Ao ver o céu sereno em que se expõe
As constelares cores siderais,
O quanto em maravilha se compõe
Belezas que desfilas; magistrais,
E ao mesmo tempo a vida se propõe
A ter como saída um porto, um cais
Minha alma, distraída decompõe
As formas de um delírio, desiguais.
Não quero de mim mesmo tais escusas,
Nefastas e sombrias tolas Musas
Há tanto se afastaram. Já me afeta
O medo de seguir escuras sendas,
Mas logo calmamente tu desvendas
Desejos de um estúpido poeta...
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