Lídia: Irmã
No cigarro que fumo amor em espirais...
Distante, cai a noite; o vento me tortura...
O canto que sonhava, estribilha: jamais!
Não quero conceber minha total loucura!
Alvíssima menina, o meu preciso cais.
A barca que sonhei, no mar de tanta alvura;
Esconde-se infeliz, tanta tristeza traz...
Quem dera se tivesse amor que, santo, cura!
Vivendo a solidão, cigarros devorando,
O medo desta luz, que tanto me fascina.
Embalde, procurando, o mar que fosse brando...
Sou pobre passarinho engaiolado em dor.
O rosto que se mostra, a mais doce menina...
O vento me tortura, em Lídia, meu amor...
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