Dançavas delirante, era um dantesco
Espetáculo dado por teus passos...
Nas salas, telas raras, um afresco...
Os medos segredavam seus compassos...
Pergaminhos escritos, arabesco.
Nossos vasos quebrados... Velhos paços
Festivos; nos coretos, um ar fresco
Mentindo nossas dores sem remédio...
O tempo decorando todo tédio,
Os olhos esquecidos pedem óculos.
Nas bocas doidivanas, meus ósculos,
Nos templos bacantes minha fome.
Dançavas delirante, a noite some...
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