Pressinto no final a escuridão
Do caos em que me entrego sem defesa,
Não quero ser das ondas simples presa
Temendo a cada dia a viração.
Ouvindo já distante este tufão
Que arrasta e nada deixa sobre a mesa;
Enquanto a realidade já se entesa
Meu sonho dita cedo a solidão.
Apago estas candeias do passado
E vendo mais de perto estes neons
Desfiando agora em velhos tons
Enfrento a calmaria de bom grado
Queria tão somente os temporais
Prefiro à mansidão de toscos cais...
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