O grande lago; restos da saudade,
Que jamais se secara, já me aborta..
Não há senão resquício que me invade,
Trazendo corrimão, soleira e porta...
O meu lacustre sonho, quem o nade?
A mansidão feroz, a vida torta...
Meus beijos e carinhos, quem há de?
Um vento malicioso, o lago corta...
Meu mundo adormecido nessas margens,
Os trapos que me deste, já os rasgo...
O trâmite seguinte, suicídio!
Amor que me entregaste, sei clamídio,
O beijo que me deste, nele engasgo,
Meu grande lago, aborta essas viagens..
No comments:
Post a Comment