Trazendo meu silêncio concebido
No momento fatal da despedida,
Sangro tanto, meu tempo já perdido,
Na procura da minha própria vida...
Eu não quero saber se tem havido
A que nunca mais fora percebida,
Nem amada no tempo sem sentido,
No gosto amargo, fruta apodrecida.
Vagando só, sem tempo e sem espaço,
Vou lavrando a paz, vendo meu cansaço
Nesse momento torpe do senão,
Vivendo por viver, meu coração,
Procurando limites, neste abraço.
Por onde vou, vagueia essa amplidão!
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