Quem dera um pensamento mais arguto
Deixando os dissabores sempre ao léu,
O mundo sendo torpe e tão cruel,
Nas sendas, nas entranhas eu reluto.
E quando estas mentiras eu refuto
Ascendo num segundo elevo ao céu
O pranto necessário de um fiel,
Que vive eternamente em negro luto.
Ao ver a hipocrisia dos altares
Insânia e tão atroz voracidade
Prostituindo a cruz e a majestade,
Não posso me calar se entre meus pares
Percebo a mansa ovelha encurralada,
Por lobos disfarçados, explorada...
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