Levito entre os fantasmas que ora trago
E farpas tão comuns devoro e quero,
O mundo que se fora mais austero
Agora não percebo nem afago,
O tempo se transforma em podre estrago
E o corte aprofundado, mas sincero,
É tudo o que carrego enquanto emprego
O verso que pensara outrora mago.
Alquímicos poderes, tal cadinho
Transforma esta esperança em podre vinho
E bebo da vinhaça que me dás.
Da morte quando aos poucos me avizinho
Eu sinto tenebroso e bom carinho,
E nela descansando, enfim, em paz...
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