O meu canto tristonho, outono em primavera...
Promessas deste sol desfeitas num segundo!
Quem dera me esconder desta cruel quimera..
Do brilho da esperança, embalde, já me inundo...
O gosto desta boca, amor enfim, quem dera!
A vida que pretendo esgota num segundo;
Abre, no peito triste, a colossal cratera.
Rasgando o coração, um corte tão profundo!
Sem você, já me perco... O meu rumo, deserto...
Sem você nada tenho, o que resta sou eu.
Sem você o meu canto, em pranto se verteu.
Sem você... Pesadelo... Eu nunca mais desperto!
Sem você : ter um Deus no qual não crê
É triste seguir só, morrendo sem você!
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