Na ponta de uma faca ou de navalha
Os dedos decepados da ilusão
Os dias com certeza não terão
A mesma face escusa da medalha,
E quando a fantasia em vão se espalha
Tomando e negrejando esta amplidão
Perdendo há tanto tempo a direção
O corte se apresenta e nunca falha.
Acordo entre os espinhos mais comuns
Seleciono e guardo mesmo alguns
Sabendo desta herança em podre face.
O peso não suporto e se me dobro
A força ainda teimo e assim desdobro
O mundo feito em dor, vazio impasse...
No comments:
Post a Comment