Uma ávida quimera me destroça
E nada se percebe como herança
No olhar desta pantera uma vingança
Que quanto mais voraz melhor desossa
Abrindo esta cratera imensa fossa
A sorte mal assombra enquanto avança
E ao fundo desta poça ora me lança
E a vida gargalhando tudo endossa.
Esgarçado por garras tão venais
Restando ao sonhador os vendavais
E neles o vazio agora traz
A imagem decomposta da ilusão
E vejo se formata desde então
No espelho que ora miro: Satanás!
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