Belo templo do amor, por toda a minha vida
Em cada novo dia, em sonhos visitei.
Amar era promessa e também foi a lei.
A luz que iluminava, agora destruída...
Procuro pelo templo, aguardo uma saída;
A mata que o cobriu, em sonhos, alcancei.
Das urzes do caminho, as lágrimas, eu sei.
Ó templo que se esconde! A treva irá, vencida?
Na mão, carrego a foice, a última esperança!
Desbasto o triste mato, em plena confiança.
Nos braços, tanto espinho, os olhos marejados...
O templo não vislumbro, o tempo vai passando...
Despojos da saudade, o caminho se fechando.
O corte mais profundo. Os sonhos des’perados!
No comments:
Post a Comment