr’a amar!
Publicado em: 12/01/2007 18:18:20
Última alteração:28/10/2008 20:52:58



Ao te ver na distante e tão risonha serra,
O meu olhar te procura, em sonhos derradeiros.
Amargor da saudade em volta dos ribeiros.
Na trilha desta serra a marca d’uma guerra.
A noite sem ter sonho é triste, e me desterra...
Esperas, qual princesa, os bravos cavaleiros.
Eu só posso te dar, amores verdadeiros.
O teu belo castelo, está em outra terra.

A natureza rara, em alegrias, canta.
O pássaro que voa a quem escuta, encanta.
Só Deus nunca me escuta, embalde minha prece...
A nuvem, escondida, aguarda; trará chuva.
A mão que me tortura esmera-se na luva.
A tarde vem caindo, a noite me envelhece...

Mas eis que a madrugada acende nova luz.
Encontro nova amada, a força que conduz
A mão tão delicada, aos poucos reconduz.
Agora temo nada, esqueço-me da cruz...
Publicado em: 09/02/2007 15:14:15
Última alteração:28/10/2008 18:31:24



Eu me lembro das noites que passamos
E que nos conhecemos quando amamos
Meu corpo no teu corpo, um passageiro...

Rolávamos desejos e carinhos,
Aos poucos invadindo os nossos ninhos
Assim nos desnudamos por inteiro...

Nós dois, exploradores de nós dois
Num ato de carinho antes, depois,
Nossa alma parecia por completo

Mostrada sem disfarces em nudez,
Desfeita toda a nossa timidez
Na cama fomos nós num só, repleto...

É bom saber que estás sempre comigo,
Sem medo e sem disfarce e sem perigo,
Há tanto que eu preciso te contar

Das luas que roubei, do sol que trago
Em cada novo toque e novo afago,
Na prenda e recompensa, que é te amar!
Publicado em: 25/02/2007 10:57:38
Última alteração:28/10/2008 17:26:25



Entre parênteses (te amo).
Sempre chamo por você.
No afim da ousadia
- veja só que agonia –
digo é meu bem querer.

Jamais ponto final em nosso amor!
No máximo uma vírgula, mesmo assim
Não quero mais um peito sofredor
Batendo tresloucado dentro em mim...
Mil versos em teu nome irei compor,
Levando uma esperança até no fim...

Pois venha ser meu til, minha emoção,
Menina tão bonita, uma ousadia
É ficar tão distante desta paixão
Que traz pra nossa vida essa alegria.
Corsária que tomou meu coração
Brotando em pleno sonho e fantasia..

Abrindo tais parênteses, querida,
Como é bom desfrutar prazer na vida!

HLuna
Marcos Loures
Publicado em: 28/04/2007 14:29:35
Última alteração:06/11/2008 08:35:40


COMO É BOM TE AMAR
Amor em louca entrega, no furor
Dos corpos imantados que se tocam,
Vestido de desejo e sem pudor,
Prazeres sem limites desembocam
Explodindo em orgástico torpor.
Os gozos misturados que se entocam
Nas grutas e nas locas, pedem bis.
Deixando o corpo amante então feliz...
Publicado em: 24/09/2008 14:31:41
Última alteração:02/10/2008 17:56:58


Você é um mistério, um caso sério

Me desarmando e me deixando sem defesas

Perdida em suas palavras de amor

Você me atina, me desconcerta

Me faz sorrir, ao te avistar já ao longe

Me faz chorar, quando me deixa à sua espera

Mas me faz me encontrar

Quando o amor em mim você desperta.


Vieste com a força da ternura
Da forma mais sutil e generosa,
Tomando com as garras em brandura
Qual fossem os espinhos para a rosa...

Mas nunca me feriste. Me tocaste
Com tanta maciez que me encantei,
Ao ver tua beleza, me tomaste,
Por isso; meu amor, me apaixonei...

E quero em cada canto te dizer
Do quanto eu me encanto, todo dia.
Meus olhos te procuram, passo a ler
Teu canto com os olhos da magia

Do amor que nos tomando nos transporta,
Abrindo o coração; nos cura e corta...

Maria Karla
Marcos Loures

Publicado em: 22/03/2007 13:40:09
Última alteração:06/11/2008 10:35:24



A caminhar do teu lado,
Passo a passo,
Prossigo meu amado...

Já posso ver o horizonte,
Bem perto está,
Ser alcançado...

A sorte,
Amiga e companheira,
Uniu-nos neste amor,
Prá vida inteira...

Já não temo o amanhã...
Sequer penso nele...
Vivo agora neste afã...

Te amar...
Saborear cada instante,
Vivido ao teu lado.

Doce magia,
Sonho encantado...
Que enfim,
Se fez realidade...

Permaneço contigo,
Querido,
A desfrutar felicidade!

Cerrando estas fileiras contra a dor
Que teima em nos tocar, de vez em quando,
Sabendo o sentimento e seu valor,
O sol no fim da tarde nos tocando;
Com raios de raríssimo esplendor
O bom de nosso amor vai consagrando...

Olhamos para o sol, futuro e brilho.
Saboreamos juntos, tal promessa.
Seguimos cada raio com seu trilho
Mostrando que o porvir já nos confessa
Que não mais haverá um empecilho
Que a sorte em nossa vida, enfim, impeça.

Estou contigo passo a passo, amada,
Na busca da manhã em alvorada...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 24/04/2007 21:55:27
Última alteração:06/11/2008 08:41:32

Com a chuva me despertas.........
Insistente, ruidosa......
Amedronta até a brisa......
Que, sempre por aqui vagueou....
Por vezes, em silêncio, respeitando-o.......
Outras, um diabo à solta.............
Grito...........
O tempo amaldiçôo.......
Breve dura a fúria.........
Rendo-me ao teu sorriso e sorrio também............

Percebo nesta chuva uma saudade
Na lembrança ancestral que me acompanha,
Do tempo em que viver a liberdade
Correndo inda criança na campanha.

Canteiros tão floridos, primaveras,
O teu sorriso manso a convidar...
Num claro sentimento já temperas;
Com sonhos e folguedos, nosso amar.

O vento do passado diz teu nome,
Os meus olhos fechados te percebem,
Aos poucos tua imagem vai e some,
Meus lábios são beijados e recebem

Do vento e desta chuva tal carinho,
Te sinto, meu amor, não vou sozinho...

Marta Texeira
Marcos Loures

Publicado em: 28/02/2007 16:02:27
Última alteração:06/11/2008 11:34:53



Olhando o teu olhar,
Que me sorri...
Perco-me de mim!

Neste mergulho...
Sou sereia!
Buscando encontrar...
O coração do mar!

Tenho o riso aflorado...
O coração disparado...

E na ansiedade louca...
Quero beijar a tua boca...

Não sei bem, o que fazer...
Não faço nada!

Permaneço assim, extasiada...
A sentir o amor, inundar meu coração!
Maviosa sensação!

Sensação de voar no infinito...
Vontade de um grito
Que possa ecoar...
No céu, terra e mar
E que possa te dizer,
Qual bom se faz
Amar você!
E... Te amo!
Amor que nos movendo, nos exila
De toda a humanidade, nos perdemos,
Um sentimento tal que alma destila,
Depois já somos um, mal percebemos...

Meus versos incontidos podem ver
O brilho deste olhar-luar que guia
Meu mundo se imergindo no teu ser
Aspergindo prazer e fantasia...

E... Te amo ninguém pode nos parar,
Nem mesmo a triste morte ou solidão,
Estás atada em mim! A te buscar
Procuro pelo céu, pela amplidão,

E encontro-te calada dentro em mim,
Amor nosso princípio, vida e fim...


ANE MARIE
Marcos Loures

Publicado em: 13/03/2007 23:54:41
Última alteração:06/11/2008 11:26:26



Perceba nosso céu tão constelado,
Perceba nosso amor, mansa cascata.
Perceba a nua lua, mar de prata.
Perceba todo o mundo iluminado!

Perceba como Deus apaixonado,
Nos trouxe a maravilha desta mata.
Perceba que a pupila se dilata
Na troca deste olhar enamorado...

Perceba refletir fosforescente
Nas águas teu olhar tão reluzente,
Estão plenas de lumes, de ardentias.

A lua se repete, tantas fases,
Perceba como amor repete frases,
A vida se repete em alegrias!

Perceba como é bom amar demais,
Perceba como a vida nos completa,
Perceba como a noite sempre traz,
Nos sonhos, fantasia mais completa...

Perceba o manso toque desta lua,
No corpo tão desnudo da sereia.
Perceba que quem ama já flutua,
Perceba como a vida nos pleiteia
Percebo como é bom te ter aqui,
Mulher; com quem, amor, eu dividi!
Publicado em: 09/02/2007 21:04:26
Última alteração:28/10/2008 18:31:27


Começou o remelexo
Começou o remelexo
Mão aqui mão acolá,
Com carinho amor, eu deixo,
Mas coloca devagar...
Publicado em: 07/08/2008 18:57:17
Última alteração:19/10/2008 19:47:37


COMEMORANDO O SEU ANIVERSÁRIO
Batatinha quando nasce
Se esparrama pelo chão
Pelo teu aniversário
Tanta comemoração!
Publicado em: 20/03/2008 17:41:51
Última alteração:21/10/2008 22:21:37




Comemoremos sempre que pudermos
A nossa liberdade mesmo rota,
Aniversariando nesta data
O quanto que saímos desta rota
Num sonho mais burguês de ser feliz.
Nos bares e bordéis bordamos gozos,
Nos cabarés vendemos nossa carne.
Mas temos tanto orgulho de podermos
Gritar a liberdade conseguida
À faca, nas navalhas e nos fios
Dos olhos que tocamos e furamos.
Publicado em: 13/11/2007 21:35:01
Última alteração:26/10/2008 21:34:11




Comemoro com licor
Delicado como o quê,
Vou bebendo em nosso amor
Tantos goles de prazer...
Publicado em: 01/03/2008 21:21:40
Última alteração:22/10/2008 13:28:43



Comentando - Marcos Coutinho Loures - Do Instinto de Predador.
É sabido que o estudo do modo de agir dos animais poder nos fornecer dados importantes a respeito do comportamento humano.
Só para exemplificar, aí estão os experimentos de Pavlov, a respeito do “reflexo condicionado”, feitos em ratos de laboratório.
Mereceu-nos atenção, por isso, um documentário apresentado no “Animal Planet”, focalizando os métodos de caça dos leões selvagens.
Em resumo, ficamos sabendo que são as leoas que caçam e em grupo, quando asa presas são animais maiores, como os búfalos, que são capazes de dilacerar, com seus chifres, um leão adulto, com extrema facilidade.
Uma manada de búfalos, em deslocamento, mostra a existência, entre eles, de animais enfraquecidos pela idade e é aí que entra o chamado “instinto de predador”, existente nos felinos.
Sem se fazerem notar, elas acompanham o rebanho e, após colocarem os filhotes em local seguro, passam a atacar o animal mais velho, de maneira impiedosa e feroz.
O “instinto de predador” faz a escolha certa e o búfalo ferido resiste por pouco tempo, sob os olhares atentos dos leõezinhos, ao longe.
Nem mesmo a reação dos búfalos mais jovens consegue resultado, e, após matar a vítima, os felinos começam a devorar a presa, ali mesmo.
Há, aparentemente, todo um ritual, com os filhotes e o macho dominante sendo chamados para participarem do banquete a céu aberto.
O comportamento destes animais guarda certa semelhança com o modo de agir de certos grupos humanos, com a diferença fundamental de que, enquanto os leões atacam para saciar a fome, os “racionais”, ao fazê-lo são movidos por motivos menos nobres.
Da mesma forma que as leoas agem em bando, assim também procuram agir os assaltantes que se juntam em grupos, bem organizados.
Escolhem ambos, como vítimas, aquelas criaturas com menor poder de reação, geralmente as mais velhas ou combalidas.
Como acontece com os animais, o “instinto de predador” já está presente entre os jovens humanos e, como comprovação, basta ver como eles se tornam inconseqüentes quando se agrupam, muitas vezes desafiando pessoas e costumes, especialmente se não tiverem tido uma educação mais eficiente, capaz de inibir os desvios comportamentais.
O grande dilema das sociedades permissivas, como a nossa, é traçar e impor limites para os jovens, em casa, na rua, na escola.
Sem esses limites, não há como frear os impulsos causados pelos instintos humanos, dentre os quais, atavicamente, se salienta o que batizamos como “instinto de predador”, indispensável à sobrevivência da espécie, em priscas eras, onde as atividades de caça e de pesca eram a única forma de garantir a sobrevivência dos grupos humanos.
Todos esses aportes vão estruturando a personalidade e a única maneira de direcioná-la para o Bem é através de uma educação de qualidade em que educando, família e sociedade estejam integradas, de maneira real.
Urge, para tal, a tomada de uma série de medidas, não somente pontuais, capaz de livrar nossos jovens das situações que, exercitando o “instinto de predador”, possam levá-lo á marginalidade.
Mesmo na condição de búfalo ferido, aqui estamos, alertando para a gravidade da situação, não só em São Paulo, mas em todo o país, inclusive de cidades aparentemente pacatas, como Muriaé.
E que medidas sejam tomadas com rapidez, inteligência e coragem, antes que seja tarde demais, tanto para os búfalos quanto para os leões...
Publicado em: 14/08/2006 18:26:32
Última alteração:26/10/2008 22:33:38


Como água transformada em tinto vinho
Pensando em ti

Tu nunca estas sozinhas,
Ao contrário dos ventos que me permeiam
A tristeza ainda escorre em minhas lágrimas.

Destinos que cruzas sem severo tempo
Da água ao vinho foi transformado
Um coração apaixonado...

Rodrigo Baccarin


Como água transformada em tinto vinho
Propulsionando o sangue em minhas veias,
No instante em que dominas, incendeias
E o abrasador verão toma o caminho.

E tudo se transmuda de mansinho,
No mar feito em calor que tu anseias
Vislumbro a magnitude de sereias
Fazendo do meu peito, lar e ninho.

Das lágrimas de outrora, resta o nada
Sorriso se esparrama pelas sendas,
Florindo de esperanças, cada trilha.

E ao ver assim tão bela a minha estrada,
Segredos mais recônditos; desvendas,
E após a tempestade, o sol rebrilha...
Publicado em: 03/03/2009 13:25:50
Última alteração:06/03/2009 01:36:01



COMO DIZIA LEILA DINIZ


Dizia Leila Diniz
Com toda sabedoria
Um versinho que assim diz
Preste atenção, bela cria

“cafuné, malandro
Eu quero até de macaco”...
Publicado em: 15/08/2008 17:35:19
Última alteração:19/10/2008 20:16:40


COMO DIZIA O CHICO
Sobrou apenas o carrinho de mão.
A danada da piranha me iludiu
Não passou seis meses e fugiu
Com o meu carro, meu dinheiro e caminhão.

E eu aqui agora no empurrão
Da boca de jumento tomo chupa
Procuro essa bandida até com lupa
Um pouco mais levava até o meu tesão.

JR PALACIO

“ Levou também meu disco de Noel,
Neruda que tomou não devolveu,
Agora faz programa num bordel,

Não deixou nem bilhete nem recado,
Também se inspiração já se perdeu,
Que faço deste amor mal acabado?
Publicado em: 15/12/2009 17:12:27
Última alteração:15/03/2010 13:51:04



começou a trovejar

começou a trovejar
no caminho de quem ama,
a saudade vai chegar,
acendendo a velha chama..
Publicado em: 16/01/2010 15:02:33
Última alteração:14/03/2010 20:47:26




A vida é tão bonita, meu amado,
E a noite nos contempla enluarada,
Tornando este caminho iluminado
Pra nunca tropeçarmos nesta estrada...

Porém por vezes somos tão teimosos,
Seguimos os caminhos deste breu,
Depois de certo tempo, desditosos,
Gritamos: nosso rumo se perdeu...

Usando a bela lua como guia
Por certo este caminho é mais feliz.
Nos raios estampados de alegria,
Podemos encontrar o que se quis,

Por isso; minha amada, estou contigo,
Nos raios dos teus olhos, meu abrigo!

HLuna
Marcos Loures

Publicado em: 03/03/2007 11:51:20
Última alteração:06/11/2008 11:32:27



Eu leio nos teus olhos
As páginas felizes
Que tive em minha vida
Na sorte peregrina
Que cedo me alucina;
Depois segue perdida...

Eu leio neste brilho
Calor que me enlouquece
De tanto amor que tenho
Amor que não se acabe
De tanto amor que venho
Depressa que não cabe.

Aguardo essa alameda
Estreita da paixão.
Que nunca me deixou
Que nunca deixará.
Por ela, sempre vou,
Amor encontrei lá.

Deixou tanta saudade
Saudade que não passa
Saudade de viver
Vontade de voar
Vontade de saber
Como é gostoso amar!
Publicado em: 01/02/2007 17:05:59
Última alteração:28/10/2008 18:25:34



COMO É GOSTOSO AMAR! -


Quisera só assim ficar
Contigo, sem ter fim...
Mirando estes teus olhos...
Beijando a tua boca...
Vivendo esta loucura,
Delicías de quem ama...
Ficar em sua cama...
Sem ver tempo passar...
E adentrar a noite...
Somente a te amar...
Quisera, meu amado,
Prá sempre do teu lado,
O amor eternizar...

Mirando nos teus olhos
Beijando tua boca,
Esqueço dos abrolhos,
Não durmo mais de toca,
As flores, colho em molhos,
A voz ficando rouca.

Se chove e cai granizo,
Eu cuido do telhado,
Amor se faz preciso,
Contigo do meu lado,
Teu corpo quando aliso,
Ficando arrepiado

Depois... Ah! Deixa estar,
Como é gostoso amar!

ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Loures
Publicado em: 15/07/2007 20:55:29
Última alteração:05/11/2008 19:13:48



Como pode companheira
Desta estrada tão comprida
Esquecer que a terra inteira
Acabe na nossa vida.

Todo sentimento intenso
Nunca pára de sangrar
Meu amor é tão imenso
Cabem ondas lá do mar.

Na penugem deste amor
Roçando meu coração
O teu canto salvador
Me inundando de emoção.

Meu amor tanto flagelo
Tanta dor que nunca sei,
Seu amor foi o rastelo
Neste campo quando arei.

Agora vou com saudade
Do tempo que não existe
Pra viver felicidade
Canto não pode ser triste.

Vem comigo, vem ligeira,
Vou te mostrar meu abrigo
Se não vier, companheira,
Mesmo assim sou seu amigo...

Nas terras de Pirapora
No sertão de Jatobá
Vou cantando mundo afora
Como é gostoso te amar!
Publicado em: 11/02/2007 16:10:01
Última alteração:28/10/2008 18:07:11



COMO É GOSTOSO TE AMAR
Amor vem tomando a casa

Taca fogo acende a brasa,

Bobear a gente casa

E se entrega sem pensar.

Tanto amor tenho por ti,

De mim mesmo me esqueci

Tomado por frenesi,

Não me canso de sonhar.



Tu és morena faceira,

A paixão da vida inteira,

Minha amada companheira

Vivo no mundo a cantar

A canção apaixonada

Que te canto minha amada

Na varanda, na calçada

Em tudo quanto é lugar.



O meu coração sem jeito

Vai batendo satisfeito

mas já nem bate direito

começou acelerar.

Meu amor não tem receio,

Amor é nosso recheio,

Olhei de banda pro seio...

Ah! Como é gostoso amar!
Publicado em: 22/04/2008 22:39:44
Última alteração:21/10/2008 13:22:44


COMO É GOSTOSO TE AMAR



Desfraldo meus olhares no teu corpo
Meu porto de chegada, com certeza
Estrelas derramando nos teus olhos
Rendidas ao teu brilho em tal beleza
Imergem e mergulham num segundo,
Forrando o coração em farta luz.
Sentidos aflorando noite inteira
Nas veias e na pele, brônzea lua
Deitada em minha cama, a deusa nua
Farnel de meus desejos incontidos...
Publicado em: 15/05/2008 19:49:52
Última alteração:21/10/2008 12:46:02



Você sentindo o meu olhar,
eu me viciando no seu,
quem vive nesse caminhar,
só pode ganhar o céu.
No olhar tudo se sente
e nem precisa falar,
mesmo se estando ausente,
se falando com o olhar.
Mas precisa a perfeição,
pois não é vulgar, não.
Pra tudo isto sentir,
é preciso na verdade existir
grande amor no coração!!

TUES


Entrego-me, cativo, nestes laços,
Sentindo a brisa mansa me tomando,
Aos poucos, infinito penetrando
Bem firmes meus caminhos e meus passos.

Nos céus de nosso amor, claros espaços
Meu barco nos teus mares navegando,
Não quero e nem pergunto aonde e quando,
Só quero em minha noite os teus abraços.

Verdugo de meus dias, solidão,
Deixada para trás no rés do chão,
Jogada na gaveta do passado,

Numa esperança viva, ela agoniza,
Manhã vem renascendo em mansa brisa,
Sentindo esta presença aqui do lado.
Publicado em: 20/05/2008 21:45:02
Última alteração:21/10/2008 15:11:43




Não temas, meu amigo, eu já te ensino
A soltar o teu corpo, sem tardança,
Nos mais doces meneios de uma dança
Mas sem perder tu’alma de menino

Dançando, vamos já viver o sonho
Do amor completo e mais que realizado,
Te quero, junto a mim, bem abraçado,
Ouvindo os sons dos versos que componho..

Te quero nesta dança minha amiga,
A noite inteira; quero o teu bailado
Juntando nossos corpos... Nessa liga

Eu quero me perder. Cadê juízo?
Do jeito mais gostoso, apaixonado,
Abrir as portas deste paraíso!

HLuna
Marcos Loures

Publicado em: 05/03/2007 21:55:53
Última alteração:06/11/2008 11:30:56



Sou toda sol, porque te conheci
Sou toda luz, porque te amei, enfim
Sou céu azul, o mar aberto
Sou até oásis, no deserto!

Beijos encantados, Lua...
Lua sempre a me encantar...
Adormeço à prata de teu olhar...
Que de sonhos, sem par, faz meu viver!


Eu quero em teu amor a claridade
Que envolve e que traz felicidade
No canto mais suave e mais arguto.

Nos beijos encantados da princesa
Solar, encontro sempre tal beleza
No som deste teu mar que em mim escuto.

Eu quero esse lampejo verdadeiro
Que é lume que me guia, companheiro
Dos versos que te faço noite e dia.

Nos olhos deste sol que é minha estrela
A noite se incendeia quero vê-la
E vejo-te no ritmo da alegria.

No céu em todo azul deste teu mar,
Quem sabe deve sempre e mais amar
Nos versos da canção que recomeça.

Não deixe que as estrelas neste zinco,
Forrando nosso amor com tanto afinco
Terminem naufragando na promessa...

ANE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 25/02/2007 15:50:54
Última alteração:06/11/2008 12:03:16



COMO EU AMO VOCÊ! //

Tentei esquecer-te meu amor
Embora sabendo que seria um desafio
Sabia que enfrentaria uma intrépida guerra
Minha alma sentiu imenso frio

Meu corpo em revolução contestou
Não consegui controlá-lo
Foi apenas sonho quimérico
Poder tal pesadelo realizar

Desisti então desta luta
Preferi sofrer amando
A quinta-essência da minha vida

É o homem que tanto amo
Foi fácil me apaixonar
Mas vou ter que morrer te amando


Não posso te esquecer um só momento
Pois trazes para mim uma esperança
De um dia ser melhor, morto o tormento,
Felicidade plena enfim se alcança.

Ouvindo tua voz vem à lembrança
Toda a ternura intensa, sentimento,
Fazendo parceria em aliança
Soltamos nosso canto esparso ao vento...

Apaixonadamente sou teu par
Na busca de alegria e de prazer.
Contigo sem limites vou viver

O que de minha vida inda restar.
Em teus braços, querida me envolver
E toda esta magia desfrutar....

GELIS
MVML
Publicado em: 08/08/2007 20:39:15
Última alteração:05/11/2008 16:52:30


Muitas saudades dos tempos bons,
Que a gente andava nas estrelas,
Na cauda de um cometa viajávamos,
Abraçados amando-nos sem tristezas.

O tempo passou assim tão rápido,
Deixando apenas lindas lembranças,
Do tempo que descalço caminhava-mos,
Dentro do peito foi breve a esperança.

Hoje nós dois calados caminhamos,
Pisando somente em pedras e espinhos,
Então traduzo nestes versos frios os teus,

Embora feitos com carinho.
E todas ás vezes que falares de tristeza,
Saibas que a eles não me aninho.

Teus passos em meus passos refletidos
Espaços que vagamos, lua e estrela,
Os dias com certeza são cumpridos
Nos braços da ilusão sincera e bela.

Em tempos diferentes conduzidos
Por mão tão carinhosa que revela,
Os medos que carregas; repartidos,
Não podem figurar em nossa tela.

As urzes, reconheço, são constantes
No peito de quem ama, isto é concreto,
Quem dera se meu passo fosse reto,

Talvez não sofreria; porém, antes
Mesmo de receber o teu carinho,
Às vezes cismo à toa em pedra e espinho...

GELIS
MVML
Publicado em: 06/09/2007 20:10:05
Última alteração:05/11/2008 06:53:39






Bela estrada florida
Coloriu este amor
Que nos consagrou
À felicidade...
Vamos juntos, juntinhos,
A viver dos carinhos
Que o amor só fomenta
Passe o tempo ou o vento
Nos queira atacar...
No amor nos rendemos...
E entregues vivemos,
Aos ditames do tempo...
Mas a felicidade,
Que em nós fez morada...
Há de ser sempre o farol...
Luz do sol, nesta estrada!


Por sendas mais floridas caminhamos
Estradas marginadas pela paz.
Estradas coloridas que sonhamos
Somente a mão do amor, decerto traz.

Há tempos que esta sorte nós buscamos
Felicidade enfim, nos satisfaz
Por isso é que bendigo o quanto amamos.
Um passo a cada dia mais capaz.

Amor que é feito em glória, em alegria,
Deixando uma tristeza adormecida.
Rendidos a tal força, esta magia,

Não temos outro rumo a percorrer.
Tu és o sol que inunda a minha vida
Trazendo para sempre, o amanhecer...

ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Loures
Publicado em: 14/07/2007 06:20:26
Última alteração:05/11/2008 19:28:06



Eu tenho a certeza no peito
De querer quase nada
Somente viver feliz
Ao lado da amada...
Amor que some
Vou viver por um triz,
Eu quero estar a teu lado
Nessa dura jornada
Depois de tantas tristezas
Que a vida nos trouxe
Tantas vezes mostrou
Um coração tão doce.
Ah Meu grande amor eu te amo tanto!
Esteja certa.
É bom te ter por perto,
Sempre alerta....
Tantas vezes em tantos caminhos na vida
O medo nos tomando e quase sem saída
A tua presença, me acalma, me aninha...
E toda a tristeza já vai embora.
E tu és tão minha...
Amor que tanto desejo
Me dê o teu beijo
Tudo o que preciso, enfim minha amada
O fim da tristeza, a manhã tão sonhada,
Em tudo a beleza, viver paraíso.
Estar sempre contigo,
Sem temer o perigo
Que a vida nos traz.
Assim companheira,
A minha vida inteira,
Estou contigo, em paz...
Publicado em: 09/12/2008 20:17:05
Última alteração:06/03/2009 15:41:55



Deitando no teu colo com ternura,
Sentindo a luz chegar à minha vida,
O vento da esperança me murmura
Palavra tão macia e decidida.
Clarão que iluminando a noite escura,
Demonstra a sorte plena e mais querida
De quem tendo o seu mundo desbravado
Tem o canto ao amor já consagrado.
Publicado em: 04/12/2008 16:12:07
Última alteração:06/03/2009 16:03:20


Eu sempre quis
ficar contigo
e ser feliz ...
(ivi)

Ser feliz é ter contigo
Tanto amor quanto amizade
Proteção ao desabrigo
E carinho de verdade,
Vou em paz, pois eu consigo
Encontrar felicidade
Na verdade, meu amor,
Nada disso tem valor
Se não vens bem junto a mim,
Passarinho quando voa
Quer voltar para o seu ninho,
Construído no jardim,
A tua alma é muito boa,
E não deixa mais sozinho
Esse pobre passarinho,
Vou ser teu até o fim...
Publicado em: 15/01/2010 20:47:56
Última alteração:14/03/2010 21:04:11



Qual fúria,
Do mar insano,
Em ondas tempestivas,
Paixão por ti ,
Me alucina...
Na sede dos teus beijos,
Desejos,
Emergem das profundezas...
Sangue em correnteza,
Meu corpo,
Tudo inunda...
Um calor...
Frio...
Arrepios...
Fremência...
Nos teus braços,
Rito errático...
Volúpia...

Erráticos meus lábios vão vagando
Por toda a cercania; intempestivos,
E assim em doces frestas penetrando,
Sentindo os teus sentidos mais festivos.

Em toda uma explosão já se inundando
Em gozos mais gentis, loucos, lascivos,
Eu quero repetir agora e quando
Quiseres ter prazer em fogos vivos.

Num rito que repito e não me canso,
Alcanço em turbilhões êxtase pleno.
Depois ao descansar neste remanso,

Glorificando Amor, um deus errático,
Deixando no teu corpo, tão ameno,
Sinal do bem querer, quase emblemático...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 27/08/2007 18:35:59
Última alteração:05/11/2008 13:05:59



Pois pega esta peteca...
Baixou em mim, moleca!
Sequer há benzedeira,
Que acalme essa fogueira.

Menina inzoneira
Bagunço este coreto
Te agarro meu moreno
Te beijo a noite inteira.

Vai ser só brincadeira
Em risos te amarei
Folguedos nesta esteira
Peteca eu te joguei!

Eu pego na peteca da moleca
E taco fogo, amor, no quarteirão.
O fogo que me queima e te sapeca
Aumenta num momento a tentação.

Quem pensa que na fome a gente peca
Não sabe do poder da sedução
Que tem quem me jogou esta peteca
Sapecando menina, o coração.

Brincando toda noite – cabra cega
A mão que te apalpou foi bem certeira,
Sem medo e sem juízo, o seio pega

Depois já sai rolando nesta esteira
Vem logo, por favor vê se sossega
Que eu quero é só me arder na brincadeira...

ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Valério Mannarino Loures
Publicado em: 07/08/2007 20:43:00
Última alteração:05/11/2008 16:55:19



Foi de riso e alegria
O amor, que um dia
Ao te olhar, ví nascer
Sem ter como e porque...

E que aos poucos, floriu
Como a flor no jardim
Esse amor, que por fim
Como a rosa, se abriu...

Jardineiro encantado
Sei te dei meu amado
A mais doce visão

O meu ser do teu lado
Com olhar deslumbrado
A vibrar de paixão!

Alvíssaras ao belo e raro amor
A florescer em sonhos e delírios
Encantadora e frágil, esta flor
Se faz em rosas, dálias, jasmins, lírios...

Eternidade feita encanto e festa
Florindo a cada verso, amor sereno
Enaltecendo a vida, em si já gesta
Um gesto de alegria; vivo, aceno

Na vibração conjunta, um diapasão,
Orquestrando o futuro em paz e gozo.
Arpejos e sonatas, coração...
Deixando para trás mar revoltoso...

Canteiros e quintais, beirais, sobrados;
Aramos esperança, enamorados...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 25/08/2007 09:39:44


Eu e você somos apenas um
Protegidos pela brisa do amor
E através destes nossos versos
Saciamos esta sede de fervor
Eu te atiço tu me atiças
Para mais uma noite de amor

Vem com teu fogo abrasador
Mansamente aproxima-se de mim
Atiça-me a uma explosão
Bota fogo no meu estopim
Deixando-me cega de desejos
Querendo teu corpo pra mim

Nossos corpos ficam em brasa
Nossos olhos revelam sensações
Teus lábios procuram meus lábios
Nossos corpos entrelaçam-se com emoção
E neste abraço longo e gostoso
Aproximamos nossos corações

E é tanto amor que a gente faz
São tantas palavras de amor
São tantos abraços apertados
Beijos ardentes com fulgor
Esquecemos de todos os problemas
Entregamos-nos sem temor

Mas depois é uma pena
Logo quando o dia amanhece
Nossos corpos se separam
Desmorona nosso universo
Choramos minutos abraçados
O sol de tristeza desaparece


Encontro no teu corpo o meu amparo,
Um gosto muito raro em amor pleno
Anseio por poder estar contigo
Obedecendo assim a cada aceno.

Desejos que se mostram na penumbra,
As sombras que se movem, vão unidas.
Entranham, se misturam viram uma
Atando numa só, as nossas vidas.

Eu sou o que tu és, tenha certeza,
Tal parte indivisível de nós dois.
Formando um elo firme, inseparável,
Bem antes, no durante e no depois.


GELIS
MVML
Publicado em: 22/09/2007 16:59:37




Hoje não vens..
Mas se eu fechar os olhos...
Pensar que me estás a beijar...
Suavemente...
Quase te posso tocar....
Escorregar pelas tuas mãos...
Reencontrar-me na tua pele...
Poder, enfim dormir...
Enroscada no teu sonho............

Encontro-te querida em sonho leve,
Suavemente vejo o teu sorriso
Que estampa num momento mais conciso
O mundo em que delícia já se atreve

Escorregando os olhos vejo breve
Seminudez que invade um paraíso,
Na transparência, olhar em regozijo
Desejo de que a vida sempre enleve

Os momentos mais belos, sensuais,
Trazendo para a vida esta viagem
Que é feita sem limite em doce aragem,

Vontade de querer e sempre mais,
Recebo o teu sorriso, como um beijo
Sinônimo que encontro pra desejo...

MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 09/09/2007 20:33:05



Te darei meu corpo,
Prenhe de desejos...
Quero-te em meus seios,
Em milhões de beijos...

Afogar o anseio
Fome, sede, ardor
Ter teu corpo inteiro
Te dar meu amor...

Beber do teu gozo
E gozar também
Desse amor fogoso
Que nos faz reféns...

Acossas meus desejos e vontades
Açodas meus prazeres num momento
Entorno meu querer em abundância
Num vício tão gostoso de provar.
Aladas esperanças que te buscam
Trazendo para mim felicidade.
No rastro de teus passos, fogaréu,
Num céu em plenos sonhos, regozijo.
A marca da pantera em minhas costas,
Recebo com voraz satisfação
Um rio que arrebenta, aluvião
Uma avalanche bela que se espreita.
E a vida nos tomando faz a festa...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 19/09/2007 21:02:55




É sonho que eu vivo todo dia,
é sonho que sempre quero viver.
Contigo minha vida é alegria,
eterno e constante renascer.
E quero te sentir, junto, a meu lado,
na estrada qu'inda resta percorrer.
Por ti tenho carinho esmerado,
que nunca, estou certa, há de morrer.
Nos versos que escrevo e componho,
és tu que alimentas o meu sonho.


Meu coração campônio sonhador,
Ao ver toda a beleza desta lua,
Buscando por palavras canta amor,
Levado pelo vento, a ti flutua,
Trazido pelo rastro encantador,
Encontra esta beleza rara e nua

Na rede feita em luzes, constelar,
Estrelas embalando o sono leve
Da deusa que de noite vem brilhar.
Um beijo em sua boca já se atreve
Roçando a sua pele, devagar,
Momento mais eterno embora breve.

Campônio que se fez enamorado,
A cada novo sonho, apaixonado...

HLUNA
MVML
Publicado em: 27/10/2007 17:25:25



A boca é caiçara,
Regada a licor de anis,
Mulher que por ti, amada,
Flor despida nos jardins,
Eu quero ter deste teu ventre
Amor, que nunca tive então,
Carícias em noites frementes,
Orgasmos em sofreguidão
Mas saibas, meu amor derradeiro,
Que tenho uma grande surpresa,
Meu corpo por ti em chama ardendo
Tragado pela tua ausência
Eu rogo ao teu coração:
Vem logo! Não desista não!

A noite que, extasiada,
Trama a noite em prazer
Tanto amor que a madrugada
Não se cansa de fazer.
Nos versos que concebemos
As luas, mares, sertão,
De tanto que nós vivemos,
Sem ter medo ou solidão.
Amor vencendo surpresas
Libertam as maravilhas,
Os dentes cravados, presas,
Nunca mais ser simples ilhas
Perdidas neste arquipélago,
Mergulhando no oceano,
Que sabes profundo pélago,
De tanto prazer que ufano.
Idos tempos sem enredo
Com medo que bem se diz.
Sem saber esse segredo,
Como é fácil ser feliz!

Ledalge

Marcos Loures


Publicado em: 28/01/2007 10:38:30



COMO EU TE AMO!
Dos cadáveres que levo algum me pesa tanto
Que não consigo crer como agüentei o pranto
E a dor da perda. Não pretendo mais falar
Das mulheres, do medo e da fatal espera
Que sempre me acompanha. Esqueço do luar,
Da casa pequenina e até desta tapera.

Fui tantas vezes frio, outras queimei no estio,
Em verdade omiti as curvas deste rio
Onde afoguei o verso, imerso sem ter dó.
Também eu não pedi nem vou pedir mais nada;
Apenas que me deixe. Eu prefiro estar só,
Sem ter preocupação se vem a madrugada!

Uma saudade estranha: o medo que não tive;
Mistérios deste templo onde a quimera vive.
Vive e me traz vergonha, estou meio cansado.
Estou na idade em que os sonhos são mais mansos.
Não devo mais beber; me deixe aqui do lado
E pode ir procurar os seus belos remansos...

Depois de tanto disse, e não disse, e dirá,
O que não sei aqui, eu nunca serei lá.
Lá, onde as manhãs que jamais eu sonhei ter,
Acordarão do medo, eterno medo do nada,
Do vazio, do que sei que nunca irei saber.
Algo assim como beijo e carinho de uma fada.

A safada não veio e nunca mais notícias.
Aliás estou só, e sonho com carícias,
Nem que sejam assim tortas ou insinceras
Das mulheres que sei que jamais me amariam...
E por falar de amor, onde estão as panteras
Que prometeste, vida? Eu sei que não viriam.

O gosto da saudade: um chocolate amargo,
Dá prazer e maltrata. O mundo é longo e largo,
Embargo a voz, um trago e depois a ressaca.
Meu barco corroído em plena tempestade
É um naufrágio certo, a culpa é sua, craca,
Assim como também é culpa da saudade...

Música e botequim, mistura corrosiva...
Depois de certo tempo, uma mulher é diva,
Pouco me importa, sou o que sempre desejo,
Pirata, submarino, olho cego e viseira,
Cataclismo irreal, amor me dê teu beijo.
Na cauda do cometa, espreito a terra inteira.

Depois, peço desculpa e se não me der; tchau!
Viajo pela noite, espaço sideral!
E volto para casa, amargo e tão sozinho...
A lua é companheira, o copo de conhaque...
Espero tua mão, em vão, cadê carinho?
Mas não repare não, a lágrima é de araque!
Publicado em: 26/04/2008 19:43:20


COMO EU TE AMO!
Minha vida sem te ter
Perde toda essa razão
Que faz a gente viver
Acelera o coração!

Vida que da vida faz
A luz que tudo clareia
É chama que me incendeia
É teia que tanto apraz
Sou capaz de nessa teia
Prender o meu sentimento
Sem ter arrependimento
Por um momento sequer
Nos braços dessa mulher
Que tanto me ajuda a ver
A beleza de viver
Razão de minha alegria
É Sol que traz o meu dia
E faz-me ser girassol.

Nas horas mais demoradas,
Quando as mãos estão cansadas
De tanto amor que já dei.
De toda dor que passei
Sem saber como fazer
Teu amor me dá prazer
Iluminando essa vida
Que pensava já perdida
Sem ter muito o que sonhar
Contigo, aprendendo amar
Sem medo sem solidão
Meu verso encontrando então,
A razão para viver!
Publicado em: 29/04/2008 21:12:44


Pensamento galopa
Corcel indomável
Além das estrelas
Sem sela ou arreios
Sem freios revela
O amor que se sela
Em celas diversas
Dispersas imagens
Sondagens em luas,
Refugas e voltas
Revoltas, remotas
Colheitas de lumes.
Perfumes; esfumas
Espumas, marés.
Estrelas do mar
Cavalos marinhos
Refletem o olhar...
O mar bebe o céu
E o véu constelar
Mergulha em teus braços
Sereia serás.
Publicado em: 13/05/2008 20:15:23




O nosso reencontro..
Nas ondas do mar..
Salpicando...
Enroscam-se em nós...
Fazem-nos cair...
Mergulhar num abraço
apertado...
Repleto de emoções
e paixões................


Caminhos delicados que amor tem
Em curvas e desvios nós erramos,
Do tempo em que sonhamos, muito além
De todos os destinos que trilhamos.

Amor não se permite trilho e trem
Sequer quer ser cativo negando amos.
Recebe em longa noite todo o bem;
Por isso é que querida, nos amamos.

Herdeiros da esperança da vitória
Na luta tão difícil da existência.
Amar em plenitude, nossa glória.

Nas trincheiras, guerrilhas, ilusões.
Divina sensação de providência
Na sorte dos amores, das paixões...

MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 30/10/2007 18:32:43




COMO EU TE AMO!/

Gosto do teu cheiro...
A flutuar nas sombras do quarto..
Majestosamente...
Numa antecipação..
Num desabrochar de prazer....
Num enigma...
Naquele abraço frenético, desejado...........


Teu cheiro delicado e sensual,
Roçando a minha pele, traz desejos,
Vontade de verter suor e sal
Rolando a noite inteira, ter teus beijos.

Amor que a gente faz, fenomenal,
Na cama tempestades, relampejos,
Prazer que se emoldura triunfal,
Sem medos, sem pudores, dores, pejos.

Na doce sensação de um frenesi
Frenéticas viagens, infinitos...
Amores que tornam nossos ritos,

O sonho mais bonito que vivi,
Numa explosão sem tréguas sem ter fim,
Amor se derramando dentro em mim...

MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 02/11/2007 15:44:54


COMO EU TE AMO!/

Espalhas em mim esse desejo...
Essa onda de emoções e sentimentos..
Que nunca deixei libertar-se...
Suavemente, em sussuros carinhosos...
No brilho da lua...
O meu corpo rendeu-se e descobriu-se...
Dando o que há muito na alma dançava
e suspirava por ti.................



Há tempos que procuro por teus passos,
Teus rastros nas estrelas escondidos.
Vagando por longínquos céus, espaços
Distantes em meus dias esquecidos.
Amor que nos uniu em fortes laços
Permite perceber que, decididos,
Meus dias sempre irão estar contigo
Sabendo que em teus braços, meu abrigo...

MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 11/11/2007 21:05:18


COMO EU TE AMO!/

Quero ser teu amor, o teu mar, a delícia
Belo sol no teu céu, novo canto,um ensejo
Um feitiço aos teus olhos, a mulher, a perícia
Em desvelo, o tropel dos insanos desejos...

Quero ser o encanto, o deslumbre, a insígnia
Que tu levas no peito, um pendor, estandarte
Baluarte dos sonhos, toda a saga, lascívia
Dos ousados guardados, lembranças, o aparte...

Quero ser a tua senha, resenha, esperança
E dos versos de amor, doce inspiração
Quero ser coração, dos teus dias, bonança
Do lirismo incontido, verve, nervo e tendão..

Nas hostes deste sonho, emoldurada
Dourada fantasia que se faz
Sobejo sentimento que é capaz
Da glória de viver ser transmudada.

A moça tão bonita, bela fada
Que em vivas emoções me satisfaz
Alvíssaras, pois dou à santa paz
Na lírica canção já demonstrada.

Meu verso principia e segue assim,
Trazendo este universo para mim,
Um simples passageiro da esperança.

Na espreita deste amor que é laço e teia,
A vida num momento se incendeia
E faz eternidade na festança...

ANA MARIA GAZZANEO
ML
Publicado em: 15/11/2007 13:40:44



Porque amanhece??
O Sol entra sem cerimónia..
No quarto...
Descobre-nos o corpo nu...
Suado, saciado do amor vivido...
Desejado ainda no nosso olhar...
Tenta separar-nos...
Mas os corpos procuram-se...
Enlaçam-se num beijo...

A lua ao penetrar sem cerimônia
O quarto em que tu dormes bela e nua,
Enquanto um cavaleiro com insônia
Percebe esta beleza e vai à rua

Subindo na janela de teu quarto
Adentra e te beijando mansamente
Depois do susto, amor deixando farto
Aqueles que se entranham loucamente.

Sacias meus desejos e eu sacio
Nos gozos infinitos, o teu cio,
Entrelaçando coxas e caminhos.

Rendido as emoções e aos teus carinhos
Alçando no teu quarto ao paraíso,
Encontro-me na paz de teu sorriso...

MARTA TEIXEIRA
ML
Publicado em: 22/11/2007 12:03:15



Fico amor e, sim, insisto,
No viço do nosso amor...
Por amor eu não resisto...
É bálsamo, refúgio à dor...

Como viver sem você?
Ir pra onde, meu amado?
Se foi somente ao teu lado
Que o paraíso se fez?

Vamos tentar outra vez...
Quero seguir com você
O caminho deste fado...

Que já não posso viver
Mais longe do teu abraço...
Sem você, o que é que eu faço?

Perdido nos teus braços, firmes elos,
Delícias que desfruto a cada dia.
Sentindo o bom perfume dos cabelos
Percebo quão é grande essa magia.
Unindo nossos corpos em novelos,
As pernas confundidas num festejo.
Nas doces tentações. Puro desejo...

ANA MARIA GAZZANEO
ML
Publicado em: 29/11/2007 13:30:33



O dia em que fui amada...
Entreguei-me por inteiro à paixão ardente
Soprei ventos de ternura em minha jornada
Contemplei nua, o eterno sol nascente

Fiz da suave brisa, minha doce confidente
Amei com intensidade a lua, toda enamorada
O dia em que fui amada...
Entreguei-me por inteiro à paixão ardente

Dos seus versos e rimas, fiz minha morada
Cantei amor em tom transparente
Roubei flores douradas à beira da estrada
Andei em êxtase pelas estrelas cadentes
O dia em que fui amada...

Eu te amo e nunca nego esta verdade
Que é feita de esperança e de alegria.
Tu és, mulher bendita, o que eu queria,
Sinônimo de ti? Felicidade!

Condenar-nos? Julgar-nos? Ah! Quem há de?
Nos corpos que se tocam, uma alquimia
Que traz em raro brilho, esta magia
Completa em mais total sinceridade.

Jardins que cultivamos; dálias, rosas,
Num êxtase profano e tão profundo,
Vagando o mundo inteiro num segundo

Em mágicas palavras olorosas.
Morada que fizemos, nos espaços,
Traduzem o calor de nossos braços...

MARA PUPIN
Marcos Loures
Publicado em: 03/06/2007 21:31:39


COMO EU TE AMO!!!

Viva! Viva a esperança que nos faz feito crianças...
Tão alegres sem temer um amanhã...
Pois a sorte tão malsã, a fé não medra.
De quem ousa, de quem sonha, ser feliz!


Esperança traz
Sonhos, ilusões
Batendo mais fortes
Nossos corações

Nas promessas feitas
Gestos delicados,
Seguimos a vida
Sob a luz dos Fados.

Quero que tu saibas
Quanto quero a ti,
Na busca incansável
Pelo que perdi.

A sorte de ter
Amor que me quer
Nos braços mais fortes
Da amada mulher.

Vencendo meus medos,
Raiando alegria
Querida vem logo
Clareia meu dia.

Eu tenho esperança
Da boca gostosa
Da moça bonita
Perfume de rosa.

Vibrando comigo
Trazendo pra mim
Beleza sem par
Regando o jardim...

Meu peito se aninha
No teu bom regaço,
Amada, eu te quero,
Me dê beijo, abraço...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 09/07/2007 21:46:23



Fico aqui
a lembrar
o nosso passado,
eram noites
ao luar,
e um beijo
demorado ...
(ivi)

As estrelas por tiaras
Nos cabelos da morena
As noites todas, tão claras,
Felicidade me acena...

Pressinto todo prazer
Que virá, noite primeira,
Aos poucos te conhecer
E te conceber inteira.

Beleza, morena rara,
Raro amor que quero em ti
Na vida que se prepara
Teu brilho tão belo vi.

Me enredar nos teus novelos,
Qual tiara nos cabelos...
Publicado em: 27/05/2008 15:53:11




Seu moço me dê licença
Tenho muito pra contar
Não quero dor que convença
Nem tristeza vou te dar.

Vou somente com meu canto
O meu espanto espantar.
Meu amor que eu amei tanto
Fugiu com este luar,

Me deixando uma saudade
Machucada pra valer,
Com toda sinceridade;
Deu vontade de morrer!

Mas a flor lá do cerrado
Que brotou no coração,
Me deixando apaixonado,
Novo amor, a solução.

Quero o gosto desta boca
Que adivinho, só pra mim,
A minha paixão tão louca,
Esse amor que não tem fim.

No meu mundo, com certeza,
Outra flor não quero ter,
A rainha da beleza,
Minha rosa; vi nascer.

Vem pro colo de quem ama,
Por favor, demore não,
Meu amor sempre reclama,
Teu amor no coração!
Publicado em: 17/09/2008 19:33:45


Destino não permite que eu invada
A casa que, bem sei, somente tua.
A dor que prenuncia em mim flutua
E mata minhas sortes todas, cada...

Da grave pena trago um desagravo
Em vão, pois sabes sempre condenar
Me invisto do que possa ser amar
Nas águas poluídas que me lavo.

Daquilo que mais quero, me negaste
E sempre se esquivaste sutilmente.
Não queiras que te trague, de repente,
A base que sustente uma fina haste.

Não quero te omitir, embora peças,
Que nada que senti inda carrego,
Deste-me tais mares que navego
Bem longe das estrelas que tropeças...
Publicado em: 23/10/2008 20:27:56
Última alteração:02/11/2008 20:32:40


As asas da saudade abertas em meu peito
Invadem cada canto e não me dão sossego.
Voltando de onde vim acham-se no direito
De dominarem tudo, então eu peço arrego.

É duro compreender o que querem as asas
Nem elas sabem, o que posso te dizer
É que me queimam, isso eu sinto nessas brasas
Que sabem misturar a dor com meu prazer.

Me lembro delas um dia onde a tristeza
Se mostrava rainha em mansa sutileza,
Saudade de quem fui, principalmente disso.
Da minha mocidade esquecida faz tempo!
Agora em meu outono o brilho perde viço
A opacidade surge e cada contratempo!

Na seda dessa pele, a morena me acende.
As asas da saudade abertas novamente,
A mão da lucidez vem e de novo estende
O meu manto outonal, ela nunca me mente!


Ainda bem que existe alguma lucidez,
Senão, 'stava perdido, a dor então, medonha!
Tudo tem a sua hora e tudo a sua vez...
Mas o meu coração, desgraçado, inda sonha!
Publicado em: 05/11/2008 14:26:38
Última alteração:06/11/2008 11:58:55



Nos meus desejos, torpes e imorais,
As noites invernosas são mais frias.
Por quanto tempo posso querer mais
Se não consigo conceber nem querias...

Espero pelas duras noites, ânsias,
Procuro por qualquer forma de vê-las,
As horas que confundo são ganâncias
As noites que prometo sem estrelas!

Não sei se posso, medos sem desejo...
Nas horas mais tristonhas, vou seguindo,
As formas que corrompem antevejo
Os brilhos mais incríveis. E é tão lindo!

O tempo que passei, eu te esperando,
Dos olhos que sonhei, me lembro azuis...
Montanhas gigantescas vou galgando,
No final desta estrada sei da cruz...

Embalde tentei lúdicos meus cânticos
Candura não prospera meus jardins...
Os medos indefesos pois românticos,
Impedem florescer nestes jasmins!

Nos céus permitem lúbricos arranjos?
Me explique então como consegues tanto!
Nas entrelinhas tão audaz quais anjos
Conseguinte enganar com tal ar santo?

Nas minhas tentativas sou silvestre,
Amador nunca tive competência!
Inquebrantável finjo-me, campestre,
No fundo sou o fim da paciência.

Não teço meus caminhos elegância,
Nem peço mil perdões por coerência
Coleciono teus pares, discrepância
Espreito minha vez tua indecência!

Formato meus cabelos com teus verbos,
Nas contas que te tive, tão cruel.
Olhavas-me com ares mais soberbos,
Negava-me tentar chegar meu céu

Ancorei meus destinos nos teus lastros,
Infelizes os momentos que passei,
Teus braços como fossem alabastros,
Espelham meus reinados sem ter rei!

Vasculho cada metro deste mar...
Espero em cada concha teu retorno.
Nos verbos que esqueci de conjugar
O calor que perdi, retorna morno...

Entranhei tal soberba, canalículos,
Concebi novos versos, fui carrasco!
E na verdade conheci versículos,
Tuas mãos enojadas vertem asco.

Respirei teus suspiros na ante-sala,
Formamos um capítulo final.
Teus arroios vivi apoios tala...
Capitulo meus sonhos sou banal!

Quiseste meus sorrisos, tomas pranto.
Quiseste ser precisa, fraciono...
Ensinas nossas sinas, velho pranto,
Nas dores, com mestrado, leciono!

As rupturas que marcam meu respaldo,
Nas espátulas quebro meus conselhos,
Sentimentos mais simples já desfraldo,
Quebraste desamor, os meus artelhos...

Enraízo cadáveres da sorte.
Peraltices transformam velho em jovem
Não há mais dor que sempre se suporte.
Nem caminhos desfeitos que renovem...

Acalento essa velha precisão.
Acalantos fizeram meus princípios.
Desbravei meus temores incisão.
Te procurei por tantos municípios!

Nada treme nem teme quem te adora,
Mas réptil escancaras teu veneno.
Amar-te foi perder a fauna, a flora.
Aflora-me decerto fui ameno...

Nas capturas perdi meus apetrechos,
Minhas rédeas trocaram-se de mãos
Amarguras, as trilho em tantos trechos,
As batalhas, meus erros foram vãos!

Pétalas que sonhei nem mais as creio,
Num vago sentimento sou restolho.
Esculpindo desculpas, meu anseio.
A farpa penetrando no meu olho.

As vísporas, metáforas e metas,
Salgadas as manhãs que já se formam...
Em monjas assassinas, mas corretas.
Os cárceres que levo me deformam...

Infância, meu resquício e poesia;
Marcada por venais solicitudes.
A bordo do veleiro que fugia,
Me castram repelindo as atitudes...

Destrambelhei perdi a consciência
Não sopro nem verdades nem mentiras.
A vida se transforma em coincidência
Não troco meus poemas por tais liras.

Se vasculho,mergulho nas entranhas.
Espreito na tocaia quem me beija.
Falácias tais mentiras e patranhas
Por certo quem me forja, vem, aleija!

Nas páginas que caem, sobre a mesa,
As letras se embaralham sem ter senso...
Quebrei meu duro prato, sobremesa
Não quero nem permito contra-senso.

Um dia, após, um ano sem notícias.
Delego meus pecados sem ter pressa...
Refugo tantas novas, más carícias.
Amar-te foi fugir dessa conversa!

Vestido de total insensatez
Claudico procurando por teu colo.
Espéculos, lunetas, nada vês,
Te busco sou patusco, quero solo.

Farpas, aspas, nas hostes de glutões;
Esparso meus cadarços amarrados.
Metralho, se já tive, as ilusões.
Procuro meus resíduos agarrados

Nos ossos desses membros que perdi.
Amputados caminhos busco mar.
Desespero me leva haraquiri
Catapultas me lançam, vou chegar?

Kamikaze pressinto esta derrota.
O meu terno jogado no sofá.
Meu passado, feroz, já me amarrota.
No que resta, tristeza, jogo pá...

Me faculto o desejo de saber
Onde estás com quem vais, por onde segues...
Na partilha de tudo quero crer
Sempre que me vês cedo me persegues...

Não obstante instantes seguem sendo.
Martirizo capangas que me cacem.
Embrenhado nas matas que pretendo,
Esparramo esse mal que não disfarcem...

Minhas vastas certezas são piadas,
Azadas essas vezes que refazes.
Obesas sensações já desfiadas,
Feridas descobertas pedem gazes...

Osculas essas mãos que te apedrejam,
Remorsos remontando ao meu perdão.
Onde quer que mortiças, mais não sejam
Vestidas de petúnias, supetão!

Nas pregas dessas trevas não clareia.
Meus átimos são átomos sem par.
Nas águas que já turvas és lampreia
Meus medos arremedos sem lugar...

Mas basta, não mereces nem um til.
Não quero profanar o que fui eu.
Te beijo de maneira mais sutil,
Perdoe quem te amou, e te perdeu!
Publicado em: 06/01/2009 20:23:46
Última alteração:06/03/2009 12:07:51



Nos mares mais profundos, tantas mágoas.
Rolando sem destino, perco as algas...
Desejo teu carinho, nossos lagos
De calma e mansidão, estão perdidos.
Vencido pelos medos sem demora.
Agora não estreito mais teus braços.
Dos laços que sonhamos, pouco resta.
A festa prometida nunca vinha.
Se tinha tantos medos, meu amor;
No andor de nossos sonhos prometidos
Os dias mais doridos, nossos dias,
Em plenas fantasias se perderam...
Arderam nossos sonhos mais sinceros
Esmeros esmorecem mas persisto.
Insisto neste amor que tanto temo,
Mas sei que encontrarei ao fim da tarde.
Ardendo o coração quase sem paz
Capaz de ser feliz nos braços teus.
Adeus já não permito nem consinto.
E teço nova tela de ilusão,
Te peço, meu amor, teu coração.
E partiremos soltos pela noite...
Publicado em: 23/01/2007 06:01:40
Última alteração:28/10/2008 18:23:58


Te quero meu amor, meu doce mel,
Viajo em teus carinhos, vou pro céu,
Pensando: como é bom te ter aqui!

Menina que plantei no coração
A flor já vem nascendo num botão
Perfume que roubou, meu bem, de ti.

Eu sinto que te quero a vida inteira,
Amada, namorada e companheira,
Caminho do prazer e da alegria.

Escute este meu canto delicado
Que vem do coração apaixonado,
Repito meu desejo todo dia.

Eu sei que a noite vem trazer teu rosto
Nos sonhos que proíbem meu desgosto,
Na boca que sonhei doce garapa.

Eu quero nosso amor cana caiana
Meu peito enamorado não se engana,
Morena, dos meus braços não escapa!
Publicado em: 24/02/2007 12:09:02
Última alteração:28/10/2008 18:04:26




Ás vezes, não penso.......
Só sinto........
Como se estivesse a boiar........
Ir com a maré...
Sentir o baloiçar das ondas...
Subir e descer com elas.....
Cantarolar baixinho.........
E, depois voltar........
Porque a pele reclama....
Sente frio e os teus braços
Deseja..................

Distante deste amor, do calor dos teus braços,
O frio me tomando; espero a tua volta.
Eu quero recompor a força destes laços
Minha alma sem carinho, aos poucos se revolta

Reclamo tua boca ausente... Perco os passos;
O pensamento leve; eleva-se e se solta
Voando pelo céu seguindo por espaços
Precisa de teu colo e nele sua escolta.

Amor por onde andaste... Aonde te perdi?
Só sei que a tarde chega eu te procuro e nada...
Vontade de gritar: Meu bem; estou aqui!

Sentado em plena areia, as ondas me tocando,
Sinto no manso vento, a voz de minha amada,
Dizendo: Meu amor... Aguarde... Estou chegando...

Marta Teixeira
Marcos Loures

Publicado em: 19/03/2007 11:43:42
Última alteração:06/11/2008 10:37:09





--
Acordo...penso em ti...
Sonhei contigo...
Mas não me consigo lembrar...
Apenas sei que loucamente te
amei...
Como neste momento......
em que espero que acordes..................
Para novamente to revelar...................

Nos sonhos , devaneios e viagens
Por mares, por montanhas, vales, rios...
As chuvas, os outonos, estiagens,
Calores, tempestades, ventos, frios...

Nos sonhos que, contigo sempre tenho,
Aragens e ternuras são constantes.
Dos mares mais distantes de onde venho
Os olhos no futuro por instantes

Acordo e ao te sentir bem junto a mim,
Sentindo o teu respiro e teu sorriso.
Pressinto que sonhaste tanto assim
De um jeito delicado e mais preciso.

Atamos nossos sonhos em forte corda
E o amor já se refaz logo que acorda...

MARTA TEIXEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 13/05/2007 09:19:24
Última alteração:06/11/2008 07:46:36



COMO EU TE AMO!

Abençoadas mãos de rosicler
Na poesia imensa em que a mulher
Que, mãe, amante, deusa ou namorada,
Promessa de frescor e claridade,
Na redenção de um sonho, luz dourada,
Marcando com seus beijos, saciedade.

Dedico-te meu verso, amada minha,
De tantas criaturas, a rainha,
Enaltecida em minhas serenatas,
Mas peço piedade, por favor,
As lágrimas descendo em mil cascatas,
Na solidão cruel de um desamor...
Publicado em: 03/09/2007 22:29:31
Última alteração:28/10/2008 15:26:41



COMO EU TE AMO!

Desejos me perturbam qual afago,
Tresloucam meus caminhos, me apoquentam,
Ao mesmo tempo entranham todo o ser
E assim, em frenesi, vêm e me esquentam.

Do cálice que expões em belo corpo,
Ousando se entregar sem ter pudor.
Sarcásticos sorrisos, gozo franco,
Frangalhos do que fui, louvam o amor.

E cabem nestas sendas, as loucuras,
Algozes, tais desejos me invadindo,
Mortalhas me ferindo, sutilmente
Deixando perceber teu corpo lindo...
Publicado em: 26/09/2007 21:06:21
Última alteração:28/10/2008 15:38:30


COMO EU TE AMO!

Vivendo em teu amor, tanta alegria,
Sentindo o teu prazer como meu guia,
Roubando de teu mel, todo o desejo,
Nas ânsias que esta noite nos promete,
Bebendo meu viver em cada beijo,
A um mundo mais feliz, amor remete!
Publicado em: 28/11/2007 06:23:47
Última alteração:28/10/2008 12:14:47




Tu sabes dos meus vícios e pecados,
Meus erros são enormes, disso eu sei.
Que faço se na lua estão meus fados;
Eu juro, meu amor, até tentei,
Mas nada adiantou, alma cigana
Se perde sem remédios, e se engana

Na busca do infinito, vai sem rumo.
Vagando entre as estrelas, nada tem.
Quem sabe, com o tempo, venha o prumo
E possa me entregar ao nosso bem.
Assim enfim felizes, viveremos
Na paz que precisamos e queremos...
Publicado em: 22/12/2007 21:38:57
Última alteração:22/10/2008 21:15:43




Ardendo no teu fogo
Entrando no teu jogo
A noite inteira passo
Em doce e louco amasso
Sem tréguas sem descanso
Prazeres sempre alcanço
E vibro quando vejo
Em teu pleno desejo
Fogueira nos tomando
A gente se entregando
E tudo recomeça
Que a vida já tem pressa
E nada mais importa
Abrindo a mesma porta
Entrando no teu quarto
Jamais ficarei farto.
Por mais que a gente goze
Ao repetir a dose
Curamos qualquer tédio
Amor: santo remédio.
Na noite quente e louca
Tirando a tua roupa
Morena deslumbrante
Fazemos deste instante
Inesquecível sonho,
Querida eu te proponho
Fazer desta viagem
Sem medo da abordagem
Incêndio sem juízo
Abrindo o paraíso
Encontro em teu portal
Caminho sensual
Que sempre se insinua
Na deusa toda nua
Deitada nesta cama,
Ao acender a chama
Num lânguido dossel
Estrada para o céu...



A ternura que me toma o coração,
eu quero te dizer é infinita.
Difícil é controlar a emoção
que o faz bater forte e o agita.

Minha vida ficou bem mais bonita
ao calor do desejo e da paixão.
A ternura que me toma o coração,
eu quero te dizer é infinita.

Às vezes perco o sendo e a razão,
e minh'alma se esvai um tanto aflita.
Porém logo recupero a direção,
prossigo alegremente em minha dita.
A ternura que me toma o coração...

ML
HLUNA
Publicado em: 08/01/2008 13:25:54


COMO EU TE AMO!
Os sinos rebimbando, campanário,
Uma saudade imensa me tomando,
O vento se transforma em adversário
Passei a tarde inteira te chamando.
Amor que é tão sublime e necessário
Distante, na saudade me queimando.
Mas sei que tu virás mais reluzente
Tornando o meu viver bem mais contente...
Publicado em: 05/02/2008 16:59:48
Última alteração:22/10/2008 18:21:07


COMO EU TE AMO!
Paixão que enfim aflora
Paixão que nos decora
Paixão que se assenhora,
Senhora dos meus dias.
Paixão tão violenta
Violenta meus segredos,
Adentra a minha vida,
Mudando os meus enredos
Paixão é feito a luz
Que nos conduz e mata,
Paixão nos arrebata
Entranha em nosso ser
Por isso é que te digo,
Bendigo esta paixão
Que nos domina e salva,
Estrela vésper, d’alva
Guiando-me a você!
Publicado em: 05/04/2008 12:18:10
Última alteração:21/10/2008 17:02:37


Amor chegou depressa
E trouxe em festa plena
A lua mais serena,
Perfeita fantasia,
Do quanto que me resta
Cantar em poesia
Amor que se empresta
Em laivos de alegria.
Não deixe que este amor
Que é feito de benesses
Nos sonhos que confesses
Nas noites que se chegam,
Meus braços já navegam
Teus portos mais seguros.
Libertos dos temores
Trazendo bons augúrios
Serei o que tu queres
Serás somente minha,
Mulher entre as mulheres,
De todas; a rainha.
Meu verso te procura
Ternura e sedução,
Matando uma amargura
Adoça o coração...

=
Publicado em: 07/04/2008 11:53:16
Última alteração:21/10/2008 20:22:19



De perfumar a mão que te magoa
É teu destino e tua vocação,
Pois sabes da grandeza do perdão,
Que dado aqui na Terra, aos Céus ecoa.

Não é porém a vida só de flores
E mesmo em flores têm os meus espinhos!
Às vezes são bem áridos os caminhos
Que temos de passear com nossas dores.

E mesmo assim, bendigo a caminhada
Que tendo como guia, alguém tão lindo
Consolação que traz e amor infindo.

E quanto mais estreita for a estrada,
Mais amor se precisa e de atenção,
Pois tudo nesta vida é coração!

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 10/04/2008 15:53:56
Última alteração:21/10/2008 18:22:23


Como o povo é fofoqueiro
Como o povo é fofoqueiro
Não se escreve o que se diz,
A rainha do puteiro
Nem sempre é a meretriz.
Publicado em: 14/01/2009 14:11:58
Última alteração:06/03/2009 07:30:58



Aurora foi-se embora e me levou
Distante da manhã que prometia
Um sol tão poderoso que sabia

Que a noite-solidão, em mim nevou.
Na boca da manhã te quero nua
No aquecimento intenso e sensual,

Aurora que se fez fenomenal,
Descobre que essa sanha continua.
Vasculho cada ponto de partida

Derramo em cada porto de chegada,
Recebo este desejo em alvorada
E faço meu canteiro em ti, querida...

Publicado em: 02/03/2007 17:01:58
Última alteração:28/10/2008 18:34:09


Fechei meu coração...
Não quero mais sofrer, dói tanto,
aperta, dilacera meu ser;
Vivo uma busca incansável, solitária
Procurando por ti, eterno amor
Não sei por que te escondes,
não agüento mais, tanta dor;
Olho o mundo a minha volta,
não consigo encontrar prazer,
ando em passos perdidos,
tudo torna-se tão frio, tenho medo...
Estou carente de teu colo,
carente de teu beijo, me perco de ti;
Já que não me queres, como eu te quero...
Continuarei minha vida,
talvez vivendo por viver,
e quem sabe um dia...
Encontre alguém que me dedique
este grande amor, que um dia eu
lhe dediquei...

Amada; mal percebes quanto quero
O teu amor comigo, eternamente.
Meu mundo em teus braços eu tempero
E vivo por te amar, tão simplesmente...

Rever o teu sorriso eu sempre espero,
Aguardo esta chegada, de repente.
O meu amor, querida, tão sincero,
Eu te dedico, carinhosamente.

No frio desta noite sem te ter,
Meus versos vão embalde, sem sentido.
Não tenho nem mais sombra de prazer,

A vida continua... falam tantos...
Porém tudo se vai. Estou perdido
Distante de teus beijos, teus encantos...

ISABEL NOCETTI
Marcos Loures
Publicado em: 15/04/2007 17:07:20
Última alteração:06/11/2008 09:31:47


A caneta com que escrevo,
tem a cor da Esperança.
Lembro tanto... sei, não devo:
dos meus tempos de criança.

Fui feliz e não sabia
Mas agora sou bem mais,
Se toda paz e alegria
Nosso amor somente traz,

Tu és mais do que divina,
És rainha pra valer,
Tua glória me ilumina
Teu amor me dá prazer.

Vamos sempre caminhando
Sem pensar no que deixamos
Lado a lado te adorando.
Como é bom saber que amamos...

HLuna
Marcos Loures
Publicado em: 26/04/2007 21:06:40
Última alteração:06/11/2008 08:38:25


Que o meu amor, para você,
Nada mais seja que um aconchego...
Um terno beijo da felicidade...
Amizade sincera...
Raio de luz, em meio às trevas...
Asas...
Semente de sonho...
Portal de uma nova visão...
Coração abrigo...
Fonte...
Lenitivo...
Flor...
Qualquer coisa enfim....
Que te seja agradável...
E simples...
Tão simples,
Que apenas num olhar...
Possas captar...
Sem maiores esforços...
Sensação de paz,
Venha te adentrar...
Te inundar...
E te fazer feliz!
É isso!
Nada mais desejo!

Amada quando eu vinha de outras dores
Marcantes nesta vida que tivera,
Nas cicatrizes fundas, meus temores,
De quem não conheceu a primavera

Amor se transformando em mil horrores,
A boca da saudade, triste fera,
Dos sonhos abortados, meus amores,
Apenas a tristeza é o que se espera...

Sentindo tua mão a me afagar
Com toda a mansidão inesperada;
Vontade de contigo navegar

Os sonhos mais distantes, madrugada,
Tomando cada raio do luar,
Até te perceber, imaculada...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 16/05/2007 15:05:08
Última alteração:06/11/2008 08:02:59


Eu te quero como és, simplesmente assim.
O sorriso manso, de estrelas nos olhos
E sol no peito.
Menina simples, vida simples,
Simples mente.
A vida promete e não mente
Somos assim.
Da água cristalina do rio, ou melhor, do riacho.
Do gosto da fruta apanhada cedo no quintal
E da verdura que, na horta, foi aguada
Com vigilante sabedoria.
Não quero a estrela que não seremos,
Não quero a beleza rara que não temos.
Nem o paladar da tirana notoriedade.
Não quero nem sombra nem sol,
Apenas o benfazejo vento
Que acariciando as folhas
Do arvoredo, canta docemente
A expressão maior da vida.
Felicidade...
Publicado em: 02/06/2007 10:17:08
Última alteração:28/10/2008 17:04:08


COMO EU TE AMO...
Te amo...
E como te amo...
Um amor imerso em
paixão explícita.
Amor bonito
com sabor de infinito.
Te amo...
E como te amo...
Te amo por toda minha vida.
Te amo muito,
Te necessito sempre,
estás no mais profundo
de meu coração.
Te amo...
E como eu te amo...
Por todo sempre,
EU TE AMO...TE AMO...

Cida F.A

Eu te amo
De um amor calmo
E preciso,
Sem pressa,
Em precisão.
Sem medo,
Enredo
Meus braços
Laços firmes,
Fonte e ponte
Terno
E de uma suave
Eternidade...
Sem hora
Sem idade
Simples
Como o rio
Que segue
Sem corredeiras
Para um mar
Em placidez...
Publicado em: 26/11/2008 18:45:31
Última alteração:06/03/2009 16:37:51



Amo-te agora...
Já!
Com certeza!

Amanhã?
Não sei!
O futuro, é uma incógnita!

Amo-te assim...
Agora...
Amor sem fim...

Depois?
Que te dizer,
Se nem eu, sei?

Mas que assim,
Seja!
Amor,
Agora,
Com certeza!

Um vero sol...
A inundar de luz,
O meu e o teu olhar,
Um relampejo!

Tanta beleza!
Importará,
Acaso,
Um depois?
O amor...
Como a vida,
Que agora, seja!


Eu quero me inundar de teu perfume,
No relampejo intenso deste olhar.
Levando o meu desejo ao topo, ao cume,
Nesta avalanche louca a nos tomar...

A sorte de viver; pecado exume,
Eleva nossos sonhos ao luar.
No sol que te tocou, calor e lume,
Tua vontade sempre a fustigar.

Eu quero te beber em correnteza,
E não deixar que a seca nos torture.
Deitar-te em minha cama sem defesa,

Singrando cada ponto, sem perguntas,
Que a noite sem juízo já nos cure,
Permita nossas vidas sempre juntas...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 17/05/2007 14:29:48
Última alteração:06/11/2008 07:41:46



COMO EU TE QUERO /


Maré cheia
Veio em convulsão...
Coração a pulsar desritmado...
Saudades de você, amado!
Vivo em ilha...
Matilha de estrelas enfeitam negro véu...
Olho o céu
Vendo a lua
Incrua tristeza me abate...
Aonde te perdí?
Volte aqui...
Traz a luz...
Traduz por fim no beijo desejado,
Todo o amor que existe em ti...
Vem...
Te espero!
Tudo o que quero, neste instante,
É ser a amante mais apaixonada,
E em teus braços me perder...


Amar é conduzir uma alma leve
Em um momento manso e soberano,
Sentindo uma emoção que já se atreve
Matando a sensação de desengano.

Eu quero estar contigo o tempo inteiro,
Fazendo da esperança quase um hino,
Amor que a gente sente é verdadeiro,
Eu creio na verdade ser destino.

Espero que tu venhas, não demore,
Aguardo-te querida, em cada noite,
Que a sorte de te ter já revigore
E cale para sempre a dor, açoite.

Amor que nos tomando faz a festa,
Felicidade imensa, o que nos resta...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 06/09/2007 21:15:30
Última alteração:05/11/2008 07:31:56



COMO EU TE QUERO!/

Me queres, te quero
E daí, não sei
Até quando? Quem sabe até sempre...
Vou esperar até amanhã
Manda resposta amado
Se me quiseres, vou
Vou até onde um pássaro me levar;
Seguirei teu trilho
Quem sabe teu cheiro
Irei onde estiveres
Me leve ao delírio;
Amor gostoso, viver paixão
Não quero tua sombra
Quero-te inteiro
Se for para ficarmos que não seja pela metade!


Tu sabes quanto eu quero o teu querer,
Contigo me completo totalmente,
Não quero tão somente o teu prazer
Eu quero estar contigo integralmente

Não quero ser enfeite do teu ser,
Sou teu, estou em ti, de corpo e mente.
Nós temos nossa vida pra viver,
Vem logo, o nosso amor se faz urgente.

Trilhando cada passo, cada estrada
Atrás de um sonho livre, um passarinho
Encontra no teu colo um belo ninho,

Sentindo tua pele que orvalhada
Emana uma beleza que é sem par,
Reflete no teu brilho, o nosso amar..

ISABEL NOCETTI
MVML
Publicado em: 27/09/2007 21:57:52
Última alteração:04/11/2008 14:07:55




Suprema fonte de todos os meus sonhos!
Suprema fonte! Como te quero...
Das tramas que fomos,
Somos uma só fonte.
Publicado em: 27/09/2007 18:47:21
Última alteração:28/10/2008 15:38:49

como eu te quero
Revendo tantos sonhos, mocidade,
Esparsa sob as faces do passado
O grito que soltara,apaixonado,
No fundo se dispersa na saudade.

Os vasos que em minha alma regeneram
Esperam outros dias que não vêm.
Depois de tanto tempo sem ninguém,
Os olhos no passado degeneram.

Sou parte do que sonho e não prossigo
Consigo ser metade de mim mesmo.
Amor sem ter amor, morrendo a esmo,
Vivendo o que tento e não consigo.

Depois de que esqueci até do nome
Que sempre mergulhara em minha vida
A noite sem ter sonho, adormecida,
Aos poucos se consome e mansa, some.

Palavras que não digo nem por reza,
Amores são brinquedos juvenis.
O coração no outono, por um triz,
Em lágrimas e risos se reveza.

Os mantos da santíssima certeza
Em volta desta mesa não mais cabem
Os sonhos retorcidos que se acabem
Senão não sobrará nem mais a mesa.

Altares dos desejos infundados
Passando pelas mãos de quem não ama.
Consomem tal verdade, morta em chama,
Em olhos que viveram inundados.

Agora a noite está assim chuvosa
Vontade de tomar mais um conhaque
Amar sem ter amor é quase um baque
E faz de nossa vida, verso e prosa
Publicado em: 18/09/2008 13:02:10
Última alteração:03/10/2008 13:55:00




Vagando pirilampo perco o lume
E deixo-me levar pelo vazio.
A noite sem ninguém, depois de tanto
Sonhar com nosso amor, decerto esfrio.

Embora nas trincheiras inda lute,
Teu corpo sendo o campo de batalha.
No fundo o desespero vai tomando
Cortando como um fio de navalha.

Quem sabe poderei gritar teu nome
E ter tua presença por inteiro.
As flores vão secando no jardim,
Mas creio poder ser qual jardineiro

Que após a seca enorme num inverno
Aguarda tão somente a primavera
Florindo novamente no meu peito,
Amor que há tanto quero, quem me dera!
Publicado em: 12/09/2007 16:17:10
Última alteração:28/10/2008 15:28:32



Eu quero o teu carinho, teu afago,
Preciso do teu colo, de teus seios.
A vida se perdendo em triste lago
Tomado a cada dia por anseios,
Um beijo tão suave, amor eu trago,
Mas saiba que carrego tais receios,
De um dia não quereres mais assim,
O amor que me incendeia, até o fim...

Beijar a tua boca tão sedosa,
Sentir o teu perfume e te tocar.
Morena, uma açucena, bela rosa,
Eu quero todo dia cultivar
A fonte do prazer maravilhosa
Que sei onde pedir e procurar.
Eu quero me perder na imensidão
Do amor que nos tomou, tanta paixão...
Publicado em: 15/10/2007 20:50:30
Última alteração:28/10/2008 14:14:17


Eu quero o teu carinho, teu afago,
Preciso do teu colo, de teus seios.
A vida se perdendo em triste lago
Tomado a cada dia por anseios,
Um beijo tão suave, amor eu trago,
Mas saiba que carrego tais receios,
De um dia não quereres mais assim,
O amor que me incendeia, até o fim...

Beijar a tua boca tão sedosa,
Sentir o teu perfume e te tocar.
Morena, uma açucena, bela rosa,
Eu quero todo dia cultivar
A fonte do prazer maravilhosa
Que sei onde pedir e procurar.
Eu quero me perder na imensidão
Do amor que nos tomou, tanta paixão
Publicado em: 08/12/2008 19:45:09
Última alteração:06/03/2009 15:23:59



Balançando a roseira
Te nino a noite inteira
Afasto uma besteira
E te deixo feliz,
Afogado em carinho
Olho devagarinho
E chegando mansinho,
Bebo pedindo bis.

Sabendo dos enredos
Percebo teus segredos
Aplacando meus medos
Cantando o nosso amor
Em verso doce e macio
Contigo me fantasio
Tua nudez, espio
Corpinho encantador

Pecado que cometa
Perfeita silhueta
De curvas, mais repleta
Moça bonita traz
Beleza que me encanta
Minha alma sempre canta
Vontade que agiganta:
Poder amar em paz...
Publicado em: 05/01/2009 10:30:39
Última alteração:06/03/2009 12:35:49


Recolho os rastros teus pelo caminho,
Seguindo estas pegadas, me encontrei,
Bebendo do teu corpo o doce vinho,
Percebo, num momento ser o rei
Do império fabuloso em que me alinho,
Fortuna em fantasias, eu criei.

Castelos que em teus olhos eu criei
Estradas divinais onde caminho
Ao sonho sedutor eu já me alinho
Mostrando o bem da vida que encontrei
Não quero ser escravo nem ser rei
Apenas degustar de ti, teu vinho.

Tu trazes bom licor e raro vinho,
Teu sonho com meus sonhos já criei
Vencendo a luta insana contra o rei
Não tendo em minha vida outro caminho,
Agora que a certeza eu encontrei
Decerto passo a passo em ti me alinho.

No mundo em que me mostras, eu alinho
Sabendo que terei divino vinho
Melhor que nesta vida eu encontrei,
De todos universos que criei
Em ti eu vislumbrei o meu caminho
E nele com certeza sou teu rei.

Princesa necessita que seu rei
Estenda o seu reinado aonde alinho
O bom de usufruir deste caminho
Que trama o mavioso e tinto vinho.
Maior das fantasias eu criei,
Depois que estes teus rastros encontrei.

Sabendo que a verdade eu encontrei
E nela; prisioneiro, eu me fiz rei
De todos estes sonhos que criei,
Decerto com teu passo eu já me alinho
E verto no teu corpo o doce vinho
Singrando cada passo do caminho.

Sabendo do caminho que encontrei
Bebi do raro vinho como um rei,
No amor que amor alinho, amor criei.
Publicado em: 08/01/2009 18:11:22




Riscos rastros
Fartos em teu corpo
Cios, beijos, tramas
Gestos e delitos.
Astutas mãos
Dedos vasculhando
Segredos e vontades
Puta e deusa
Viagens entre gozos,
Rios, grutas, lúdicos
Lúbricos exaustos
No depois
Nós dois
Arando o infinito
Colhemos
A florada do prazer...

Publicado em: 16/08/2008 20:25:06



Minha alma
Uma alameda
Feita esperança
Convida para a dança
E te chama.
Vencendo os meus temores
De criança,
Fazendo uma lambança
Em meio a flores,
Encontro já a rosa
Que se entrega
À doce sedução
Deste bailado
Que é feito
Com sabor
Doce pecado,
Sem tréguas
Tais entregas
Nosso fado.
Vem logo
Agonizo se não vens.
Graniza o coração
E se congela
Estrela
Que descendo
Fez-se mar,
Vontade
de jamais
aos céus
voltar....
Publicado em: 15/05/2008 20:12:32



Teus olhos,
tão belos,
de menino
encantador,
a me fitar ...
Fico aqui
a lembrar ...
(ivi)


Ah! Meu Deus, como é bom saber que existes!
Tu és toda a certeza que preciso
De que se findarão os dias tristes
E de que viverei no paraíso!

No rio que caminha para o mar
Levando uma esperança: ser feliz!
Contigo conheci o que é amar,
Tu és, na vida, tudo o que mais quis...

Ah! Meus Deus, eu sonhei com teu amor;
Nas noites mais geladas, solitárias.
Porquanto necessito teu calor,
Findam-se minhas dores, temerárias...

Por isso, meu amor; ao mundo clamo:
Ah! Meu Deus, eu te quero, como eu te amo!
Publicado em: 27/05/2008 20:56:03




No olhar da menina
Amor que me nina
Trazendo esta paz
Que tanto fascina
Domina demais.
Querendo o teu colo,
Vontade de ser
Deitando no solo
Amor e prazer
Sabendo da sorte
Que trouxe este vento
Sentindo mais forte,
Amor sem tormento..
Publicado em: 30/07/2008 19:31:03



Rondas, rotas
Cotas cumes
Lumes entre estrelas
Que revelam a nudez
Da deusa entre lençóis...
Sacrílego desejo?
Pecados...
Ardentes elos
Alelos que eternizam
Em prismas tão diversos...
O sexo não traz culpa
Senão aos infelizes...
As roupas testemunham
As mãos que se procuram
Encontram pedrarias
Imersas nos segredos
Audazes e profanos.
Sem planos, tiro os panos
E bebo o plenilúnio...
Publicado em: 14/08/2008 11:45:22


Sou a pessoa errada – dizes bem-
E não precisas me dizer mais nada!
Hás de partir, um pouco mais além,
Hei de seguir, sozinho, a caminhada!

Mas não me dês – adeus! Tu sabes bem
Que ficará minha alma abandonada!
- Segue em silêncio, como te convém,
Que tomarei os rumos de outra estrada!

Deixa-me só, seguindo os meus caminhos,
Repletos de urzes, pedras e de espinhos
E não deves me ver sangrando assim!

A saudade de ti não terá fim
E minha alma dirá, mesmo ferida,
Que pelo teu amor, valeu a vida!...

MARCOS COUTINHO LOURES

Publicado em: 27/08/2008 13:24:15



Há palavras de adeus no teu olhar,
Distante dos meus olhos, ganha o ar
Parece que procuras outro rosto...
Sem carinho há tanto tempo, nada falo.
Diante disto tudo, amor me calo,
A vida se transforma num desgosto...

Abraço o teu retrato, nele ris,
Lembrando que contigo fui feliz,
Agora só me resta uma certeza
De que este dia frio chegará,
Apenas o retrato sobrará
Da vida que tivemos... Que tristeza!

Começo a maldizer a nossa vida,
Gritando que busquei a despedida,
Mentindo simplesmente, só reclamo...
Da boca que em mil vezes já beijei
Do templo onde no amor me extasiei,
Sangrando ao te dizer: amor, eu te amo!
Publicado em: 04/09/2008 08:28:52
Última alteração:17/10/2008 14:28:40



Anos, amos, que marcam sem demora
Vertendo na miséria meus amores.
Que falsos, plastificam tantas flores.
Em meio a tanta dor, tortura aflora.

Embora não se mostre tanto boa,
A hora de viver passa correndo.
E quando mal pressinto, percebendo
Que nada mais me resta, o tempo voa!

Nos calendários sinto que não vens,
Mas assim mesmo sonho tua vinda.
A noite que passamos, brilha ainda
Em todas as saudades os meus bens.

Cansado de correr por tantos mares
A mando dos amares que não tive.
Porejo tantas lágrimas! Estive
Em busca de teus olhos nos luares!

Mas sei que não desejas mais voltar!
O leito que deixaste quer deleite.
Pedindo-te afinal, que me deleite,
Nos braços onde sempre fiz amar!
Publicado em: 09/09/2008 20:18:05



Te cantarei canções do coração!
Naturalmente bela, estrela minha...
Nas cordas do sonoro violão,
A dor desta saudade se avizinha...
Em teus braços, serei uma avezinha
Procurando por tua proteção...
Teu amor, meu amor vem e se aninha
Meu canto está repleto de ilusão...

Cobertor dessa noite longa e fria,
Quem dera regressasse enfim, agora!
Deusa primaveril, das flores, guia.
Que tanto persegui em tempos duros
Dos céus eternamente mais escuros
Por favor! não suporto tanta espera,
Retorne pois, querida, a Primavera
Só poderá chegar contigo amor.
Publicado em: 10/09/2008 15:16:32



Amor que nos renova
Amor não envelhece e não envelhece ninguém
Regenera e não degenera, se gera por si próprio
A cada dia, cada canto, novo encanto
Amor é santo e santifica.
Se fica, então...
Amanhece a cada dia como o sol
Que sempre volta e não deixa
De brilhar
De trazer vida.
Isso, o amor traz vida
E não duvida
Que se bobear
Procria.
Aliás, amor quando procria vira espetáculo
Vira festa e transborda todo mundo
Em todo o mundo.
Contagia e renasce
Cada disfarce e cada face fazem dele
O espelho multifacetário e maravilhoso
Que se chama solidariedade!
Publicado em: 14/09/2008 20:18:42


Se por acaso um dia me deixares
Durante as tempestades do caminho;
Em fogo lento, ardendo, mais sozinho,
Eu me esfumaçarei pelos ares.

Tua presença amiga é meu sustento,
A força dos meus passos, minha meta.
Se tento em pobres versos, ser poeta
Carrego meu amor exposto ao vento.

Não deixe que esta chama boa apague,
Por mais que nessa estrada, seus perigos,
Por mais que em cada curva os inimigos,
Amor com mais amor, deveras, pague.

Vencida pelas urzes, matarás.
Vencendo tais mazelas, minha glória!
O amor, que está presente na vitória,
Dos louros desta luta, traga a paz!
Publicado em: 15/09/2008 20:33:09


Amor vendo que sofria,
Por causa do bem querer;
Que me fazia sofrer,
Fosse de noite ou de dia.
Em conjunto com destino
Tantas fez que isso mudou;
Mas a saudade chegou,
E voltou o desatino.
Nessa confusão, sofro eu;
Os males desta saudade,
Que nascem na tempestade;
Em trevas, escuro breu.
Uma quer que não mais ame,
Outro quer que eu sempre adore;
Uma quer que sempre chore,
Outro quer que eu não reclame.
Que faço Meu Deus da vida?
A quem obedeço enfim?
Onde quer que eu me decida,
Eu irei sofrer no fim...
Publicado em: 16/09/2008 12:34:21


Amor que num momento se levanta
Trazendo em emoção a artilharia
Nem mesmo a tempestade, o aquebranta,
Vencendo com carinho, uma agonia.
A dor, ao ver amor logo se espanta
E deixa em claridade vir o dia.
Amor em emoção, perfeito gozo
De um sonho mais feliz e venturoso...
Publicado em: 17/09/2008 17:51:02



Minha amada como é bom
Ouvir teu canto macio
Que me traz essa alegria
Não me deixa estar vazio.
Mergulho nesse teu rio
Em busca do grande mar...

Nada mais tenho comigo
Senão os olhos sedentos
Procurando com certeza
Encontrar a maravilha
Que, na vida, tanto brilha,
Beleza do teu olhar...

Nessas frontes tão sublimes
Não concebo mais palavras
De tanto amor que me traz
O risco de ser feliz,
Vivendo assim por um triz,
Na esperança do luar...

Na dança que prometida
Nas horas boas que passo,
Sabendo do teu desejo,
Amor que tanto queria
Me dê tua companhia
Vamos pr’a praça dançar...

Beber toda essa emoção
Viajar numa esperança
No cometa mais bonito
Nosso amor estrela guia
Lavando essa fantasia
Levando meu canto ao ar.

Não temo mais incertezas
Nem vivo sem direção.
A nossa porta querida
Aberta para o futuro
Clareando todo o escuro
Que teimava em se mostrar...

Eu quero uma nova lua
Que teça essa poesia
Que faça melancolia
Se esfumaçar e sumir.
Meu amor venha sentir
O doce gosto de amar!
Publicado em: 21/09/2008 21:27:18


Desejo à flor da pele,
Em novas descobertas,
Caminho que revele
Sendas ora abertas
Peles que se tocam
Bocas que se molham,
Orvalhos emanados.
Sonhos conjugados
Soma inesquecível...
Publicado em: 22/09/2008 09:42:36



COMO EU TE AMO!
Rodopios, giramundo
Coração vai sem cuidados,
Mergulhando num segundo
Tem seus dias já contados.

Não percebes quanto eu quero
Desfilar nesta avenida,
O meu verso com esmero
Eu dedico a ti querida.

Vagabundo, um peito sofre,
Na procura de poder,
Encontrar chave do cofre
E beber deste prazer.

Somos partes de um conjunto
Que formando eternidade,
Caminhando sempre junto
Encontrei felicidade!
Publicado em: 23/09/2008 15:52:41

De um erro cometido, arrependido,
Eu sigo meu caminho sobre a terra,
Deitando nos teus braços, estendido,
Felicidade imensa ali se encerra.
A cada novo passo, decidido,
Deixando para trás tristeza e guerra.
Querendo o puro amor que a vida traz,
Depois de tanta luta, amor em paz...
Publicado em: 25/09/2008 09:57:25



Ronda em noite imensa
Tensa sem te ter
Tenho uma esperança
Na dança que virá
Rolando noite afora
Agora venha já
Que tudo o pretendo
Tecendo nos teus laços
Decerto amor trará...
Publicado em: 01/10/2008 14:44:57



Minha alma entristecida dobra um sino
Por esse nosso amor que hoje se vai.
A chuva dolorosa já se trai
E mostra nestas lágrimas, destino...

Na vidraça entreaberta uma falena
Em vôo sem sentido adentra o quarto,
Nas asas deste inseto também parto
Em busca de outra plaga mais amena...

No vento em doce brisa, meu revôo
Por sobre multidões de flores tristes,
Relembram por instantes que inda existes
Os túmulos de amores sobrevôo...

A mariposa ri, mais debochada
E mostra em pleno céu, um arvoredo,
Seu lar em tempestade, meu degredo,
A terra toda em lágrima encharcada...

Depois, como em milagre, tudo acalma,
A chuva que caia, traz o sol,
Nos olhos da falena, um farol,
E na falena posso ver minha alma!
Publicado em: 22/10/2008 18:33:52


Enlanguescente deitas sobre a cama...
Volúpias e desejos no cetim.
Estás sensualíssima: Me chama...
Nas erupções vulcânicas, festim...
No jogo sedutor, acesa a chama,
A fogueira queimando dentro em mim...
Delícias produzindo louca trama,
Quem dera, toda vida fosse assim...

As bocas desbravando cada trilha,
Audazes dedos tecem linda renda...
O mundo transbordando em maravilha.
Devoro e me devoras neste jogo
Que queima tanto quanto fosse fogo
Desejo, necessito que se acenda,
Nos olhos que te buscam, tiras venda,
E vejo nos teus olhos, novo afã.
A lua salpicando nossa tenda,
Prepara aurora grávida: manhã...
Publicado em: 27/10/2008 19:25:07


Nas cinzas do meu cigarro,
O que restou de você
No barulho do meu carro
Tanta coisa por dizer

Das noites mais deslumbrantes
Dos carinhos que trocamos,
D'outros tempos em que, amantes,
Sem temor algum, amamos.

E agora estou tão sozinho
Peço trilhos a seguir,
Mas sem ter sequer caminho,
Para aonde prosseguir?

Tantas curvas nessa estrada
Meu rumo vai se perder,
No final vai dar em nada
No nada, sobreviver...
Publicado em: 29/10/2008 16:48:08



COMO EU TE AMO!
Perto deste mar, manso e revoltoso,
O medo transmitido pelo vento
Revoltas que me invadem pensamento,
Do tempo que se fora, tenebroso
Misturas desta dor em pleno gozo.

Amar não se permite, de repente.
Embora sem amor nada mais sou.
De tanta fantasia, o que restou.
Acaba neste mar tão envolvente.
E, triste, as tempestades, o mar sente...

Amor que denuncia uma tortura
Procura tão somente por um cais.
Viver sem ter amor, perder a paz,
Rever a solidão da noite escura.

Eu quero teu amor, isso não nego,
Gravito por teu corpo, tua lua.
E vejo, nos meus sonhos, mansa e nua
Imagem maviosa que navego...
Publicado em: 03/11/2008 21:06:05


COMO EU TE AMO!
Procuro por teus rastros
Estrela deslumbrante
Vagando em toda parte
Aguardo pelo instante
De ter e te encontrar,
Estrela radiante;

Vieste como um brilho,
Em trilhos de esperança
O meu olhar vazio,
Buscando não te alcança
E segue só te vendo
Guardada na lembrança;

Quem sabe tu virás,
Estela reluzente
Fazendo desta estrada
Em dia mais contente
Um rumo em que se mostra,
O amor que é só da gente...


A cada novo dia, mais contente,
Canteiro em profusão, perfeitas rosas,
Um sonho mais feliz, vida consente,
Distante das outrora temerosas
Tempestas em vazios inclementes
Agora em emoções tão fabulosas

Estradas do prazer são fabulosas
Deixando o meu viver bem mais contente
Depois de dias duros, inclementes,
Espalha o coração perfume e rosas
Não tendo mais as sendas temerosas
Felicidade enfim, já se consente.

O amor que em profusão, sorte consente
Permite as ilusões que fabulosas
Escondem as manhãs mais temerosas
Deixando o coração bem mais contente
Ao cultivar as belas, raras rosas
E enfrenta as tempestades inclementes.

As mãos que se fizeram inclementes
Ao ver tão claro amor, a paz consente
Que sejam carinhosas quais as rosas
Brotadas das paixões mais fabulosas
Tornando um ser amante enfim contente
Sem frases ou palavras temerosas.

Por vezes nas estrelas temerosas
Resquícios de momentos inclementes,
Porém ao ter carinho que contente
A sorte – ser feliz já se consente
Promessas maviosas, fabulosas,
Recendem ao perfume de mil rosas.

Um jardineiro sabe destas rosas
E enfrenta noites frias, temerosas,
Sonhando com palavras fabulosas
Depois dos temporais mais inclementes
Um novo amanhecer já se consente
No amor que nos inflama e faz contente.

Vivendo tão contente em meio a rosas
Amor que se consente em temerosas
Tempestas inclementes, fabulosas.


Meu amigo,

Você já observou como nossa vida é uma seqüência de fatos desagradáveis, entremeados por momentos de tranqüilidade?

Costumo comparar a vida com uma bacia, cheia dágua: de quando em vez, alguém joga uma pedra sobre a mesma e formam-se ondas que vão e vem, vão e vem, até que o espelho dágua volte ao repouso.

Aquelas ondas representam as atribulações e o repouso das a águas, a tranqüilidade do espírito.

Enquanto esse fenômeno se dá na superfície, é sinal de que a nossa vida tem um curso normal.

Basta nos lembrarmos das ondas para sabermos que, mais cedo ou mais tarde, as atribulações irão passar e serão substituídas por momentos de paz.

Mas, se aquelas ondas são formadas por agitações intensas, está na hora de buscarmos apoio espiritual. Só assim nossa vida poderá retomar o curso da normalidade.

Marcos Coutinho Loures
Publicado em: 08/02/2007 23:14:49
Última alteração:27/10/2008 21:17:40


Companheira num trova
Eu te falo sem temor
Quanto a vida põe à prova
Quem se entrega ao deus amor...
Publicado em: 30/07/2008 13:47:53
Última alteração:19/10/2008 21:57:28



Companheiro

É companheiro! A vida apronta das boas
Entre as mil e uma mordaças e pirraças
Da sorte.
Malditas as horas que se passaram
Solitariamente sem nada pra dizer.
A não ser o de sempre:
Bom dia, boa tarde; dá licença...
As bocadas do tempo emagrecem
Cada vez o tempo de chegar,
E nada de chegar.
Nem curva nem estrada.
As asas estão quebradas
E o tiro de misericórdia vai ser dado
A qualquer momento.
Amar, amei, levei uma coça e tranquei
Coração tá bem guardado.
Desse mel, as abeinhas não bebe mais não sô.
A viola vai estradeira e lueira
Fazendo serenata, mais pra móde inganar
Os tropeço da saudade.
Senão era revolta e nada mais segura.
Amigo; tantas vezes a gente esquece
E finge que nada vai acontecer.
A não ser a velha estrada entupida
Que toda esburacada inda cisma de seguir.
Puxe a cadeira, vamos conversar.
Sei que o tempo procê também não foi bão não.
Mas pelo menos não deu canseira.
Eu vou liso e leso, sem as fornaia do peito
Atiçando o fogaréu que num pára.
Tome um gole comigo e vamos pelos caminho
Que pode dar um pouco de alento.
A tarde já vai terminando
E vamos embora antes que a lua
Matreira resolva me pegar desprivindo.
Aí, toda essa ladainha perde o valor
E vou de novo nas pegada das morena bonita,
Dos rabo de saia e ...
Adiantô chora mágoa cocê?
Publicado em: 02/01/2007 12:02:25
Última alteração:28/10/2008 20:35:34



Companheiros de Sonho
Companheiro de Sonho

Sabe querido, sonhar contigo
Tem sido o néctar dos meus dias,
Tua doçura e genialidade
Tem me feito a gaivota
Mais feliz e aguçada,
Àquela que almeja vôos mais altos,
Novas descobertas,
Perder de vista o horizonte...
Um prazer tê-lo como
Companheiro de Sonho
Riscando o céu em cores,
Rabiscando poesias,
Pitando relevos,
Aquecendo a atmosfera,
...Amor de muitas eras...

REGINA COSTA


Sonhar com cada sonho que tiveres
Vagando por teu corpo em lua imensa,
No quanto te desejo e sempre vença
A festa entre diversos, mil talheres
Por onde e da maneira se vieres
O todo na verdade diz da intensa
Loucura aonde o gozo nos convença
Sabendo desde já como tu queres.
Amor ultrapassando algum limite
E nele sem defesas se permite
O tanto quanto quero e nos aplaque
Corsário delirar a cada saque
Persiste e nos domina inteiramente,
Anunciando a glória onde redime
Tramando um magistral dia sublime
E nele cada passo se apresente.
Publicado em: 06/07/2010 15:24:45


Companheiros na batalha Contra a dor e a injustiça Neste fio da navalha Entre o corte e a cobiça
Companheiros na batalha
Contra a dor e a injustiça
Neste fio da navalha
Entre o corte e a cobiça

Caminhamos sem temores,
Velejando em mar revolto,
Coração em seus pendores
Libertário, andando solto,

Não mais teme a tempestade
Que tocaia todo dia,
Sabemos que a amizade
Sempre nos dá valentia!
Publicado em: 15/10/2008 19:59:45



COMPASSO
No compasso desta dança
O meu passo eu já perdi
O que resta, uma esperança
Que me leve agora, a ti...
Publicado em: 14/08/2008 13:32:41
Última alteração:19/10/2008 20:11:17

completamente apaixonado
Na cauda desse cometa
Carona para outro espaço
Nas ondas desse meu rádio
Procurando antes que tarde
Antes do dia raiar
Bêbado do meu luar
E se nada mais desperta
Vivendo de estar alerta
Nas horas mais serenas
Sabendo que tantas penas
Apenou meu coração.
Procuro por meu cadinho
Nos bares e serenatas
Vagando pelas cidades
Nas luas cores e pratas
No fundo dessas saudades
Duma mulher que foi minha
Hoje caminha sozinha
Nas estrelas e no mar.
Cometa que me prometa
Carona. Te procurar
No rabo deste cometa
Tanto espaço a procurar.
Senão não vivo mais sorte
Não tenho sequer notícia
Mas a noite está propícia
Nas ondas deste meu céu
Procurar jamais é tarde
Amor que possa raiar
Nos braços deste luar
Que devagar, me desperta,
Deixando meu peito alerta
Sem temer horas serenas
Passarinho troca penas
E foge do coração.
Amor vem cá um cadinho
E mata essa solidão.
Segura firme o timão
Que o cometa não espera.
Amor que tanto se esmera
É fera.
E se tempera
Nas asas desta paixão...
Publicado em: 18/09/2008 18:11:28
Última alteração:03/10/2008 13:07:17



COMPREENDE AGORA SEU DOUTOR?
Meu canto de amor à terra, passa por teus braços, pelos laços primitivos entre o homem e a civilização, e também pelos derradeiros.
Mãe, terra mãe, tenazmente guerreira, contra intempéries e sofrimentos, nas tuas mãos passaram os cadáveres de seus filhos abandonados à própria sorte; para ti,a morte, se tornara corriqueira companheira. Nos teus olhos marejados de saudades, a esperança, mesmo que ofuscada, nunca perdeu espaço; um dia há de melhorar, velha cantinela, velha sentinela de seus homens e mulheres, meninos e meninas, velha amiga.
Nas mãos a enxada e a foice, nos pés os cravos e nas mãos os calos, além do terço indefectível.
Os pés cansados traziam o corpo marcado pelo sol, e as mãos cheias de lenha, calor de fogão, a brasa refletida no teu rosto avermelhado.
Campesina, camponesa, lavradora, teus cantos me levam aos reinados, de princesas e crianças, como eu, como tantos, rondando perto de ti, à espera de um torrão doce ou de uma história meio triste de final alegre, pois sempre a esperança era heroína.
Nas horas do ócio, sentada na sala, contando o dia, ou mais ainda, ouvindo do meu velho pai, seus folguedos de menino, herói convicto, com suas fábulas e bravatas, meu velho pai, que a vida levou e me deixou saudades...
Na hora da missa, a gente se reunia, mamãe levava todo mundo, temor a Deus e respeito ao Coronel, o mais perto de Deus que a gente pensava poder chegar - Toma benção menino; seu Coronel, seu padrinho...
Hoje sei o quanto meu povo fora explorado por aquele homem de rosto seco e cara fechada, chapéu de couro e botas compridas. Homem com cara de mau ou, pelo menos a cara do medo; tinha hora que parecia deus, outras vezes eu o via como o diabo; de qualquer forma me metia medo.
Hoje, mamãe está velhinha demais, já não tem forças e nem se lembra direito mais quem ela é, do meu pai, nem sabe se existiu, a vida apagou todas as suas lembranças, nem a esperança mais restou, a lucidez ao se ir, levou tudo...
Sorte dela, muita sorte...
Seria difícil para ela entender que, por causa da terra, da bendita terra que nunca foi nossa, só restando uma palhoça pra poder descansar, a minha irmã caçula, Martinha, atrás do sonho da dignidade, em busca de um canto de terra, para poder cultivar, sem dar obediência a Coronel, nem a Deus nem ao Diabo, simplesmente poder arar em paz, viver em paz e criar meus sobrinhos em paz; ontem foi assassinada...
Os jagunços dizem que o marido dela atirou primeiro; como, meu Deus?
As armas deles sempre foram as mãos calejadas e uma foice e uma enxada, atirar como?
Quando acabei de ouvir a notícia na televisão, dizendo que os trabalhadores sem terra tinham começado a confusão e, aparece a cara do jagunço, dizendo essa mentirada toda que eles sempre inventam e, o comentarista disse, cara de moço que nunca pegou numa enxada, que a culpa era dos lavradores, e criticou o presidente por não tomar atitude; seu moço, o troço veio subindo minha goela acima e não resisti...
Ainda por cima veio um cidadão chamar minha irmã e meu cunhado de bandido...
Entendeu agora porque eu joguei esse safado de cara para o aparelho de televisão?
Publicado em: 10/08/2006 16:27:52
Última alteração:26/10/2008 22:30:48



Como um pobre passarinho
Como um pobre passarinho
Que fez seu ninho no ipê
Meu coração fez seu ninho
No coração de você!
Publicado em: 16/10/2008 09:16:12

Como um pobre trovador
Como um pobre trovador
Vivo no mundo a sonhar
Quem me dera o teu amor
Pra parar de trovejar
Publicado em: 01/03/2008 20:15:25
Última alteração:22/10/2008 17:08:51



COMO SE FAZ UMA BOMBA ATÔMICA?

Aquele caipira era muito trabalhador, mas tinha o hábito de se meter em tudo.

Fosse qual fosse o assunto ele dava a sua opinião, mas, como não havia estudado, quase sempre tirava conclusões erradas a respeito de tudo.

Como era um bom pai, conseguira formar seu filho em um curso superior.

Cheio de orgulho do sucesso do jovem, resolveu ele testar os conhecimentos do rapaz e, na presença de vários amigos, perguntou-lhe:

- Filho, você que é um doutor, pode me explicar o que é uma Bomba Atômica?

O filho pensou, pensou e resolveu aceitar o desafio. E começou perguntando:

- O senhor já viu o que acontece com o capim que o cabrito come?

- Já, meu filho! Ele sai em forma de bolinha, parecendo amendoim torrado.

- O senhor já viu o que acontece com o que o cavalo come?

- É claro! Ele vira cocô, em pelotas bem maiores.

- Pois bem, continuou o filho: E já viu o que acontece com a mesma comida, devorada pela vaca?

- Já, meu filho.

E o senhor sabe porque o mesmo capim, comido por um cabrito, um cavalo e uma vaca sai tão diferente?

-Ah! Não tenho a menor ideia!

- Pois é papai! Se o senhor não entende nem de bosta, como é que quer saber como é que se faz uma bomba atômica?

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 11/10/2007 17:51:34
Última alteração:29/10/2008 18:10:37




Não posso deixar de pensar em ti, um só momento!
Se, juntos tomamos o mesmo vinho da felicidade, na taça de cristal de nossos sonhos, agora, tenho receio de que se parta em mil pedaços, ao raiar do novo dia.

Gostaria de poder parar o tempo, evitando que o medo de te perder continue a me torturar, causando-me esta angústia sem fim.

Coom é difícil viver, mesmo quando se ama!

Nesta noite, que pode ser a última de nós dois, quero abraçar-te com toda a força de minha alma aflita, olhar no fundo de teus olhos e beijar-te com o desespero de uma despedida...

Ah! Amor!

Faz com que eu deixe de pensar em coisas tão ruins e promete-me, mais uma vez, não me deixar sozinho, no meu caminhar...

Espanta, com teus beijos, esta angústia que me contamina, todas as vezes em que penso no nosso amor!

Vem para junto de mim, abraça-me mais e mais e diz, com teus beijos, que não te perderei, jamais!

Envolve-me com teus beijos, como se fosse esta noite, a última vez!

Marcos Coutinho Loures
Publicado em: 04/02/2007 12:19:57
Última alteração:26/10/2008 20:21:39



Misture-se a mim

Na textura do olhar,

Quero-te roubar

O que vai fundo em ti:

Seu amor, seu ar, seu pensar.

Entregue ao teu amor, completamente,
Desejo ser teu ar, ser teu cativo...
Sentimento voraz que de repente
Me domina e por ele é que estou vivo...

Tu és mais que meu par, eu sou quem és,
Numa mistura intensa e tão completa
Usamos para andar os mesmos pés,
Tua alma de minha alma está repleta...

Mais que almas gêmeas, somos uma só,
Nesta irmandade louca que nos faz
Nascidos, ressurgidos, mesmo pó,
Somente nosso amor nos satisfaz...

Vivemos do prazer, dois hedonistas,
Nesse teatro Noh, somos artistas...

Maria Karla
Marcos Loures

Publicado em: 13/03/2007 10:53:07
Última alteração:06/11/2008 11:37:27


TE AMO...

De tantas que já fiz eu nem me lembro
Dezembros esquecidos no passado
Alguém que andou a vida toda errado
Não sabe mais se é bom ou se é ruim.
O quanto que já tive e nada tenho
Do nada que cheguei, pra onde venho
O resto vou guardando dentro em mim.
Moleque que se fez em bandeirante
Posseiro destes mares mais distantes
Afogo sem destino nos teus braços...
Publicado em: 02/06/2008 21:27:29



Isso não ocorre por acaso...
Se sentes isso meu amor,
eu também sinto.

Desejo nosso céu enluarado
pois somos sempre,
eternos namorados.

Que as estrelas nesse mar
possam todas iluminar,
nosso corpo a se amar.

Espero cada momento,
deixo de lado todo o tormento,
pois sei...
seu colo será meu acalanto.

Meu silêncio grita incessantemente...
sou sua, e sua serei eternamente.

Te quero, meu amor é tão intenso
E feito da esperança mais divina
De ter teu beijo doce de menina

Sentindo nosso amor, profundo, imenso...
A vida nos promete calmaria
Depois das turbulências da viagem,

Preservo na retina,a tua imagem,
Brilhando com mil cores na alegria.
Estrelas que decoram nosso mar

São pirilampos cheios de beleza,
Eu quero teu amor, tenho certeza
De que, em teus braços, quero mergulhar...

Aracelly Loures
Marcos Loures

Publicado em: 27/02/2007 17:27:12



Bebi água na torneira,
No riacho me afoguei,
Se já fiz tanta besteira,
É que, menino, fui rei...

Desde menino eu sabia
Que o rio corre pro mar,
No amor encontro alegria,
Vem comigo namorar.

Tua boca é meu desejo
Teu perfume me seduz
Quando amor me dá seu beijo
No meu peito acende a luz.

Menina como te quero,
Todo dia do meu lado,
Meu amor eu te venero,
Coração apaixonado.

Meu amor eu bem te quis
Desde que te conheci,
Venha me fazer feliz,
Rapidinho, estou aqui...
Publicado em: 19/04/2007 14:58:27


A lua se mostrando extasiada
Qual fora uma primeira namorada,
Invade; vaporosa a minha cama,

Forrando em plenilúnio, traz encanto
E forma em minha pele um claro manto
Nas teias que perfazem bela trama.

Os braços delicados me envolvendo
Aos poucos me tomando, nem defendo;
Entrego-me aos carinhos desta lua...

E vejo-te querida, me tomando,
Percebo que bem mais irei te amando
Ao te ver encantada, calma e nua...
Publicado em: 25/02/2007 23:13:41



Ele andava atrás de “cobre,
Mas só teve o que era justo;
Ladrão na casa de pobre,
Só leva, mesmo, um bom susto!

Isso já foi companheiro;
Hoje pobre é que é roubado,
É roubado o tempo inteiro,
Por político safado...

Marcos Coutinho Loures
Marcos Loures

Mote: Ladrão, em casa de pobre, só leva susto.

Publicado em: 15/03/2007 21:48:57


Como um bom botafoguense
Como um bom botafoguense
Acostumado a sofrer
Teu amor não me convence,
Traz a dor, quero prazer.
Publicado em: 06/08/2008 21:38:55




Contigo aprendi tantas maravilhas,
Amar a natureza por si só,
Saber que retornamos sempre ao pó,
Por mais que sejam tristes nossas trilhas.

Aprendi respeitar o ser humano,
Mesmo que decepcione, pois quem erra
Merece ter perdão. Fugir da guerra
Que mesmo com justiça, é sempre engano.

Amar a luz de todos, cada brilho
Diverso do meu brilho, do meu breu.
E saber perdoar quem me esqueceu,
Cada qual reconhece o próprio trilho.

Amor tão gigantesco nega o medo,
Que esconde, na verdade, o vero amor.
Saber que nem precisa temer dor,
Amor já recompensa sem segredo.

Tão longe das estrelas, mas tão perto,
Fazendo do viver uma alegria,
A vida assim, perfeita fantasia,
É lua num oásis, no deserto...
Publicado em: 08/12/2006 21:19:27
Última alteração:28/10/2008 20:54:38



A vida tão isolada
Quase sempre amargurada
Sem esperar nada, nada,
Vestida de solidão
Tragado pela saudade
Nesta triste realidade
Distante felicidade
Respondendo sempre não.

Cada dia mais vazio
Imensas noites de frio
Esperança por um fio
Nem pavio de ilusão.
Toda a vida dolorida
Em tristezas, envolvida
A sorte já decidida
Em nada mais penso, em vão...

Depois de tanta tortura
Viver sem saber ternura
A noite qual cela dura
Esperando a solução,
Que, pensava, nunca vinha
Tanta vontade que tinha
Que essa mulher fosse minha...
Não ouvias nada não..

Mas no inverno tão temível
No sonho mais impossível
Uma luz, a mais incrível,
Desponta na escuridão.
São teus olhos que sonhara
Diamante, pedra rara,
Que tanto tempo aguardara
Rebrilha em meu coração.

E te vejo aqui do lado,
Valeu o tempo esperado
Valeu tanta dor, passado,
Imerso na solidão.
Agora que estás comigo,
Encontrei o meu abrigo,
Tanto amor que, enfim, consigo
Contigo no coração!
Publicado em: 31/01/2007 17:55:11
Última alteração:28/10/2008 18:25:20



CONTIGO
Vento ardente
Olhos tantos
Cardos sementes
Mentes várias
Ancoro o sonho
No barco onde ponho
O dia medonho
Que um dia foi meu.

Azares e ases
Asas abertas
Decerto pereço
No verso que expressa
Conversa que tive
Contendo as estrelas
Que bela, revelas
Em noites vazias...

Gira coração
Volta e meia
Anseia a solidão
Remenda os meus enganos
Em planos
Aeroplanos
Encimando
Montanhas
E cimos.
Seios
E cismas
Crismas
E prismas
Decompondo
As luzes
E pondo
Os olhos
Em boreais auroras.

Aprendendo a ser livre
Quem dera alado?
Ao lado de quem
Cremei ilusões
Sermões
E senões
Sentidos
Verdades.

No chope
No cofre
De chofre
Stop.

Sobe
Fumaça
A taça
Cristalina
Dos sonhos

Vendidos
Pelos camelôs.

Camelos
Desertos
Desperto
Entraves.

Viés nos olhares
Gira mundo
Gira o tempo
Gira sol
E a pomba gira.

Carrossel
Carro céu

Hora
Tempo
Temporal
Ao menos
Tentei ser feliz...
Publicado em: 25/03/2008 19:53:01
Última alteração:21/10/2008 22:05:01



CONTIGO
Te aperto
e te sinto
completo,
cultuo este encanto,
que me encanta,
alucina,
e te procuro
em todos os cantos
onde tua imagem,
torna-se luz ...
(ivi)


Quando vejo dourado sentimento
Expresso em teu carinho, minha amada,
Não quero recordar tanto lamento
Que trago em minha alma destroçada.

És pura e tão dolente, minha vida,
Se tenho tais ciúmes, me perdoa.
Talvez por te saber demais querida,
Tristezas sem motivos, alma ecoa...

Eu quero que tu saibas deste canto
Que faço ao te encontrar assim queixosa,
Vivendo nessa vida, tanto encanto,
Pois sei que te encontrei maravilhosa...

Amor que quanto toca, doura tudo,
De tanto amor por ti, meu canto, mudo...
Publicado em: 29/03/2008 19:36:43
Última alteração:21/10/2008 20:36:41

CONTIGO

Corcel liberto
Pensamento...
Etéreos momentos
Eternas sensações
Contigo.

Na fumaça dos sonhos
Entremeada
Por fantasias
E desejos..
Contigo.

Vieste, somos, vamos
Entrelaçados,
Braços, pernas
E vontades.
Contigo.

Contigo sou
Além do mar
Além da vida
Eternidade...

Publicado em: 26/04/2008 09:11:42
Última alteração:21/10/2008 13:31:18


CONTO DE NATAL Adapatação de Marcos Coutinho Loures
Neste período natalino, nada mais oportuno que este conto de EÇA DE QUEIROS, compilado por nós especialmente para vocês, que também são especiais:
"Nos tempos em que Cristo andava pelo mundo, vivia em Jerusalém uma triste viúva, a mais desgraçada das mulheres de Israel Seu único filho, todo aleijado, jazia sobre uma cama apodrecida, atrofiando-se e gemendo".
Sobre mãe e filho, como uma noite de pesadelos, caiu a mais profunda miséria. Até azeite faltava, para acender a lâmpada de barro, jogada a um canto!
Um dia, um mendigo entrou no casebre, repartiu o pão que trazia com os dois e, enquanto coçava as feridas da perna, contou que havia aparecer um RABI, na Galiléia, um homem que amava as criancinhas e que prometia aos pobres um reino luminoso, maior que a corte de Salomão!
Com os olhos famintos, a mãe quis saber onde encontrar aquele RABI e o mendigo suspirou: "Quantos o desejavam e quantos perderam a esperança de encontrá-lo! Obed, tão rico e Sétimus, tão soberano, mandaram caravanas atrás do RABI, com generosas promessas de recompensa... E as caravanas voltaram, sem ter descoberto em que mata em que cidade, em que toca ou palácio se escondia JESUS!"
A tarde caía. O mendigo apanhou o seu bordão, desceu pelo duro trilho, entre a urze e a rocha. A mãe voltou a seu canto, mais vergada, mais abandonada... E então, o filhinho, num murmúrio mais débil que o roçar de uma asa, pediu à mãe que lhe trouxesse esse RABI, que amava as criancinhas, ainda as mais pobres e sarava todos os males, ainda os mais antigos.
A mãe apertou a cabeça, esguedelhada:
- "Oh! Filho! E como queres que te deixe sozinho e meta aos caminhos, à procura do RABI DA GALILÉIA? Obed é rico e têm servos e, em vão, buscaram por Jesus, por areias e colinas... Sétimus é forte. Tem soldados e, em vão, correram por Jesus, por todos os caminhos! Como queres que te deixe? Jesus anda por mito longe e a nossa dor mora aqui, conosco, dentro dessas paredes e, dentro delas, nos prende! E, mesmo que o encontrasse como convenceria eu o RABI a vir até aqui, para sarar um entrevado tão pobre, sobre uma cama tão em pedaços?"
A criança, com duas lágrimas nos olhos, murmurou:
- "Oh! Mãe! Jesus ama todos pequeninos... E eu, ainda tão pequeno e com um mal tão grande e que tanto queria sarar..."
E a mãe replicou, entre soluços:
- "Oh! Meu filho! Como te posso deixar sozinho? Longas são as estradas da Galiléia e curta a piedade dos homens! Até cães me ladrariam, ao passar... Talvez Jesus morresse... Ninguém o achou! Talvez o céu tenha levado, da mesma forma que o trouxe..."
Erguendo suas mãozinhas que tremiam, o menino suplicou:
- "Oh! Mãe! Eu queria ver Jesus!"
E logo, abrindo devagar a porta e sorrindo, Jesus disse à criancinha:
- "Aqui estou".
Publicado em: 02/12/2006 21:23:49
Última alteração:26/10/2008 23:12:51



Se o verbo amar...
Conjugar eu sei???
Como podes duvidar?
Eu amo-te...
Tu amas-me...
O resto...nem me esforço
para saber...
Dizemos tudo cada vez
que o conjugamos...
Em segredo...
Ou num abraço brincalhão..........................

Durante muito tempo eu tentei aprender
A conjugar o verbo amar, mas não podia
A noite na minha alma em lágrimas dizia
Que nada neste mundo exprime um bem querer.

Porém ao te saber, eu pude enfim rever
Conceitos que eu já tive em total agonia
Mal sabendo que amar é feito de alegria
Embora uma tristeza expresse o não poder

Estar contigo agora e te abraçar querida,
Mas vale sempre a pena o sonho que ele traz
Por isso é que te quero e isso me satisfaz;

Razão que justifica a nossa própria vida
Segredos que contém sua conjugação
Decerto só descobre a quem se dá a paixão...

MARTA TEIXEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 25/07/2007 18:41:35
Última alteração:05/11/2008 18:06:45


Considerações sobre Aparecida
Em 1717, na cidade de Guaratinguetá, Estado de São Paulo, Brasil, após várias horas pescando sem resultados, três pescadores retiraram do rio Paraíba o corpo de uma imagem sem cabeça.
Em seguida, lançada a rede novamente, encontraram a cabeça da imagem. Surpresos, lançaram a rede pela terceira vez e a pescaria foi tanta que puderam encher suas canoas.
Esses três pescadores, Domingos Garcia, João Alves e Felipe Pedroso, limparam a imagem apanhada no rio e notaram que se tratava da imagem de Nossa Senhora da Conceição, de cor escura.


Uma das coisas que me chama a atenção na história do encontro dessa bela escultura, se traduz em algo relacionado ao país onde foi e a época em que foi feita e encontrada.
Recordemos que nosso país, colônia portuguesa na época, era uma terra escravagista e não somente isso, era , por ser colônia, um local extremamente distante do sentido de liberdade.
À época, na Europa, estávamos no auge do movimento Iluminista, onde tínhamos uma efervescência cultural, com a tentativa da valorização do ser humano e o renascer das idéias científicas com afastamento da explicação religiosa cristão-judaica para a formação do universo e da humanidade.
Maria, mãe de Cristo, uma figura ímpar do Cristianismo, apresentava-se já como uma presença constante na formação religiosa na época.
A imagem de Nossa Senhora da Conceição desde o ano de 1646, era padroeira do Reino de Portugal, portanto extremamente conhecida pelos religiosos e pelo povo brasileiro naquela época.
O que nos faz supor que, por ser conhecida e ter uma “face” popular tanto em Portugal quanto na colônia brasileira, inspirava os católicos de ambos os povos em suas orações e promessas.
Num simbolismo extremamente condizente com a época em que foi encontrada, temos a imagem de uma Maria Negra, ou melhor, de uma Nossa Senhora da Conceição negra.
Isso me permite imaginar que o genial escultor, a tenha feito propositadamente como uma forma de protestar contra a escravidão absurda e violentamente contrária aos ideais humanistas e iluministas, assim como contrário ao conservadorismo da Igreja Católica naquele período da história.
Podemos imaginar também que, no interior de uma província como São Paulo, distante da capital colonial e basicamente rural, a descoberta de tal escultura seria equivalente a condenação à morte.
A destruição e a “eliminação” das provas, ou seja da escultura seriam a única alternativa para que o escultor não fosse condenado à morte, pela Inquisição Católica por heresia, e pelo Reino de Portugal.
Os fatos que decorrem disto, demonstram que, realmente a Igreja Católica passou a fazer do “limão, a limonada”; ou seja, utilizou-se do encontro da maravilhosa estátua, no seu sentido representativo de liberdade e de igualdade, para torná-la em “abençoada”.
Tempos depois, um compositor se utilizou da imagem dos “Anjos negros” para fazer um protesto equivalente.
O que podemos dizer é que, a Estátua de Nossa Senhora da Conceição Negra, traduz uma fantástica expressão de protesto contra o Conservadorismo Católico e a favor da igualdade entre os povos.
E, demonstra como um escultor ou melhor, um corajoso e anônimo libertário, escapou da morte e teve transformada, pela própria Igreja que criticava, sua obra em PADROEIRA DO FUTURO PAÍS QUE NASCIA, perto dali, nas margens do Ipiranga...
Publicado em: 20/08/2006 07:11:53
Última alteração:23/10/2008 13:09:44

Conta gotas
Amor
Gotas
Conta gotas
Remedia?
Publicado em: 28/09/2006 20:57:35
Última alteração:29/10/2008 12:12:56




Esperança
Feito pena solta ao vento
A esperança tão etérea a bailar
Busco-a com a força do pensamento
Porque sei que dela vou precisar.

A dor é enorme, a mente perde o rumo
Mas me cabe as idéias organizar
Vou lutar, só me resta isto
Jamais desistir,isto vou priorizar.

Tenho uma família linda
E meus amigos de coração
Deus, a força suprema
E meus versos por opção.

Toda essa força reunida
Sei que vai me sustentar
Nas mãos de Deus me coloco
Tenho fé,Ele vai me ajudar.

Consciente de que uma fase difícil
Está por vir, tenho que enfrentar
Com todas as forças eu resisto
Espero nunca fraquejar...

Perdida não estou, tenho os meus
Por eles e por mim vou lutar
Pois confio e tenho Deus
Ele pode e vai me salvar...

Por mais difícil, amiga, a caminhada
Não deixa que tenhamos a certeza
Do renascer em cada madrugada
Promete nova aurora, a natureza.

A luta que virá recompensada
Nessa alma toda plena de beleza;
Sabendo o quanto, amiga, és tão amada;
Terás mais força contra a correnteza.

Podes contar com todo o meu carinho,
E todas minhas rezas, orações,
O teu lutar jamais será sozinho

É meu também; querida, pode crer.
Estamos, pois; unidos corações,
Em mais esta batalha p’ra vencer!

Luna MG
Marcos Loures

Publicado em: 27/02/2007 06:51:37
Última alteração:06/11/2008 11:36:21



Conheci uma menina
Conheci uma menina
E fiquei apaixonado
Toda noite ela me nina
Com jeitinho mais safado...
Publicado em: 15/01/2010 21:08:31
Última alteração:14/03/2010 21:03:24



Conheci uma princesa
Conheci uma princesa
Que morava lá na Barra
Que morena! Uma beleza,
Porém só queria farra...
Publicado em: 15/01/2010 21:16:29
Última alteração:14/03/2010 21:03:03


CONJUGAÇÃO VERBAL
A professora para o Joãozinho:
- Joãozinho, qual o tempo verbal da frase: "Isso não podia ter acontecido"?
- Preservativo imperfeito, professora!
Publicado em: 19/09/2008 06:45:01
Última alteração:03/10/2008 13:05:51


Auto Conhecimento



Não conheces a ti próprio.

Nem tentes, somos completos desconhecidos de nós mesmos, a partir do fato de que, graças a Deus não passamos por todas as experiências possíveis na vida.

Nem as boas e, muito menos, as ruins.

E, se conhecesses totalmente a ti mesmo, por certo a decepção seria muito grande.

Nossa nudez nos apavora, esteja certo disso.

E, o simples fato de adivinharmos, volta e meia, como somos, nos assusta.

Ira, cobiça, inveja, gula, vaidade, luxúria e orgulho são componentes INERENTES À NOSSA ALMA.

Assim como o Mal, em todas as suas faces.

É claro que conseguimos, na maioria das vezes, inibir tais pecados.

Se não fosse assim, o mundo seria INABITÁVEL.

Assim como a nossa total nudez seria TRÁGICA e AVASSALADORA.

Mas, contra todos os males e pecados, só o AMOR pode nos defender.

Somente ele, e não a esperança, tantas vezes acalentada como o nosso maior bem, pode nos salvar de nós mesmos.

Por isso, AME, fundamentalmente a ti mesmo e a tua imagem refletida.

No espelho de tua alma
Que é o teu PRÓXIMO!
Publicado em: 05/12/2006 11:20:10
Última alteração:27/10/2008 21:24:44



Conhecer através do amor
Se quiseres conhecer uma pessoa, não lhe perguntes o que pensa, mas sim o que ama.
(Santo Agostinho)


Quando te conheci eu já sabia
Que teria em minha vida tal beleza
Emoldurada em luz, viva certeza
E que sempre me encanta, a cada dia...

Pois sei que és rara e guardo tua luz
Que me protegerá a vida inteira.
Serás a derradeira companheira
Sem a qual a vida não conduz

Ao destino feliz que se deseja.
Pois embora não saibas, te conheço,
E nisso tudo vejo e reconheço
Que estás dentro daquilo que eu almejo.

Ao te ver passeando pela estrada
Na mansidão suave de teus passos
Prendi de imediato todos laços
E sinto que acertei nesta mirada.

Bem sei do que preferes, nesta vida
Amores que traduzem todo o norte
Que traças com teu pulso firme e forte
Mesmo quando a tristeza for sentida.

Eu, que muitas vezes me enganei
Achando que encontrara minha sorte,
Aos poucos se revela a dura morte
De todos os destinos que tracei.

Depois destas quimeras mil enganos.
Depois destes tormentos e desditas,
Das falsas e terríveis, más pepitas
Que marcaram com traços desumanos,

Descobri que não basta só saber
De onde vem p’ra onde vai, como se chama...
Simplesmente sabendo do que se ama
Já se torna possível conhecer
Publicado em: 25/11/2006 19:24:18
Última alteração:29/10/2008 12:09:51



Condenação

Destino não permite que eu invada
A casa que, bem sei, somente tua.
A dor que prenuncia em mim flutua
E mata minhas sortes todas, cada...

Da grave pena trago um desagravo
Em vão, pois sabes sempre condenar
Me invisto do que possa ser amar
Nas águas poluídas que me lavo.

Daquilo que mais quero, me negaste
E sempre se esquivaste sutilmente.
Não queiras que te trague, de repente,
A base que sustente uma fina haste.

Não quero te omitir, embora peças,
Que nada que senti inda carrego,
Deste-me tais mares que navego
Bem longe das estrelas que tropeças...
Publicado em: 30/11/2006 18:24:29
Última alteração:29/10/2008 12:01:33


Condenada a amar / De tanto amor que tenho

Enclausurada em mim / Procuro uma certeza;

pela magia do amor / encantos e delírios;

prisioneira de você! / libertado pelo amor.


Mara Pupin / Marcos Loures

Publicado em: 22/03/2007 16:09:14
Última alteração:28/10/2008 05:44:35


CONFESSO QUE TE AMO
Noites....
Até podem ser desafinadas...
Nunca um deserto....
Há muito mais que o quente da paixão...
O saciar dos sentidos...
Há o sorriso cúmplice...
O corpo que se molda...
Entrelaça e junta a pele suada...
Tranquilamente.................

MARTA TEIXEIRA



Vaporosa, suave e delicada
A rosa que se esconde deste canto.
Sabendo que deveras tanto amada,
Não gosta ou não percebe seu encanto...

Quimeras que carrego são profanas,
O tempo se passando sem aromas,
As dores que te trago, não me enganas,
Talvez por outros males já me tomas...

Não sou sequer um mar em desencanto,
Procelas que já tive não são nada...
Desfio pouco a pouco cada manto,
Na brusca solidão de minha amada...

Agora que esta noite já começa,
Amor tão decidido se confessa...
Publicado em: 22/05/2008 12:27:55
Última alteração:21/10/2008 15:16:51


Confie, Desconfiando...


Quando não conseguimos entender alguma coisa,
Temos uma tendência de não julgarmos possível ou
Mesmo de negarmos que possa acontecer ou existir.

Quantas vezes negamos a existência de fatos que não queremos ou não PODEMOS ver.

Esse mecanismo de auto-defesa muitas vezes pode nos levar a situações cômicas ou, pior, trágicas.

O erro na maioria das vezes surge da nossa ignorância
E da nossa incapacidade de vislumbrar o futuro ou a imensidade das coisas que nos cercam.

Isso é compreensível e perdoável.

Sermos totalmente crédulos, pode nos criar situações próximas à tolice.

Entre os dois extremos, a sabedoria do mineiro é o melhor caminho:

Confie, desconfiado.
Acredite, duvidando.

E, somente dê o segundo passo depois que o primeiro te mostrou a firmeza da estrada.

Assim, entre a tolice do crédulo e a imbecilidade do incrédulo, encontrarás o melhor caminho:

O da SABEDORIA!
Publicado em: 06/12/2006 15:06:35
Última alteração:27/10/2008 21:25:37





Dazed And Confused

Been Dazed and Confused for so long it's not true.
Wanted a woman, never bargained for you.
Lots of people talk and few of them know,
soul of a woman was created below.

You hurt and abuse tellin' all of your lies.
Run around sweet baby, Lord how they hypnotize.
Sweet little baby, I don't know where you've been.
Gonna love you baby, here I come again.

JIMMY PAGE


Confuso, vou seguindo atordoado,
Sem rumo e sem destino vou ao léu.
De todas as mentiras, tão cansado
Amor que se fazendo mais cruel

Às vezes num sorriso disfarçado
Engana quando esconde o doce mel,
Deixando o gosto sempre amargurado
De quem me lambuzou somente em fel.

Eu quis uma mulher que enfim me desse
Carinhos e palavras benfazejas,
Que faço pra conter tamanho abuso?

Não adiantam rezas nem as preces
Atordoar-me é tudo o que desejas,
Deixando-me deveras tão confuso...
Publicado em: 09/12/2007 20:10:01
Última alteração:10/10/2008 09:05:04



CORAÇÃO APAIXONADO
CORAÇÃO APAIXONADO

Um coração deveras triste e frio,
Em cinzas e ilusões foi cultivado.
Num amargor encontra senhorio
Deixado só num canto, abandonado.
Restando em solidão, segue vazio;
O céu em negras nuvens, vislumbrado.
Batendo em desacordo com a sorte,
Encontra a solução na fria morte.

Porém ao perceber tua chegada
Qual fora num deserto, um rico oásis,
A noite vem chegando iluminada
Luar que se promete em novas fases,
Ressurge uma esperança deste nada
Meus pés vão encontrando firmes bases.
No canto que me inunda de alegria,
Futuro que jamais se predizia...
Publicado em: 19/11/2008 15:04:09
Última alteração:06/03/2009 19:00:26



CORAÇÃO APAIXONADO
Bate coração depressa
Esperando por você
Meu amor tem tanta pressa
Que não posso mais conter.

Como é gostoso teu mel,
Teu fogo e tua centelha,
Só não faça esse papel
Esconde o ferrão, abelha!

Eu te quero bem mansinha
Sou mansinho, amor, também.
Teu amor no peito aninha
Tanto amor no peito tem.

Tempo sabe que não paro
De querer o teu amor.
Que é gostoso e que é tão raro,
Sentimento de valor!

Visto a manta da alegria
No carnaval que passou,
Vou cantando a fantasia
Deste amor que desfilou.

Veio o gosto do cerrado
Na morena mais bonita.
Meu amor, desesperado,
Coração amando, grita!
Publicado em: 25/11/2008 16:37:28
Última alteração:06/03/2009 16:42:11



Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Carlos Drummond de Andrade

Coração
Perdendo o rumo,
Bebe o sumo
E esquece a fruta,
Luta e sabe da derrota,
Abre a compota
E se esvai
Num caudaloso rio
Até que o mar o englobe
E o transporte
Até o sem-limite,
Até a fronteira
Distante de outro coração...
Publicado em: 28/11/2008 14:37:38
Última alteração:06/03/2009 16:29:45




Amor se confessa
Em versos e luz
A sorte tão doce
Amor reproduz

No jeito sereno
Da moça bonita
Meu peito batendo
Coração se agita

E galga as estrelas
Em versos, em trovas,
Querendo de ti,
A paz que renovas

E vendo que a noite
Se mostra mais bela,
Amar-te demais,
Calor se revela

Pois venha querida
Espero teu beijo,
Rainha dos sonhos,
Não tenha mais pejo

Adentro teu quarto
Fogueira me espera
Eu tiro essa roupa,
Vejo a primavera

Deitada na cama
Por sobre os lençóis
Desnudo a menina
Com calma e feroz

Depois, bem macia,
A carne gostosa
Sedenta, no cio,
Tão voluptuosa.

Eu amo a mulher
Que enfim Deus me deu,
Coração feliz,
Pois é todo teu...
Publicado em: 01/03/2008 19:10:26
Última alteração:22/10/2008 17:05:47




Eu agradeço o verso
Em palavras de carinho,
Nos braços adormeço
E sei que enfim me aninho.

Bebendo deste lábio
Ousado e sem juízo.
Amor que me embalando,
Invade o paraíso.

Ventura é ser feliz
Nos braços de quem quero
Assim eu não me canso,
Encontro o que eu espero

Da vida mais vivida
Em luz e sedução.
Eu te amo e para sempre,
Escuto o coração

Chamando para a festa
Do gozo mais profundo,
Amar até o fim,
Vencendo a dor do mundo.

Querida. Como é bom
Saber que te encontrei
Fazendo deste amor,
A nossa sorte e lei.
Publicado em: 31/03/2008 20:44:47
Última alteração:21/10/2008 20:15:22


Coração batendo forte
Procurando pela estrela
Que me guia, que é meu norte,
Na vontade de revê-la
Na certeza de te ter
Coladinha junto a mim,
Alegrias percorrer
Neste amor que não tem fim.
Num vendaval de paixão,
Derramas a fantasia
Espalhando pelo chão
Tanta emoção e alegria.
A minha alma embriagada
Seduzida, não se cansa,
De buscar estrela amada
Tentação em esperança,
Derramando a liberdade
Caminhando sobre o mar,
Encontrar felicidade,
Nos teus braços, me entregar...
Publicado em: 05/04/2008 12:24:30
Última alteração:21/10/2008 17:02:46



Meu coração batendo triunfante,
Depois de tanto tempo duro e teso,
Vibrando na certeza de um instante
No céu de uma esperança o brilho aceso
De um sonho se mostrando deslumbrante
Seguindo o meu caminho, eu vou ileso,
Nas ilhas mais remotas da alegria,
Meu barco transbordando em euforia...
Publicado em: 07/04/2008 07:39:33
Última alteração:21/10/2008 20:21:56



Vês ??
Meu coração,
saltando de emoção ...
(ivi)



Delírio em devaneios, mil prazeres
Rondando nossa cama de manhã
Vertendo o teu perfume, sempre quero
O gosto delicado da maçã;

A cada novo dia, insensatez
Entornam-se delícias, gozo e mel.
Ternuras e carinhos costumeiros,
Um passageiro alado chega ao céu.
Publicado em: 09/04/2008 19:58:18
Última alteração:21/10/2008 18:19:55

O velho coração, no peito chora
Pela alegria insana de poder
Pelo menos, sonhar em te querer
No encantamento que em meu peito mora.

Querer esse teu colo, tão bem feito,
Roubar esse sorriso, só pra mim;
Beijar-te a boca rubra de carmim,
Apertar o teu corpo com meu peito.

Roçar meu rosto nos teus belos seios,
Delícias de teu corpo desvendar,
Agrados receber, prazeres dar

Juntos, provar os loucos devaneios
Que dando à nossa vida outro sabor,
Eternizando vão o nosso amor!

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 10/04/2008 14:39:30
Última alteração:21/10/2008 18:21:38



Algo me diz ao coração ferido
Que aquele amor, com que sonhei um dia,
Fonte de luz, ternura e de alegria,
Talvez, até, já tenhas esquecido.

Nada mudou, naquilo que sentia
Pois foste o amor mais forte e mais querido
Que uma separação deixou partido,
Mas dele não tirou a fantasia.

Pensei poder voltar e com meu desejo
Mil planos fiz, querendo-te a meu lado,
Por este amor, tão puro, imaculado,

Como na vida não achei ou vejo!
Mas sinto, no meu peito, o desencanto
E o velho coração, desfaz-se em pranto!

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 17/04/2008 15:48:58
Última alteração:21/10/2008 18:28:28


Vagamundo, vagabundo
Coração sem serventia,
Rasgando rasgo profundo
Morrendo um pouco por dia
Cada dia sem Maria
Sem magia e sem valor
Trazendo tanta folia
Transbordando esse calor
Coração, bem que podia,
Traduzir taquicardia
Noutra palavra, amor...
Publicado em: 29/04/2008 21:31:04
Última alteração:21/10/2008 14:27:58


me chamaste e eu te ouvi,
passarinho da ribeira.
pra onde eu vá, eu vou-te levar,
no coração,pela vida inteira.
não chore mais não,
estou-lhe dando meu coração.

tues


Passarinho está cantando
De saudades de seu bem
Coração segue chorando
Quando a noite triste vem
Canta, canta passarinho,
Seu amor volta pro ninho...
Publicado em: 14/05/2008 19:07:22
Última alteração:21/10/2008 14:41:07


Meu pensamento voa para lá
Numa ilha com palmeiras, sabiá
Cantando nos jardins do paraíso.

Deitado no teu colo, calmamente,
A vida se passando lentamente
No sonho delicado e tão preciso.

Preciso deste sonho pra viver
Sem isso, meu amor o que vai se
Da vida deste pobre cantador

Que mostra neste verso apaixonado
O sonho de viver sempre do lado
Daquela que traduz-se em grande amor.

Não deixe que a saudade te atormente
O vento te trará tão de repente
A voz deste meu sonho que se encanta

Com esta sensação que sempre diz
Ao coração repleto em cicatriz,
Quem canta; todos males sempre espanta...
Publicado em: 28/05/2008 10:41:46
Última alteração:21/10/2008 15:25:39



Coração apaixonado
Vou te dar muito carinho,
Melhor mal acompanhado
Que ficar sempre sozinho...
Publicado em: 07/08/2008 15:04:25
Última alteração:19/10/2008 22:19:00

Algo me diz ao coração ferido
Que aquele amor, com quem sonhei um dia,
Fonte de luz, ternura e de alegria,
Talvez, até, já tenhas esquecido!

Nada mudou, naquilo que sentia
Pois foste o amor mais forte e mais querido
Que uma separação deixou partido,
Mas dele não tirou a fantasia...

Pensei poder voltar e em meu desejo
Mil planos fiz, querendo-te a meu lado,
Por este amor, tão puro, imaculado,

Como, na vida, não achei ou vejo!
Mas sinto, no meu peito, o desencanto
E o velho coração, desfez-se em pranto!...

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 28/08/2008 11:00:48
Última alteração:17/10/2008 14:21:46


Coração fazendo festa
Quando vê bela morena,
Alegria já se empresta
E domina toda a cena
Publicado em: 29/08/2008 12:49:41
Última alteração:17/10/2008 14:25:57


O coração desprezado
Chora sorrindo, calado
Se arrepende dos pecados
Se fortalece dos fracassos.

Xama

Coração se desprezado
Procurando em ti o alento
Teu amor que de bom grado
Não me sai do pensamento!
Publicado em: 04/09/2008 11:15:29
Última alteração:08/09/2008 00:31:30


Essa cabocla deu jeito
Bagunçando um triste peito
Que pensava estar direito
Mas agora se perdeu
Como ficar satisfeito
Se o rio perdeu seu leito
Deu defeito no perfeito
E sem jeito, amor venceu...

Moreninha bela flor
Que me trouxe tanto amor
No meu mundo sofredor
Moreninha é lenitivo,
Esse cabra sonhador
Que se fez adorador
Da morena e, sem temor,
Neste sonho agora eu vivo...

Quero o cheiro da morena
Que distante sempre acena.
Ah! Moreninha tem pena
Deste pobre trovador,
Tanto amor que me envenena
Haja ponte de safena
Se velho quer vida amena,
Quê que eu faço seu doutor?

Sem essa morena comigo,
Nem viver eu mais consigo,
Na morena achei abrigo
Pr'esse peito sonhador.
Eu sou velho, mas não ligo,
Gosto de correr perigo,
Morena, do pão é trigo,
A minha deusa do amor!
Publicado em: 11/09/2008 21:10:36
Última alteração:17/10/2008 14:58:24


Amor vem tomando a casa
Taca fogo acende a brasa,
Bobear a gente casa
E se entrega sem pensar.
Tanto amor tenho por ti,
De mim mesmo me esqueci
Tomado por frenesi,
Não me canso de sonhar.

Tu és morena faceira,
A paixão da vida inteira,
Minha amada companheira
Vivo no mundo a cantar
A canção apaixonada
Que te canto minha amada
Na varanda, na calçada
Em tudo quanto é lugar.

O meu coração sem jeito
Vai batendo satisfeito
mas já nem bate direito
começou acelerar.
Meu amor não tem receio,
Amor é nosso recheio,
Olhei de banda pro seio...
Ah! Como é gostoso amar!
Publicado em: 12/09/2008 13:07:49
Última alteração:17/10/2008 15:00:16


Eu bem fiz minha morada
Desse peito sofredor
No final, não deu em nada
Pouca coisa que restou

Foi somente essa saudade
Que me faz seguir em frente,
Amar, amei de verdade,
Me curei? Fiquei doente!
Publicado em: 16/09/2008 12:06:58
Última alteração:17/10/2008 13:46:41


Meus erros
Fados e fadas
Esquecidas
Num canto qualquer
Da casa.
Irei em qualquer direção
Passo a passo,
Desde que me esperes
E com os braços
Abertos
Recomeçamos...
A versão
Aversões
Coração
Cor e ações.
Somos os que perderam
O rumo
Mas não o sumo.
Assumo meus erros.
Meus pecados
Mas não os fados
Que queriam.
Apenas riam
Mas rios além
Desço para o mar
Do amar demais.
Dando a volta por cima,
Nos cimas e nas cismas,
Cataclismos
E travessias.
No fim do dia
E da história
Sobrevivo.
Publicado em: 22/09/2008 16:36:38
Última alteração:02/10/2008 19:35:46



Coração fez moradia
Neste amor que tanto encanta,
Minha vida em euforia
Nos teus braços se agiganta

E me mostra uma certeza
Que domina o canto meu,
No teu canto uma beleza
Clareando o negro breu.

A parceira que eu buscava
Para em vida, ser feliz.
Nosso amor já não tem trava
Liberdade enfim prediz.

Caminheiro apaixonado
Não se cansa de querer
Sempre estando do teu lado,
Felicidade e prazer!
Publicado em: 02/10/2008 12:46:39
Última alteração:02/10/2008 13:36:55

Gira coração,
Carrosséis redemoinhos,
Tempestades e clareiras.
Na estante dos meus olhos
Carnificinas
Oficinas
Fábricas
E lavouras
Campos devastados.
Olhos desesperançados
Do Norte a mão soberba
Imperial.
Poluindo as estrelas
Negando a aurora.
Espectros caminhando
Entre os canaviais.
Gira coração,
Cigano coração,
Se engana coração
Coragem?
Descorados olhos
Anêmicos sonhos
Tempestades, vendavais.
A bala guerrilheira
Da enorme cordilheira
O vôo do condor...
Publicado em: 30/09/2008 16:39:51
Última alteração:02/10/2008 14:53:45



A dor é companheira, parceria...
Meu tesouro guardado nessas grutas.
Não posso descobrir mais alegria,
As luzes que me emanas, formas brutas.
Despencam dos teus olhos tão abruptas

Corcéis, imobilizas, montaria.
As podres maravilhas dessas frutas,
Difícil esquecer com maestria
As noites que perdemos, tantas lutas...
Lutando contra as dores tão astutas.

Meu coração deveras tão vazio
Não penso nas conquistas que não tive
Na cama que roçamos, me contive...
A dor que nunca sai negando o cio

Aurora torporosa já me esquece
E não traz a beleza costumeira
Sem luz que te ilumine por inteira
Matando nosso amor tudo escurece...
Publicado em: 17/11/2008 18:12:59
Última alteração:06/03/2009 19:06:32



Hoje..a lua está cheia..
Não há brisa...
Está tudo quieto...
Demais...
Tu adormeceste...
Mas eu estou inquieta...
Não tenho sono...
Talvez te acorde...
Te provoque, te seduza..
Te ame.............



Sentindo a tua mão me procurando,
Passando carinhosa sobre mim.
Aos poucos meu amor, arrepiando,
Vontades explodindo. Quero sim.

As bocas se entregando em beijos loucos,
Desnudo-te e te vejo tão sedenta.
Gemidos e sussurros, longos, roucos,
Sentando sobre mim, prazer assenta

E numa cavalgada noite afora,
Roçando pele em pele, seduzidos,
A ventania intensa, chega agora
E encontra nossos corpos mais unidos.

E assim, sofregamente a noite passa,
Caçando, devoramos nossa caça...

MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 15/10/2007 18:02:01
Última alteração:03/11/2008 20:54:33



coração apaixonado
não se cansa de querer,
teu nome em mim tatuado,
como posso te esquecer?

Publicado em: 27/08/2008 20:12:27
Última alteração:19/10/2008 20:34:48



Vi meu rosto nesse espelho,
Reflexo revelador,
No outro lado, bem mais velho
Valha-me Nosso Senhor.
Mas o coração safado
Mesmo assim não toma jeito
Achando-se com o direito
De pender para o teu lado...
Coração não toma tento
Não se cansa de querer,
De tanto amor me arrebento
Não sei mais o que fazer.
Morena tanto queria
Teu amor só para mim,
Mata o velho de alegria,
Tua boca carmesim...
Publicado em: 12/02/2007 14:50:24
Última alteração:28/10/2008 18:06:39




Encontra-te em mim...
Refugia-te nos sinais que espalho...
no meu perfume....
na minha música favorita...
nos sapatos que descalçei...
A camisa que despi
Na janela que abri.....
Nas minhas pegadas na areia....


O mar que em vento manso me chamava
Clamando num marulho ardente areia
Aos poucos, devagar assim tramava
O cântico divino da sereia

Enquanto em preamar já me alagava
Na clara sensação de lua cheia
Despida a bela deusa se entranhava
Tomando o sentimento, adentra a veia

E chega ao coração apaixonado,
Fazendo latejar esta alegria.
O resto; eu vou deixando já de lado

E vivo intensamente a fantasia
De ter meu coração sempre inundado
Em ondas de paixão e poesia...

MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 09/11/2007 11:55:52
Última alteração:31/10/2008 16:07:32




Um coração deveras triste e frio,
Em cinzas e ilusões foi cultivado.
Num amargor encontra senhorio
Deixado só num canto, abandonado.
Restando em solidão, segue vazio;
O céu em negras nuvens, vislumbrado.
Batendo em desacordo com a sorte,
Encontra a solução na fria morte.

Porém ao perceber tua chegada
Qual fora num deserto, um rico oásis,
A noite vem chegando iluminada
Luar que se promete em novas fases,
Ressurge uma esperança deste nada
Meus pés vão encontrando firmes bases.
No canto que me inunda de alegria,
Futuro que jamais se predizia...
Publicado em: 01/10/2007 21:08:53
Última alteração:28/10/2008 14:36:44



Vou querendo a tua pele
E o teu cheiro, meu rosal,
A vontade me compele,
Ao teu corpo sensual.

Navegando de mansinho,
Encontrando o meu desejo,
Bebericando o teu ninho,
Coração num relampejo

Vai fazendo esta festança
Não se cansa de querer,
Todo o bem que já se alcança
Emoldura este prazer.

Versejando com vontade,
Meu amor vou te buscar,
Encontrar a claridade,
E de novo me entregar

Ao teu fogo, uma fornalha
Que me queima todo dia,
Vou no fio da navalha,
Tristeza ronda a alegria.

A paixão tem duas caras,
Enobrece e nos maltrata,
Num momento desamparas,
Noutro salva e assim nos ata.

Mas te quero, isto é que importa,
Não me queixo de querer,
Coração bateu na porta,
E me trouxe dor, prazer.
Publicado em: 02/10/2007 21:28:37
Última alteração:28/10/2008 14:37:21




Meu coração bandoleiro
Vai perdido neste mundo,
Coração bate ligeiro
Não descansa um só segundo
Procurando pelo cheiro
Da mulher que já se foi,
Vasculhando o mundo inteiro,
Coração descompassado
Guarda o resto das lembranças
Por isso pesa de lado.
Esperanças esquecidas,
Alegrias resguardadas,
Retratando nossas vidas,
Nas noites enluaradas
Dos sertões que não conheces,
Nos amores que não crês.
Coração tecendo preces,
Vai cativo, feito rês.
Mas não deixo de querer
Quem, talvez nem mais recorde,
A viola em serenata
Entoando um novo acorde
Que te acorde, minha amada,
E nos traga uma alvorada..
Publicado em: 03/10/2007 16:52:50
Última alteração:28/10/2008 14:05:59




Teus olhares me acenavam
Com delícias e prazeres,
Teus desejos me tocavam,
A mulher entre mulheres
Que busquei a vida inteira
A paixão mais verdadeira.

Encontrando o teu sorriso
De criança em meu caminho
Percebi que o paraíso
Jamais se encontra sozinho
Caminhando lado a lado,
Coração apaixonado...
Publicado em: 03/11/2007 10:29:33
Última alteração:28/10/2008 13:20:12


Quero o sabor da manhã,
Vicejando nos teus olhos,
Percebendo teu elan,
Mergulhando nos Abrolhos.
Vagueando vida vã,
Que tão louca vai, engole-os
Todos sonhos, cortesã
Desfiando tantos óleos,

No corpo e mente senis,
Nos meus desejos tão vis,
No que pudera ser tão,
No sertão dos meus amores
Nas corbelhas, tantas flores
Nem tampouco nem servis,
O que nunca fora chão,
Sempre cora, coração...
Publicado em: 12/12/2006 21:48:42
Última alteração:28/10/2008 20:31:05





Explode no meu peito o coração...
Em júbilo tenho a alma...
Na palma da mão trago-te enfim,
Um mundo de amor para te dar...
Um beijo ardente...
Meu corpo a levitar...
Deslumbramento não me deixa evitar,
Tornar-me refém de doce enlace...
Me perder de amor por ti,
E não mais me achar...
Toma-me que sou tua!
À luz da lua ou em canto qualquer,
Ama-me!
E faz de mim tua mulher!

Há tempos procurara quase cego
Algum amor que fosse sempre assim
Um mar que calmamente já navego
Um oceano vivo dentro em mim.

E então ao teu carinho – amor – me entrego
E vivo plenamente amor sem fim,
Um sentimento intenso nunca nego,
Levando a vida inteira num festim

Que sei jamais termina, nem pretendo
Por isso, meu amor; as mãos estendo
E chamo-te pra dança da alegria

À luz deste luar clarividente
Que entorna tanto brilho e fantasia
Louvando todo amor que a gente sente...

ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Valério Mannarino Loures
Publicado em: 01/08/2007 22:13:13
Última alteração:05/11/2008 17:16:45



CORAÇÃO /

Ficar pensando
Em ti querida
De vez em quando
É uma descida...
Ao coração
E pela alma
Agora então...
Aquela calma
Não vem? - Talvez...
Eu quero um beijo -
Como desejo -
Mais uma vez...

Sentindo assim
Amor profano
Dentro de mim
Sem desengano
A noite chega
Em porto belo
Amor navega
E te revelo
Que quero mais
Rico tesouro,
Ancoradouro
Teu corpo, um cais...

GONÇALVES REIS
MVML
Publicado em: 28/08/2007 20:42:20
Última alteração:05/11/2008 12:51:01



CORAÇÃO /

Coração que Ama eu me rendo
Deste amor que procurando vai
Vasculhar em outros corações
Prosterno-me e meu coração cai

Na busca de amor tão desejado
Velejo minha barca à tua praia
Recebo todo sol deste amor
Espera-me não fuja não saia

Levarei um bolo feito agora
Quentinho saboroso pra acampar
E festejar o feriado em pleno mar

E arriscar esta manhã alvissareira
Com o coração embalado de prazer
Bebendo lentamente o entardecer


Meu verso te encontrando em luz intensa
Reflexos de teus olhos espelhando
O canto em que minha alma sempre pensa
Nas trilhas da esperança te buscando.

Beber da fonte pura em recompensa,
O céu em plenitude vou tocando.
Ternura que se mostra assim imensa,
Traduz o quanto agora estou te amando.

Lembrando de teus olhos, eu versejo,
Seduzido no fogo da paixão,
Sentindo- sem limites- a explosão

Nos sonhos tanto bem que enfim prevejo
O riso de alegria em cada face,
No amor que nos domina sem disfarce...

SOGUEIRA
MVML
Publicado em: 02/11/2007 15:33:33
Última alteração:03/11/2008 18:18:32



A noite chega...
Com ela, você...
Você que como a lua
Ilumina o meu olhar
Inundando tudo de magia...
Alegria maior, é receber o teu abraço...
Aconchegar-me em teu peito...
Beber o mel de teus beijos...
Dançar contigo, ao calor da fogueira que se acende no meu peito
Na nossa cama, salpicada de estrelas,
A dança cigana deste amor, tão louco...

Quem dera se eu pudesse
Conter imensidão
Fazendo-te bailar
Em tons de sedução
Gitana luna plena
Ao lado da fogueira
Magia em que se acena
La luna feiticeira
Uma guitarra clama
Pra festa que não pára
Acendem nuestra chama
O coração dispara
E tudo recomeça
Neste bailado insano
A vida não tem pressa
Também sem desengano
A noite traz promessa
De um tempo soberano...

ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Loures
Publicado em: 23/07/2007 21:48:06
Última alteração:05/11/2008 18:10:59



amor quando ruge
se insurge feroz
traz cheiro de morte
se sorte acabada
terminando em nada
fugindo veloz
prá não voltar mais
causa dor atroz...

amor que podia
trazer um pouquinho
de felicidade
mas traz só tristeza
quebra fortaleza
arrebenta o ninho
matando depressa
pobre passarinho...

amor que se preza
faz lua do dia
mostrando o sorriso
e toda a vontade
de ter novo canto
viver tal encanto
total fantasia
meu mundo de paz
de pura alegria...

amor vai dolente
mexendo comigo
sonhando meu sonho
abraça e carinha
amor de delícia
precisa carícia
esquece perigo
amor que não medra
amor tão amigo...

por isso querida
te quero bem perto
amor vai depressa
nas asas do vento
amor me conquista
depois dá na vista
vagando deserto
procura um oásis:
coração aberto!
Publicado em: 28/12/2006 13:34:10
Última alteração:28/10/2008 19:08:54

Coração acelerado
Capotou depois da curva
Pois do céu quando nublado
Se caiu, cuidado é chuva...
Publicado em: 02/03/2008 18:08:46
Última alteração:22/10/2008 13:58:07


Coração acelerado
Quanto ouviu a tua voz
Ouça agora o meu recado
Deixa eu ser a tua foz...
Publicado em: 10/12/2008 07:38:32
Última alteração:06/03/2009 15:41:43


Coração acelerado
Quando viu ela passar,
Batendo descompensado,
Eu pensei, fosse parar...

Publicado em: 15/01/2010 16:59:33
Última alteração:14/03/2010 20:59:47



CORAÇÃO APAIXONADO /

Desce a noite...
Em passos ansiosos
Meu amor,
Te busco...
Luzes da cidade,
Em lusco-fusco,
Me entontecem...
Coração vai a mil,
Acelerado...
Ah! Tão bom te encontrar
Meu querido!
A me esperar...
Com esse sorriso encantado,
Que me faz delirar...
Ao me atirar em seus braços,
Morrendo de saudades,
Quero só te amar...


Menina, eu sinto o cheiro da alegria
Pairando num momento a me tocar
A sorte benfazeja eu já previa
Podemos livremente enfim, amar.

A tarde em solidão passou vazia
Sem nada pra fazer, só te esperar.
Saudade fez a tarde ficar fria
Nublando todo o céu, secando o mar.

Agora que retornas; eu bendigo,
O mundo com certeza é mais bonito.
Sabendo que sozinho não consigo

Perdendo o meu caminho. Solidão...
Meu peito nem disfarça, andou aflito,
De novo faz total revolução...

ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Valério Mannarino Loures
Publicado em: 04/08/2007 18:28:16



CORAÇÃO APAIXONADO /

Nesta estrada de flores estou plantando
As mais belas flores perfumadas
Esperando tua passagem andarilho
Pra te ofertar a rosa mais perfumada

A fronteira está aberta sem embargo
A carruagem já está com todo arreio
Nós caminheiros da palavra e do amor
Enfrentaremos até o toro em seu rodeio

Só dá amor quem amor tem a oferecer
Se o sentimento não chegou ao coração
Nossa palavra com certeza em união

Vai despertar nos mal amados esta canção
Que ameniza o mundo entregue ao desamor
Garanto nosso amor será um grande vencedor

Um moço que chegando na cidade
Encontra a carruagem da princesa
Se mostra na maior felicidade
Espera uma alegria com certeza

Um coração batendo em ansiedade
Sonhando com banquete e sobremesa
No fogo da paixão em mocidade,
Encontra a bem da sorte, a claridade.

Sabendo que o amor, no fundo vence
Não deixa sobrar pedra sobre pedra
Um coração vazio que se medra

Não tem mais jeito, pois ninguém convence,
Agora quem se encontra apaixonado
Não vê numa alegria um só pecado.

SOGUEIRA
MVML
Publicado em: 15/08/2007 11:16:46
Última alteração:05/11/2008 15:46:14

Nesta distância
Com a mente alada
Te busco amado,
Porque te amo!
Mas não me engano,
Mais não me amas...
A nossa cama,
Jaz tão vazia,
E a noite fria,
Tudo comprova...
Trago estas rosas
Como lembranças,
Mas já me cansa
Tempo que passa
Sem esperanças,
De te ver chegar!

Um coração alado vaga o mundo
Numa ânsia desmedida e sem paragem,
Fazendo pelos céus longa viagem,
E torna-se sem rumo, vagabundo...

Podendo despencar em um segundo,
Perdido sem destino. Uma miragem
Na qual eu me desnudo e me aprofundo,
Depois de certo tempo... Falsa aragem...

Mas tenho em nosso amor um porto belo
Que é feito ancoradouro da esperança.
E o sonho em que te encontro, aqui revelo

Mostrando um coração que, sem juízo,
Aos braços de quem ama enfim se lança
Alçando, de repente, o paraíso...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 23/08/2007 15:35:28
Última alteração:05/11/2008 13:10:1



Sonhadora e feliz
A viver o amor, que eu sempre quís
Tenho a alma que voa...
Sou andorinha aprendiz...
Gaivota livre...
Águia nas alturas...
Rio à toa
Bailo festiva...
Sou menina e sou rosa...
Toda prosa,
Passo as horas a cantar...
Sensação maravilhosa!
Boba alegre,
Com este olhar 43,
Digo para você,
Que te amar, sim,
Verdadeiramente é viver!

Minha alma
Uma alameda
Feita esperança
Convida para a dança
E te chama.
Vencendo os meus temores
De criança,
Fazendo uma lambança
Em meio a flores,
Encontro já a rosa
Que se entrega
À doce sedução
Deste bailado
Que é feito
Com sabor
Doce pecado,
Sem tréguas
Tais entregas
Nosso fado.
Vem logo
Agonizo se não vens.
Graniza o coração
E se congela
Estrela
Que descendo
Fez-se mar,
Vontade
de jamais
aos céus
voltar....

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 20/08/2007 15:45:21
Última alteração:05/11/2008 14:53:37

Coração que ama é perdoado
É todo devoção só sabe amar
Não há pecado é só fascinação
Navega só tranqüilo em alto mar

Nada teme confiança é seu lema
Envolto na penumbra de um véu
Parece que o mundo é só seu
Sonha acordado parece está no Céu

È tão puro coitadinho sem maldade
Na vida só sabe amar e perdoar
Se a cumplicidade ao seu lado está

Amor que tanto canto nos teus versos
É arma de um poder quase Divino
Enquanto vida houver terei tão belo mimo

Menina que jamais morreu em ti,
Sonhando com mil mimos e carinhos.
Encontro e felizmente descobri
Que o amor perfaz em paz os seus caminhos.

Amor que tanto busco encontro aqui
Deitando no teu colo, belos ninhos
Que aos poucos inebriam, pois sorvi
Segredos e carícias, raros vinhos.

Na divindade expressa em ricos motes,
Com total sutileza, bem te quero.
Eu peço, já torcendo que me notes

E venha caminhar neste arrebol,
Abrindo o peito sinto que te espero
Pra juntos passearmos sob o sol...

SOGUEIRA
MVML
Publicado em: 25/08/2007 17:22:05



O meu olhar te procura
ansioso e persistente,
querendo que tu me digas
se, acaso, também sentes
essa ânsia incontestada
que me assalta às madrugadas
numa angústia intermitente.
O coração me palpita
querendo escapar-se do peito,
e uma aflição inaudita
invade-me a alma em estantes
deixando meus olhos molhados,
meio tontos, embriagados,
nem desejo insatisfeito.
Vem e toma-me em teus braços.
Por que andas pelas ruas
acompanhando outros passos,
procurando outras mulheres?
Dou-te tudo o que quiseres:
a minh'alma ingênua e pura,
o meu corpo inda intocado.
Quero ser a tua amante
- tu serás o meu amado.


Minha alma te procura em cada verso
Vasculha esta amplidão, ganha infinito
Teu corpo navegante anda disperso
Montado num cometa mais bonito.

O medo de perder-te é tão perverso
Deixando o coração sozinho, aflito,
Aonde te encontrar neste universo?
Embalde, tantas vezes solto um grito

Eu quero o teu querer, amar demais,
Angústia da distância maltratando.
Pergunto o tempo inteiro e não sei quando

Tu voltarás de novo para o cais
De onde não devias ter partido
Deixando um coração triste e partido...

HLUNA
MVML
Publicado em: 12/09/2007 22:33:40
Última alteração:04/11/2008 17:38:16




Incauto coração este meu
Não sentiu a aproximação do amor
Suas vibrações inaudíveis
Pegou-me de surpresa e se instalou
Mas sou feliz por senti-lo
Agradeço a Deus Nosso Senhor

Hoje é meu amo e meu senhor
Sou dele indefesa cativa
Faz de mim o que bem quer
Dar sentido a minha vida
Embora inadvertido
Encontrei nele uma saída

Sou feliz por este amor
Que se instalou no meu peito
Entrou sorrateiramente sem aviso
E agora não tem mais jeito
Quero apenas vive-lo plenamente
Pois acho que tenho este direito

Meu coração, eterno apaixonado,
Ouvindo o teu cantar logo se achega
E deixa todo o resto já de lado,
Nos sonhos de teu verso, assim, navega.

Deixando o que eu sofrera no passado,
Meu coração; tão cedo a ti se apega,
E bate mais depressa, e como um brado,
Mergulha no teu seio, intensa entrega.

Feliz por ter sabido decifrar
Os sons que a melodia me dissera,
Refaço novamente a primavera,

Do outono que teimava em me queimar.
Somando nossas forças pela vida,
Percebo que encontrei a paz perdida...

GELIS
MVML
Publicado em: 24/10/2007 22:50:59
Última alteração:03/11/2008 19:13:10



Na loucura te encontro, e a ti me entrego
Sem promessas enfim, só viver o momento
Que ao relento busquei e não passou de sonho...
Na loucura sem par deste amor, afinal
Nós riremos, enfim, desta vida, e o mal
Que roubou nossa sina, deixemos pra lá
O que nos impede, de ser felizes, normais...
Do teu lado prossigo e condenar-nos, quem há, de?


Meu coração batendo, triunfante,
Depois de tanto tempo duro e teso,
Vibrando na certeza de um instante
No céu de uma esperança o brilho aceso
De um sonho se mostrando deslumbrante
Seguindo o meu caminho, vou ileso,
Nas ilhas mais remotas da alegria,
Meu barco transbordando em euforia...


ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 30/10/2007 14:23:37
Última alteração:03/11/2008 18:28:59




“Alguém já viu um coração sangrar?”
Rasgado pelas garras das paixões
Causando hemorragias sem parar,
Levado pelo ardor das emoções.

Na chama deste amor tento buscar,
Quem sabe encontrei as soluções?
Um sonho tão gostoso de sonhar
Trazendo em pleno inverno, bons verões.

Sabendo deste lume que me guia,
Estrela redentora em fantasia,
Deixando o meu caminho iluminado.

Mudando o meu destino, num rompante,
Detendo o sangramento, que estancado
Liberta um coração que foi sangrante...

Elian Maria Bantim Sousa
Marcos Loures
Publicado em: 23/11/2007 18:20:22
Última alteração:31/10/2008 12:14:44




Meu coração saiu na tarde pro norte
Encontrou teu coração batendo forte
Depositei-o no meu que já sentia
No mesmo caminho a companhia

Coração que ama em fim de tarde
Merece alforria sem muito alarde
Levando consigo pra noites frias
Amor paixão saudade em calmarias

A noite já vem melancólica e nua
As luzes já clareiam ao longe o vento
Aos sinos anunciando ao recolhimento

Para pernoitar nos sonhos airosos
Nas asas da imaginação tudo pode
Guiar-te até mim fantasias em mote

Coração que não sossega cria limo?
Amor é tudo aquilo que eu bem quis
Meu velho coração um aprendiz
Buscando amor igual que tanto estimo.

Olhando eternamente para o cimo
Da bela cordilheira já prediz,
Que um dia amanhecendo mais feliz,
Trará uma emoção à qual me primo.

Vagando por estrelas, tal cometa,
Recebe mil carinhos e pedradas,
Ao infinito quer que se arremeta

As asas vão podadas, o que faço?
Recebo com ternura as alvoradas,
E ganho em fantasia, o belo espaço...

SOGUEIRA
ML
Publicado em: 24/11/2007 18:49:39
Última alteração:31/10/2008 12:11:12



Celebro no teu corpo
Preces, orações...
Prenunciando
Paradisíaca senda.
Atenda os meus pedidos
Escute meus apelos.
Pelos, pêlos... penumbra...
Por entre transparências
A silhueta convida
À vida...
Publicado em: 26/04/2008 19:30:42
Última alteração:21/10/2008 13:37:09


Quisera ser
estes ventos,
a espalhar
o Amor
que tenho aqui,
dentro de mim ...
(ivi)

Contrariando toda previsão
Que há tempos se mostrou desfavorável,
O solo com certeza mais arável
Permitirá divina plantação.

Amor que se traduz em plena ação
Não deixa algum segredo inviolável,
O certo sobrepõe-se ao improvável
E a gente bebe o manso ribeirão.

Cardumes seguem líderes, eu sei,
Por isso é que te sigo em toda grei
Estrela sedutora que me guia.

Acordo de manhã e te procuro,
E mesmo que eu encontre algum apuro
Depuro o coração com poesia...
Publicado em: 09/02/2009 19:49:01
Última alteração:06/03/2009 06:50:59


Quero roçar meu corpo no teu beijo,
Acariciar, manso, cada ponto...
Transbordar em carícias meu desejo,
Vagando lentamente, ficar tonto...

Quero sentir fugaz, o que delira...
Nas mãos maliciosas, ter-te inteira;
Penetrar mais profundo, até que fira
Suavemente. Rolar nessa esteira...

Quero teu gosto, gozo em meu delírio,
Fazer desse repasto, minha orgia...
Gozar tão mansamente, esse martírio.
Poder ver no teu rosto, doce magia...

Quero sentir as ondas de prazer,
Contraindo teus músculos, e dentes...
Saber melhor plantar depois colher,
Conhecer os teus rios e nascentes.

Minhas mãos, sentinelas e recrutas,
Procurando saber onde se encontra;
Dessa mata, vertentes, poros, grutas...
Navegar teus macios lagos, lontra...

Teu respiro, aspirando me sufoca,
Decorar esses mapas tua pele...
Invadir, caçador, pois, cada toca.
Fazendo não querer, mente e repele.

Nas curvas dessa estrada , capotar...
Conhecer artimanhas mais sutis,
Levantar tua saia devagar,
Nos teus braços saber que sou feliz...

Teus seios, mordiscar, bem lentamente,
Teu pescoço, libido se explodindo...
Nessas danças, bailar feito demente,
Sentir o cheiro, olor do gozo vindo...

Quero insensatez, quero tuas pernas,
Num balé misterioso, entrelaçando
As minhas, nas carícias mais eternas;
No teu corpo, suave, naufragando...

Eclodir as centelhas desse incêndio,
Conhecer nossos mares e marés.
Aprender bem mais desse compêndio
Escrito vorazmente, mãos e pés...

Quero a ternura, fera e mais voraz...
Nos olhos revirando sem ter nexo...
Conceber sonhos lúbricos, audaz...
Desenhar as mil formas do teu sexo.

Minha língua feroz e delicada,
Vagando pelos vales e montanhas...
Sentir a tua boca, minha amada,
Hastear tais bandeiras nessas fronhas...

E depois, descansar o meu cansaço,
De guerreiro feroz qu’apascentaste...
Dormir tão calmamente no teu braço,
Depois de tal batalha num contraste...
Publicado em: 05/09/2006 18:01:46
Última alteração:29/10/2008 21:01:39




Mas do demo eu nunca corro,
Eu boto ele pra correr,
Vivo pedindo socorro,
Quando alguns vêm me benzer!!!!



Publicado em: 15/03/2007 21:52:05
Última alteração:29/10/2008 18:04:26



Dois amigos conversavam, na porta de um barzinho, em uma conhecida cidadezinha do interior de Minas Gerais.

Um deles, tentando se convencer do grau de solidariedade do outro, fez-lhe a seguinte pergunta:

-Se você, por acaso, tivesse cinco fazendas, seria capaz de dar uma para mim?

-Mas é claro! – respondeu o outro, para alegria do seu inquiridor.

-E se você tivesse cinco automóveis, você jura que me daria um deles?

-Juro de pés juntos, respondeu o outro, sem pestanejar!

- E se o amigo tivesse cinco galinhas, não daria uma para mim?

Do mesmo jeito e com a mesma rapidez, o outro respondeu:

-É claro que não!

Arregalando os olhos diante da negativa, o amigo ainda argumentou:

-Mas se você é capaz de dar uma fazenda, um carro, porque você não me daria uma simples galinha?

Com a sabedoria do mineiro, o homem respondeu.

-Sabe cumpade; é que, cinco galinhas, eu tenho de verdade...

Pensando bem, está conversa está muito parecida com certas promessas de políticos, candidatos, às vésperas das eleições, saem prometendo a torto e a direito, na esperança que os eleitores caiam na sua conversa...

Marcos Coutinho Loures
Publicado em: 02/05/2007 16:38:39
Última alteração:29/10/2008 17:44:28



Escute o que vou dizer
Mas parece brincadeira;
Pra ver mineiro correr
Solte um queijo na ladeira...

Mas comigo é diferente
Nasci em Camanducaia,
Eu só corro, e bem contente,
Atrás de um rabo de saia!

Marcos Coutinho Loures
Marcos Loures

Mote: “Se quer ver mineiro correr, joga um queijo na ladeira”

Publicado em: 15/03/2007 21:36:12
Última alteração:29/10/2008 18:05:12


A beleza não põe mesa.
É engano, me acredita!
Atrás de uma cara bonita
ninguém sabe o que se esconde.
Muitas vezes passa um bonde,
e vais se estrepar com certeza.
O tesouro, o bem maior,
digo isso, e sei de cor,
está, lá, no coração.
Vai por mim, que vais melhor,
nunca irás na contramão.

Beleza não põe mesa meu amor,
Mas ajuda querida a ser feliz.
Um rosto ao bonito e sedutor
É nessa vida inteira o que eu mais quis.

Sorriso tão suave e tentador
Da moça que se fez tão bela atriz
Tu sabes, tem por certo o seu valor.
Beleza quero sempre e peço bis.

No fundo, um coração também ajuda
Uma pessoa boa tem encantos.
Uma alma que na dor já nos acuda

Merece nosso amor, nossa amizade.
Matizes de beleza, tantos, tantos...
Cada ser tem a sua claridade...

HLuna
Marcos Loures
Publicado em: 08/05/2007 09:42:46
Última alteração:06/11/2008 08:05:15


Viajo no teu corpo
Invadindo, um corsário
Que tanto bem queria
Um sonho temerário
Tremendo de vontade,
Concebo itinerário
Invento uma alegria
Acendo uma saudade
Do quanto eu te queria,
No mar tranqüilidade
Numa felicidade
Difícil de encontrar
Viajo sem critérios
Mistérios mais profundos
Em mundos abissais
Querendo sempre mais
Jamais esqueceria
Que em simples poesia
Talvez eu não pudesse
Saber se encontro cais
Só sei que amar demais
Além do ponto, e porto.
Naufraga em todo sonho
Corsário coração...
Publicado em: 24/07/2007 18:02:13
Última alteração:28/10/2008 17:03:28


CORAÇÃO

Tudo vale nesta vida,
Quando é feito com paixão.
Se a mulher foi, de saída,
Sobrou o meu coração!
Publicado em: 20/09/2007 18:24:10
Última alteração:28/10/2008 01:03:43



Caçando o meu coração
Entre nuvens, tempestades,
Nos rastros de uma emoção
Pelos campos e cidades

Encontrando a minha face
Nos olhos de uma morena
Meu amor vai sem disfarce
E felicidade acena...
Publicado em: 15/10/2007 08:54:08
Última alteração:28/10/2008 14:38:25


A solidão...
Devorou de nós o tempo...
Carcomeu, nossas lembranças...
Desbotou o nosso riso...
Entardeceu, esperanças!
Agrisalhou o futuro...
Vestimentou nosso ser...
Com a roupagem dos homens!

Coroou só de terror,
O momento, mais solene!
Adiou os rituais...
Da cerimônia perene!

Não tema anjo menino...
Que este fato, anormal...
Não roubou de mim o siso!

E na roupagem real,
Confrontando com o mundo,
E o seu tempo, infernal...

Menina, a você, convido,
Prá brincar no meu quintal...
Onde o tempo, já sem tempo,
Não nos pode fazer, mal!


A solidão ao ver um peito aberto,
Indefeso, viu logo um bom abrigo,
Porém meu coração anda desperto
Olhou pr’a solidão e: nem te ligo...

Olhando de soslaio e bem de perto,
Já preparou, sorrindo o seu castigo,
Meu coração por vezes bem esperto
Se adiantou, fugiu deste perigo...

A morena brincando no quintal
As coxas grossas na árvore subiu,
Neste desenho formoso e sensual,

Taquicárdico bate no meu peito,
Ao ver esta beleza ele se abriu...
Agora a solidão é dito e feito...

ANE MARIE
Marcos Loures

Publicado em: 27/02/2007 21:51:35
Última alteração:06/11/2008 11:35:18


CORAÇÃO SEM JUÍZO
Cansei de te obedecer, coração sem juízo!

Volta e meia ouço a tua voz e, novamente me entrego à paixão!

E, pouco tempo depois, outra decepção, outro adeus e recomeça tudo de novo.

Falas demais e insanamente mas, o que é pior, volto a te ouvir e novamente estou envolvido nas mesmas dores e nas mesmas saudades.

Logo que acho que estou cicatrizando as feridas, tu vens e recomeça a ladainha...

Sem refletir e pensar bem, a gente se machuca, já cansei de falar isso contigo.

Mas és desobediente. Lembras-me uma criança teimosa que sobe e cai da árvore e cai de novo, até que quebre um braço ou uma perna.

Andréa, Beatriz, Carla, já foi meio alfabeto e nada de aprenderes a ler.
Publicado em: 16/09/2008 13:19:35
Última alteração:17/10/2008 13:48:37



CORAÇÃO SEM JUÍZO

Coração bem poderia
Tomar algum juízo,
O passo mais preciso
Bem mais que a fantasia
E nesta alegoria
O risco em prejuízo,
O porto em paraíso
Jamais enfim, veria.
E tendo esta certeza
Seguindo a correnteza
Quem sabe sou feliz?
Amar tranquilamente
E ter no que se sente
Bem mais do que se quis.
Publicado em: 07/07/2010 07:18:25


CORAÇÃO SERTANEJO - COROA DE SONETOS


1



Nascido no sertão de Quixadá,
Um coração moleque sertanejo,
Vibrando de alegria e de desejo
Vivendo tão somente ao deus-dará

Sonhando que outro dia chegará
Mostrando neste sol, o bem que vejo
O gosto da saudade num lampejo
Encantos que deixei, há tempos, lá;

Banhado nos riachos da esperança
Fazendo nas estrelas uma andança
Chegando num minuto ao infinito.

O rosto da manhã já sem disfarce,
A corda da lembrança que se esgarce
Traçando em minha vida um novo rito.


2


Traçando em minha vida um novo rito,
No ritmo de teus passos, eu prossigo,
Descendo pelas serras, vejo abrigo
Tocado por um sonho mais bonito.

De tanto que sofri, vivendo aflito,
Às vezes, eu confesso, já nem ligo.
Porém ao ter certeza de um amigo
No bom a desfrutar, cedo reflito.

Esperança se faz mandacaru
Florindo no sertão, traz invernada.
A mão que tantas vezes vai cansada

Permite uma ilusão. No corpo nu
Revejo em cicatrizes as batalhas,
Riscadas pelos cortes das navalhas.

3


Riscadas pelos cortes das navalhas,
Nas costas, as profundas cicatrizes,
As noites são inglórias meretrizes
Marcadas pelos erros, tantas falhas.

Carrego desde então pesadas tralhas,
Os dias são doridos, aprendizes,
As dores, repetidos chafarizes,
Trazidas em meu lombo, tais cangalhas.

Olhos d’água, cacimbas vêm vazias
Tristezas produzindo suas crias
E o tempo de viver vai se esgotando.

A cada novo sonho, as armadilhas,
Ferrando minha carne, velhas trilhas
Destino na saudade desaguando.

4

Destino na saudade desaguando
Fazendo do meu canto, uma novena,
O mar já tão distante toma a cena
E todo este cenário vai mudando.

Ao litoral sem pressa vi chegando
De todo o pensamento o que me apena,
Na lua que se deita tão morena
Os raios de esperança prateando.

Espinhos que carrego em minha pele,
Lembrando de que o mar sempre repele
Aquele que não sabe navegar.

Ferrado; desde moço, eu perco o passo
Nas veias vai pulsando inda o cangaço,
A fome de viver adentra o mar.

5


A fome de viver adentra o mar,
Balanços destas ondas; vão e vem,
Meu coração perdeu o rumo e o trem,
Não tendo muita coisa pra contar.

Rastejo nas areias, ao luar
E o tempo de sonhar inda não tem
O braço bem mais forte de outro alguém
Que possa me ajudar a caminhar.

Acendo uma fogueira do meu jeito,
Assando com ternura o velho peito
Farrapos estendidos da ilusão...

Quem tem como estandarte, o sofrimento,
Fazendo da esperança o seu ungüento
Esquece a dor de outrora, arrisca o chão...


6


Esquece a dor de outrora, arrisca o chão,
Trazendo o quanto teve de invernada,
Nos olhos desta lua, uma jangada
Enfrenta a tempestade, o furacão.

A dor que se curando em benzeção
Faz tempo não cruzava a minha estrada,
Porém ao perceber nova jornada,
Atiça bem mais forte o coração,

E vaza em minha pele, qual ferida,
A noite da alegria mal cerzida
Estoura no meu corpo em corte fundo.

Bebendo desta fonte mais salobra,
O tempo vai passando e a vida cobra
Fincando o canivete, num segundo.

7



Fincando o canivete, num segundo,
A moça que eu amei fez a tocaia,
No vento que levanta a sua saia
Desejo se tornou bem mais profundo.

Porém nas cercanias deste mundo,
Não tendo mais saídas, volto à praia
Das ondas recebendo o riso em vaia
O cheiro passa a ser nauseabundo.

Ficasse no sertão, eu te garanto,
A lua me cobrindo com seu manto,
Violas, serenatas, tantos casos,

Quem sabe inda teria uma esperança
Do jogo; eu reverter, nesta aliança,
Trazendo a luz intensa nos ocasos.


8

Trazendo a luz intensa nos ocasos,
A dama desta noite, luminosa,
Mulher que sem juízo e caprichosa
Mudando de tamanho segue os prazos.

Prateia os meus canteiros, flores, vasos,
Tornando mais bonita cada rosa,
A deusa se desnuda mais formosa
E ajuda a relembrar antigos casos.

O vento se espalhando, milharal,
Bonecas balançando nesta dança,
A vida vai passando assim bem mansa,

O tempo é repetido e sempre igual,
Porém se a chuva falta, a terra é seca,
Matando o milharal, cadê boneca?

9

Matando o milharal, cadê boneca?
Apenas um restinho lá sobrou.
Somente uma esperança não secou,
Menina tão travessa e mais sapeca.

Minha alma sertaneja não se seca
E busca no oceano o que sonhou,
Nas águas pensamento procurou
A sorte traiçoeira e tão moleca;

Nas águas ao revés das duras ondas,
As noites destas luas mais redondas,
Dos casos, companheiros, meus amigos,

À dura solidão desta jangada,
Eu tento a solução, não vejo nada,
Apenas são diversos, os perigos.


10



Apenas são diversos, os perigos,
Porém a tempestade não se cansa,
Depois de toda a seca já me alcança
Trazendo novamente os desabrigos

Os olhos sonhadores perdem visgos
E soltos vão bebendo da lembrança,
Fazendo do sorriso uma fiança
Vendendo as ilusões, caros artigos.

Mortalhas espalhadas pelo chão,
Vendidas as crianças do sertão,
Aguando uma alegria sertaneja.

Partindo do vazio para o nada,
Espalho meus olhares na calçada,
Liberdade é tudo o que almeja...


11



Liberdade é tudo o que se almeja
E disso faço fé, quebro correntes,
Sorriso que se mostra sem os dentes,
Mesmo em tristeza ainda relampeja.

Um homem de moral jamais rasteja,
Nas costas leva as cruzes, penitentes,
Sem medo do que trazem, entrementes,
As horas sob a lua sertaneja.

E mesmo que distante, erguendo os olhos,
Abrindo o coração, quebra os ferrolhos
Enfrenta as tempestades, destemido.

Do sofrimento faz seu alimento,
Na seca ou tempestade, no tormento,
Não solta nem sequer algum gemido.

12

Não solta nem sequer algum gemido,
Aquele que se fez homem brioso,
Por mais que o mundo seja belicoso,
O tempo já faz tudo resolvido.

No passo bem mais firme e decidido
Não teme o mar e o vento caprichoso.
No peito o coração mais revoltoso,
Já sabe nas batalhas, ser vencido.

A sorte é tantas vezes tão ingrata,
A água que nos salva também mata,
Sertão virando mar é tentação

O mar vira sertão são tão iguais,
O tempo de viver traz temporais
E o verde talvez volte – solução.


13

E o verde talvez volte- solução,
Nos olhos da morena que deixei,
O quanto desejar já desejei
Só tendo por resposta a negação.

Nas aves da alegria, arribação,
O parto em fantasias procurei
Apenas solução não encontrei
E o tempo vai tomado em viração.

À cântaros chovendo dentro da alma,
A noite vai passando, a lua acalma.
Quem dera se chovesse sobre a terra?

Talvez o mar não fosse mais meu porto.
Do parto que eu queria, sem aborto,
Uma esperança sobe agora a serra.



14

Uma esperança sobe agora a serra
Nas nuvens a promessa de mudança,
O peito vai se abrindo e na festança
Um novo amanhecer já se descerra.

O coração novilho em riso berra,
Berrante de minha alma, uma esperança.
Estrela que no mar, o céu alcança
Aguando em mansidão, encharca a terra.

Jangada com certeza abandonada,
Alegria em semente bem arada
Decerto, novamente brotará.

Apenas, tão somente uma ilusão,
Criada por um velho coração
Nascido no sertão de Quixadá.
Publicado em: 29/01/2008 14:26:40
Última alteração:09/10/2008 14:06:29



CORAÇÃO SERTANEJO
Apesar de ser mineiro,
O meu peito é sertanejo
Da morena quero o cheiro,
Seu prazer é meu desejo...
Publicado em: 27/08/2008 21:37:40
Última alteração:19/10/2008 20:37:24


CORAÇÃO SOLITÁRIO.

Quem dera se eu tivesse a companhia
De quem eu desejei, amor fatal,
Morrendo me levou toda a alegria,
Deixando tão somente amargo e sal.
Talvez inda pudesse ter num dia,
Encanto em fantasia sem igual.
Porém o que me resta, temerário
Um coração vazio e solitário...
Publicado em: 24/11/2007 17:55:09
Última alteração:28/10/2008 12:15:16


Coração tamanho trem
De um mineiro apaixonado
Quando a noite em sonhos vem
Vai ficando arrepiado




Publicado em: 01/03/2008 22:03:02
Última alteração:22/10/2008 13:34:58



Camélia caiu
Jardineira fugiu
O tempo passou
Sobrando no bonde da memória
A roseira cultivada
A roda viva da vida
Fez a festa
Abriu a fresta
Cadê seresta?
Só resta o coração...
Publicado em: 08/12/2007 17:00:33
Última alteração:27/10/2008 18:06:19




Este coração tão traiçoeiro
Engana-nos mirando nosso olhar
Brincando de esconde e aparece
Galhofa faz sorrir e faz chorar

Conserva-se jovem além de sênior
Compete em cada época ousadamente
Arrisca, estremece, treme, e ama
Com a mesma intensidade adolescente

Não há espaço nem limite ao seu redor
Na maturidade resquícios de prudência
Mas, erra o amor sempre manobra
A cai nas garras dura da inclemência

A sofre, chora e rir com decisão:
-Aprimorarei minhas frágeis decisões
-Nenhum laço de amizade são meus ais
E basta outro carinho aos braços cai

Um coração vagabundo como o meu
Não pode ouvir o canto da sereia,
Se entrega e num segundo se perdeu,
Num outro amor, de novo se incendeia

Coração tão pária e tão plebeu
Seguindo todo raio, lua cheia,
Disso eu bem sei, jamais se convenceu.
E ao léu sem ter juízo, assim vagueia...

Depois? Outro pileque, o mesmo bar,
Um beijo a mais... Depois é só sofrer
Outra vontade enorme de morrer...

Fazer o quê? De noite há o luar
E tantas emoções. Coração, não caia
Em nova tentação: rabo de saia...

SOGUEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 01/06/2007 16:11:56
Última alteração:05/11/2008 21:46:50


Coração vagabundo
Cansado andarilho
Sem trilho sem brilho
Um segundo a mais
A paz distante
O templo ausente
E a esperança jogada
Nos cantos de tua casa...
Vejo a foto
Bebo a seiva
Servo e amo
Amo, cativo
Vivo por viver
O que vier
E nada além...
Quem dera
Se a fera
Bebesse
Tropeços...
Publicado em: 08/01/2009 10:47:10
Última alteração:06/03/2009 11:48:01



Coração vai batucando
Sem ter dó nem piedade
O seu ritmo acelerando
desafina de saudade...
Publicado em: 12/09/2007 08:37:00
Última alteração:27/10/2008 21:28:29



Junto ao tempo que se esvai, / Esvanecem tal fumaça, / Meu sonho, a verdade trai, / Nada dura, tudo passa.../// O meu olhar não se cansa/ De buscar-te e sem cansaço/ Vigília que não te alcança.../ Idílio me nega abraço. /// Pensamento que me encerra/ Desejo já exaurido / Manto que me acoberta / Amor que tenho sentido!

AMG

Coração vigilante não se cansa
Faroleiro dos sonhos e vontades,
O velho timoneiro da esperança
Expande em destemor, as claridades...

E mesmo quando a treva imensa alcança,
Vencendo em calmaria, ansiedades,
Sob o estelar fascínio, o peito dança
Desconhecendo enfim, algemas, grades...

Estando sempre atento às virações,
Enfrenta os mais diversos furacões,
Sabendo do viver, quais os segredos,

Castelo sobre rocha, estruturado,
Jamais será por certo destroçado,
Conhece o mar bravio e seus penedos...
Publicado em: 26/02/2009 15:55:30
Última alteração:06/03/2009 01:44:31




Não chegue de tardinha, já te peço.
As horas mais gentis já não disponho.
Meus erros e consertos nem confesso.
Meu medo dos amores é bisonho!
Ferrabrás, Satanás, tanto faz, meço
Palavras e sentidos o meu sonho.
Doçuras e mergulhos! Endereço
Dos infernos: meu canto mais medonho!

Mordazes os sorrisos, são safados..
Vasculho nos teus bolsos, meu ingresso.
O mundo dos canalhas, seu congresso.
Mas mesmo dentre todos os meus erros
Os berros e os gritos, meus enterros...
Permito decifrar sinas e fados,
Extremo temeroso, a podre unção.
Batuca melindroso, o coração!
Publicado em: 12/12/2006 16:52:27
Última alteração:28/10/2008 20:30:43

Coração quando se apressa
É amor ou é doença,
Muita coisa se confessa
Pensando na recompensa...
Publicado em: 17/12/2009 15:07:44
Última alteração:16/03/2010 11:26:10



A todos nós sonhadores
Que não cansamos de pensar
Que a vida é mais bonita
Do que, na verdade, é
Somos todos muito felizes
Pela infelicidade da vida,
Serve de tema.
E cada novo poema
Se transforma em novo
Sofrimento,
Pelo menos a gente sente
Ou não sente,
Ou inventa
Mas sente.
Remetemos em nossas penas
As penas que são apenas
Nossas ou vossas ou de todos.
Desvendamos os segredos
De nossa alma!
Quem dera!
Não nos conhecemos
Mas somos mestres dos sentidos.
Mesmo que não sentidos,
Mesmo que estranhos,
Trazemos em nossas entranhas
Nessa eterna faxina da alma.
A caneta por vassoura
Mas, ao contrário das outras
Pessoa, a gente mói e remói
O lixo dos sentimentos.
Até retirar a essência disso
Tudo e transportarmos
Para o papel.
Vivemos disso,
Da essência do lixo das nossas dores.
E das nossas alegrias também
No fundo somos loucos
Ou mentirosos,
Se bem que não há nada mais verdadeiro
Do que a poesia.
Embelezar as palavras.
Nossa lavra é profícua
Temos muitas e variadas sementes.
Mas um só coração.
O coração de poeta!
Publicado em: 10/12/2006 15:54:12
Última alteração:28/10/2008 20:30:03




Ah que bem disse um Poeta, um dia,
que o triste, humano coração,
quando com o tempo envelhecia,
era também casa vazia,
de assombração...

Adelmar Tavares

O coração tristonho de um poeta
Que o tempo corroeu sem esperanças,
Na casa adormecida e tão dileta
Somente alguns resquícios das lembranças

De um tempo em que pensara ser completa
A vida em alegrias, festas, danças.
A morte se aproxima e se repleta
Das velhas sensações, outrora mansas...

Mas tudo o que se fez, pagou seu preço,
Assombrações vagando em noite escura.
Amor até mudou seu endereço

Deixando um coração que envelhecia
Distante dos desejos de ternura,
Morrendo em solidão, triste e vazia...
Publicado em: 08/05/2007 12:01:02
Última alteração:06/11/2008 07:48:23



Coração de violeiro
Coração de violeiro
Sempre foi um sonhador,
Inda mais se for mineiro
Traz calada; a sua dor...
Publicado em: 17/01/2010 09:29:22
Última alteração:14/03/2010 20:34:28





Arbol fuiste bien coposo,
pobre corazón
árbol que quedo sin hojas
sin nidos, ni amor.

Mario Arnedo Gallo

Coração depois de tantas tempestades
Simplesmente padece, desfolhado
Em meio a dores tantas, falsidades,
O fardo de viver fica pesado.

Dos ninhos que tivera; coração,
Nenhum sobreviveu ao vento frio.
Deitando tão somente em solidão,
Seguindo sem destino, vai sozinho.

Um dia já soubera ser feliz,
Taquicárdico sonho se esvaindo
Por entre minhas mãos. Tantas já fiz
Pensando que este amor seguisse infindo.

De todo um arvoredo, nada resta,
Nem mesmo algum resquício da floresta...
Publicado em: 09/12/2007 18:20:38
Última alteração:10/10/2008 09:05:48



coração desenfreado
coração desenfreado
atropela um ser vivente
mas se não for do teu lado,
como vou viver contente?
Publicado em: 01/03/2008 20:28:20
Última alteração:22/10/2008 17:09:47



Coração e Alma

As palavras soltas
Quando estão revoltas
Em versos morrendo
Diversos sentidos
Já tão esquecidos
Vejo renascendo.

Amores amaros
Amargos licores
Nas tão belas flores
Sentidos ignaros.
Se tenho ciúme
De ter teu perfume

Não peço que o vento
Traga-me o tormento
Nem impeça o sonho.
De amor que me rói,
Embora risonho,
No fundo destrói.

Diga-me seu nome
Tão triste quimera
Amor quando some
Ressurge na fera.
Espreito esperança
De novo, outra dança.

Agora meus dias
Sem ter fantasias
Depressa cometo,
Amor que me acalma
A ti eu prometo,
O coração, a alma...
Publicado em: 07/12/2006 00:26:43
Última alteração:29/10/2008 11:59:09



Coração diz disparate
Coração diz disparate
Quando encontra a solução
Sem tristeza que desate
Nos enlaces da paixão...
Publicado em: 17/06/2008 22:10:46
Última alteração:20/10/2008 01:15:28



Coração em desalinho


Coração em desalinho
Procurando o seu aprumo,
Vou vivendo tão sozinho,
O meu barco vai sem rumo..
Publicado em: 27/08/2008 21:31:20
Última alteração:19/10/2008 20:37:04



Coração em disparada


Coração em disparada
Não se cansa de bater
Ao ver a mulher amada,
Como eu posso me conter?


Publicado em: 01/03/2008 20:59:11
Última alteração:22/10/2008 13:26:55



Coração enamorado


Coração enamorado
Pede um pouco e quer bem mais
Das montanhas, do cerrado,
No Rio Grande, o meu cais...
Publicado em: 22/10/2008 13:36:32


O vento balançando, ouvindo meu clamor...
As noites vão morrendo, espero um novo dia...
Não quero mais saber deste teu “grande” amor...
A vida se demora em cada sinfonia...
Os beijos que negaste, estranha fantasia,
Não deixam nem recado, expressam teu rancor.
A morte vai chegar, cessando essa folia...
Não pude perceber, frio se fez calor...

O medo que travaste, em versos se perdeu.
A lua que chegava, a sombra derreteu.
Amores mais sutis, cinzas do meu passado...
Desse tempo que diz que fui feliz
Em tanta tempestade o tanto que te quis
Um sino vai dobrando avisa que já fui...
Não quero mais saber. Preciso, o teu recado...
Castelo que encantado o tempo tanto influi
Que sempre trago o peito, assim iluminado!
Publicado em: 12/12/2006 15:20:51
Última alteração:28/10/2008 20:30:36



Coração já não se engana
Coração já não se engana
Sabe bem o que ele quer,
A rainha soberana:
Venha ser minha mulher!
Publicado em: 17/01/2010 09:33:06
Última alteração:14/03/2010 20:34:12


coração com muita fé
Quando te vejo, querido
dou pulos de alegria
nada me faz tão feliz
que ver-te todos os dias...

dedetê

coração com muita fé
foi por Tombos, Carangola,
desaguou no Muriaé,
a paixão entrou de sola...
Publicado em: 20/12/2009 07:49:34
Última alteração:16/03/2010 08:44:35



Coração de banda
Capotei o meu passado
Nas curvas do teu caminho
Coração anda de lado,
Vai pesado, o pobrezinho!
Publicado em: 11/11/2006 10:23:06
Última alteração:30/10/2008 10:46:16



CORAÇÃO DE MINEIRO...
Tirânico amor que me inunda
Com lavas incandescentes prazeres
Algoz de minha alma insana
Fagulhas que entornam desejos

Lágrimas solidificadas
Retornam as minhas entranhas
Gritos gemidos e ais
Facetas falsas façanhas

Paixão comumente explode
Sensações são sós sonhos
Meu corpo desnudo exposto
Acastelados desejos profanos

Virá o dia em que tudo será
Apocalíptico final...

GELIS

Coração de mineirinho,
Batucando mais depressa
Vem chegando de mansinho
Não precisa nem ter pressa,
Todo amor feito em carinho,
Tanto desejo confessa,
Pega a flor e deixa o espinho,
No Paraíso ele ingressa,
Faz do vento, um burburinho,
Não se esquece de promessa.

Para que fazer barulho
Amor bom, silencioso,
Todo mar que faz marulho
Atrapalha festa e gozo,
Meu amor eu tenho orgulho
Deste encanto tão gostoso,
Retirando o pedregulho,
Caminho maravilhoso.

No meio de tanto afeto,
O melhor é comer quieto...

Publicado em: 14/05/2008 20:52:54
Última alteração:21/10/2008 14:43:20



Coração de mulher é como hotel, sempre tem um lugar vazio.
94

Mote

Coração de mulher é como hotel, sempre tem um lugar vazio.


Da mulher, o coração,
É como hotel, basta olhar,
Mesmo em plena lotação,
Sempre se encontra um lugar...


Marcos Coutinho Loures

Uma vaga neste hotel,
Que tu chamas coração,
Um pedacinho do céu,
Que este anjo trouxe ao chão...
Publicado em: 20/11/2008 15:17:00
Última alteração:06/03/2009 17:06:51


CORAÇÃO APAIXONADO

Ah, coração
fica triste,
quando não estás,
dói meu peito,
saudade sem fim ...
(ivi)

A lua que, mineira, se desnuda
E diz do quanto amor nos conquistou,
Saudade do teu corpo, tempo muda,
E o céu no mesmo instante se nublou.
Publicado em: 02/12/2008 08:49:14
Última alteração:06/03/2009 16:27:00



CORAÇÃO APAIXONADO
Vi meu rosto nesse espelho,
Reflexo revelador,
No outro lado, bem mais velho
Valha-me Nosso Senhor.
Mas o coração safado
Mesmo assim não toma jeito
Achando-se com direito
De pender para o teu lado...
Publicado em: 07/12/2008 20:59:00
Última alteração:06/03/2009 15:25:52


amor quando ruge
se insurge feroz
traz cheiro de morte
se sorte acabada
terminando em nada
fugindo veloz
prá não voltar mais
causa dor atroz...

amor que podia
trazer um pouquinho
de felicidade
mas traz só tristeza
quebra fortaleza
arrebenta o ninho
matando depressa
pobre passarinho...

amor que se preza
faz lua do dia
mostrando o sorriso
e toda a vontade
de ter novo canto
viver tal encanto
total fantasia
meu mundo de paz
de pura alegria...

amor vai dolente
mexendo comigo
sonhando meu sonho
abraça e carinha
amor de delícia
precisa carícia
esquece perigo
amor que não medra
amor tão amigo...

por isso querida
te quero bem perto
amor vai depressa
nas asas do vento
amor me conquista
depois dá na vista
vagando deserto
procura um oásis:
coração aberto!
Publicado em: 09/12/2008 20:28:21
Última alteração:06/03/2009 15:41:50



Um coração sincero não notou
E nisto deveria estar atento,
O quanto tantas vezes desejou,
Viver em plenitude um sentimento.
Coração solitário se mostrou
Tristonho ao perceber que o fingimento
De quem tanto queremos determina,
Além do que se quer e se imagina...
Publicado em: 06/01/2009 10:45:20
Última alteração:06/03/2009 12:29:25


Na força deste belo amanhecer
Em meio a tanto brilho, bom aceno,
Uma vontade louca de viver
Correndo, coração batendo pleno.
O dia me tomando em tal prazer
Que o mundo me pareça mais ameno.
Após os duros, negros desenganos,
A vida vem mostrando-me outros planos.

Quem sabe num sorriso de criança
Refaça-se esta paz que nós queremos,
Amargas; as lições. Nossa lembrança
De todas as tristezas que tivemos,
Permite que hoje venha esta esperança
De sermos bem além do que sabemos.
Na glória da manhã, tranqüilidade,
E os rumos da gentil felicidade!
Publicado em: 07/01/2009 19:18:04
Última alteração:06/03/2009 12:02:18



Eu seguro a tua mão
E te gravo em meu olhar
Não contenho a sensação
De enfim, poder te amar.

Ava Gardena

Coração apaixonado
Com certeza sempre alcança
Vou chegando pro teu lado,
Tô pertinho de Bragança...

Publicado em: 20/12/2009 07:54:21
Última alteração:16/03/2010 08:44:21


Engoli a sorte que busquei;
Triturei no meu coração,
não há mais indigestão.
Tomar vinagre? Não dá, não!

LUZIA MONIQUE

Sou apenas repentista
Versos; faço de improviso
Mas é certo que eu preciso
Procurar um analista
Coração vai triturado
Amargurado e já sem fé
Só queria aqui do lado,
Um carinho, um cafuné
Pois estou apaixonado
Se da sorte abandonado
Esperança inda dá pé,
Minha vida por milagre
Inda não foi pro vinagre
Por estar acostumado
A cantar sem precisão
Estes versos mais ligeiros
Que vêm lá do coração,
Meus amigos, companheiros
Me conhecem muito bem,
Nos amores verdadeiros
A minha alma sempre vem
Desejando esta ilusão
Que deveras me acompanha,
A partida quando ganha
Haja comemoração,
É verdade que a mistura
De alegria e de tristeza
Pondo sempre a minha mesa,
Com branquinha se é da pura
Vai trazendo inspiração...
Publicado em: 16/01/2010 18:22:38
Última alteração:14/03/2010 20:46:53



Viver eu, sendo mortal,
de cuidados rodeado,
parece meu natural;
que a peçonha não faz mal
a quem foi nela criado.
Tanto sou meu inimigo,
que, por não tirar de mi
cuidados, com que naci,
porei a vida em perigo.
Oxalá que fora assi!

LUIS DE CAMÕES

Não tendo a sorte comigo
De viver com que desejo
A ventura que persigo
Já não traz sequer abrigo,
Por isso amada prevejo
Tempestades no sertão
Invés de tanta aridez,
Modifica a direção
E transforma a embarcação
Pois amor no amor se fez

E vencendo a tempestade
Onde a sanha desengana
Em total felicidade
Tanto bem que sempre agrade
Alma nobre e soberana
Se fazendo mais audaz
Procurando sem espinho
Um caminho feito em paz
E de tudo se é capaz
Quem jamais anda sozinho;

E nos versos que ora faço
Traço dias bem felizes
Bem diverso do que traço
Cultivando em cada abraço
O que tanto me desdizes,
Sem deslizes sigo em frente
E deveras me encontrando
Tendo quem sempre me alente
Um amor sereno e brando
Alegrias me tomando,
Coração bate contente...
Publicado em: 06/02/2010 21:40:22
Última alteração:14/03/2010 14:29:05




Não sobrar, dele sequer
Um sinal em sofrimento
Desamor gera o tormento,
Mas redime se vier
Noutra face esta mulher
Onde o sonho eu alimento
E se tanto quero atento
O desejo onde puder.
Saciada a minha fome
Neste bem que nada dome,
O delírio mais audaz,
Coração insaciável
Num cenário imaginável
Encontrando enfim a paz.
Publicado em: 23/07/2010 11:50:36


Ninguém morre por amor
Mas, se te perco, querida,
O coração sofredor,
Sepultado fica, em vida!

Meu amor, minha menina,
Por favor não vá embora,
Não desvia minha sina,
Não vou morrer antes d’hora.

Coração foi dominado
Pelo vento do querer,
Vou morrendo apaixonado,
Teu amor é meu viver...

Marcos Coutinho Loures
Marcos Loures

Mote – Se te perder, não morro mas o coração fica sepultado.

Publicado em: 15/03/2007 21:57:12
Última alteração:06/11/2008 11:25:23



Minha menina morena
Que saudade de você!
Quando o coração acena
Te procuro, mas cadê?

Passarinho então me disse
Que quando morena veio
Trazendo tanta meiguice
Sem maldade e sem receio

Meu coração disparado
Batendo tão apressado
Neste forte batucar,
Me deixando apaixonado
Todo, todo arrepiado,
Vontade de namorar...

Morena que eu amo tanto
No seu canto meu encanto
No seu riso minha paz.
Vou vivendo satisfeito
Morena dentro do peito
Tanto amor serei capaz?

Quero morrer no teu colo,
No teu cabelo me embolo
E mergulho sem querer.
Deitadinho nesse solo,
Juntinho contigo rolo,
Numa explosão de prazer!
Publicado em: 12/08/2007 06:37:43



Meu coração teimoso, eu sei que não sossega.
Embora já conheça a dor deste deserto,
Caminha sem juízo em noite escura e cega
Buscando em novo amor, um rumo tão incerto.
A dor de ser feliz, decerto ele carrega
Um peito destemido, eternamente aberto.
Há muito que tentei, porém meu grande amigo,
Somente em tempestade encontro o meu abrigo!
Publicado em: 30/11/2007 17:59:19
Última alteração:28/10/2008 12:14:03



Na minha alma, tão serena
E por vezes, mais amena
Acena a luz deste amor
Que se for por onde vou
Acabará com a dor
Que tanto tempo marcou
A vida de quem amou
Ávida vida sem gozo,
Sem gosto quase de nada
E sem sequer ter amada
Que possa me traduzir.
Que não precise pedir
Pois sei que sempre virá
Ao meu lado ficará
Nos momentos mais difíceis
Impossíveis de viver.
Que não me deixe sofrer
As esporas da saudade
E que traga claridade
E gosto de liberdade,
Vontade de viajar
Pelos raios do luar
Pelo céu, estrela e mar,
Por toda essa imensidão
Guardada, numa paixão,
Dentro do meu coração!
Publicado em: 23/10/2008 16:45:18
Última alteração:02/11/2008 21:42:59



A todos nós sonhadores
Que não cansamos de pensar
Que a vida é mais bonita
Do que, na verdade, é
Somos todos muito felizes
Pela infelicidade da vida,
Serve de tema.
E cada novo poema
Se transforma em novo
Sofrimento,
Pelo menos a gente sente
Ou não sente,
Ou inventa
Mas sente.
Remetemos em nossas penas
As penas que são apenas
Nossas ou vossas ou de todos.
Desvendamos os segredos
De nossa alma!
Quem dera!
Não nos conhecemos
Mas somos mestres dos sentidos.
Mesmo que não sentidos,
Mesmo que estranhos,
Trazemos em nossas entranhas
Nessa eterna faxina da alma.
A caneta por vassoura
Mas, ao contrário das outras
Pessoa, a gente mói e remói
O lixo dos sentimentos.
Até retirar a essência disso
Tudo e transportarmos
Para o papel.
Vivemos disso,
Da essência do lixo das nossas dores.
E das nossas alegrias também
No fundo somos loucos
Ou mentirosos,
Se bem que não há nada mais verdadeiro
Do que a poesia.
Embelezar as palavras.
Nossa lavra é profícua
Temos muitas e variadas sementes.
Mas um só coração.
O coração de poeta!
Publicado em: 02/11/2008 20:23:11
Última alteração:06/11/2008 12:12:08



CORAÇÃO BATE DEPRESSA
COM SAUDADES DO MEU BEM
QUE FICOU SÓ NA PROMESSA,
PASSA A VIDA E NUNCA VEM...
Publicado em: 22/12/2007 13:33:31
Última alteração:22/10/2008 21:05:42



Coração bate depressa
Esperando por meu bem,
A saudade me confessa
Quanto amor a gente tem...
Publicado em: 17/06/2008 22:15:00
Última alteração:20/10/2008 01:15:48



Coração bate no peito
Com saudade do meu bem,
Vou vivendo desse jeito,
Toda noite sem ninguém
Publicado em: 03/03/2008 20:11:38
Última alteração:22/10/2008 14:10:05


Coração batendo louco
Esperando esta morena.
Fique aqui mais um pouco,
Eu te imploro, tenha pena!
Publicado em: 11/11/2006 11:58:13
Última alteração:30/10/2008 10:45:46



Coração batendo pino,
Necessita regulagem,
Se em teus versos me alucino
O resto todo é bobagem...
Publicado em: 22/04/2008 21:10:04
Última alteração:21/10/2008 13:21:27



Coração bicho matreiro
Não se cansa da arapuca,
O coração de um mineiro
Bate, bate e se machuca...
Publicado em: 01/03/2008 20:23:20
Última alteração:22/10/2008 17:09:09



Minha gente, uma esperança
De um Brasil sem injustiça,
Minha luta, minha liça,
Mas a dor; deixo de herança
Para as gerações futuras.
Quando envolto em amarguras,
Me perdendo na fumaça
Coração beija a desgraça,
Tudo nesta vida passa,
Teimosia de mineiro
Percorrendo o mundo inteiro
Com os olhos no passado,
Velho peito calejado
Faz do riso o seu cajado,
Vai beijando o precipício,
Esperança sendo um vício
Bem difícil de tratar.
Colando grau na saudade,
Pelo campo e na cidade,
Bebo os raios do luar.
Caço o tempo que não veio,
Arrisco quedas, tropeço
Felicidade; mereço?
Não sei modos, sequer meio
De buscar o que sonhei.
Tantas coisas eu passei,
Fui escravo quis ser errei,
Mas errei a direção.
E por mais que isto me pese,
Não é cruz que se despreze,
Alimenta o coração.
Publicado em: 04/05/2009 14:06:38
Última alteração:17/03/2010 20:43:56


CRENÇA
Ai, é!
Perder tempo...não dá.
Estou aqui pra atiçar,
sou poeta, sou pimenta,
para o mundo balançar!

Já dizia o Lulu,
se derrubar,se derrubar?!
O juiz tem que apitar!
Os louros dos poetas,
a vida em festa,
organizando toda essa...(rima aí)

- SIMONE CONDE

Festejo cada dia
Adio a pescaria
Iria se preciso
Não tenho mais juízo
A dívida acumulo
E o tempo não disfarça
Poeta vive em farsa
E alçando o que não vê
Ainda sabe e crê
No quanto seja entanto
Mesmo que pouco ou nada...
Publicado em: 16/01/2010 12:26:01
Última alteração:14/03/2010 21:06:42



CRENDICES POPULARES...
O caipira desconfiava que sua namorada, a mulher mais gostosa da cidade, andava pulando a cerca. Certo dia ele resolveu seguí-la. Ela saiu de casa com um vestido bem leve e foi até o bosque.
O marido desconfiado ficou olhando bem de longe, pra não dar bandeira. Sua namorada andava na direção de um homem, que estava comendo manga debaixo de uma enorme mangueira.
Então ela parou debaixo da árvore com ele, começou a conversar e logo estava sem roupa. O caipira ficou furioso e foi correndo atrás deles.
- Você vai morrer! Você vai morrer! - gritava ele, desesperado.
Quando foi chegando mais perto, viu que o cara era um negão de uns 2 metros de altura e 1 de largura. O negão, que estava chupando os peitões da caipirinha, se levantou e disse:
- E quem é que vai me matar? Você, seu baixinho magrelo?
- Não senhor - disse o caipira - É que o senhor chupou manga e agora tá tomando leite. Isso aí mata, viu?
Publicado em: 13/09/2008 21:57:03
Última alteração:17/10/2008 13:28:54



Cravo brigando com rosa
Cravo brigando com rosa
Que tristeza que me dá,
A mulher se caprichosa
Coisa mais bela não há...
Publicado em: 19/01/2009 18:00:32
Última alteração:06/03/2009 07:15:20



Cravo e Rosa
Rosas vermelhas,
Centelhas,
Espelham as rosas.
Moscas voando
Moças passando
Meu cadáver espera...
Meus cravos...
A rosa. Brigamos...
Morte/amores.
Quebranto...
Publicado em: 28/09/2006 20:27:42
Última alteração:29/10/2008 12:12:46


Creio No Amor!

Se sabes como em olhos nascem mágoas
Que tramam contra o peito sofredor.
Vencido pelas tramas deste amor
Meus dias se derramam sujas águas.

Agruras de viver sem ter espaço
Em passos desmedidos sem futuro
O canto que mais temo não depuro
Em versos desafio o meu cansaço.

Medonhas tempestades se aproximam
Mas tenho teu amor como defesa
Não posso prosseguir virando presa
Das dores mais cruéis que me dominam;

És forte e soberano, amor divino,
Que nada mais me traz sem que me cobre,
E pago com moedas d’ouro ou cobre,

Amor que é tão vital e cristalino.

Amor que com amor sempre se paga,
Não cabe e nem contém desesperança.
Portanto toda noite fica mansa,
E o medo de viver já não afaga.

Elevo o pensamento a Afrodite
E peço proteção a cada dia,
Amor se revelando na alegria
Do amor, faz que no amor eu acredite!
Publicado em: 06/12/2006 22:48:36
Última alteração:28/10/2008 20:49:12



Crematório
Crematório
Meu cigarro aceso, penso e não revelo.
Atropelo meus medos.
Os dedos
As cinzas
As cinzas do cigarro.
As cinzas da noite
As cinzas esparsas.
As cinzas fumaça
As cinzas açoite.
As cinzas espalhadas.
Os ventos e as cinzas
Queimam corpo e alma!
Publicado em: 01/10/2008 17:46:34
Última alteração:02/10/2008 13:46:50



CORRUPÇÃO....
Embaixadores do Brasil, China e Estados Unidos estavam num carro que um terrorista explodiu causando a morte dos três diplomatas que, de imediato vão se encontrar com Deus.

No intervalo do julgamento, o embaixador dos Estados Unidos pergunta ao Todo Poderoso.

- em quanto tempo, ó Todo Poderoso, a corrupção será vencida, nos Estados Unidos?

- em duzentos e cinqüenta anos – respondeu o Senhor. O americano, então, começou a chorar.

Aproveitando o embalo, o chinês fez a mesma pergunta a Deus, que respondeu:

- para vencer a corrupção na China serão necessários quinhentos anos!

Diante daquela resposta, o embaixador chinês, dá um tiro no ouvido.

Quando o brasileiro perguntou...

Aí foi a vez de Deus chorar...


MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 08/04/2008 15:17:09
Última alteração:21/10/2008 18:12:46



Vou contar da liberdade
De buscar quem mais queria
Caminhando na cidade
Fui em busca de Maria,
Meu amor, bateu saudade
De quem mais amor pedia,
Nesse sonho que sonhei,
A tristeza não deixei.

Na procura de outra sorte
Encontrei nova mulher,
Moça bela, loura e forte,
Do jeito que a gente quer,
Mas amor recebeu corte,
Eu perdi a minha Ester,
Toda a sorte que busquei
E a tristeza eu não deixei...

Passa boi, passa boiada,
Na porteira deste peito,
A minha alma magoada
Vai perdendo o seu direito
No final não resta nada,
Vou ficando insatisfeito,
Meu amor eu magoei
E a tristeza eu não deixei...

Fogo que queimou de tarde
De noitinha incendiou,
Essa saudade inda me arde,
Desse bem que me deixou.
Vou embora sem alarde,
Carregando o que sobrou.
Nesse fogo me queimei
E a tristeza eu não deixei.

Se quiser ser minha amiga,
Venha aqui, ó companheira,
Minha casa já te abriga,
Minha chance derradeira,
Te garanto nós não briga
Quero paz da verdadeira,
Na mulher que eu abriguei
A tristeza já deixei...
Publicado em: 26/05/2007 19:27:16
Última alteração:30/10/2008 16:24:45



Corja que não se cansa
O lobo quer cordeiro
Na surdina matança
Grassando o tempo inteiro
Reféns desta gentalha
Entregues por milhões
Servindo pra canalha
Somos as refeições
Ossos na sobremesa?


Publicado em: 30/07/2008 13:29:35
Última alteração:06/10/2008 22:01:07


Coroa de mini-saia é vitrine de varizes.
48

Mote

Coroa de mini-saia é vitrine de varizes.

Minha senhora, não caia,
Nos erros das aprendizes,
Coroa de mini-saia,
É vitrine de varizes...

Marcos Coutinho Loures.

Desfilando pelas ruas,
A coroa nem despista
Ao deixar as pernas nuas,
Faz feliz o angiologista..
Publicado em: 20/11/2008 10:02:48
Última alteração:06/03/2009 18:48:35



COROA DE SONETOS - AMOR E AMIZADE

Após as dores tantas que passei,
Os medos que invadiram minha vida,
Agora que, feliz, eu te encontrei,
Do labirinto, encontro uma saída,

No mar de tanto amor, eu mergulhei
Deixando a dor distante e já vencida.
Entôo uma esperança, ser teu rei
Vertendo esta emoção tão desmedida.

Eu quero que tu saibas deste encanto
Da noite constelada em claro manto
Na transfusão de estrelas pro meu quarto.

As luzes entornando maravilhas,
Do quanto te desejo e não me farto,
Percorro as mansas tramas, nossas trilhas.

2


Percorro as mansas tramas, nossas trilhas,
E vejo quanto é duro ser feliz.
As horas inconstantes andarilhas
Nem sempre são do jeito que assim quis.

Tristezas invadindo quais matilhas
Cortantes ilusões, vou por um triz.
Nos mares de meus sonhos, poucas ilhas,
As lágrimas fazendo um chafariz.

Meu peito empoeirado de saudade,
Os cortes latejando, frias chagas,
Enquanto tu me negas, não afagas,

Apago as luzes todas na janela.
Saudade que é do amor uma seqüela,
Negando com vigor, a claridade.

3


Negando com vigor a claridade,
O céu de minha vida é nebuloso.
Não tendo no horizonte, a liberdade,
O tempo se mostrando caprichoso.

Retumba a tão dorida tempestade,
O quanto que não tenho, mata o gozo,
Vencido tão somente por saudade,
O medo se tornando desairoso.

Chegando pouco a pouco em noite fria,
A nuvem de falenas quer o lume
Apenas encontrando alma vazia

Não deixam mais sequer algum perfume.
E quase no final da noite imensa,
A vida não promete recompensa....


4


A vida não promete recompensa
A quem se fez aquém do que pensara
Palavra terebrante, dura e tensa
Sorriso se tornando coisa rara,

A mão que me acarinha desampara,
Amor vai se tornando quase ofensa,
Distante deste bem que procurara,
Saudade destruindo, dor imensa.

Lateja no meu peito a tua ausência
Meu rio já não sabe confluência
Meu karma é dolorida sina e fado.

Durante a madrugada, o vento frio,
Aumenta a sensação deste vazio
A minha noite vira um triste enfado.

5

A minha noite vira um triste enfado,
O que pensei ser meu não me pertence.
Olhando para as sombras do passado
Amor já não me toca e nem convence.

O coração se enfurna, amargurado,
A solidão inútil já me vence,
Saudade vem chegando pro meu lado,
Amor um espetáculo circense

Fazendo de palhaço quem amou,
O jeito é me entregar completamente,
Contando cada caco que restou.

A vida se transforma tolamente,
E mata em nascedouro uma esperança
Apenas solidão, cruel me alcança.


6


Apenas solidão cruel me alcança,
Mas vejo depois disso, a claridade
Da noite que aparece em nova dança
Trazendo para a vida, a novidade.

A paz me dominando, agora trança
Os planos mais felizes da amizade,
Janela que entreabri em noite mansa,
Aguarda finalmente a liberdade.

Meus olhos vão em busca dos olhares
De quem por tantas vezes veio aqui,
Estando junto a mim em outros bares

Caçando algum motivo pra viver,
Meu mundo se aproxima então de ti,
Amiga, vislumbrando o teu poder.

7



Amiga, vislumbrando o teu poder,
Eu deixo o vento manso me tocar,
Entregue tão somente ao bel prazer
Enfrento as tempestades, devagar.

O quanto que já tive em meu viver,
Secando na verdade todo o mar,
Agora nos cascalhos recolher
Beleza tão difícil de encontrar.

No toque mais suave de teu braço,
Nas mãos que me apoiando são tão ternas,
As horas com certeza vão eternas

Contigo caminhando passo a passo,
Eu sinto que afinal chegou a paz,
Na brisa que amizade agora traz.


8


Na brisa que amizade agora traz
Eu sinto em meus cabelos, teu afago,
Na placidez divina deste lago,
Resumo o quanto a vida é bem capaz.

O bem que me entregaste satisfaz
Bebendo mansamente cada trago
Cicatrizando enfim, do amor o estrago
Meu passo com certeza mais audaz.

A calmaria feita em rara festa
A luz vai penetrando pela fresta
E inunda todo o quarto, teu luar.

Percebo que talvez inda reste
A cura para a triste e fria peste,
Posso agora, enfim, recomeçar.


9


Posso agora, enfim, recomeçar
Depois de tanto tempo sem destino,
Alçando um canto livre vou ao mar
E sigo sem tempesta ou desatino.

O riso se fez festa, e qual menino
Sentindo uma esperança a renovar,
Ouvindo o gargalhar, dor extermino
E canto a liberdade de voar.

Amiga sê sincera, pois comigo,
Não tendo mais temor de desabrigo
Eu posso, finalmente renascer.

E tento qual noctâmbulo vadio,
Rever depois de tudo um bom estio
Transido pelo gozo do prazer.

10

Transido pelo gozo do prazer,
Espero o bem da vida novamente,
O quanto que perdi, tão de repente,
Só resta sem temores, esquecer.

Percebo a maravilha de viver
Tocando com carinho a minha mente.
Não quero ser de novo um penitente
Já tendo em minha vida um bem querer.

Amiga me permita estar desperto,
Contigo o tempo inteiro aqui por perto
Sou forte e destemido, abri meu peito.

O fardo que levava em minhas costas,
Na força da amizade, tais respostas
Deixando o meu cantar mais satisfeito...

11


Deixando o meu cantar mais satisfeito,
Enfrento qualquer dor que se aproxime,
Amar não se assemelha mais a um crime,
Descanso calmamente no meu leito.

Agora que encontrei um mar perfeito
Já tendo quem me queira e que me estime
Jogando lado a lado no meu time
Felicidade enfim, é meu direito.

Tornados que enfrentara no passado,
O vento vem assim apaziguado
E a vida se promete em gozo e glória

Recebo o teu olhar, felicidade,
Sabendo do poder de uma amizade,
Eu mudo totalmente a minha história.

12

Eu mudo totalmente a minha história
E caço todo rastro benfazejo.
A dor já não habita esta memória
Agora ser feliz é o que eu almejo

Não quero mais a lua merencória
Tocado pelo vento do desejo,
Encontro em teu abraço minha glória
Futuro bem suave, enfim prevejo.

Quem teve esta amizade como norte
Cicatrizando em paz um fundo corte,
Já segue o mundo feito em esperança.

O canto que me trazes; cara amiga,
Permite imaginar que assim prossiga,
Certeza de viver divina dança.

13

Certeza de viver divina dança
Depois de ter sangrado tolamente,
A vida renascendo com pujança
O bem invade agora a minha mente.

Não quero teu carinho simplesmente,
Uma alegria intensa que me alcança
Permite vislumbrar completamente
Em nosso caso, a força da aliança

Olhando calmamente para ti,
Encontro todo o bem que eu persegui,
E nisso, uma alegria já desperta.

Quem sabe se podemos caminhar
Tocado pelo encanto de encontrar
A porta da ilusão, pra sempre aberta.

14

A porta da ilusão pra sempre aberta
Deixando a claridade penetrar,
O coração vazio já desperta
E pede nova chance de sonhar.

De tudo o que vivi, agora alerta
Minha alma se deixando navegar,
Fazendo de teu corpo uma coberta
Realça esta vontade de ficar

Ao lado de quem quero tanto bem,
E sei que me deseja assim também,
Sabendo do que triste caminhei

Por isso minha amiga, vem comigo
Eu quero o teu amor, bem mais que amigo
Após as dores tantas que passei.
Publicado em: 19/01/2008 18:47:56
Última alteração:22/10/2008 16:43:17


COROA DE SONETOS - AMOR INSANO

1

Somando o que nós somos, saberemos
Levar os nossos barcos mar a fora,
De todos os momentos que vivemos
A vida é bem melhor, decerto agora,

Nos braços de quem sempre nós queremos
Prazeres e desejos sem ter hora
Em todos os lugares que estivemos
O tempo de sonhar não se demora.

Bebendo da alegria de viver
Vagamos noite afora com prazer
De sermos o que somos dois amantes.

Extremas sensações que desfrutamos
Do quanto somos unos quando amamos
Bem mais do que pensamos sermos antes.

2

Bem mais do que pensamos sermos antes
Vencendo qualquer forma de tormenta,
As tramas que traçamos mais brilhantes
Amor que feito amor, amor aumenta.

Enquanto desfrutamos, dois bacantes
De todo este prazer que me alimenta
Vivemos tais momentos deslumbrantes,
Paixão que sem limites, arrebenta!

Sou frágil enquanto presa e teu cativo,
Nas ondas deste sonho eu sobrevivo;
Viola sertaneja enamorada

Tocando ao fim da noite em serenata,
Na glória de saber ser insensata
A vida nos teus braços, bem amada...


3


A vida nos teus braços, bem amada,
Transcorre com total felicidade.
Sentindo da alegria, a baforada
Percebo esta fantástica deidade

A mão de quem se mostra abençoada
Roçando a minha pele. Na verdade
Encontro a sorte grande tão buscada
No amor que me traduz eternidade.

Deixando para trás as aparências
Na vida que encontramos transparências
Em atos e palavras mais gentis.

Percorro tão suave o meu caminho
Tocando o corpo teu; brando carinho
Certeza de que sou, enfim feliz.


4

Certeza de que sou, enfim feliz,
Quarando nossas roupas no varal,
O bem deste querer pra sempre diz
Do vento que nos toca sem igual.

Cansado de viver só por um triz
Em toda madrugada, um vendaval,
Agora que encontrei o que mais quis
Tempero a minha vida com teu sal.

Amar a quem nos ama de verdade,
Sem medo de enfrentar a tempestade
Que a vida nos prepara de tocaia,

Garante o riso franco e benfazejo
Que é tudo o mais quero e mais desejo.
Meu mar já se entregando em mansa praia.

5

Meu mar já se entregando em mansa praia
Enfrenta tais procelas no caminho.
Não deixa que esperança, um dia traia
Matando o coração em desalinho.

O vento levantando a tua saia
Beleza tão sublime que adivinho
Desejo em teus prazeres já se espraia
E sorvo cada gota de teu vinho.

Teu corpo serpenteia em minha cama,
Divina transparência sensual,
No riso, um paraíso sem igual

Acende o fogaréu, intensa chama.
Meu mar ao vislumbrar tão belo cais,
Selando o nosso amor, quer sempre mais.

6

Selando o nosso amor, quer sempre mais
O temo de viver que seja eterno;
Renasce a primavera em pleno inverno
Desejos e carinhos ideais.

À noite prometidos festivais
Encantos deste sonho louco e terno.
A vida sem te ter, virando inferno.
Ao teu lado divinas catedrais.

Um simples passageiro da esperança
Imagens refletidas nos teus olhos,
Recolhe a flórea luz em tantos molhos

E o tempo em calmaria já se avança.
Compartilhas meus dias, sigo leve,
Um riso nos meus lábios já se atreve.


7

Um riso nos meus lábios já se atreve
Ferindo com mordidas mais suaves.
Eu peço que este sonho se releve
E deixe penetrar teu corpo, as naves

Embora não conhece frio ou neve
As mãos que se rabiscam quebram traves,
O quanto não se pode ou não se deve
São meros cativeiros, nossas aves.

Esdrúxulos desejos misturados,
Partidas e partilhas, idas, voltas.
Do sermos e queremos; as escoltas

Não deixam mais os gozos extremados.
Os espinhos esparsos valem flores,
Teus olhos se espalhando, sedutores.


8

Teus olhos se espalhando, sedutores
Tomando toda a nossa plantação.
Louvando vencedores, perdedores
Espiam de soslaio esta amplidão.

Roçado que fecunda o duro chão
Arando dia-a-dia entre fulgores
Espreitam aprendendo uma lição
Fagulhas ateando meus amores.

Nas farpas que trocamos vez em quando
Nas trocas de carinhos, bofetões,
Eu sigo, na verdade te buscando

Em meio a pedras frias, trevas, luzes.
Prazeres desfilando aos borbotões,
Enquanto tu falseias e reluzes.


9


Enquanto tu falseias e reluzes
Um falso diamante mavioso.
Os erros que cometo e reproduzes
Premissas dum cardápio belicoso.

Às vezes nos carinhos os obuses,
Um jeito de prazer mais caprichoso,
O quanto tanto queres ou recuses
Ferrenho borbulhar doce e jocoso.

A carga divida que tramamos
Peçonhas entranhadas quando falo,
Bebendo este caminho no gargalo

Vazios infinitos nós somamos
E vemos bem mais perto a solução
Amor que seca o vinho e louva o pão.

10


Amor que seca o vinha e louva o pão
Caçando o caçador, faz arruaça
No jogo é permitida uma trapaça
Causando uma cruel revolução.

Ferido pelo riso qual arpão
Na cicatriz insana, amor nos caça
E a vida deste jeito, mansa passa
Alcança depois disso, o sim e o não.

Nas cinzas espalhadas pela casa,
Certeza do desejo feito em brasa
Queimando totalmente, um fogaréu.

Disfarces são usados todo dia,
O bem que tanto eu quero não queria
Acende o mundo inteiro e chega ao céu.

11


Acende o mundo inteiro e chega ao céu
Pintando este horizonte em mil balões,
Abrindo quaisquer ruas ou portões
Lacrando o que devia ser cruel.

Vivendo cada qual o seu papel
Nós somos os heróis, somos vilões
Mentimos ironias dois bufões,
Porém ao bem de sermos sigo réu.

Cedendo vez em quando, outras nem tanto
Gargalho quando secas o meu pranto
E vago sem perguntas, noites, dias.

Nas mãos que me torturam, mil carícias,
Entranho no teu corpo tais sevícias,
Produtos da delícia em fantasias.


12


Produtos da delícia em fantasias
Nós somos o que somos nada mais.
O nada que me deste e dividias
Não deixa outra saída e quebro o cais.

A rota deste sonho em duas vias
Invade os ritos loucos, bacanais
No vício que tempera estas orgias,
Satânicas vontades sensuais.

Joguetes de nós mesmos, pau e pedra,
Quem vive tal amor, eu sei, não medra
Emplastos de nós mesmos, bem colados.

Nos rastros que deixamos no caminho,
Somamos, dividimos pão e vinho
Os beijos mais gostosos, os roubados...

13


Os beijos mais gostosos, os roubados
Durante as brigas tolas, convulsões...
Sentidos e desejos delicados
Em nossa cama viram explosões...

Entendo teus reclames e recados
E sinto as maravilhas dos vulcões
Dos gozos sem limites desfrutados
Dos corpos que entre corpos, intrujões.

Farpas não machucam, com certeza,
Disputas e sarcasmos, ironias.
Concretos os orgasmos repetidos.

Audácias tão volúveis, sobremesa,
Nas tramas, camas, chamas, alquimias
Torturas e prazeres divididos.



14


Torturas e prazeres divididos
Em formas tão diversas luz e treva.
Tesouros e cangalhas repartidos
No fogo que nos toca, sempre neva.

Irônicos os risos desabridos
Da dor e da tortura, santa ceva,
Embora em disparates, mais unidos
Dois corpos vão seguindo a mesma leva.

O que fazer do amor que é feito assim,
Na negação do brilho, a claridade,
Seguindo nosso passo até o fim,

Do nada que encontramos tudo temos,
Se o amor que nos encanta é de verdade,
Somando o que nós somos, saberemos
Publicado em: 19/01/2008 10:17:17
Última alteração:09/10/2008 17:08:29



COROA DE SONETOS - EMOÇÕES

Quem sabe esta amizade me diria
Das horas que decerto não sabiam
Olhares de quem ama e não confia,
Distâncias gigantescas já traziam,

Na pérfida ilusão que parecia
Que nunca, novamente raiariam,
Mas nasce em luz mais branda um novo dia,
Olhos entristecidos desconfiam
Do quanto o meu desejo te queria.

Esperança que se mostra benfazeja
A quem perfeito encanto assim deseja
E luta sem cansaço pela glória

Sem medo de algum corte e da navalha
E em destemor enfrenta uma batalha
Trazendo com certeza, uma vitória.

2

Trazendo, com certeza uma vitória
Depondo a solidão, temível fera,
A força da amizade se tempera
Deixando uma tristeza merencória.

Não quero ser na vida qual escória
Bebendo a flor divina em primavera,
Nos olhos de quem quero; nova espera
Mudando todo o rumo desta história.

Olhando este horizonte que é comum
A quem sabe que só; segue nenhum,
Eu vejo o brilho raro de uma estrela

Que trama o claro rastro da esperança,
Quem tem um companheiro cedo alcança
Estrada mais suave, e mesmo bela.


3


Estrada mais suave e mesmo bela
Depois de cada curva do caminho
Vontade de seguir e não retê-la,
Mas temo prosseguir em vão, sozinho.

A mão que maltratada já revela
A dor de não ter sonhos ou carinho
Destino cavalgando, trama a sela
E sela o grande amor onde me aninho.

Mergulho o quase fui no nada tenho
E somo estes vazios, chego a ti.
Apenas os segredos que retenho

Ainda vão mostrando que perdi
Meu rumo nos teus braços, lua amarga,
Minha alma nada fala, a voz se embarga..

4

A vida tantas vezes, dura carga,
Pesando nos meus braços doloridos,
Palavra se tornando mais amarga
Amores nos caminhos esquecidos.

Se olhar sendo distante a vida embarga
Os erros são somados, divididos
A solidão chegando sempre amarga
O doce de outros dias já perdidos.

Não parto sem teus olhos, meu amor,
Nem mesmo vou seguir os rastros teus,
Espero tão somente o mesmo adeus

Reflexo da cruel desilusão
Aos poucos me sentindo decompor,
Esqueço no caminho, o coração.


5

Esqueço no caminho, o coração
E sigo pareado com saudades,
Nas farpas que me dás; a decepção
De quem um dia alçou eternidades.

Repetes, na verdade o mesmo não
Do que jamais pensei, felicidades.
Meu verso prosseguindo segue em vão
Vagando por estrelas e cidades.

Vivendo tão somente o mesmo quase,
Espúrias as palavras que disseste.
Não tendo em minha lua qualquer fase

Seguindo a solidão, bebo este gole
E traço o meu caminho rumo à peste
Sem ter sequer um riso que console.


6



Sem ter sequer um riso que console
Espreito de tocaia uma alegria.
A sombra do que fomos já me engole
Negando qualquer carta de alforria.

A pedra resistindo a uma água mole
Expressa o quanto quis e não podia.
Que a sorte amadureça e enfim decole
Pedra filosofal, nossa alquimia.

Martírios e caninas resistências
Tramando as mais temíveis penitências
Deixando tão somente o medo insano.

O quanto de esperança que inda resta
Abrindo o coração expondo em fresta
A sombra de um terrível desengano.

7


A sombra de um terrível desengano
Vagando pela casa, tão funesta,
Esconde na verdade antigo plano
Deixando ao coração a dor que resta.

Gargalha este sorriso desumano
E mostra a dura face pela fresta
Bem antes que se abaixe último pano
Final indesejável se detesta.

Miasmas flutuando no cenário
O riso se tornando temerário,
Ausência do que fomos vaga à solta.

Amor que se fez morte e desespero
Em minha cama verte este tempero
Mistura de terror e de revolta.

8


Mistura de terror e de revolta
O sentimento fez a sua entrada
Não tendo mais amor em sua escolta
Vagando bebe lumes, madrugada.

A mão que te acarinha inda se solta
Mergulha no vazio, perde a estrada
O quanto nada tive sempre volta
E morre toda noite em gargalhada.

Apenas garatujas tracejando
Nos últimos cadernos da existência.
Não tenho mais sequer a resistência

Que possa permitir um novo quando.
Porém de amar demais, quero o castigo
Sabendo destruir qualquer abrigo.

9

Sabendo destruir qualquer abrigo
Encaminhei meus sonhos e perdi.
Lavoura dos meus dias seca o trigo
E o vento que me embala eu sinto aqui.

Por vezes caminhar, já não consigo
E tento vasculhar o que vivi.
Andores que quebrei vento e perigo
Invento o que desejo e sei de ti.

Mas nada do que entranho vale à pena
Apenas os resíduos dos escombros
A faca penetrando entre meus ombros

Mudando no final a mesma cena.
Fagulhas incendeiam cada peça,
No coração saudade inda tropeça.

10

No coração saudade inda tropeça
Fazendo uma arruaça sem tamanho.
Temor de se perder pregando a peça
Embora o nosso jogo esteja ganho.

Cabelo que embaralha quando assanho
Pecado que se fez não se confessa.
Fugindo totalmente do rebanho
Quem sabe não tem medo nem se estressa.

Premissas do que vem encontro agora,
Promessas esquecidas na varanda
Amor já recomeça outra ciranda

E o quanto não mais tive já demora.
Na embriaguez dileta deste jogo
O prato dos desejos eu refogo.


11


O prato dos desejos eu refogo
E como pedacinhos de prazer
Mergulho sem limites no teu jogo
E faço desta entrega o meu viver.

Sabendo que virás de tarde, eu logo
Esquento este edredom e passo a crer
No estio que tu trazes com teu fogo
Querências renovando o bem querer.

Esgarço minhas dores, vou liberto,
De ti quero ficar sempre mais perto
Apertos que passei, simples passado.

Jorrando as alegrias noite imensa,
Bendigo a nossa rara recompensa
Voltando a me sentir um felizardo.

12

Voltando a me sentir um felizardo
Eu toco a sinfonia dos amantes.
Depois de me cortar, espinho e cardo
Teus lábios são vitais cicatrizantes.

Um canto que se ecoa pede um bardo
O brado que se mostra por instantes,
Não deixa que pareça nenhum fardo
O amor que nos tornou mais radiantes.

Refúgio das antigas esperanças,
Amável criatura senda clara,
A mão que me acarinha e que me ampara

Furtando de Saturno as alianças
Faz cedo o que depressa revigora
Trazendo esta alegria desde agora.

13


Trazendo esta alegria desde agora,
Amiga fez a festa do seu jeito.
O verso que decerto se enamora
Transita mansamente no meu peito.

Eu quero estar contigo e sem demora
Sentir as badaladas, satisfeito
Quem sabe com certeza não demora
Vem logo que este jogo foi aceito.

Na fonte da amizade inesgotável
A vida passa a ser bem mais potável
Formando esta esperança movediça.

O fogo que me queima mais me atiça
Se tem o tempo inteiro do seu lado.
No encanto da amizade extasiado.


14

No encanto da amizade, extasiado,
Prossigo par a par pura emoção
Entenda, por favor este recado
Que chega a maltratar meu coração.

Carrego junto a mim este legado
Solfejo com ternura uma canção
Que mostre este destino bem traçado
Nas penas delicadas da ilusão.

Verões que não verás de forma alguma
Dos mares que se entornam numa espuma
O canto derradeiro em poesia.

Do que jamais pensei que conhecera
Respostas que negara a besta fera
Quem sabe esta amizade me diria
Publicado em: 17/01/2008 19:43:07
Última alteração:09/10/2008 17:17:18



Corpo Inquieto


Meu corpo
se inquieta
ante
o vazio ...

Vazio
que tu
deixaste,
sem dizer
o motivo ...

ivana


Meu corpo te procura a noite inteira,
Rolando sobre a cama, inquietude.
Desejo me consome, a noite passa
Sem nada que console tua ausência.
Abraço o travesseiro cheiro a fronha,
Acaricio a tua camisola
Qual fora tatuagem que deixaste
Guardando ainda aqui o teu perfume.
Mas nada. Não estás, resta o vazio
E nele a fantasia me tortura.
Às raias da loucura, vou a esmo
Beijando tua sombra, eu imagino.
A leve transparência se esfumaça.
Acordo e só encontro a solidão...

ML
Publicado em: 23/02/2008 21:39:25
Última alteração:22/10/2008 17:29:13


Corpo Inquieto


O meu corpo te procura,
Cura acura o meu olhar,
Mas nada na noite escura
Nada o rio, enfrenta o mar.




Publicado em: 03/03/2008 20:15:33
Última alteração:22/10/2008 14:11:20



Corpos em brasa,
Corpos em brasa,
desejos reais
amor infinito,
encontro ...

Tempo em cumplicidade ...
(ivana)

Vasculho
Teu corpo
Encontro
Divindades
Ambrosias
Néctares...
Altares,
Catedrais,
Beijos
Sensuais
Mergulhos indiscretos...
Navego entre ondas
Marés e marulhos.
Cúmplices
No mesmo tom...
Publicado em: 06/03/2008 19:50:05
Última alteração:22/10/2008 15:26:47

Corra bastante. Ali na frente é o cemitério
131

Corra bastante. Ali na frente é o cemitério

Você me causa espanto,
Sua pressa é um caso sério,
Por que você corre tanto
Se, na frente é o cemitério?


Marcos Coutinho Loures

Toma cuidado, sem pressa,
Meu amigo, meu irmão,
Se seguir assim, depressa,
Faz favor ao Ricardão...
Publicado em: 21/11/2008 12:18:08
Última alteração:06/03/2009 17:01:45

CORRA QUE AS IGREJAS VÊM AÍ...
Esta campanha política está cada vez mais aumentando a minha convicção como cristão de que quanto mais perto das Igrejas, mais longe se está de Cristo.
A começar pela Igreja Católica que após ter se vendido vergonhosamente a Constantino nos seus primórdios, conseguira até a chegada ao papado do traumatizado e espúrio João Paulo segundo, foi novamente vendida ao neo-conservadorismo estúpido e voraz, gerando e fortalecendo uma nova face desta idólatra e politeísta igreja: a neopetencostal
“renovação??? Carismática. Calando a boca das áreas pensantes e cristãs de uma Igreja com uma visão verdadeiramente humanista, como Leonardo Boff, Dom Helder Câmara, dom Paulo Evaristo Arns e dando voz aos imbecis e servis seres vis desenhando uma nova etapa da Santa Inquisição; obviamente menos agressiva fisicamente, mas psicologicamente comparável ao velho modo de tortura.
Esta “nova” e arcaica Igreja ligada à Opus Dei, e à ultra-direita explora a imagem de um homem de bem, Jesus Cristo que preconizava a igualdade entre os seres para o proveitoso e enriquecedor no sentido literal caminho dos milagres da multiplicação de dízimos, dizimando o cérebro dos seus fiéis.
Aliando-se na conduta às fantásticas Igreja da Graça, Universal do Reino de Deus?, Deus é Amor, entre outras menos votadas, normalmente denominadas de “RENOVADAS”. Interessante coincidência.
Além desta neo velha arcaica e vendida sacrílega, temos as “protestantes” que como fossem donas da verdade se transformam cada vez mais em fundamentalistas. Propagando muitas vezes o ódio entre os “irmãos” e proibindo o pensamento.
Cristo NÃO SE POSICIONOU SOBRE O HOMOSSEXUALISMO, por exemplo, sendo a opinião judaica e a de Paulo de Tarso as que predominam nas Igrejas.
A agenda sobre o aborto é HIPÓCRITA E DESCRIMINATÓRIA, calando a boca quando se trata da burguesinha e partindo para a agressão gerando o risco de vida na pobre infeliz.
Aliás, filha de burguês quando era vadia ia para os conventos, hoje é excêntrica ou indisciplinada, a do proletariado ia pra Zona e hoje ou é piriguete ou puta mesmo.
O mundo gira e não sai do lugar.
E quando se tenta modificá-lo ou melhorar um pouco a qualidade de vida dos infelizes do submundo e do esgoto, as aves rapineiras ousando em falar em nome de um Cristo que condenaram à morte voltam com toda a fúria.
E assim sem sair do lugar, caminha a podre humanidade.
Publicado em: 10/10/2010 10:15:38



Correndo atrás do sonho, eu me estrepei
E antes que meu circo pegue fogo
E vou baixar a lona e cair fora
O espetáculo é fraco não aflora
No picadeiro eu quase me afogo.

A cena sempre o velho monologo.
Quem dera ver meu canto mundo afora,
O meu corcel perdeu-se da espora
Calou-se o velho galo, está com gogo.

E antes que o espetáculo pare
Caneta e papel pra que eu me ampare
No verso, pois o sonho quer o inverso,

E não deixa a poesia decolar.
Jogado ao mundo fera, me entregar.
A morte talvez seja meu sucesso.

Josérobertopalácio

Correndo atrás do sonho, eu me estrepei
E tudo foi por culpa desta ingrata
Enquanto a poesia desbarata
O crime pelo qual eu já paguei.

A morte do poeta faz sucesso,
Porém da poesia ninguém vive,
Falando dos lugares onde estive
Não tive com certeza algum progresso,

Confesso e reconfesso se preciso
Que tudo o que mais quero não consigo,
Por isso é que te falo meu amigo
É sempre necessário ter juízo

Não deixe pra depois, melhor agora,
Senão a fantasia vai embora...
Publicado em: 30/12/2009 18:25:28
Última alteração:15/03/2010 19:55:56


CORRIDA MALUCA




O velho Fiat 147 ia pela Rodovia dos Imigrantes, não ultrapassando os 50 km por hora sendo ultrapassado até pelos passarinhos.

De repente, o carro começa a falhar e pára na pista. Outro carro, uma Ferrari que vinha na direção contrária, também pára e vai prestar socorro ao carro enguiçado.

- Se vocês quiserem eu reboco o FIAT até uma oficina. Falou o dono da Ferrari.

- queremos sim, mas não pode ultrapassar 50 km por hora senão ele desmancha.

O dono da Ferrari propõe, então, que todas as vezes que ele ultrapassar os 50 km/h o dono do Fiat daria uma piscadela de farol e ele diminuiria a velocidade.

Dito e feito. Lá foram os dois pela rodovia até que, por eles passou uma Mercedes e começou a zombar do motorista da Ferrari

Assim instigado, o motorista aperta o pé e passa logo dos 100 km/h. o motorista do Fiat se assusta e começa a piscar o farol, desesperadamente.

O dono da Mercedes aperta mais o pé e chega aos 150 Km/h e o da Ferrari acompanha.

Aí, surge um Guarda Rodoviário que, ligando para o Posto de Polícia, situado mais à frente, anuncia:

- Colega, a mais de 150 km/h, passou uma Mercedes, apostando corrida com uma Ferrari que segue logo atrás.

O mais incrível é que, piscando o farol, como louco, querendo cortar a Ferrari a qualquer custo, vai um Fiat 147, soltando fumaça por todos os lados.

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 08/04/2008 08:23:53
Última alteração:21/10/2008 18:11:47



Corcel indomável
Indomável corcel por onde andaste?
Nas estrelas, nos céus, em plena lua?
Espaços siderais te procurei...
Vagando por sidéria tempestade...
Envolto em impossíveis pensamentos,
Nas trevas, sendo luz e claridade?
Trilhando improváveis sofrimentos,
Mansamente, obedeço tua lei.
Nas minhas fantasias, bela e nua;
Provinda dos espaços que criaste.

Indomável corcel estou sozinho,
As fontes dos desejos se secaram?
Olhando para os astros não te vejo...
Decerto tantas vezes te escondeste
Por entre belas nuvens, disfarçado...
Amor tão delirante é inconteste
Percorre por milênios, disfarçado.
A vida sempre traz um novo teste,
Nas festas, nas orgias do desejo.
Quando destino e tempo se encontraram,
Um corcel indomável volta ao ninho...
Publicado em: 11/11/2006 12:53:05
Última alteração:29/10/2008 12:02:53

CORAÇÃO
Um sujeito sonhador
Procurando pela luz
Que se emana deste amor
Num instante se conduz
Pelo brilho encantador
Deste mar aonde eu pus
A mais nobre caravela,
Coração todinho dela..
Publicado em: 04/11/2007 22:57:54
Última alteração:28/10/2008 13:20:52



CORAÇÃO


O meu verso é pequenino
E vem lá do interior
Coração feito menino
Procurando o meu amor...
Publicado em: 02/03/2008 18:01:46



CORAÇÃO
É uma Noite
escura
e sombria,
sem tu aqui ...
(ivi)

Quero me prender nestes teus braços
Sem chances, meu amor, nem de escapar.
Cansado de buscar noutros regaços
O que, somente em ti pude encontrar.

Ns praças, nas vielas, sigo os passos
Daquela que sonhei e pude achar
Vencido pelo gosto dos abraços
Menina, como é bom poder te amar!

Amor jamais se aprende numa escola,
E quando mais antigo, melhor vinho.
Amada me prendeu numa gaiola

A chave ela escondeu no coração,
Por isso nunca mais irei sozinho,
Quero me libertar nesta prisão...
Publicado em: 02/04/2008 20:38:20
Última alteração:21/10/2008 16:54:51



CORAÇÃO
Um moleque bem traquinas
Este Cupido danado,
Olha as saias das meninas,
Vira vento e faz soprado.

Moça bonita, fascina,
E depois mirando a meta,
Bota fogo em cada esquina
Atingindo com a seta.

Eta moleque arretado,
Faz chover lá no sertão,
Alimentando o roçado
Na lavoura: coração.

Publicado em: 05/04/2008 13:55:59
Última alteração:21/10/2008 17:04:42



CORAÇÃO

Cora
Coragem
Coração
Sabe
Quanto
É pura
Esta emoção
Que assola
Sem ter pena,
E me domina
Sem dó
Minando
As resistências
Cadência
Em batimento?
Nunca mais.
No amor
Que a gente
Quer
E a gente faz
Agente da loucura
Cessa a paz...

Publicado em: 22/04/2008 21:27:18
Última alteração:21/10/2008 13:21:49


CORAÇÃO


Terá meu amor.
Terá meu carinho.
Irá aos meus braços brilhar.
Nunca ficarás sozinho.
Diz apenas que me quer.
E pousa no meu ninho...

GELIS

Pousa
Coração
Pausa
Quero não
Causa
Comoção.
Ninhos
Vinhos
Dias
Gris
Méis
Atriz
Atroz
Após
Átrios
Férteis
Frágeis
Frações.
Facões.
Falcões
Refrão
Reféns
Sem freios
Vens.
Capota
Aporta
O porto.
Ancoras,
Coras
Coragem
Coração...

Publicado em: 13/05/2008 19:29:47
Última alteração:21/10/2008 14:36:18


CORAÇÃO


Coração em disparada
Quando ouvi a tua voz,
Lua cheia prateada
Vai brilhando para nós...
Publicado em: 28/08/2008 16:29:25
Última alteração:17/10/2008 14:24:32



CORAÇÃO
Nos braços deste sol
Que brilha no horizonte
Procura um girassol
Deslinda-se no monte,

Na fonte do prazer
Que tanto o sol pediu,
Sabendo que viver
Em raios repartiu.

Nas águas que me beijam
Escorrem pelo rio
Amores se desejam
Em lágrimas, rocio.

Eu tenho certa crença
Que amor não deixará,
Quem sabe te convença
De novo enluará?

Meu coração estampo
Na rede, sede e frio,
Das estrelas me tampo
Prefiro ter teu cio...
Publicado em: 18/09/2008 15:55:52
Última alteração:03/10/2008 13:53:59



CORAÇÃO
Concretos
Edifícios.
Prédios
Tédios
Remendos
De minha alma.
O coração sertanejo
Sem eira nem beira
Olhando dos beirais
Aguarda o salto.
Terra molhada,
Terra acossada,
Alças e asas,
Alamedas
Armários
Embutidos.
Botas
Bosta
De vaca...
Urina.
Leite
Leito
Lento...
Passa o tempo
Passatempo
Contratempo
Em cimento armado.
Sem armas
Sem alma
Sem lama,
Cenário
Torpe
E tolo.
A mão que fez o bolo
Fubá de milho novo,
Novilhas no curral,
Monte, ponte, pontilhão...
Pinguelas
Pingentes
E trens.
Aonde foi parar a poesia
Da saia levantada pelo vento?
Do amor que fez do beijo
O queijo de minha mineira alma...
Crendices
Olho gordo,
Molhos, flores,
Silvestres
Silvos fábricas,
Alarmes falsos...
E a gente sem tempo
Sem tento
Intentos
Diversos
Sem versos
Sem nexo,
Só sexo?
Retrocessos.
Acessos
Negados...
Senha?
Lenha
Fogão.
Fornalha...
E o aço.
Ledo bagaço,
Medo? Disfarço...
E faço meu mundo.
Distante do quanto
Pudesse
Ser feliz...
Publicado em: 26/11/2008 22:18:01
Última alteração:06/03/2009 16:36:08



Coração acumulando as dores
Flores olores amores e sonhos
Tem tudo que se quiser
Farta fé e felinas unhas.
Garras e desejos
Dentes dentaduras, armaduras
E carinhos.
Suavidade e ásperas amarguras.
Tem as branduras e ternuras
Que prometem os meus mergulhos
Em mim mesmo,
Sem medo
Sem cismas
Sem imãs,
Sei acidez e doçuras.
Tem muitas saudades
Até do que não veio
Do trem perdido em Minas
E das minas perdidas, lá tem.
Tem o gosto dos rios
O vazio das montanhas
Um monte de bugigangas
Jogadas no porão.
Por anos e anos
Perdão.
E castigo...
Se quiser tem também o vazio
E o frio que nada mais esquenta
A não ser o beijo do meu amor
Que quem sabe virá
Ou já veio
Ou nunca chegou.
Apenas está aqui.
Pronto para ser doado.
Cabe o mar,
Bate mar
Bate amar...
Publicado em: 31/12/2006 13:45:41
Última alteração:28/10/2008 19:09:25



Coração, um passarinho Já pousou em teus beirais

Coração, um passarinho
Já pousou em teus beirais
De teus lábios fez seu ninho
Sem gaiola, pede mais...
Publicado em: 03/03/2008 22:40:05
Última alteração:22/10/2008 14:29:26


Coração, velho menino
Coração, velho menino
Que não sabe andar sozinho,
Solidão diz desatino,
Meu destino é teu carinho.
Publicado em: 07/08/2008 15:54:13
Última alteração:19/10/2008 22:20:04


Coração batuca
Trumbica tropeça e teima.
Queima brasa
Cinza sobra e teima.
Veste luto
Escuta recusa e teima.
Roga emoção
Vive ilusão morre não
E teima.

Vadio penetra
Repleta esvazia
E teima...

Acha o quê?
A festa acaba
A vida passa
Mas não tem jeito
Qualquer dia pára
De teimar...

Aí?
Pêsames...
Publicado em: 03/04/2007 20:04:18
Última alteração:28/10/2008 17:01:26


CORAÇÃO...

O coração é sempre sem juízo,
conheço as brincadeiras que ele faz.
Às vezes nos eleva ao Paraíso,
de outras no inferno a gente jaz.
Paixão, assim, tão louca é um perigo,
não traz nem alegria, nem dá paz.



Coração! Traquinagens que ele apronta!
Menino sem medidas, sem juízo.
Zombando se faz tolo em paraíso,
Mergulha sem limite e faz de conta.

A tempos que se foram, já remonta
Depois finge paixão se for preciso,
Rasgado se transforma num sorriso
E faz a lua andar depressa e tonta.

Coração... Embrenhando em trevas, mata,
De tanto que dormiu em noite escura,
Se infarta não somente por gordura

Nem por fumo que sempre nos maltrata;
Amor que se traz a sorte temporária
Também congestiona a coronária!

HLUNA
Marcos Loures
Publicado em: 14/06/2007 16:10:43
Última alteração:05/11/2008 21:00:25



CORAÇÕES APAIXONADOS /

Paixão é fogo que arde e consome
Quimera queimando e se alastrando
Deixando rastro em cada pesadelo
Noites de insônia amor insano

Renova a existência dá ânimo à vida
Sobe montanhas atravessa cordilheiras
Pra encontrar esta paixão peito ferido
Mesmo que seja seu amor por derradeiro

Mas quando o fogo apaga a nuvem chega
Anuviando a alma querendo abrigo
Encontra nas palavras alento amigo

E coração tranqüilo sai vagueando
Poetando a saudade paixão perdida
Encontra nas estralas poesia viva

Renovação se faz com sonho e luta,
Sinônimos perfeitos de paixão.
A mão que nos maltrata, mesmo bruta
Jamais resiste ao fogo e à devoção

Que existe em quem conhece esta labuta
Emanada de nosso coração.
Por mais que a vida seja, assim tão curta
Ela comporta a força em explosão

Que existe em cada ser apaixonado,
Na entrega sem temor a cada dia,
E mesmo que se encontre penedia

Esta procela imensa segue ao lado,
Criando a cada sonho, resistência,
Por ter também, não teme a violência...

SOGUEIRA
MVML
Publicado em: 20/08/2007 11:31:04
Última alteração:05/11/2008 14:54:41



CORAÇÕES APAIXONADOS -/

Às vezes sou romântica
às vezes safadinha, safadinha
Todos acham engraçado
Dizem: Esta menina!
Mas o que gosto mesmo
É de impressionar
Falar primeiro de amor
Prá depois embriagar
Corações apaixonados
Depois prazeres lhes dar
Sou assim, nunca vou mudar!

Vieste com certeza
Em louca mansidão
Trazendo para a mesa
Amor e tentação.

Envolto em tal beleza
Em total sedução.
Amor sempre reveza
Desejo com paixão.

Eu gosto deste jogo
Eu não irei negar,
Ardendo intenso fogo,

Difícil de aplacar
Por isso venha logo,
Eu só quero te amar...

GELIS
Marcos Loures
Publicado em: 23/07/2007 19:19:19
Última alteração:05/11/2008 18:26:07




Me ver assim, nos teus braços,
Coração em descompasso,
Sei do mundo, me esquecer...

E sinto tudo girar...
Certezas vão a rodar...
Nada sei e nem me importa!

Sensações controvertidas,
Que permearam minha vida,
Eu sempre deixo, prá lá!

Se estais comigo, verdade,
Se sonho ou realidade,
Do amor, vivo a magia!

A viver esta alegria,
Só queria te falar,
Que sou feliz por te amar!


Feliz por tanto amor
Que a vida reservou
Somente para quem
A ela se entregou.

Em canto esta emoção
De ser teu companheiro
No amor e na amizade
Meu verso alvissareiro

Trazendo para nós
A força deste laço
Vencendo os descaminhos
Seguindo o mesmo passo

Que mostra esta certeza
De ter felicidade
Vibrando todo dia
No amor em liberdade...

ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Loures
Publicado em: 23/07/2007 09:47:46
Última alteração:05/11/2008 18:28:45



Deram-se
as mãos,
dedos
entrelaçados,
como a garantir
este elo
de amor ...
(ivi)

Coração
Tremulando
Em vãs estrelas
Refém da fome
Da desilusão
Ou mesmo do vazio
Absoluto
se eu luto
ou não reluto
o luto que
carrego
é meu,
de ninguém mais.

Molhado por idéias
Buscando os ideais
Aldeias sobre postas
Em metas tão dispersas.
Nos persas de tua sala
Escarro o meu cadáver.

Brancas flores
Fores? Não seria
Ria-se
Gargalhe
Que o gargalo
Da vida
Trará toda a inclemência
Das nuvens
Dispersando
As níveas manhãs.

Rosas brancas
Avermelhadas pelo espinho
Na carne cravando
A realidade.

Meninos e fuzis
Moças e motéis.
Íris,
Arcaicos arcos
Iridescente esperança
Indecente serventia.

Servir ao cativo,
Ser teu ser altivo
Vivendo o que vivo,
Vencendo o temor.

A boca na espreita
Do riso quer beijo
O queijo, o desejo
Arcana vontade
Cigana expressão
Em verso e verão
Verdugos afasto.

Metodicamente
Amor chega à vista
E vence a partida.

A paz de um cristão
Perdoe meus erros,
Meus berros inúteis
Meus fúteis cometas.

A morte da morte
É a morte dos medos
Almas rudes
Pedras nem tanto
Encantos que encontro
Adentro, mansamente
Estrelas em manto.
Hoje eu sinto o coração
Batendo em desvario
Matando o nosso frio,
Tremulado em estrelas
E cavalos,
Terra céu e mar.
Amar semelhantes
Distintos semblantes
Bem antes de tudo.
Se eu cedo e segredo
Segredos e signos
Magmas e estigmas
Estímulos e temas.
Lemes e lemas
Algemas partidas.
Partilhas expostas
Na ceia derradeira.

Somos o que temos
E queremos,
Somente isso e nada mais.
O chão tantas vezes picotado
E nunca repartido.

A boca escancarada do faminto,
O tinto de nosso sangue
Nem sempre é o mesmo.
Anêmica ilusão
Vendida pela esquina
Panacéias diversas
Alquímica espera
Esferas concêntricas
Poder e paisagens.

Meu verso absurdo
Porém não vou surdo
Antes judeu, hoje curdo
Apátrida esperança.

Mas ceda-me um beijo
Teu lábio sacia
O quanto é vazia
Uma alma sem porto.
No curto circuito
De tantas promessas
Em vagas espessas
A noite se esvai,
Tocaias à parte
Amar nobre arte
Da vida um encarte
Que traz o roteiro
A ser perseguido
Por um saltimbanco.
Teatro mambembe,
Meu peito se interioriza
Bebendo da brisa
Já quer tempestade.

Do quanto se cria
Anote em diários
Agendas fichários
Irei te encontrar.

Na noite, na lua,
Nos bares, na rua
Em cada viração
Do mesmo minuano.

Enganos que trago
Da boca um trago
Afago em fagulhas
Agulhas e grampos.
Nos campos, coxilhas,
Nas ilhas dos sonhos.
As ondas do mar
Invadindo os pampas
As lâmpadas todas
Acesas no peito.
Pirilampos e estrelas cadentes.

Cadências e ritos
Ritmos tantos,
Danças encantos,
Canas e chamas
Repartidos sabores.

Desde que vou solito aos pés
Imagino esta prenda
Chegando de noite
Cevando o meu mate
Beijando minha boca
Apartando os demônios...

Seu moço, depressa
Que a moça é brejeira
E a vida começa
Quer queira ou não queira

Na boca da noite
Teus lábios meu rito,
Se o vento é açoite
Amor tão bonito...

Cabocla morena
Ponteio a viola
A lua faz cena
Não quer ir embora.

No trem dessa vida
O canto promete
A sina cumprida
Meu verso repete...
Publicado em: 15/03/2008 17:37:37
Última alteração:22/10/2008 14:37:10




A fênix ressurge das próprias cinzas
Segundo nos conta a lenda
O sol ressurge todos os dias
Indiferente a qualquer tormenta
Meu amor por você ressurge a cada manhã
Pois é ele que me alimenta

Fico aqui no meu canto a imaginar
Como seria minha vida sem você
Sem suas palavras carinhosas
Eu não poderia sobreviver
Seria um andarilho pelo mundo
Sem chances iria morrer

Saiba que meu amor é imenso
E a nada pode ser comparado
Só maior mesmo o amor de Jesus
Ao ser por nós crucificado
Sobre isto não quero que digas nada
Só escutes e fiques calado

Se um dia por um acaso
Cruzares o meu caminho
Peço-te apenas uma coisa
Que me olhes com carinho
Olhe no fundo dos meus olhos
Verás um ser em desalinho

Mas deste dia em diante
Um novo ser irá ressurgir
Não das cinzas como a fênix
Mas um ser que aprendeu a sorrir
Pois quando fitar em teus olhos
Alegria certamente irei sentir

Ao ressurgir o amor em nossos peitos,
Fizemos deste sonho, uma certeza,
De toda a fantasia em nossos leitos,
Bebendo todo o rio e a correnteza.

Lutamos pelo amor, e nossos pleitos
Nos dão toda a magia da beleza
E assim, versos unidos, satisfeitos,
Jamais da dor seremos simples presa.

Vencendo as armadilhas do caminho,
Não temos mais as pedras, nem espinho.
Sofremos, mas vertemos emoções.

Unindo nossos mundos tão distantes
Fizemos destes dias deslumbrantes
Alentos para os pobres corações...

GELIS
MVML
Publicado em: 11/10/2007 20:50:45
Última alteração:03/11/2008 21:45:42




Amar é necessário ter coragem,
Saber que muitas vezes nos magoam
E mesmo assim, sentimentos maus revoam
E impedem que façamos tal viagem.

Amar sem ter coragem, tanto medo,
Traduz-se em sofrimento no final.
Quem ama deve ter esse ideal
Não temer intempérie nem degredo.

Mas tanto que te amei, minha querida,
Que agora a vida mostra outro sentido.
Das forças deste amor fui dividido
E quase, nos teus braços, perco a vida...
Publicado em: 10/12/2006 11:54:46
Última alteração:28/10/2008 20:29:42



Cunhado é presente grego,
Cunhado é presente grego,
De contrapeso ele vem,
Como eu posso ter sossego,
É preço por querer bem...
Publicado em: 13/10/2006 15:45:46
Última alteração:30/10/2008 10:36:56



CUPIM DE GRAVATA


O cupim, um comilão
Tem essa missão ingrata,
Bem pior é um ladrão
Que se esconde sob gravata...

Publicado em: 08/08/2008 10:46:14
Última alteração:19/10/2008 19:47:08



Eu creio neste Pai que é Oxalá
Que é Buda, que é Tupã e que é Alá.
Que é Zeus, que é Zoroastro ou Jeová,
Que é Brahma, que é Confúcio e mesmo Rá.

Não creio neste Deus exclusivista
Que espelha a própria face de um artista
Que ousou criar um Deus somente seu,
Caminha cegamente, em negro breu...

Eu creio em cada ser que Deus criou
Com todo amor sincero em plena LUZ,
No amor e na amizade que sonhou
Um sonho mais bonito que seduz...

A terra para o homem não foi feita,
Apenas habitantes temporários
Dessa obra prima imensa e tão perfeita
Nos homens, sentimentos temerários,

De serem eles próprios mais que Deus,
Ao matarem seus filhos, num adeus,
Destroem sem saber nem bem por que,
Depois dessa loucura é que se vê,

Que a casa foi criada para todos
Os seres que Deus fez com perfeição,
E o homem, nesta louca compulsão,
Matando com cruel destruição,
Crucifica a natura sem perdão...

TODOS OS SERES, INCLUSIVE OS HUMANOS FORAM FEITOS PARA VIVEREM EM HARMONIA E EMPERFEITA ORDEM.
A TERRA NÃO É DO HOMEM, ELE É APENAS MAIS UM PASSAGEIRO, TALVEZ O ÚLTIMO E , ABSURDAMENTE, O MAIS PERFEITO...

Publicado em: 28/02/2007 19:08:30
Última alteração:28/10/2008 17:25:07



Recebendo em tal festa e alegria
Inundando esse mar com manso canto.
Transforma a fantasia por um dia
Aguardo, novamente um tal encanto
De tudo que na vida mostra a mansa
Espreita de viver na pura dança.
Cabendo os universos dentro em si ,
A noite não promete uma alvorada,
Sabendo desses mares que vivi,
Será que nada conta neste mundo?
Irá talvez a aurora rebrilhar?
A poesia invade num segundo...
Publicado em: 19/12/2006 23:43:46
Última alteração:28/10/2008 19:07:11


CÚMPLICES

Teus passos vieram mansos
Mansos e tranqüilos. Tardios...

Passos que escuto e não falo,
E não penso
E não vejo
E nada ouço.
Apenas sei.
Mas basta saber,
Basta saber para sentir,
Ver e ouvir.

Recebo teus olhos
Distantes pelas ondas
Telepáticas
Apáticas
Espásticas.

Nada mais eu terei
Senão a vontade louca
De misturar reações
E medos.
Segredos
Sacrilégios
E poesias...
O cheiro da noite vem
O gosto da noite vem
A noite vem
Eu não,
Vou...

Mas, no fundo,
Rio e me divirto
Com o medo, solidão
E o escambáu.
Sou o meu reverso
O que não seria
O que nunca fui
Apenas insinuo.

E fluo nos sonhos.
Meus barcos ponho
Nos mares que pensei
E ancoro.
Morro afogado
E renasço,
Eternamente
Na vaga e insensata
Poesia.

E te amo,
Acima de tudo
Não se esqueça
Que eu sempre amarei
O que de melhor
Em ti encontrei.
O brilho
Que já perdi
Que já me ofusca.
O que foi translúcido em mim
Opaco.
Opaco
Opaco...

Velho e desmembrando-me a cada passo,
Espaços e fantasias
Se ias eu não sei.
Sou apenas,
Não seria
Nem serei,
Apenas fomos
O que sempre seremos.
Amantes e sonhadores
Viventes em nós mesmos
Em um caminho irremediável
Ao infinito.

Não existo, incorporo.
Não existo, reflito
Não existo, exalo.

E isso em nós se transforma
No espelho maravilhoso que somos nós.
Cúmplices de nós mesmos.
Esmos de nós mesmos.
Nós de nós mesmos.

Vamos pegar uma carona na estrela
Que não veio
Até o universo que não é nosso
Mas é o nosso porto
Nosso cais.
O tempo de ser
É agora.
Amanhã?
Tarde demais...
Publicado em: 02/01/2007 18:39:08
Última alteração:28/10/2008 20:35:28



CÚMPLICES
Me deste
a mão
e eu acariciei
teu rosto
deixávamos envolver
nossa cumplicidade ...
(ivi)


Eu não te quero triste,
Por isso, o teu sorriso
É tudo o que preciso
Abrindo o paraíso...

Vencendo as nuvens negras
Desta manhã chuvosa
A tarde com certeza
Virá mais radiosa.

Aquecendo em teus braços
O frio deste dia,
Vivendo em cada verso
Amor-telepatia.

Nas ondas da internet
Nas olas da esperança
Um gesto que me adoça
No espaço um grito lança

Amar não é pecado
Tampouco transgressão
Eu vivo por te amar,
Envolto em sedução.

Sabendo que distante,
Estás aqui tão perto.
As almas que se encontram
Alagando o deserto...
Publicado em: 05/04/2008 22:09:00
Última alteração:21/10/2008 20:21:41



CRÔNICA - ABORTAMENTO INCOMPLETO
Essa me foi contada por Maurício Padilha, amigo de infância de Muriaé, colega de faculdade no Rio, onde eu fazia Medicina e ele Bioquímica, companheiro de longas e inesquecíveis viagens a bordo do 634, linha de ônibus que dava voltas pelos subúrbios cariocas até, depois de hora e meia, nos deixar nas cercanias da UFRJ.
Quis o destino que eu reencontrasse o bom amigo na Espera Feliz que nos adotou e fez de nossos filhos conterrâneos também.
Conta-me Mauricio que, antes que eu me mudasse para lá, havia na cidade um ginecologista de muito renome, homem amável e que gostava muito da noite, companheiro de longos e proveitosos serões, geralmente movidos a generosos goles de cerveja.
Nas noitadas por Espera Feliz, várias vezes tive o prazer de encontrar e bebemorar a cada encontro, com essa figura simpática.
Tudo bem, voltemos aos fatos.
Na Exposição de Espera Feliz, viera dar um show um famoso cantor, já falecido e extremamente simpático.
Acompanhava-o uma elegante senhora, muito alta, com um rosto bonito, muito educada, perfumada, mas, para quem reparasse bem, apresentando um gogó, digamos para sermos discretos, um tanto quanto desigual com a feminilidade apresentada pela jovem senhora.
Apresentada ao nosso ginecologista, já meio “chumbado”, a “noiva” do cantor, se desfez em queixas um tanto quanto estranhas, estranhas de fato e estranhas à hora, pois já passava das três da manhã, o cantor já dera seu show e estava sentado à mesa, com os outros convivas.
Espera Feliz é muito próxima ao Pico da Bandeira e faz parte do Parque Nacional do Caparaó, portanto é extremamente fria, principalmente à época da sua FESTA AGROPECUÁRIA.
Nosso amigo solícito e gentil, se oferece para examinar a “noiva” do cantor.
Numa sala improvisada dentro da barraca do Rotary, onde se deu esse fato, ocorreu o também improvisado exame.
Nesse momento, surge o nosso amigo ginecologista empalidecido.
“Um carro, por favor, que o caso é grave”.
Ao ser indagado sobre o que estava acontecendo, ele olha para o lado e responde:
“Abortamento incompleto, precisa ser feita a curetagem com urgência!”CAI O PANO RÁPIDO... MAS RÁPIDO MESMO!
Publicado em: 13/08/2006 19:13:52
Última alteração:26/10/2008 22:31:30



CRÔNICA - DE ESPELHOS DE VENTOS E DE "INIMIGOS"
Essa que conto agora também se passou em Espera Feliz, mas sob um novo panorama e com personagens que me são bem caros.
Minha cunhada, Maria como boa evangélica que é, costuma andar com sua Bíblia a tiracolo, e isso lhe é por vezes, de extrema utilidade, como veremos a seguir.
Morávamos eu e minha esposa, Rita, num sobrado, na subida do Hospital, que para variar, como em quase todas as pequenas cidades fica situado estrategicamente, em cima de um morro.
Isso se dá pelo fato de que, nas enchentes, o Hospital deve como ultimo recurso, estar ao longe dos alagamentos que porventura ocorrerem.
No andar de baixo, moravam minha sogra, meu sogro, meu cunhado, Gilberto e minha sobrinha, Lady.
De repente, começa uma gritaria lá em cima, Gilberto ao descer, deixara a porta entreaberta e a porta do Guarda Roupas idem, e como em Espera Feliz as rajadas de vento são freqüentes, uma dessas rajadas fez com que a porta do armário se abrisse e Gilberto ao retornar ao quarto deparou com o brilho da lua refletindo no espelho entreaberto, assustando-se.
Maria, Bíblia em riste sobe rapidamente para o quarto e começa a exorcizar o dito cujo; amarrando e atando com as cordas firmes da fé o “inimigo”...
Não sei por que cargas d’água alguém, se não me engano meu sogro, resolveu subir ao ver tal gritaria e “amarramentos e t’esconjuros sendo proferidos em tal profusão”.
Ao perceber o que tinha acontecido, fechou, calmamente a porta do armário e depois a do quarto, liberando o mesmo para quem quisesse entrar.
Gilberto, meio que assustado, mas sem poder voltar atrás, sob pena de ser taxado de medroso, de súbito, se ergue e demonstrando “valentia” começa a proferir que “não estava com medo não, que tinha, junto com a sua irmã, Maria “vencido o Inimigo”!”.
Mal podendo imaginar que, a imagem “demoníaca” que vira era a sua própria, refletida no espelho clareado pela luz da lua...
Publicado em: 13/08/2006 19:14:57
Última alteração:26/10/2008 22:31:34



CRÔNICA - DE FRUTOS DO MAR E AFINS...
No começo dos anos 90, na minha deliciosa e indefectível Espera Feliz, surgiu um senhor aposentado que, diante da visão de ter o Parque do Caparão como um lugar turístico e a cidade extremamente aprazível resolveu fazer um restaurante.
Não era um restaurante qualquer, tinha seu quê de diferente, pois, em plena Minas Gerais, ao contrário do que se pode esperar, fez um restaurante especializado em... Frutos do mar!
No começo, à custa da curiosidade normal da população local, obteve certo sucesso; porém, associado ao fato do dito estabelecimento estar localizado bem distante do centro da cidade e, por conseqüência, o acesso ser muito difícil, a falência não tardou a ocorrer.
O fechamento, a bem da verdade, não foi muito sentido pela população local.
Durante um bom período, quem passava pelo local, observava na margem direita da estrada, um prédio abandonado e entregue às moscas.
Passam-se uns dois anos e, de repente, começam a enfeitar e reformar o fantasma.
Como eu viajava sempre de Guaçui, onde morava à época dos fatos, para Espera Feliz, onde ia trabalhar, fui acompanhando, semana a semana essa mudança.
Eis que um dia, as portas do estabelecimento reabriram e, para minha surpresa, com finalidades bem diversas.
Se a gente puder considerar aquele popular peixe famoso por sua voracidade como “fruto do mar” há algum nexo, mas...
Na verdade, ao saber que o restaurante havia se transformado em um prostíbulo, meu susto foi grande. Espera Feliz tinha abandonado e fechado a ZBM (Zona de Baixo Meretrício) há tempos, mas aquela “boate” ainda daria o que falar.
Ao perguntar ao meu amigo Maurício Padilha, já citado anteriormente, soube que aquele seria o primeiro prostíbulo “pentecostal” do Brasil.
Curioso, perguntei por que, no que fui prontamente respondido:
- É que, devido ao preço cobrado pelas meninas, o apelido do “estabelecimento” era: DEZ É AMOR!
Publicado em: 13/08/2006 19:23:12
Última alteração:26/10/2008 22:31:50



CRÔNICA - DUAS VOLTAS
Na pequena Mirai de Ataulfo Alves e de Marcos Coutinho Loures, moram ainda muitos parentes meus, inclusive primos, tios, tias; parentes enfim, pelo lado de meu pai.
Entre esses meus primos, dois protagonizaram essa história que passo a narrar agora.
Declino-me de dizer o nome dos personagens por questões meio que óbvias e, à moda antiga colocarei somente as iniciais dos nomes dos nossos amigos.
P... Era um rapaz muito bem apessoado, loquaz, namorador; um tipo bem agradável e muito solicitado por todos, da pequena Mirai. Porém, tinha um hábito terrível, bebia muito e, quando estava embriagado, cismava de aprontar alguma.
Volta e meia as placas de sinalização amanheciam jogadas na rua, algumas portas das casas, abertas, outros portões escancarados; etc...
Tal fato deixava em polvorosa, os pacatos miraienses; era um tal de carro entrando na contramão, de cachorros e gatos fugindo pelas ruas, bêbados entrando nas varandas das casas, um verdadeiro pandemônio.
Pois bem, o delegado da cidade, já sabendo quem aprontava aquilo, mas sem poder provar, admoestava nosso travesso e ameaçava-o de prisão a cada final de semana.
Sóbrio, P... era o sinônimo da candura; cordato, não criva qualquer tipo de problema, muito pelo contrário. Ajudava na hora da missa, tratava a todos com solicitude e presteza; mas, se bebesse...
Um dia, no sábado à noite, P... Resolveu beber além da conta e, como havia comprado um Fusca usado, e a rua já estava praticamente vazia, pois já se passava das 2 horas da manhã, decidiu entrar com o carro dentro da Praça principal da cidade.
Para seu azar, esquecera-se que o delegado morava defronte à Praça e, ouvindo aquela balbúrdia do carro passando por cima dos canteiros, tirando fininho dos bancos, se levantou e ao abrir a janela, se deparou com o espetáculo.
Ligou para a delegacia, onde estavam de plantão dois soldados e o carcereiro J..., PRIMO EM PRIMEIRO GRAU de P....
Ao chegarem à Praça, foi o mesmo que pegar um gambá depois de embriagado e satisfeito.
P... rendeu-se sem esboçar nenhuma reação.
O delegado, feliz por ter conseguido colocar as mãos no Pedro Malasarte Miraiense, deu-lhe voz de prisão e, com um sorriso estampado no rosto, deu a ordem ao carcereiro: - J... , prenda esse vagabundo e dê DUAS VOLTAS NA CHAVE, DUAS VOLTAS, HEIN...
J... sabendo do temperamento bonachão do primo e que, assim que a carraspana passasse, ele voltaria a ser o bom rapaz de sempre; e conhecendo bem o delegado, percebendo que esse, embora justo já estivesse com a paciência esgotada com P...; pensou, pensou e:
Cumprindo as ordens do delegado, realmente deu duas voltas na chave:
UMA PARA FRENTE E A OUTRA PARA TRÁS!
Publicado em: 13/08/2006 19:41:22
Última alteração:26/10/2008 22:33:03



CRÔNICA - HISTÓRIAS DE PLANTÃO
Nas minhas andanças pelo interior de Minas, lá pros lados de Caiana, cidadezinha próxima a Espera Feliz, onde morei por vários e felizes anos, conheci um senhor, dessas antiguidades ambulantes que soem só serem encontradas nos grotões do país.
Um homem sisudo, caladão quase sem palavras.
Pois bem estava eu, um dia de plantão quando o enfermeiro me chama, lá pelas duas horas da manhã, para atender uma urgência, na verdade, um caso insólito.
Para minha perplexidade, o tal senhor me chamou de lado e me afirmou meio que envergonhado, que ao se levantar para ir à cozinha tinha escorregado e...
Não sei como, e também por respeito ao cidadão, cujo nome me recuso até a morte em declinar, segundo o próprio, ao escorregar, caíra sentado sobre uma cebola. Na hora não atinei bem para o fato, o quê que uma cebola poderia causar de mal a um cidadão?
Como ortopedista que sou, fui logo perguntando ao mesmo se tinha machucado ou se estava sentindo alguma dor, já meio aborrecido de ter sido chamado às pressas para atender um caso aparentemente sem maiores conseqüências, pois o cidadão estava caminhando com certa normalidade, embora sentisse que estava mais empertigado do que de costume.
Para meu espanto, aquele homem, tão sisudo, com aspecto de seriedade inconteste ao se ver sozinho comigo me disse:
- Doutor, o senhor não está entendendo, eu caí sentado sobre a cebola e... Como posso dizer? Ela entrou...
Tentei me atinar por que aquele senhor estaria desnudo àquela hora da madrugada, pois já passava das 2 horas da manhã, mas, na hora fiquei quieto, inibido talvez pelo inédito fato.
Claro que, a cebola seria expulsa naturalmente sem nenhum problema, mas devido ao constrangimento e pânico de tal cidadão, resolvi “ajudar a natureza”.
Pois bem, ao ser anestesiado o esfíncter, para minha surpresa, a cebola era das grandes e, pelo fato de estar devidamente intumescida, não foi muito fácil retirá-la.
A partir daquele dia, o “sisudo” senhor, cada vez que me encontrava, abaixava a cabeça, e nunca mais voltou ao Hospital, pelo que me consta, a partir daquele dia, sempre que sentia alguma coisa, se dirigia imediatamente à Carangola, cidade mais próxima, onde o risco de alguém saber de suas preferências, digamos, leguminísticas, eram desconhecidas...
Publicado em: 13/08/2006 19:07:16
Última alteração:26/10/2008 22:30:57



CRÔNICA - O VASO SALVADOR, OU NINGUÉM VAI RECLAMAR ESSAS FLORES
Edson Siqueira Lima grande médico de Espera Feliz, amigo e companheiro, bom contador de histórias, me falava das circunstâncias que cercaram o credenciamento do Hospital de Espera Feliz pelo INAMPS.
Havia um atendente de enfermagem no Hospital, cujo nome me declino de citar, sujeito muito prolixo e famoso por suas “tiradas” muitas vezes geniais, principalmente nos relatórios de plantão; verdadeiras peças de literatura.
Uma simples briga de marido e mulher transformava-se em uma novela melodramática, com as descrições das lesões superpondo-se aos relatos dos partícipes e testemunhas do entrevero.
Pois bem, era necessário que o Hospital obtivesse uma pontuação mínima para que fosse credenciado; tudo bem, mas a auditoria classificatória para tal credenciamento, por tanto tempo adiada foi, mercê do atraso nos correios, comunicada na véspera de ser executada.
A chegada de tal comunicação levou todo mundo a polvorosa; já que não daria tempo para completar alguns itens que estavam faltando.
Quando os auditores chegaram, esse enfermeiro, loquaz e simpático, começou a falar, não deixando nem o Diretor Clínico, o próprio Dr. Edson abrir a boca.
E foi um tal de cafezinho pra cá, aguinha gelada pra lá, simpatia distribuída a torto e a direito.
Lá pelas tantas, começa o nosso herói a mostrar os equipamentos exigidos pelos auditores, “Essa é a maca do pronto socorro, espera um pouco, Dr. Edson, leva os moços para conhecer o aparelho de RX”.
Edson sem saber nem o porquê tanta solicitude, levou os auditores ao RX, ao retornar a mesma maca, porém com um lençol diferente era apresentada como a “maca do Centro Cirúrgico” e assim foi.
A cada coisa apresentada, multiplicava-se por muitas, a cadeira de rodas velha e abandonada, nessa altura do campeonato já tinha sido mostrada 3 vezes, cada vez com uma nova vestimenta.
Tudo muito bem, tudo muito bom, mas no final dessa averiguação, faltava meio ponto para completar o total necessário para o credenciamento.
Os auditores, após discutirem muito e não aceitarem nenhum tipo de proposta, já estavam se retirando quando, lá do meio do corredor do Hospital surge o nosso enfermeiro escritor, com um VASO DE FLORES NA MÃO.
“Hei, esse vaso não merece meio ponto não?” arriscou.
Os auditores ou por cansaço ou pena por tal esforço sobre humano de agradar, aceitaram o vaso, e deram-se por satisfeitos, credenciando o Hospital.
Alegria à parte, Dr. Edson, com sua matreirice de sempre perguntou de onde havia surgido tal vaso de flores, ao que o nosso amigo, mais que prontamente esclarece o mistério.
Ao levantar o “vaso” é que se reparou que o mesmo não passava do cesto de lixo, com um pano à volta, já as flores... Com certeza o defunto que estava na capela esperando o sepultamento não iria reclamar os galhos de cravo e margaridas retirados às pressas...
Publicado em: 13/08/2006 19:12:41
Última alteração:26/10/2008 22:31:19


CRÔNICA - OS OLHOS E O SORRISO
Trazia um sorriso indefectível, quase sempre acompanhado de um olhar a esmo, perdido, sem nexo ou horizonte.
Quase não falava e não mexia com ninguém, mas o simples fato de olhar “daquele jeito” assustava as pessoas.
Menino criado solto pelas vielas sem calçamento do pequeno distrito de Alegre, no Espírito Santo, comia às vezes, quando lhe dessem alguma coisa, qualquer coisa.
Muitas vezes o prato de comida era acompanhado por impropérios, outras vezes a negativa era acompanhada por pedradas, copos de água fervendo e outras coisas mais.
O menino foi crescendo assim, dormindo com os bois nos estábulos ou num canto qualquer a esmo.
Nos tempos de frio, e olhe que aquele lugar era frio, muitas vezes os seus pedidos por comida ou água eram respondidos com jarros de água fria, o que foi lhe dando uma resistência espantosa.
Agüentava bem o frio, passava os invernos mais recolhido, qual fosse um bicho meio que hibernando meio que vivendo.
Os dentes perdidos na falta de assistência e pelas pedradas disparadas pelos meninos do distrito, foram deixando vazios naquele sorriso que davam mais e mais a impressão de debilidade mental, mas de uma enigmática e tenebrosa face que associava esse sorriso com o olhar, olhar para nunca, para ontem.
Como em todo lugar pequeno, tínhamos ali também, os gaiatos de sempre. E a brincadeira predileta que o ócio criava era a de deixar um aos outros, embriagados.
Com ele não podia ser diferente, o álcool era gostoso, a embriaguez mais ainda, e a anestesia fazia bem ao nosso rapaz.
Embriagado, as coisas pioravam de vez.
As poucas “boas almas” do vilarejo viraram-lhe a cara, numa sucessão de impropérios e negativas que foi definhando o rapaz.
Mas o sorriso permanecia, os olhos de sempre, a vida passando, de mal a pior.
A fome voraz fez com que começasse a se adaptar a um cardápio mais variado e simples.
Começava a comer frutas e legumes, muitas vezes verdes, arrancados do pé e devorado sem tempero, sem cozimento, crus.
Quando foi visto comendo jiló cru, uma mulher teve pena e, pouco a pouco foram uma ou outra, enchendo novamente a latinha enferrujada com os restos das refeições. Os porcos nem repararam na partilha.
Pois bem, no meio dos velhacos do local havia um que ultrapassava os limites.
Ao perceber que nosso amigo repetia o que era-lhe dito, sem capacidade de analisar, ensinou-lhe os palavrões de sempre.
Até aí tudo bem, meio as risotas abafadas das “donzelas” e o praguejar das velhas beatas, tudo ia transcorrendo como de sempre.
Um dos filhos da burguesia local, e burguesia nesses casos não passa de um sitiante melhor ou, na maioria das vezes, demonstrando melhor condição econômica, mesmo que à custa de engodos e trambiques vários, não nutria muitas simpatias pelo rapaz.
O motivo foi que, um dia o ingênuo, sem querer esbarrou na roupa nova do burguesinho e, como as mãos não eram religiosamente lavadas, manchou um pouco a blusa.
Havia uma menina muito bonita e, mais que bonita, uma verdadeira patricinha, dessas que soem ocorrer nestes lugarejos.
Ao saber que o mendigo havia assobiado para ela, revoltou-se.
E, na sua revolta foi tirar satisfação com o pobre, cuja única reação foi o sorriso sem dentes e o olhar perdido.
O aristocratazinho interpretou aquilo como se fosse uma ofensa ou um tipo de deboche.
Passaram-se alguns dias e corria a notícia de boca em boca.
Acharam o corpo do rapaz, numa clareira dentro da mata, num sitio abandonado perto do centro do distrito.
As marcas de sevícia eram assustadoras, o pênis cortado, a língua arrancada, as vísceras expostas, uma crueldade ímpar.
Somente os olhos e o sorriso, como a perdoar as mãos assassinas restavam, pairando sobre o distrito...
Publicado em: 13/08/2006 19:29:38
Última alteração:26/10/2008 22:32:28



CRÔNICA - POR QUÊ LULA?

Nesses últimos dias,quando vou a Espera Feliz, lá pras bandas de Minas Gerais, onde trabalho há longos e deliciosos 16 anos, costumo reencontrar velhos amigos e, quando o tempo permite, converso com um ou outro conhecido sobre temas vários, e a política, obviamente é um dos temas, afinal mineiro adora “politicar”.
Pois bem, tenho tido várias respostas a uma pergunta que insisto em fazer quando a resposta é, e quase sempre é essa, Lula. -Por quê?
Dentre todas as que colecionei uma das que mais me chamou a atenção foi a dada pelo Chico Ribeiro, sujeito simples, quase que simplório católico fervoroso de não perder missa e nem poder ouvir “capeta” que faz sinal da cruz e diz o inevitável “cruzincredo, Ave Maria!”.
Ao contrário da maioria das vezes, nas quais o povo me responde que ou é por causa do Prouni ou, até mais comumente, por causa do Pronaf, já que a região é formada por pequenos agricultores em múltiplos minifúndios baseados na agricultura familiar e na cafeicultura, Chico me surpreendeu ao responder:
-É por causa do “cheiro” dele!
-Como, Chico, você pode me responder desse jeito, se você nunca teve perto dele, se Lula nunca veio pra essas bandas daqui e, pelo que me consta, você nunca foi pra longe de Espera Feliz?
-Né não doutor, eu fui algumas vezes em Carangola e outras em Guaçuí, só fui em Belo Horizonte uma vez, mas eu tenho televisão em casa!
Intrigado com a resposta, disse, brincando a Chico Ribeiro:
-Õ Chico, eu sei, mas pelo que me consta ainda não tem televisão que “transmite” perfume ainda não, seu moço.
Então ele, na sua simplicidade, se saiu com essa pérola:
-Doutor Marcos, eu to falando do cheiro dos olhos dele...
Então pensei, repensei e cheguei à conclusão que Chico tinha razão.
O cheiro dos olhos de Lula é o cheiro da esperança, e só quem “ama é capaz de sentir esse doce perfume, o perfume dos olhos”!
Publicado em: 20/10/2006 22:25:55
Última alteração:26/10/2008 22:45:46



CRÔNICAS - A "INAUGURAÇÃO DO POSTO DE GASOLINA
Tenho um grande amigo em Espera Feliz, chamado Carlos Alberto, quase que um irmão.
Dono de um temperamento meio instável, mas puro de alma, Carlos Alberto protagonizou vários episódios inesquecíveis que acumulei nesse meu longo período de esperas felizes...
Num deles, me recordo que fomos juntos até Belo Horizonte, ele para levar sua querida esposa ao médico e eu para fazer um desses “cursos” de um dia só, se não me engano sobre próteses e órteses, a fim de credenciar Espera Feliz para poder receber, via SUS, material para tratamento de seus pacientes ortopédicos.
Pois bem, a viagem era extremamente cansativa e tínhamos que ir e voltar dentro do mesmo dia, já que a prefeitura não disponibilizara nada além do motorista e do carro e, como eu deveria estar de plantão à noite em Guaçui, no Espírito Santo, a volta era meio que urgente.
O “curso” foi muito rápido, mas seu término às duas horas da tarde, fez com que o planejamento do retorno mais imediato fosse por água abaixo.
Lá pelas tantas, resolvemos parar para jantar, já que o dia tinha sido muito cansativo e a chegada a Espera Feliz deveria se dar depois das 22 horas.
Comuniquei-me com Guaçui e arranjei um colega para me dar cobertura até a minha volta.
Feito isso, paramos num posto de Gasolina em Rio Casca, MG; se não me engano posto Terra Branca. Estava havendo uma festa com direito a banda de música, sorteio de automóvel entre otras cositas más.
Nesse Posto de Gasolina há uma churrascaria de bom padrão e associando-se com a fome voraz, estava convidativa.
Ao me levantar, percebi uma faixa enorme estendida de um lado ao outro do Posto com os seguintes dizeres: “POSTO TERRA BRANCA, 25 ANOS SERVINDO AO POVO”.
Nesse ínterim percebo Carlos Alberto conversando com um velho senhor, desses pequenos, meio gordinhos, portando uma indefectível boina.
Ao me aproximar pude ouvir o teor da conversa: Ao perguntar ao meu amigo o que estava ocorrendo, esse respondeu de pronto ao simpático senhor:
-Sei não moço, eu acho que estão inaugurando o Posto.
Ao que, prontamente o amável velhote respondeu:
-Só se for outro, por que este está aqui faz um tempão!
Publicado em: 13/08/2006 19:21:18
Última alteração:26/10/2008 22:31:45



CRÔNICAS - AS CASQUINHAS DE SIRI
Antenor foi um dos grandes amigos que a vida me deu, e a distância levou.
Menino muito inteligente e habilidoso, durante nossa infância fizemos uma “estação de rádio”, devidamente pirata, é claro.
Enquanto o proprietário da Radio Muriaé não descobriu de onde vinham as ondas que se superpunham as da sua emissora, devidamente registrada e autorizada, nossa brincadeira deu muito pano para manga.
Aliás, Antenor era um camarada muito engraçado, dono de histórias extremamente divertidas, uma delas a que conto agora.
Ao mudarmos para o Rio, Antenor, bom de papo e boa pinta, começou a namorar uma amiga da minha irmã, de quem nunca mais tive notícias ou mesmo que tivesse não iria falar o nome, pois a dita cuja já está casada há tempos.
Mas nessa época de solteirice e namoros, como é a maravilha da adolescência, Antenor e essa menina estavam namorando já há alguns meses, o que para essa fase da vida já é tido como “namoro sério”, quando resolvemos sair.
Eu, minha irmã e o casal.
Antenor, querendo agradar à moça, por sinal muito bonita, quando estávamos pedindo as refeições num restaurantezinho próximo ao Largo da Segunda Feira, na Conde de Bonfim, se não me engano, disse-lhe um “peça o que quiser” que teve seus desdobramentos meio que hilários.
Ao responder que queria “casquinha de siri”, o meu amigo mineiro e sem muitos conhecimentos sobre frutos do mar, gelou...
Ao me chamar para ir com ele ao banheiro senti que a situação do camarada estava ficando meia crítica.
Ao me perguntar sobre o que seria e quanto custaria a tal “casquinha de siri”, sugeri que ele desse uma olhada no cardápio, já que o preço constava nesse.
Sabidamente, como bom mineiro, Antenor antes de retornar à mesa, deu uma passadinha disfarçada, aproveitando-se do fato de que sua namorada estava de costas, pelo balcão e pedindo o menu, constatou que o preço da “casquinha de siri” não era tão assustador assim.
Ao voltar à mesa, disfarçadamente perguntou de novo à menina o que ela queria:
“A resposta pronta foi rebatida pelo meu amigo com ares de ‘generosidade”:
Publicado em: 13/08/2006 19:16:09
Última alteração:26/10/2008 22:31:37


CRÔNICAS - COMO UM PADRE

Me recordado do Padre Raimundo Nonato, já citado anteriormente, tenho uma de suas mais deliciosas histórias me aflorando, coçando meus dedos e querendo nascer; antes que seja à fórceps, vamos dar vazão a essa narrativa.
Visconde do Rio Branco, como toda pequena cidade de Minas, contava com uma forte oligarquia rural e, como não podia deixar de ser, essa oligarquia detinha o poder político e econômico.
Os “Comendadores, Capitães e Coronéis” eram expressões dessa realidade.
Havia, nos anos 60, um desses “Comendadores” que, estava para Visconde do Rio Branco como quase um senhor feudal.
Homem de riqueza bastante generosa e de empáfia semelhante.
Com seu chapéu de couro, cobrindo quase um metro e noventa de força bruta e revólver ligeiro, esse cidadão atemorizava, só pelo aspecto físico, quem quer que se aproximasse.
Padre Nonato, dono de um senso de humor ímpar, mas de um sentimento de justiça maior e, não suportando o caráter prepotente do nosso ‘Comendador”, mantinha relações, por vezes conflitantes, com o mesmo.
Nos seus sermões, como libertário que era, pregava a justiça social e revelava seu caráter judicioso ao tratar, equilitariamente tanto os pobres como os abastados.
Isso irritava o Comendador; mas o bom humor do Padre, muitas vezes inibia seu desafeto.
No fundo, o Comendador admirava Padre Nonato, mas não podia confessar isso, sob pena de ter sua posição abalada, como um dos “padrinhos” e “benfeitores” da Sociedade local.
Num desses períodos de trégua, o Comendador convidou ao nosso herói para um almoço em sua fazenda.
Nonato aceitou prontamente e, ao chegar à propriedade do homem rico, foi surpreendido com um verdadeiro banquete.
Banquete para mineiro é banquete mesmo, regado a cachacinha e sucos vários, trazendo leitão a pururuca, tutu, torresmo, arroz branco, feijão tropeiro, mandioca frita, chouriço, lingüiça, entre outras coisas.
Na sobremesa, goiabada com queijo, doce de leite, doce de figo em caldas, essas maravilhas todas que trazem um prazer aos olhos, ao olfato e ao paladar.
Pois bem, ao terminar a refeição farta, o Comendador bate na barriga, arrota e solta um provocativo:
-Hoje comi muito, como há muito não comia, COMI VERDADEIRAMENTE COMO UM PADRE!
Ao que Padre Nonato, calmamente retrucou:
-É, Comendador, quer dizer que, pela primeira vez na vida o SENHOR COMEU COM EDUCAÇÃO!
CAI O PANO....
Publicado em: 13/08/2006 19:35:49
Última alteração:26/10/2008 22:32:41


CRÔNICAS - DE COMO SALVAR O TIME DA GOLEADA E, DE QUEBRA REGENERAR UM GOLEIRO
João Polino, muito conhecido lá pros lados de Ibitirama, ou mais precisamente, no distrito de Santa Martha, aos pés do Pico da Bandeira, traz no seu currículo uma rápida, mas marcante passagem como treinador de futebol.
O fato se deu no início dos anos 50 e, como sabemos o Brasil recém derrotado na Copa do Mundo, em pleno Maracanã, vivia uma “ressaca” futebolística.
Lá em Santa Martha não era diferente e, João Polino, como bom brasileiro era um bom palpiteiro, o que o credenciara para ser o treinador do time local.
Haveria, em Alegre, um campeonato distrital e o time de Santa Martha não era tido como um dos mais favoritos, porém tinha no banco o “melhor treinador do Sul Capixaba”.
O time estava até que em forma, exceto o goleiro, conhecido como Pedro Gambá, por motivos meio que óbvios.
Pedro bebia muito, mas, quando não estava embriagado, ainda era o melhor goleiro da região de Santa Martha, sendo conhecido como “Mão de Gato”; isso quando sóbrio.
Nos treinamentos, ele fechava o gol, abstêmio que se encontrava, pelo fato de estar namorando firme uma das meninas mais desejadas de Santa Martha, Laurinda; mais conhecida como Lindinha.
Na estréia do campeonato, o jogo era contra Pedra Roxa e, por causa de uns entreveros pessoais com um pessoal pedraroxiano, João Polino tinha aquele jogo em conta de “honra pessoal”.
Bem na hora da partida, eis que surge o Mão de Gato; na verdade mais para Pedro Gambá do que nunca.
Os jogadores, com medo das reações do treinador do time, ocultaram o fato a João Polino que, sem perceber que o goleiro estava mais bêbado do que nunca, deu as últimas coordenadas ao time.
Para espanto de todos, na “arquibancada” improvisada, Lindinha estava no maior bate-papo com Zezinho do seu Paulo; rapaz meio janota e, portanto, tido como “aviadado” pelos invejosos concorrentes.
O jogo começa e, com menos de 10 minutos, Pedro já tinha iniciado a série de frangos que faria inveja a uma granja, o placar já contabilizando 3 a zero para Pedra Roxa.
Ao se completar a primeira meia hora e, com o jogo já em 8 a zero para a equipe visitante, João Polino, de súbito se levanta e...
Para o susto de todos, saca o revólver e dá um tiro em direção à bola, atingindo-a em cheio, evitando assim o nono gol do time adversário.
Só que, ao atingiu a bola, a bala passou de raspão na mão do pobre Mão de Gato.
Nesse interem, meio que arrependida, meio que assustada, Lindinha invade o campo e se dirige para o amado, ferido de raspão, mas, feliz da vida.
A flecha de cupido salvou o pobre bêbado, na pequena ferida real e no grande ungüento salvador.
O mesmo não podemos dizer do CUPIDO, que teve ali sua “brilhante e promissora” carreira encerrada.
Como não poderia deixar de acontecer, foi o padrinho do casamento de Pedro e Lindinha e, se não me engano, o filho mais velho do casal se chama João, só não sei se é Polino...
Publicado em: 13/08/2006 19:24:18
Última alteração:26/10/2008 22:31:53



CRÔNICAS - DE PERERECAS E ÔNIBUS
Nos idos do começo da década de 90, na minha amada Espera Feliz, morando com a minha primeira esposa e seus filhos, me recordo de um fato inusitado,
Marcos Davi, o mais velho dos meninos, com seus 17 ou 18 anos, não me recordo bem , ao viajar para o Rio de Janeiro, me surgiu com essa, que a memória faz questão de lembrar.
Nos ônibus que faziam a ligação Rio x Espera Feliz, começaram a surgir, do lado do passageiro, um suporte que era usado para colocar copos, latas de refrigerante entre outras coisas. Pois bem, como a viagem era noturna e o coletivo saia da Rodoviária de Espera Feliz às 22:00 e chegava no Rio de Janeiro por volta das 4 horas e meia, a partir de Carangola, apagavam-se as luzes do ônibus para melhor comodidade dos passageiros.
Bem, lá pelas tantas, os passageiros adormecidos, eis que um senhor bem idoso, com seus oitenta e poucos anos, começa a gritar desesperado.
Acenderam-se as luzes do ônibus e os passageiros acordaram assustados com tal gritaria.
Não é que o pobre senhor, desconhecendo a serventia dos “apoios” laterais, não havia colocado a perereca, vulga dentadura no tal buraco?
Então, esclarecido o fato, foi um tal de gente levantando-se de um lado e do outro, procurando pela prótese dentária do desalentado senhor.
E procura pra cá e procura pra lá , até que, lá num dos bancos de trás, já que com o balançar das curvas, a dentadura, fazendo jus ao apelido, tinha pulado para uma das últimas poltronas do ônibus, sob os pés desavisados de um rapaz que dormia, abraçadinho com sua namorada. Ao ver a tão desejada perereca em tal situação, o velho bradando contra o rapaz, acorda-o e, de súbito pega a dentadura e ali mesmo, como se tivesse reencontrado o principal tesouro da vida, recoloca-a na boca, sem ao menos lavá-la e com um ar de indignação misturado com o de satisfação, grita para o motorista:
-Ei, pode seguir viagem que já tou com a perereca na boca!
CAI O PANO RÁPIDO...
Publicado em: 13/08/2006 19:08:09
Última alteração:26/10/2008 22:31:10



CRÔNICAS - GEOGRAFIA E MISSA
Padre Raimundo Nonato, pároco de Visconde de Rio Branco, cidadezinha próxima a minha cidade natal; Mareai, era um padre tradicional, usando sua inexorável batina, mas tinha um bom humor impagável.
Mulato meio que pro obeso, tinha umas tiradas que nos deixava a todos, independentemente do humor que apresentávamos antes de sua chegada, rapidamente ficávamos de bem com a vida.
Encontra-lo era “ganhar” o dia.
Recordo-me que, certa feita, em visita aos meus pais, de quem fora colega de magistério no Colégio São Paulo, lá mesmo em Muriaé, o padre Nonato parecia estar, ao contrário de sempre, com o humor um tanto quanto diferente, até meio sorumbático, por assim dizer.
Interrogado pelo meu pai sobre o motivo de tal mau-humor, o padre desconversava; falava sobre outro assunto, tentava a todo custo mudar o tema da conversa.
Em vão, meu pai preocupado não deixava o amigo em paz; perguntando sempre o que estava acontecendo.
Lá pras tantas, Padre Nonato não agüentou mais a pressão e disse:
-Marcos, eu estou meio arrependido do que falei outro dia em Visconde do Rio Branco, na hora da missa.
Meu pai, já conhecendo o velho amigo, prontamente mudou a fácies; de preocupada passou a uma expressão sorrateira de quem já esperava alguma coisa.
- O quê que aconteceu, Padre? Perguntou meu pai, já meio que rindo.
- Pois bem, eu estava realizando a missa quando, sabe esses bancos de Igreja novinhos, feitos de madeira mais resistente?
Pois é, a comunidade tinha se esforçado tanto para poder comprar uns bancos novos, pois que os outros estavam em petição de miséria, já carcomidos pelos cupins e pelo tempo. Os bancos novos eram uma beleza, muito bonitos, mas, não sei por que cargas d’água um gaiato resolvera rabiscar no banco.
Rabiscar ainda era pouco, escrevera um palavrão daqueles...
Então, no meio do sermão, não resisti e falei:
“Pois bem, meus irmãos, o pior de tudo foi o palavrão que esse infeliz escreveu. De tão feio tenho até vergonha de pronunciar. Mas só para vocês terem uma idéia: Fica na mulher, ACIMA DO JOELHO E ABAIXO DO UMBIGO!”
CAI O PANO RAPIDINHO...
Publicado em: 13/08/2006 19:24:56
Última alteração:26/10/2008 22:31:57



CRÔNICAS - MANCEBÔ
Falando no Padre Nonato, me recordo de outro fato ligado, no mínimo inaudito.
Contou-nos o bom clérigo que, um dos principais auxiliares de sua Igreja, lá em Visconde do Rio Branco, havia, para escândalo da conservadora sociedade da época, arranjado uma amante.
Tal fato se espalhara na pequena cidade como se fosse uma bomba de efeitos avassaladores.
Todas as beatas comentam, na surdina, tal fato, o que deixava Dona Dinha, esposa do nosso personagem, em palpos de aranha.
Muitas vezes, quando ela chegava, as rodas de conversa se esvaziavam o que a deixava sem graça.
Várias vezes, essa senhora já tinha ido ao confessionário e, em prantos, solicitava ajuda ao amigo Padre Nonato.
Esse, sem querer criar muito atrito, já que a situação era deveras delicada, resolveu, num dos seus sermões e sendo extremamente cuidadoso, conversar de uma forma mais sutil com seus fiéis.
Ao começar sua homilia, o querido sacerdote saiu-se com essa:
“Queridos fiéis, por um desses acasos, fiquei sabendo que, aqui entre nós, um dos mais caros e importantes fiéis, cometeu um pecado terrível: amancebou-se! E, continuando a falar, disse da gravidade do fato etc e tal.”
Pois bem, ao final da missa, eis que o Don Juan aproxima-se do altar e, elogiando o sermão agradece ao padre.
Esse, sensibilizado pelo efeito causado ao fiel, pergunta-lhe qual a providência que o mesmo iria tomar, após tal fato.
No que, surpreendentemente, o mesmo responde:
-Uai seu Padre, deixa o menino nascer primeiro que eu vou batizar ele com o senhor, e vou colocar aquele nome bonito que o senhor disse.
Surpreso, Padre Nonato, vendo que o fazendeiro não entendera nada perguntou-o então que nome era esse.
A resposta pronta – Uai, sô esse tar de Mancebô!
Publicado em: 13/08/2006 19:26:40
Última alteração:26/10/2008 22:32:01



CRÔNICAS - OS OUTROS QUINHENTOS...
Nessas minhas andanças pelo interior mineiro conheci um senhor extremamente simplório e tão teimoso quanto simples.
Recordo-me que tentamos de todas as formas faze-lo usar os tão necessários óculos, mas sem sucesso.
A miopia intensa que o mesmo padecia foi a causa de uma das mais insólitas situações que presenciei e repasso para vocês com muito prazer.
Estávamos em Carangola, interior de Minas, e eu estava indo fazer umas compras quando, de repente deparo-me com aquele senhor extremamente nervoso, exasperado mesmo, na frente de uma vitrine numa das poucas ou talvez única galeria da cidade.
Eis que, para minha surpresa percebi o motivo de tal revolta.
O nosso míope e ingênuo senhor estava aos berros discutindo com o MANEQUIM que estava exposto na frente da loja.
Aos berros de: “Me respeite, tenha educação, entre outros impropérios impublicáveis me aproximar de tal cena perguntei por que tanta revolta, no que fui prontamente respondido”:
-Doutor Marcos, ainda bem que o senhor está aqui, pois saiba o senhor que esse filho da... Desse camarada está me desprezando só porque eu sou velho e não estou bem vestido, imagina o senhor que eu somente perguntei quanto custava essa calça e ele, além de não me responder, nem olhou para a minha cara!
Com muito custo consegui convencer ao meu amigo de que o “dito cujo” não era uma pessoa, não passava de um boneco fantasiado.
Mais ou menos satisfeito com a resposta, saiu ainda meio que vociferando contra tudo e todos, para risos contidos dos que assistiram à cena.
Convence-lo de que não passara de um engodo; ainda foi possível, mas quanto à necessidade do uso de óculos, isso são outros quinhentos.
Aliás, a calça que o mesmo queria comprar, custava bem menos que isso...
Publicado em: 13/08/2006 19:17:37
Última alteração:26/10/2008 22:31:41



CRÔNICAS, DE MACACO TIÃO AO SÍMIO TIÃO...
No Rio de Janeiro de grandes alegrias e de algumas decepções, o principal “candidato a prefeito” era o Macaco Tião, chimpanzé de gloriosa história no zoológico carioca.
O espírito jocoso do carioca já tinha criado o “candidato” Cacarecos, se não me engano um rinoceronte, e nos idos da década de 80, o Macaco Tião reeditava o sucesso do seu “companheiro” de partido.
Havia um conhecido nosso, homem muito simplório, mas de bom poder de comunicação, principalmente entre os porteiros, zeladores e empregadas domésticas e do comércio, nos arredores do Largo da Segunda Feira, onde morávamos.
O pacato cidadão era um senhor de idade mediana cronologicamente e da idade média, intelectualmente falando.
Tinha aspirações políticas e sua filiação ao partido de Leonel Brizola, o PDT, já daria, segundo afirmava, uma real possibilidade de se eleger vereador.
Já que contava com centenas, quem sabe milhares de votos entre os seus amigos, devido ao fato de ter contabilizado já alguns milhares de “votos certos”, pois, a cada um que respondia que iria votar nele, o caderninho com que andava na mão, marcava “mais um voto”.
Pois bem, no decorrer de sua “campanha” insólita, caiu na besteira de pedir um slogan a meu pai.
O velho Marcos Coutinho Loures, com sua habitual picardia e, interado da “campanha” pelo Macaco Tião associando-se ao fato de tal “candidato” se chamar Sebastião, saiu-se logo com essa:
“Dê uma banana aos políticos tradicionais, para vereador vote no SÍMIO TIÃO”.
Não é preciso dizer que o singelo camarada, adorou o slogan.
Mandou fazer alguns bottons e faixas com os dizeres supracitados.
Porém, um dia, eis que surge Sebastião irritado e querendo briga.
Meu pai, placidamente foi perguntar o porquê de tal irritação.
Algum demancha-prazer havia explicado a ele o SIGNIFICADO DA PALAVRA SÍMIO.
CAI O PANO RAPIDAMENTE!
Publicado em: 13/08/2006 19:09:48
Última alteração:26/10/2008 22:31:14


É companheiro;
A cruz foi muito pouco,
Agora a sangria é lenta...

Publicado em: 19/03/2007 12:48:26
Última alteração:28/10/2008 05:43:36



Cruizincredo companheiro
Cruizincredo companheiro
É pecado essa folia,
É melhor ir pro banheiro
Que mexer com a Maria...
Publicado em: 16/01/2010 20:33:12
Última alteração:14/03/2010 20:36:42



Cubro meus defeitos com o manto da minha capacidade.
157

Cubro meus defeitos com o manto da minha capacidade.


Somos todos imperfeitos,
Esta uma grande verdade,
Mas eu cubro os meus defeitos
Co’a minha capacidade.

Marcos Coutinho Loures

Sou um eterno aprendiz,
Que jamais quis ser perfeito,
Mas, garanto, sou feliz,
Quando penso desse jeito..
Publicado em: 22/11/2008 21:56:32
Última alteração:06/03/2009 16:50:52



Crisântemos
Crisântemos

Sombrios mensageiros das violetas,
De longas e revoltas cabeleiras;
Brancos, sois o casto olhar das virgens
Pálidas que ao luar, sonham nas eiras.

Vermelhos, gargalhadas triunfantes,
Lábios quentes de sonhos e desejos,
Carícias sensuais d´amor e gozo;
Crisântemos de sangue, vós sois beijos!

Os amarelos riem amarguras,
Os roxos dizem prantos e torturas,
Há-os também cor de fogo, sensuais...

Eu amo os crisântemos misteriosos
Por serem lindos, tristes e mimosos,
Por ser a flor de que tu gostas mais!


FLORBELA ESPANCA


Nefasta humanidade expondo-se deveras
Qual fora a flor pisada, amarrotada sorte,
Aonde poderia, apenas vejo a morte,
E o eterno renascer das pútridas panteras.

Carcaça do que fui, aquém do que inda esperas,
Mistérios mais sutis, a podridão do aporte
Por mais que isto te estranhe é gozo que conforte,
Ascendo ao nada ser, e volto às tais quimeras.

Efêmero e funéreo açoda-me o desejo
De ser eterno enquanto a morte que prevejo
Moldada num escárnio esgota-se em jardins.

Crisântemos já murchos; encontro lírios, cravos,
Meus dias do temor, ainda são escravos,
Dos vermes que virão, vidas feitas dos fins...
Publicado em: 01/02/2010 18:07:53
Última alteração:14/03/2010 15:09:19



Cristal e Diamante

Não tenhas pressa em construir novas amizades.

Pérolas raras não se encontram todos os dias,
Nem em todos os meses e nem mesmo em décadas.

Algumas vezes, nem uma vida inteira basta para que a gente encontre tal raridade.

Por isso, se tiveres um amigo, preserve-o.

Ele pode ser o único que a vida te ofertará.

Se tiveres dois verdadeiros amigos, és uma pessoa de sorte, muita sorte.

Mais de dois, o teu ganho é maior do que quem acerta na loteria.

Mas, se tiveres muitos,

Com certeza, não tens nenhum.

A gente costuma confundir companheiros
Com amigos.

São tão diferentes quanto o cristal do diamante.

Brilham, são belos, mas são bem diversos
Tanto na beleza
Quanto no brilho
E, muito mais,
Na dureza, consistência
E raridade...
Publicado em: 08/12/2006 18:11:22



-Criando um novo mundo onde talvez

Se o medo aparece eu o despeço,
Pego todas as armas da minh'alma,
Não dou qualquer cartaz e sigo calma,
Serei a vencedora disso sei!

Apego-me nos momentos que me alegram,
Não desgrudo dos sonhos que traçamos,
As lágrimas não deixo que escorram,
Guardo todas para o momento certo...

Não faço anotações pra prosperidade,
O coração é o arquivo maior da humanidade,
Desfilo na passarela da fantasia todo dia,
Desconheço os trajetos de qualquer deserto;

Se é insólito o solo que piso no momento,
Não me preocupo é nuvem passageira,
Sou viajante desse planeta mentira,
Vou desafiando com a minha fantasia.

Luzia Monique

Criando um novo mundo onde talvez
Encontre toda a paz que necessito,
Fazendo da esperança mais que rito,
Mudando minha vida de uma vez...

Felicidade é um sonho em que se fez
Um tempo mais alegre e mais bonito,
Deixando para trás o termo aflito,
Mantendo meu olhar com altivez...

Embora insensatez isto pareça,
E o coração sangrante ainda teça
Um árido caminho vida afora,

Manter uma esperança de futuro,
Tornando o meu viver menos escuro,
No amor que mesmo tarde, vem e aflora...

Publicado em: 19/12/2009 13:00:16
Última alteração:16/03/2010 10:35:55



CRIME E CASTIGO
Na porta do Céu, três homens esperam São Pedro preencher a ficha de entrada.
- O Paraíso é muito grande - explica o santo - e cada pessoa que entra ganhaum veículo para se locomover. O tipo e o modelo do veículo é escolhido de acordo com a vida pregressa do recém chegado...
Os homens chegam mais perto para ouvir as instruções.
São Pedro se dirige ao primeiro deles:
- O senhor traía sua mulher?
- Ih... Muito! Quase todo dia eu transava com uma colega do escritório, a empregada, a vizinha... Devo ter chifrado a coitada umas quinhentas vezes!
- Humm... Isso é mal! - diz São Pedro - Toma a chave!
Seu carro é aquele Fiat 147 azul calcinha!
Em seguida, o santo se dirige ao segundo homem:
-E o senhor? Traiu sua mulher?
- Raras vezes, São Pedro. Uma vez foi quando ela fez
uma viagem muito longa, e eu realmente não resisti. A outra foi durante
uma briga séria que tivemos.
Na terceira e última vez eu estava bêbado, foi uma farra idiota com uns amigos...
- Ok. Toma a chave! Seu carro é o Corsa branquinho...
Finalmente São Pedro se dirige ao terceiro homem, fazendo a mesma pergunta.
- Eu nunca traí minha mulher! Fui um marido exemplar durante toda a minha vida!
O Santo abre um sorriso.
- Então toma! Seu carro é aquele BMW zero quilômetro!
Os três entram nos seus carros, atravessam a porta do Paraíso e os dias vão passando. Uma bela manhã, o dono do Fiat 147 dando uma voltinha quando vê o BMW do colega parado no acostamento. Sentando no meio-fio, o dono da máquina chorava copiosamente.
- Você chorando? Com um carrão desses? - estranha o homem.
E o dono do BMW, em prantos, explica:
- É que eu vi minha mulher passando num patinete...
Publicado em: 12/09/2008 06:47:27
Última alteração:17/10/2008 15:01:19



Curvas
Não poderia ver o vale...
O mundo não deixaria outra escolha.
Cola e cavalo, casa e casal... Casamento!
Pergunta que não se responde,
Bonde vai, bonde vem...
Ninguém poderia saber
Ao certo se duvidoso.
Nascido e criado, talvez morto
No vale que jamais deixaria.
Ria e chorava, rio e riacho,
Diacho de vida!
Maria e casamento.
Momento difícil de escolha.
Escola distante, futuro traz fruto
Semente e sêmen, momento de glória.
Sem ismos e achismos, marcas e marchas.
Festa e refastelo.
Cama e chama
No final, moleque,
Um leque que não abre,
Um mundo que não cabe
Na curva deste rio
Nas ruas da viela,
No vale onde nascera.
Mundo comprido e tão distante.
A cada instante novidade.
O vento da liberdade
Vencido pelo morro,
Trazendo seu socorro,
Maria do Socorro...
Rebentos à vontade.
Qualidade e quantidade,
Eta gurizada bonita!!!
Novilha e cabrita, café e cafuné, resultado: menino!
A vida se passa e se comparsa.
Tem farsa,
Mas disfarça que o cavalo ao vale vem...
Antes tinha trem
Agora ninguém vem,
Somente a vida, trem
Danado de bom...
Não sabe de São Paulo,
Nem Rio nem Belzonte,
O belo do horizonte
Termina ali na curva,
Nas curvas do socorro,
Ancas de Socorro.
Resultado: mais guri...
A mão que se quebrou
O breu logo curou,
Um canto curioso
Na serra curió.
A vida deu um nó,
Nasceu tanto menino...
Na ponta do cipó,
Na curva do destino.
Saudade desse tempo
Do vento em minha nuca,
A vida é arapuca
Não bole nem remexe.
Vazando pelos pastos,
Nos gostos e nos gastos.
Sementes de esperança
Plantadas no quintal.
Do seu canavial, havia novo aval
Ser feliz!
Publicado em: 11/11/2006 18:46:42
Última alteração:29/10/2008 12:02:48

No comments:

Post a Comment