Descrevo em solitária madrugada
Os vértices de um sonho, um pesadelo
E quanto mais atroz sinto vivê-lo
A imagem desta vida destroçada.
Jogado pelas ruas, na calçada
Condeno o coração a tal desvelo
E quando pelo encanto vago, zelo
Resposta se mostrando o mesmo nada.
Viver e ter apenas o caminho
Que leve á madrugada onde, sozinho
Mortalhas eu carrego e tão somente.
A pútrida manhã em luz desfeita
O medo vendo a cena se deleita
E mata desde já qualquer semente...
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