A boca carmesim, desejo louco...
Nas rubras madrugadas seu delírio...
O grito reprimido quase rouco
Espalha pela noite, num martírio,
Doce martírio, rasga pouco a pouco...
Lembranças juvenis trazendo círio,
Esquecidas num canto, nem tampouco...
Desejo que se explode, bom, satírio...
A mão tão carinhosa, mar explora,
Um mar em borbotões descomunal...
A fome deste amor, tudo devora...
Não deixa nada sobre a terra.
A noite se transcorre canibal,
Amor quase explodindo, forte, berra!
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