Ouvindo a voz do vento nos umbrais
Clamando como fosse alguém em dor,
Num rito muitas vezes qual louvor
A sorte se mostrando: nunca mais...
Pudesse mergulhar pelos astrais
Tivesse esta altivez; feito condor
Abrisse esta janela ao bem do amor,
Quem sabe neste instante dos venais
E parcos descaminhos, lenitivo
Mantendo ainda o sonho, sobrevivo
E teimo contras as forças da Natura.
Aonde poderia crer possível
O encanto que deveras sendo crível
Eterna e docemente se procura...
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