ATO FINAL
Só peço que me deixes ir tranqüilo
Não tendo quase nada por fazer
A sorte de quem sabe; vai morrer,
Momentos que vivi, sonhos desfilo;
E o gozo do passado inda destilo
Bebendo esta esperança posso ver
A cena em que se encerra, sem poder
Mudar sequer o ritmo, modo e estilo.
Audácia que deveras foi parceira
Falácias entre versos e versões.
Não restam para mim novos verões,
A primavera agora, a derradeira.
Somente o brilho frágil de uma flor
Ainda em minha vida mostra cor...
MARCOS LOURES
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