Pudesse inda conter nos olhos este brilho
Que tantas vezes foi um marco em minha vida,
A sorte se desnuda e vendo assim perdida
Caminho mais diverso, ainda teimo e trilho
Enquanto sob a luz senda bela palmilho
Bebendo da ilusão; encontro-a distraída
Seguindo cada passo aonde a lua ungida
Derrama argênteo fogo aonde louco encilho
Corcel de uma esperança atroz e vingativa,
Aonde já se lança uma alma quase viva
Vivenciando a dor de ter em olhos fixos
A imensa fantasia, agora abandonada
Numa avidez tamanha apenas vejo o nada
Qual fora feito em cruz, terríveis crucifixos...
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