Não faço destes sonhos; ideais
Apenas não consigo me calar
Querendo da verdade sempre o mais,
Negando o sortilégio de um altar
Expresso a solidão de um mero cais
E nele esta vontade de voltar
Os ventos transformados, temporais,
Quem sabe novamente navegar,
E ter esta certeza que me move,
Por mais que a parceria seja nobre
Não tendo quem comigo me desdobre
Estrofe pós estrofe me comove,
Mas nada se compara ao meu retrato
Desnudo em cada verso, o nó desato...
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