NÃO POSSO ME CALAR
Não posso me calar, mas não consigo
Soltar a minha voz como eu queria,
Por vezes se ainda corro algum perigo
A morte que de longe se anuncia,
Desfaço este caminho em que persigo
O que fora raiar de um novo dia
E entrego ao que julgasse meu amigo
Os restos deste esboço, poesia.
Alardes não mais faço, nem os tento,
A glória de lutar quando eu ostento
Persisto na batalha, mesmo em vão,
Se tudo o que desejo se fez branco,
O amor vai se findando mesmo franco,
E o quanto fui outrora diz que não...
MARCOS LOURES
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