Surgindo qual fantasma de outras eras
Apenas perambulo pelas ruas
Sorvendo ainda o brilho destas luas
Aguardo numa espreita frias feras.
Adentro os meus engodos e as quimeras
Das quais, fiel herdeira; continuas
Deixando minhas dores sempre nuas
Marcando com veneno as primaveras.
Pudesse ter os olhos no amanhã,
Mas nada do que tento se faz pleno,
E quando ao meu passado; torpe, aceno
Encontro os desafios; logo paro,
Não tendo para tanto um anteparo
Percebo minha vida etérea e vã...
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