Sombria madrugada envolta na neblina
A morte se aproxima invadindo o meu quarto,
Encontra-me cansado e de tudo já farto
Imagem que te assusta, a mim doma e fascina.
Pudesse ter agora a fria e dura sina
E quanto mais da vida afasto-me descarto
O sofrimento imenso e sei; feliz, eu parto
Deixando para trás a treva que assassina.
Outrora tive o brilho em plena mocidade
Agora tão somente o medo chega e invade
Tomando todo espaço insânia me acomete
Por isso no velório, um pedido eu te faço,
E peço que isto siga, em cada ponto e traço,
Invés do carpir falso, apenas luz, confete...
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