Quando vim do sertão trouxe saudade,
Do canário da terra, coleirinho,
Um sabiá perdido na cidade,
Amor me maltratando, vagarinho...
Depois de conhecer simplicidade
É tão duro saber que se é sozinho,
Aqui eu conheci a falsidade,
Como dói passarim fora do ninho...
Eu trouxe tanta coisa no bornal,
A foto amarelada de Maria,
As lembranças da fruta no quintal...
A manga, guariroba, a melancia,
As águas do riacho, qual cristal,
Somente dor restou, dessa alegria...
Marcos, apesar de eu nunca ter conhecido um sertão, posso imaginar o que escreves e sentes ao falar da sensação de se estar fora do nosso habitat, da nossa identidade, fora do ninho...
ReplyDeleteMuito bonito o deixas transparecer.
Beijinhos